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Manobras de Higiene Brônquica 1.Definição= Manobras realizadas sobre o tórax com 3 objetivos principais: Desganar ou Deslocar secreções das vias aéreas (Manobra de Tapotagem=para desganar, desgrudar a secreção) (Manobra de Vibrocompressão para deslocamento da secreção); Deslocar secreção com auxilio da ação da gravidade (Manobra de Postural); Eliminar secreção. (ex. tosse assistida, segurar o abdômen do paciente e fazer uma compressão no tórax). 2.Caracterização dos Pacientes Pacientes com próteses ventilatorias=IOT, traqueostomia; Pacientes hipersecretivos (fibroses císticas e bronquite crônica); Pacientes com infecção pulmonar (febre, secreção muco purulenta). fétida, leucocitose=aumento dos leucócitos; alteração na radiografia de tórax, alterações na ausculta pulmonar. 3.Nomina e Estudos Científicos. 4.Associação das Manobras e Inalação. Tapotagem= a percursão torácica, realizada com as mãos em forma de concha ou ventosa. Para desganar secreção, usado mais na pediatria. Cuidados com Peles e Regiões Na tapotar diretamente sobre a pele (colocar lençóis sobre a pele); Cuidado com região anterior de tórax por ser dolorosa (seios-mulher); Proeminências ósseas (vértebras e clavículas); Tórax emagrecido e tórax senil (idosos que podem possuir osteoporose e ocorrer fraturas de costelas); Presença de feridas; Drenos (muito doloroso). Ausculta Pulmonar o que guia a tapotagem é a ausculta pulmonar, alem disso a radiografia de tórax, onde existe presença de secreção. Postura do Paciente e Fisioterapeuta Evitar tapotagem em DD, já que a secreção encontra-se na região dependente (base), paciente na posição de drenagem, ou em DL. Já o fisioterapeuta se posicionar atrás do paciente que se encontrara em DL, realizar poucos movimentos de ombro, só flexo-extensão de punho. Contra Indicações Fraturas de costelas (perfura a pleura, pneumotórax); Instabilidade hemodinâmica (alterações da pressão arterial, que oferece risco para o doente); Queimaduras de tórax (90% do corpo queimado); Edema Agudo de Pulmão; (água no pulmão); Broncoespasmo severo (vasoconstrição nos bronquíolos); Câncer de pulmão e mediastino ou metástases; Pós-Prandial (pós alimentação, aguardar pelo menos 1 hora); Hemoptise (não realizar qualquer manobra torácica); Dispneia (insuficiência respiratória). Tempo de Aplicação 20 a 30 minutos. PUNHO PERCURSÂO=Percursão torácica realizado com a mão fechada com desvio radio-ulnar, sobre a outra mão espalmando sobre o tórax amortecendo o choque. Menos vibrátil, gerando menos dor, podendo ser indicado em PO, e para estimular a tosse. Digitopercursão=Usado em bebes ate 6 meses. . Vibrocompressão= junção da vibração com a compressão. Vibração=Movimentos rítmicos e rápido, capazes de gerarem vibrações torácicas e oscilações brônquicas; Compressão=Movimento realizado durante a expiração, para baixo e para. Dentro, seguindo o movimento do gládio costal, com objetivo de deslocar a secreção. Cuidados Não realizar com hemoptise; Não realizar em fraturas de costelas; Instabilidade hemodinâmica. AFE= Aceleração do Fluxo Expiratório. Mais eficaz para crianças, mas podendo se utilizar em adultos. Consiste em estabilizar o abdômen com uma das mãos, e realizar uma compressão torácica rápida. Acelerando o fluxo espontâneo. Essa manobra é realizada na expiração do paciente. Cuidados Não realizar com hemoptise; Não realizar em fraturas de costelas; Instabilidade hemodinâmica. ELTGOL= Expiração Lenta Total Glote Open (aberta) e em Decúbito Lateral. Manobra que é realizada com a colaboração do paciente: 1. Paciente em decúbito lateral, única manobra que coloca o tórax afetado para baixo. 2. Orientar o paciente a expirar com a glote aberta, lento e totalmente. 3. Posicionar uma das mãos do terapeuta no tórax contra lateral para apoio,e realizar no tórax afetado que esta para baixo,uma compressão na expiração,para cima e para dentro. Objetivo Drenar a secreção BAG-SQUEEZING Manobra usada em pacientes intubados e traqueotomizados. Consiste e 3 insuflações bruscas com um AMBU,seguida de uma compressão torácica. Objetivo Gerar fluxo turbulento soltando a secreção, e a compressão serve para deslocar a secreção. Obs. 1. Antes da manobra podemos instilar (jogar) soro fisiológico de 10 a 20 ml para fluidificar o catarro, e ele sair com maior facilidade. 2. Realizar antes da aspiração no final da terapia. 3. Realizar 3 series de 10 repetições,ou ate ter a presença de secreção na cânula,entre as series,conectar o paciente a maquina de ventilação mecânica. 4. Cuidado com a intensidade da compressão, pode gerar pressão de 70 cm de água, podendo ocasionar um pneumotórax, o normal da pressão no tórax é 40 a 45cm. 5. Evitar a insuflação associada à compressão do AMBU. 6. Interromper a manobra quando houver tosse DRENAGEM POSTURAL Consiste em posicionar o doente de forma que a região afetada por secreção esteja para cima, dirigido para baixo, com objetivo pela ação da gravidade a secreção drena. Conhecimento da Àrvore Brônquica Direito=10 brônquios segmentares Dividido em: Lobo Superior =Apical; Segmento Anterior e Segmento Posterior. Lobo Médio= Segmento Medial e Segmento Lateral Lobo Inferior= Apical, e todos os segmentos. Segmento Apical=Individuo em sedestação. (sentado). Segmento Anterior= Deitar o paciente para traz, mas em sedestação. Segmento Posterior= Deitar o paciente para frente, mas em sedestação. Segmento Medial= Paciente em DL, deslocamento para traz. Segmento Lateral= Paciente em DL, deslocamento para frente. Lobo Inferior= Paciente em trenderlenburg, maca dobrável ao meio. Lobo Inferior Anterior= Paciente em decúbito dorsal. Lobo Inferior Posterior= Paciente em decúbito ventral. Lobo Inferior Medial= Em DL, trenderlenburg e deslocar para traz. Lobo Inferior Lateral= Em DL, trenderlenburg e deslocar para frente. Posicionamento; Roupa do paciente confortável; Posição em 20 a 30 minutos; Deve pedir ao paciente respirar fundo (grandes volumes), durante a drenagem, para auxiliar no deslocamento da secreção. Contra Indicações Bebe Pré - Termo; Pressão intracraniana; Pós-Prandial, (acabou de almoçar) Dispneia. Obs. Drenagem autogênica, é a orientação em relação ao posicionamento, independente da presença do terapeuta na qual o paciente se posicionar, para drenagem de secreção. TEF= Técnica de Expiração Forçada Serie de expiração forçada com objetivo de deslocar secreções,manobra ativa. Desvantagem Como o ar sai rapidamente, podemos gerar o ponto de igual pressão (pressão alveolar se iguala à pressão pleural) levando a compressão da via aérea e aprisionamento de ar, devendo ser evitada em pacientes hiperinsuflados. HAUFFING baforada Ele é semelhante ao TEF, mais a glote esta aberta, evitar o ponto de igual pressão, e indicado para pacientes hiperinsuflados. Fisiologia da Tosse Antes de tossir, geralmente ocorre uma expiração profunda,e ao final a epiglote fecha,ocorrendo à contração dos músculos abdominais, e aumentando a pressão abdominal, consequentemente aumenta a pressão intratorácica, abertura explosiva da epiglote, saída de ar rápida, que é igual do ponto de igual pressão, e a compressão dinâmica das vias aéreas. Reflexo da Tosse Estímulos podem ser de um fator: Irritante; (perfurme) Poluentes; (ácaros, pelos). Secreção. Receptores da tosse Localizados nas vias aéreas condutoras, laringe e traquéia. Via Aferente nervo vago ate o tronco cerebral, ai desce via talâmica, até o músculo abdominal. Tosse Assistida Realizar compressão torácica, ou apoio abdominal, ou em PO, alem de orientar o doente, estabilizar a cicatriz com as mãosou abraçando um travesseiro. Estímulos da Tosse 1. Palito=Colocar sobre a língua comprimindo para baixo, crianças estimula o vômito. 2. Estimulação Traqueal= Com o polegar palpar a traquéia, comprimir e deslocar lateralmente. 3. Própria sonda de aspiração, ou com soro fisiológico. Inibição da Tosse Aumento da pressão intracraniana; Instabilidade torácica e abdominal; Mediastinite. Aspiração Procedimento invasivo, feito de forma estéril (luvas, lavar as mãos, assepsia) introduzir a cânula pela boca ou pelo tubo. Intubado e Traqueotomia= Aspirar na ordem 1.traquéia 2. nariz 3. boca. Sem Intubação= Aspirar boca e nariz. CUFF= No ponto do tubo insufla uma bola de ar, para que não passe alimentos e outras coisas, pois a epiglote esta aberta. Passos para Aspiração 1. Separar o material. Luva estéril; Seringa (com soro fisiológico); Sonda de aspiração(criança calibre de 4 a 10, adultos calibre de 12 a 16). AMBU; Testar o vácuo do aparelho para ver se estar funcionando. 2. Pré oxigenar o paciente. 3. Conectar a sonda no aspirador; 4. Uso de luva estéril; 5. Sacar a sonda do papel protetor, sem contaminar; 6. Desconectar o paciente do ventilador mecânico, e instilar o soro; 7. Introduzir a sonda pelo tubo ate sentir uma resistência na traquéia, tracionar levemente fechar o dispositivo de aspiração, e retirar a sonda com movimentos circulares, aspirando a secreção. 8. Reconectar o paciente ao ventilador mecânico. Realizar quantas aspirações for necessário, mas durante os intervalos observarem se o paciente esta estável, com relação à FC, FR, e a Sao2, e aspectos gerais do paciente. (cianótico) Aspirar as laterais da boca, e de baixo da língua. Dificuldade de passar a sonda indica a presença de rolha de catarro. Complicações da Aspiração Broncoespasmo; Hipoxemia; Arritmia Cardíaca; Contaminação Bacteriana; Trauma da Traquéia. Recurso FLUPTER Dispositivo que possue uma esfera metálica,aspecto de um apito, a qual vai ser usado na expiração fazendo que o paciente faça força para expirar, e conseguir elevar essa esfera,ocorrendo vibrações brônquicas. Objetivo Soltar secreção, e estimular a tosse. FISIOLOGIA Estruturas que forma o sistema respiratório Via aérea superior: do nariz até a laringe. Via aérea inferior: da traquéia até os alvéolos. Vias aéreas condutoras: do nariz até bronquíolo terminal. Esta via é também chamado de espaço morto anatômico (150 ml). Espaço morto anatômico é o volume de ar contido nas vias aéreas de condução. Espaço morto fisiológico: quantidade de ar que está presente na via aérea respiratória, mas não participa da troca gasosa. Via aérea respiratória = acino pulmonar: Bronquíolo respiratório Ducto alveolar onde ocorre as trocas gasosa Alvéolo Estrutura e função O pulmão é formado por ± 300 milhões de alvéolos. Esses alvéolos possuem uma área de ± 85m². Alem dos alvéolos, dentro do parênquima pulmonar existe também a presença de elastina, esta, é essencial pela complacência (capacidade de extensibilidade do pulmão). Ou seja, quem confere as propriedades de extensibilidade ao pulmão é a elastina. Microscopicamente os alvéolos são formados por células = pneumócitos tipo I e II. Pneumócito tipo I: é estrutural (dá forma ao alvéolo). Essas células ainda estão se proliferando até ± 8 anos de idade. Após os 8 anos de idade o pneumócito pára de se proliferar; se nesta fase tiver uma lesão no pulmão neste caso não irá regenerar e sim reparar. Pneumócito tipo II: são responsáveis por produzir o surfactante (mistura de moléculas lipoproteicas). Função do pulmão Troca gasosa – principal função. Filtrar substancia tóxica Metaboliza alguns compostos (ex. Prostaglandinas) Funciona como um reservatório de sangue. Fisiologia O ciclo respiratório é formado da inspiração e da expiração. A Inspiração é ativa - Tem gasto energético. Por isso precisa de uma Contração muscular. Existem vários mm no tórax q são responsáveis pela inspiração, mas o principal é o diafragma. Ele irá contrair (descer) e vai expandir o tórax gerando um aumento na expansão torácica. O volume intratorácico irá aumentar a pressão lá dentro diminui e o ar entra. Conclusão: A inspiração é ativa, isso significa que ela tem gasto energético. Se tem gasto energético o músculo precisa contrair. Quando o músculo contrai o tórax expande e aumenta seu diâmetro (diâmetros: antero posterior, latero lateral e ........... caudal). Quando o tórax expande, o volume dentro do tórax aumenta. Se o volume dentro do tórax aumenta, a pressão lá dentro diminui (tem-se uma diminuição na pressão alveolar). Obs. Tudo que é pressão negativa = puxa. Tudo que é pressão positiva = empurra (o pulmão empurra a pleura em baixo). Então se dissermos: o tórax aumentou a pressão lá dentro caiu (pressão -); se a pressão lá dentro ta negativa o ar vai entrar. Como o ar sai: Pq a expiração passiva e devido ao recuo elástico do pulmão e Caixa Toracica. Conclusão: A expiração é passiva, não tem gasto energético para o ar sair. A expiração depende do recuo elástico do pulmão e da caixa torácica (CT). Instabilidade dos alvéolos Os alvéolos são instáveis = têm tendência a colapsar. Por que: 1. Devido a tensão superficial (força de atração entre as moléculas da superfície de um liquido que tende a gerar colapso). Para diminuir a tensão superficial o alvéolo produz surfactante, este diminui a tensão superficial mantendo o alvéolo ventilado e seco. O surfactante começa ser produzido na 25° semana de gestação e atinge a maturidade ± na 35° semana. Há bebes que nascem com 28 semanas, neste caso há um déficit de surfactante (o pulmão está com os alvéolos colapsados gerando síndrome do desconforto respiratório). 2. Os alvéolos têm diferentes tamanhos e diferentes tempos de enchimento o que poderia gerar colapso de alguns. Para evitar isso o ar se redistribui através dos canais de Lambert ou poros de Khon. Alvéolo grande e pequeno Canais de Lambert Poros de Khon. *Quando pedimos para o paciente puxar o ar e segurar, é para que o ar se redistribua pelo pulmão. Ou seja, por que os alvéolos não se colapsam? Devido a produção do surfactante que diminui a tensão superficial mantendo os alvéolos abertos. Ventilação: é a entrada e saída de ar nos pulmões. Volumes e capacidades pulmonares – saber VC: volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado a cada ciclo respiratório. É em torno de 500 ml. VRI: volume de reserva inspiratória é o maximo volume de ar inspirado após uma inspiração normal. Em torno de 3L. VRE: volume de reserva expiratória é o maximo volume de ar expirado após uma expiração normal. Em torno de 1,1 litros. VR: volume residual é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada. Em torno de 1,2 litros. Capacidades pulmonares: é a soma de dois ou mais volumes. Principais: CV (Capacidade vital): é uma máxima inspiração seguida de uma máxima expiração em torno de 4,6 litros. A Capacidade vital é a soma de 3 volumes (CV = VC + VRI + VRE). Se o individuo não se aproxima de 4,6 isso indica que o individuo “não tem músculo/força”. CRF (Capacidade residual funcional): é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal. É a soma do volume residual + volume de reserva expiratória. A CRF corresponde ao estado de repouso, é responsável pela troca gasosa e pela oxigenação do sangue. Em casos de pneumonia com secreção, pós operatório/atelectasia, a CRF diminui devido a obstrução, comprometendo assim a troca gasosa. Em se tratando de ventilação mecânica para melhorar a troca hoje em dia, ao invés de dá + ar eu deixo mais ar. CPT (Capacidade pulmonar total): é a soma de todos os volumes pulmonares. Em torno de 6 litros. Como medir os volumes O VC, VRI, VRE e a CapacidadeVital é medido com espirometro simples (o indiv. puxa o ar e o aparelho marca o volume). O Volume Residual e CRF é medido com o plestimografo corporal (ñ encontrei o q é). Ventilação pulmonar Volume minuto: É o volume inspirado ou expirado durante 1 minuto (é o ar que entra ou sai num minuto). VM = VC x f VM = 500ml x 15 = 7,5 L Em 1’ desloco 7,5L de ar. Ou seja, volume minuto é o volume corrente x n° de vezes que respiramos = freqüência respiratória. Do ar que entra em 1’, uma parte vai para o alvéolo e outra fica no espaço morto. Ventilação alveolar: É o volume de ar que ventila os alvéolos durante 1 minuto VA = (VC – espaço morto) x f VA = (500 – 150ml) x 15 = 5,25L Conclusão: 7,5 litros é o ar que entra em 1 minuto, desses 7,5 apenas 5,25L atinge os alvéolos = ventilação alveolar. Disponível para troca. VA = Co2 exalado PaCo2 (PaCo2 = Pressão arterial do Co2) A ventilação alveolar é proporcional ao Co2 exalado e inversamente proporcional ao Co2 no sangue arterial. Ou seja, se eu aumentar minha ventilação o Co2 que sai aumenta também (quanto mais eu ventilo mais eu elimino Co2 que é produzido no metabolismo). Se mais eu elimino Co2, sobra menos no sangue. Hiperventilação: É o aumento da ventilação alveolar. Se está hiperventilando está aumentando ou o volume corrente e/ou aumento da freqüência respiratória, aumenta o Co2 exalado e diminuindo a PaCo2. Causas Exercício físico Febre Dor Agitação psíco motora Doenças pulmonares (insuf. resp.) Conseqüência Pode ser por: FR vc Co2 exalado (lava Co2) PaCo2 no sangue vasoconstriçao. PaCo2 PH e gera alcalose Hipoventilação: É a diminuição da ventilação alveolar. Diminui a ventilação alveolar, diminui volume corrente e/ou diminui a freqüência respiratória, diminui o Co2 exalado e aumenta a PaCo2 (acidose). Causas Diminuição do comando ventilatório por: Trauma Sedação Tumor Acidentes vasculares Lesão medular alta (nível C3, C5) Lesão do SNP Fraqueza / fadiga muscular Lesão da caixa Obstrução das vias aéreas Doença da pleura Doenças pulmonares (ex. SARA) Conseqüência ventilação alveolar fr vc Co2 exalado PaCo2 PH e gera acidose O comando ventilatório vem do bulbo; uma lesão no bulbo é prejudicial ao comando ventilatório. Diferenças regionais da ventilação O pulmão “puxa” a pleura. A pressão na pleura é sempre negativa. O ar entra mais onde a pressão é negativa ou onde está positiva? Negativa Onde o alvéolo está mais pressurizado, no ápice ou na base? No ápice. Onde é maior a ventilação? Em baixo Onde é maior a pressão alveolar? No ápice? Onde é maior a ventilação e a pressão alveolar? R. uma pessoa sentada ou em pé, a pressão pleural é negativa devido o recuo elástico do pulmão, porem na base como o pulmão pesa sobre a pleura, a pressão é mais positiva. Os alvéolos do ápice estão mais pressurizados (maior pressão alveolar) já os da base tem um volume de repouso menor, sendo que a ventilação é maior ai (na base). A ventilação é sempre maior na região dependente (região que está sempre para baixo). Difusão É a troca gasosa dentro da interface. A troca gasosa é difusão passiva. Ocorre entre o alvéolo (que contem o ar) e o capilar sanguíneo. Para que haja troca (difusão) deve ter condições ideais: Lei de Fick = para que haja uma boa difusão deve ter uma boa área e diferencial de pressão (o ar sempre se desloca da maior para menor). A área do pulmão é grande, isso favorece a difusão exceto em casos de patologias. Para se ter uma idéia, a pressão alveolar do O2 é 100. A pressão menor de O2 e 40. A Espessura da membrana alvéolo capilar deve ser fina A espessura alvéolo capilar é muito fina o que favorece a difusão. Algumas doenças (ex. pessoas que trabalham com tecelagem, amianto, carvão) acarretam fibrose no pulmão e compromete a difusão. Outro fator que interfere na difusão = coeficiente de difusão ou coeficiente de solubilidade. Área x P. {= solubilidade E PM O Co2 é 20x mais solúvel que o oxigênio. Quanto maior o peso molecular menor a difusão. O que é a lei de Fick? É a lei que rege a difusão. O que faz parte da lei de Fick (ou lei da difusão)? 1. Área (quanto maior a área maior a difusão) 2. Diferencial de pressão (quanto maior o diferencial maior a difusão) 3. Espessura (quanto menor a espessura maior a difusão) 4. Coeficiente de solubilidade que leva em consideração a solubilidade do gás (quanto mais solúvel mais rápido) 5. Peso molecular (quanto maior o peso menor a difusão). Conclusão: para ter uma boa difusão é preciso ter: área grande, grande diferencial de pressão, espessura fina, coeficiente de solubilidade (quanto mais solúvel mais rápido), peso molecular baixo. Captação do oxigênio Tempo e pressões O trajeto da hemoglobina pelo capilar demora 0,75 segundos, porem com 0,25 segundos todo oxigênio já difundiu e o sangue está saturado (cheio de 02). A limitação da difusão ocorre pela perfusão. Captação do Co2 Tempo de trajeto: 0,75 seg. Difusão: 0,25 seg. A pressão alveolar do Co2 é 40. A pressão do Co2 no sangue é 45 A limitação na difusão do Co2 ocorre pela perfusão (pelo sangue). Voltar em 05:24/55:46 Reação com a hemoglobina O2 Epitélio alveolar Surfactante Espaço intersticial Endotélio capilar Reage com HB - reação lenta Os demais é reação rápida Fluxo sanguíneo e metabolismo Sentido do fluxo: no átrio direito entra veia cava superior e inferior (trazem sangue venoso – sangue pobre em O2 e rico em Co2) → vai para o ventrículo direito → sai pela artéria pulmonar e vai para o pulmão. No pulmão acontecerá a difusão (sai o Co2, entra O2 e vira sangue arterial) → do pulmão entra no coração através da veia pulmonar (trás sangue arterial) → sai no átrio esquerdo → ventrículo esquerdo → sai pela artéria aorta. Conclusão: do lado direito a artéria pulmonar manda sangue para o pulmão. do lado esquerdo a artéria aorta manda sangue para o corpo. O volume de sangue que sai pela artéria pulmonar é igual o volume de sangue que sai pela aorta; porem a pressão não é a mesma. A pressão esquerda (da aorta) e maior do que a pressão do lado direito. A pressão no lado esquerdo é em torno de 100. A pressão no lado direito é em torno de 15. Porque a pressão direita é menor que a pressão esquerda? Porque a resistência vascular sistêmica (do corpo) é maior do que a resistência vascular do pulmão. Porque a resistência do pulmão é baixa? 1. Porque a artéria que sai do pulmão (artéria pulmonar) é muito elástica, acomoda melhor o sangue. 2. Porque a circulação pulmonar é pobre em arteríolas que contem músculos e aumenta a resistência. 3. É que os vasos pulmonares são capazes de distensão e de recrutamento, redistribuindo o sangue, diminuindo a resistência e a pressão. Mecanismo de distensão → Como ocorre: sempre que a pressão tiver subindo no pulmão, os vasos tem o mecanismo de distensão que ocorre para redistribuir o fluxo e evitar o aumento de pressão. Mecanismo de Recrutamento → É quando se recrutam outros vasos. Conclusão (fluxo sanguíneo e metabolismo): o volume dos dois lados é o mesmo, a pressão é sempre menor à direita, a resistência é menor, tudo isso gera esses fatos; artéria pulmonar é muito elástica, não existe arteríolas no .............. pulmonar e alem disso os vasos se estendem e recrutam para redistribuir o liquido e evitar o aumento de pressão. Resistência vascular pulmonar Exemplo com vasos de pequeno calibre: Imaginemos que no pulmão temos vasos de grande calibre (ex. artéria pulmonar), ao mesmo tempo em que tem vasos de grande calibre, tem também os vasospequenos (capilares que ficam embaixo dos alvéolos). Se inspirarmos em altos volumes, o alvéolo que era pequeno cresce e comprime o capilar, se os vasos são comprimidos a resistência aumenta. Em baixo volume (expiração) o alvéolo fica murcho, o capilar cresce (tem-se a distensão do vaso) e a resistência diminui. Exemplo com vaso de grande calibre: Em alto volume o pulmão cresce e traciona o vaso; se tem tração do vaso a resistência diminui. Em baixo volume o pulmão murcha (recua), os vasos ficam tortuosos e a resistência aumenta. Controle ativo da circulação Realizado pelo reflexo de vasoconstrição hipóxica Quando a gente tem uma pressão alveolar do O2 de 100 (normal), o capilar (embaixo do alvéolo) está “bonitinho” (o sangue está passando tranqüilo), se essa pressão alveolar de 100 cair para valores igual ou abaixo de 60, o vaso que passa embaixo faz vasoconstrição. Conclusão: Reflexo de vasoconstrição hipóxica é quando a pressão alveolar cai a valores a baixo de 60mmHg e o vaso capilar correspondente realiza vasoconstrição. Esse reflexo tem a função de desviar a troca para as áreas integras do pulmão. Se este reflexo for difuso isso acarreta aumento da resistência do pulmão, aumento da pressão na artéria pulmonar e sobrecarrega o ventrículo direito. Isso tudo é chamado de COR PULMONALE. * O que acontece se no pulmão inteiro cair o O2 de todos os alvéolos? Todos os vasos vão fazer vaso constrição. * Artéria pulmonar: Se todos os capilares fecharem, o que acontece com a pressão da artéria pulmonar? Gasometria É um exame de sangue que mede os gases (oxigênio e Co2), podendo ser arterial ou venosa. Alem disso a gasometria também mede: Ph do sangue PaCo2 (pressão parcial do CO2) HCO3 = bicarbonato BE = base exces O oxigênio é transportado no sangue de 2 formas: dissolvido no plasma ou ligado na hemoglobina. Oxigênio dissolvido no plasma nos dá o parâmetro: PaO2 (pressão arterial do O2) Oxigênio Ligado na hemoglobina nos dá o parâmetro: SaO2 (Saturação arterial de oxigênio). É a % de hemoglobina ligada no oxigênio. Se for sangue arterial (sangue que acabou de passar pelos pulmões): serve para observar a troca gasosa no pulmão. Se for venoso (sangue que acabou de vir dos tecidos): serve para observar a troca gasosa no tecido. Para a fisioterapia respiratória a gasometria arterial vai ser a mais importante. Regulação do equilíbrio acido base Ph é potencial hidrogenionico. Ou seja, concentração de hidrogênio (íons que temos no corpo). Toda substancia que tem muito H+ é uma substancia acida, se tem acidez o PH abaixa. Qquer substancia que tenha pouca concentração de H+ ou grande concentração de OH- (íon hidroxila) é uma base ou é uma álcali. O PH é alto. Conclusão: Se tem muito hidrogênio (H+) é acido e o Ph cai. Se tem pouco hidrogênio o Ph é alcalino. O nosso sangue tem um PH chamado de neutro – tem um equilíbrio entre as substancias acidas e básicas (tende a ter muita água). PH neutro (normal)= 7,35 a 7,45. Se o PH diminuir a acidose gera lentificação das reações metabólicas do corpo, gerando: - rebaixamento do nível de consciência; - torpor (resposta débil a um estimulo intenso) - coma e morte Se o PH subir, a alcalose acelera as reações metabólicas gerando: - agitação psicomotora; - tetania (contração muscular generalizada) - convulsão; - coma e morte. Como manter o PH neutro: neste caso entra o mecanismo de regulação do equilíbrio (importante p/ as reações do corpo): Esse mecanismo regula o PH, é tbem chamado de Sistema protetor e sistema tampão. Existem 3 níveis de sistema tampão e sistema regulador: 1° sistema = sistema tampão bicarbonato (bicarbonato é uma substancia química que tem característica básica). Temos bicarbonato em todos os líquidos corporais, portanto se o individuo tende a acidose o bicarbonato se liga a substancia acida a fim de neutralizar o PH. Essa ação do bicarbonato dura em torno de 2 minutos. Não sendo eficiente p/ as alterações graves de PH (acidose). 2° sistema = tampão respiratório O Co2 é um gás, mas tem caráter acido. Pq? Pq o Co2 no corpo se liga com a água e forma H2CO3 (que é acido carbônico) e libera H+. De onde vem o Co2? Do metabolismo celular. O metabolismo aeróbico gera produção de Co2 no corpo que tem caráter acido pq reage com a água e forma um acido, portanto o aumento do Co2 gera um aumento da ventilação para aumentar a eliminação do CO2 e evitar a acidose. 3° Sistema tampão renal Significa reter ou eliminar bicarbonato através dos rins da seguinte forma: Se o individuo tem uma tendência a acidose ele irá reter bicarbonato no sangue. Se o individuo tem uma tendência a alcalose o rim elimina bicarbonato na urina. Distúrbios acido-base ..........................................................................x........................................................................... Ph 7.35 a 7.45 PaCO2 35 a 45 PaO2 80 a 100 até 65 anos sem hipoxemia Menor que 80 com hipoxemia Maior que 100 com hiperoxemia HCO3 22 a 28 SaO2 97% - em ambiente espera-se > que 90% Be -3 a +3 O BE acompanha o bicarbonato. Acidose respiratoria Ph (< 7.35 ) Paco2 (> 45) Se o co2 esta no sangue, a pessoa esta hipoventilando. Acidose metabolica Ph (< 7.35) Hco3 (< 22) Alcalose respiratoria Ph (> 7.45) Paco2 (< 35) Se o ph esta e paco2 a pessoa esta hiperventilando Alcalose metabólica Ph (> 7.45) Hco3 (> 28) DISTÚRBIOS MISTOS = PROBLEMA RESPIRATÓRIO E METABÓLICO. Acidose mista Ph (< 7.35 ) Respiratória: Co2 (> 45) Metabólica: Hco3 (< 22) Alcalose mista Ph (> 7.45) Respiratória: Co2 (< 35) Metabólica: Hco3 (> 28) DISTÚRBIOS COMPENSATÓRIOS Sempre que o ph estiver alterado o distúrbio é considerado agudo. Se o Ph estiver normal o distúrbio é crônico ou compensatório. Ex: DPOC grave vai ter retenção de Co2, este sobe no sangue e o Ph cai acidose respiratória rim retem bicarbonato para neutralizar o Ph. Sempre que o distúrbio é crônico o Ph = normal Co2 e Hco3 Co2 e Hco3 VENTILAÇÃO MECANICA INVASIVA É uma técnica de ventilação artificial com pressão positiva realizada através de tubos ou cânulas invasivas com o objetivo de: - Manter a ventilação e manutenção das trocas gasosas; - Redução do trabalho respiratório. • “A VM é um método de suporte para o paciente durante uma enfermidade, não se constituindo em um tratamento curativo”. II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, 2000. Efeitos Indesejados • Lesão Induzida pela ventilação mecânica. • Toxicidade pelo oxigênio. • Redução do debito cardíaco Efeito Ideal Ventilação Mecânica Débito cardíaco Garantir Troca Gasosa e Ventilação Sincronia Paciente -Ventilador Ventilação espontânea x Ventilação mecânica Na ventilação espontânea a Inspiração é ativa - depende da contração musc - acontece por pressão negativa: o pulmão expande a pressão cai e o ar entra. A expiração é passiva, depende do recuo elástico do pulmão e caixa torácica. Na ventilação mecânica o ventilador empurra ar e na inspiração a pressão passa a ser positiva A expiração continua sendo passiva, depende do recuo elástico do pulmão e caixa torácica. * Individuo normal (respiração espontânea) a pressão alveolar é negativa e a pressão pleural é mais negativa ainda. Qdo o individuo está em ventilação mecânica a pressão alveolar passa ser positiva e a pressão pleural tbem. Na base a pressão pleural é negativa. Ventilação mecânica invasiva x propriedades elásticas e resistivas Sempre q a Complacência Pulmonar ou da Caixa Torácica tiver diminuída e/ou a resistência (qquer força q se opõe ao fluxo) tiver aumentada é + difícil da ventilação dos pulmões acontecer e de haver sincronia com o ventilador. Tipos de intubaçao Intubaçãoorotraqueal (iot). Percurso: boca, faringe, laringe, traquéia intubação nasotraqueal (int) – ñ muito comum. Traqueostomia (tqt) Devo tomar cuidado com: Cuidado com a pressão do cuff – ñ pode estar acima de 25cmH2O HIPERINSUFLADO - Traqueomalácea*** DESINSUFLADO - broncoaspiração + vazam. de ar, pode gerar infecção pulmonar. função do cuff: Vedar a traquéia evita a broncoaspiração de saliva/dieta/secreção e microorganismos; Evitar vazamento do ar permite a entrada e saída do ar por dentro do tubo evitando assincronia do ventilador. Cuidado com o Filtro: este serve para umidificar e aquecer (muitas vezes o filtro fica cheio de secreção). Cuidados c/ aspiração e contaminação – todo pcte intubado/traqueostomizado deve ser aspirado. COMPRIMENTO E FIXAÇÃO DA CÂNULA (IOT) • Adulto - 20 a 30 cm de comprimento; • Criança – em de torno de 15 cm de comprimento; • Neonato – de 8 a 10 cm de comprimento. O tubo tem que estar 2 cm acima da CARINA. CONSEQUÊNCIAS DO ERRO: • Muito introduzida : irá seletivar (D) gera Hiperinsuflação e Pneumotórax (D) atelectasia (E). • Muito exteriorizado: pode gerar extubação acidental. LESÕES ASSOCIADAS À VMI Barotrauma = Trauma por pressão acima de 35 cmH2O. é uma lesão aguda. Pode fazer pneumotórax. É comum em ventilação a volume pq a pressão é livre. Volutrauma: está relacionado a distensão cíclica (vários ciclos lesa o pulmão). Pode acontecer em qquer tipo de ventilação. Gera microlesoes, inflamação e fibrose pulmonar. TOXICIDADE DO O2: qdo é ofertado O2 acima de 60% gerando morte celular inflamação e fibrose. O ciclo do ventilador é dividido em 4 fases 1. Fase inspiratória = fase de insuflação do pulmão. Nesta fase ajusto o modo a volume ou a pressão. Modo ventilatório controlado a Volume Devo ajustar: Volume corrente: deve ser 5 a 8 ml/kg Ex. se o indiv pesa 100 kg: 5x100 = 500 (ajusto 500 a 800ml) P/ saber se oferto 500 ou 800 observo a gaso. Ex. se o pcte tiver retendo Co2 coloco 800. Sempre q trabalhamos com volume a pressão é livre ou variável. O volume varia de acordo com a resistência da via aérea e com a complacência. Se a complacência do pulmão tiver ruim a pressao vai ser alta / Tudo que é ruim aumenta o pico de pressao. Complacência baixa e resistência alta, aumenta a pressão. Modo ventilatório controlado a Pressão Pinsp (pressão inspiratória): ate 35 cm de H2O A ventilação a pressão é + segura p/ evitar barotrauma pq a pressão é limitada. Se ajustar a pressao o volume vai ser livre. Qual a ≠ do modo volume p/ o modo pressão? Volume: eu ajusto uma qtidade de ar = volume corrente que deve ser 5 a 8 ml/kg. Pressão: é a força q o ar exerce no pulmão. Deve ser ate 35 cm de H2O. Eu ajusto uma pressão e esta gera um volume que deve ser de 5 a 8 ml/kg? 2. Fase de ciclagem = mudança de inspiração p/ expiração. Quando trabalhamos no modo volume a ciclagem ocorre a volume = 500ml (vai até o volume q ajustei e cicla). Quando trabalhamos no modo pressão a ciclagem é a tempo inspiratório = 08 a 1.2segundos. ?Ex: Se ajusto uma pressão 20, qdo chega no 20 ele pára e cicla. O tempo é importante p/ q a via aérea pressurize (abra). Qdo atinge esse tempo, o ar irá sair. O que é disparo e ciclagem? 3. Fase de expiração = fase de esvaziamento dos pulmões (qdo o ar sai) devo ajustar PEEP (pressão positiva no final da expiração/ar q permanece) - 5 a 10 cm de água. A PEEP tem as seguintes funções: Pressurização do alvéolo Prevenção de microatelectasias Recrutamento alveolar Redistribuição de liquido no interior do alvéolo Melhorar ou reverter hipoxemia/melhorar oxigenação Aumenta a crf (capacidade residual funcional) Efeitos indesejados da PEEP acima de 10 Diminui o retorno venoso (ou pré-carga), se diminui o retorno, diminui a PA e o debito pq aumenta a pressão intratorácica. Aumenta a resistência vascular do pulmão (aumenta a pos carga no ventrículo direito / o alvéolo fica cheio, comprime o vaso e a resistência aumenta) Pos carga está relacionado com resistência vascular. PEEP menor q 5 não pode pq o pulmão faz microatelectasia. 4. Fase de disparo / trigagem = mudança da expiração p/ inspiração (é qdo o aparelho inicia um novo ciclo) / Qdo o ventilador começa mandar ar p/ o pcte. Como o aparelho dispara? Eu ajusto a freqüência respiratória (ex 12) Este pode ser: disparo controlado ou disparo assistido. Disparo controlado (o ventilador controla): devo ajustar uma freqüência respiratória (12 a 18) e a partir dessa freqüência, o ventilador vai disparar. A freqüência respiratória normal é de 12 a 18. É essa mesma freqüência q devemos ajustar. Exemplo: se ajusto uma freqüência de 12 (irá respirar 12 vezes num minuto). 1minuto = 60seg 12 = 5seg. (A cada 5 segundo o aparelho irá disparar) 5 segundo = janela de tempo. Conclusão: no disparo controlado o fisio ajusta uma freqüência (12 a 18 insp por minuto) e de acordo com essa freqüência o aparelho sabe de qto em qto tempo ele tem q disparar. *Sempre que o disparo for controlado (o ventilador controla) devo ajustar: - Freqüência (12 a 18 insp por minuto). - O disparo é à tempo. Disparo assistido (ciclo assistido) O aparelho assiste/ajuda / sente o esforço do pcte e dispara por sensibilidade. O pcte inicia o ciclo e o ventilador só completa. O pcte faz um esforço p/ respirar, e qdo isso acontece a pressão cai o ventilador sente a queda de pressão e dispara. Ajusto o botão sensibilidade. A sensibilidade pode ser por: - Queda de pressão no sistema (2 cmH2O) - Fluxo - o aparelho detecta o fluxo de ar e dispara (2Lpmin.). Se o aparelho está menos sensível o trabalho respiratório tem q aumentar. Modalidades Modalidade controlada (pelo ventilador) : Ciclo controlado é um ciclo q dispara pelo aparelho Esta pode ser Modo Controlado a volume ou modo Controlado a Pressão Indicado para pctes com sedação. Controlado a volume ** Como começa o ciclo controlado: - Disparo: é a tempo - Ciclagem: é a volume Ajustes: - Freq 12 a 18 (p/ saber olho a gaso) - VC: 5 a 8ml p/ cada kg de peso - PEEP: 5 a 10cmH2O) - FiO2 (fração inspirada de O2): 21 a 100% - Fluxo (só p/ inspi): 30 a 60Lpm ** - Pressão: é livre - Tempo: é livre Fluxo = movimento de ar (velocidade com q o ar entra). No DPOC o fluxo deve ser alto. O fluxo determina a relação IE (de insp p/ exp) assim: - Qdo maior o fluxo, menor o tempo de inspiração e maior o tempo de exp. e vice-versa. O ideal é manter a relação de 1 p/ 2 a 1 p/ 3. Podemos ajustar uma pausa de até 2 seg. Ñ ajustamos a sensibilidade. Controlado a Pressão ** - Disp: é a tempo - Ciclagem: é a tempo (= tempo insp) Ajustes: - Freq: 12 a18 - Volume: é livre - PEEP: 5 a 10 - fiO2: 21 a100% - Fluxo: é livre - Pisnp: até 35cmH2O - Tempo insp: 1seg ** Obs. 1. Sempre q trabalhamos no modo volume o fluxo tbem é ajustado e a pressão e o tempo são livres. Qdo trabalhamos o modo pressão ajustamos pressão e o tempo insp, porem volume e fluxo são livres Obs. 2. Quem determina a relação IE (ins p/ esp) no volume é o fluxo e na pressão é o tempo. Só fazem ventilação controlada durante a cirurgia, em pcte c/ TCE grave. É uma modalidade q trás + desvantagem do q vantagem. Assisto controlada A/C (ou assistida controlada) O aparelho comanda porem permite que o pcte inicie o ciclo do ventilador (o pcte pode disparar o aparelho) Modo Controlado a volume - Disparo: é a tempo ou sensibilidade - Ciclagem: volume Ajustes: - freq 12 a 18 (p/ saber olho a gaso) - VC: 5 a 8ml/kg de peso Controlado a Pressão - Disparo: é a tempo ou sensibilidade - Ciclagem: tempo (= tempo insp) Ajustes: - Pisnp: até 35cmH2O - F: 12 a18 - PEEP: 5 a 10cmH2O) - FiO2 (fração insp): 21 a 100%- Fluxo (só p/ insp): 30 a 60Lpm - Sensibilidade: 2 - PEEP: 5 a 10 - Tempo insp: 1seg - fiO2: 21 a100 - Sensibilidade: 2 O disparo passa ser misto. Como dispara (como começa) a modalidade assistida controlada? Funcionamento 1°. Ajustar uma freqüência resp p/ garantir os ciclos controlados e a abertura das janelas de tempo (ex. pega 60seg pela freqüência p/ saber de qto em qto tempo o aparelho vai disparar = janela de tempo); 2°. Caso o pcte ñ dispare, entra o ciclo controlado, se ele disparar entra o ciclo assistido que aborta o controlado, e pode acontecer ciclos mistos. Pq atualmente ñ se usa + a modalidade puramente controlada? Indicações da ventilação assistida controlada - Pcte que estão oscilando / sem drive /sem comando ventilatório. - Pctes sedados - Lesão do SNC As indicações são as mesmas da controlada porem na assistida controlada o pcte pode disparar o aparelho. Qual a ≠ do ciclo controlado p/ o assistido? Só o disparo. ?SIMV (ventilação mandatória intermitente sincronizada) É uma modalidade q passa ter ciclos espontâneos - modalidade de transição. Assiste ciclos controlados ou espontâneos. Funcionamento Devo ajustar uma freqüência p/ garantir ciclos assistidos controlados. Tudo q o pcte fizer alem do programado será ciclo espontâneo. qual a diferença do SIMV p pressão de suporte? Modos SIMV a volume - Disp: tempo \ sensib - Ciclagem: volume Ajustes: - freq 12 a 18 (p/ saber olho a gaso) - VC: 5 a 8ml/kg de peso - PEEP: 5 a 10cmH2O) - FiO2 (fração insp): 21 a 100% - Fluxo (só p/ isp): 30 a 60Lpm - Sensibilidade: 2 - Ajusto tbém pressão de suporte SIMV a Pressão - Disp: tempo / sens. (Disparo misto) - Ciclagem: tempo (= tempo insp) Ajustes: - Pisnp: até 35cmH2O - F: 12 a18 - PEEP: 5 a 10 - Tempo insp: 1seg - fiO2: 21 a100 - sensibilidade: 2 - + espontânea Ajusto tbém pressão de suporte ? É uma modalidade de transição (nem tão controlada nem tão espontânea). Indicação - Pcte em processos de desmame porem q ainda precisa de VPP (ventilação com pressão positiva) Vantagens / objetivo Reduzir sedação pq permite q o pcte fique + estável. Pcte acabou de entrar na UTI (po de cirurgia). Q modalidade usar? Pcte grave: assistido controlada grafico Pressão de suporte É uma pressão positiva e constante de suporte, mas q entra somente nos ciclos espontâneos. Só ajusto pressão de suporte a partir do SIMV. A pressão de suporte dispara pela sensibilidade (para q o aparelho mande a pressão de suporte nos ciclos espontâneos o disparo é pela sensibilidade). A ciclagem é a fluxo (significa q qdo o ventilador percebe uma diminuição da velocidade do ar a 75% do pico o aparelho cicla) única modalidade q cicla a fluxo. No ciclo espontâneo só se ajusta: - Sensibilidade 2 cm de H2O - Pressão de suporte de 5 a 25 cm de H2O (até 30 é tolerável) - PEEP - fiO2 Não a controle sobre o volume corrente, sobre o fluxo, freqüência respiratória e tempo inspiratório. Fluxo de ataque (é livre e decrescente) começa com tudo e decresce. PSV = ventilação sem pressão de suporte É uma ventilação completamente espontânea, onde ñ é ajustada a freqüência respiratória. Ultima modalidade do desmame O ajuste de pressão de suporte deve ser ideal, para isso devemos observar a freqüência respiratória. Se a freq respiratória do pcte estiver baixa, o suporte deve estar alto - devemos abaixá-lo. Se a freq estiver alta o suporte deve estar baixo. Indicação: - Pte com drive (comando) preservado - Desmame de 5 a 8 - Pode usar pressão de suporte sozinha ou associada a SIMV. Não indicar (desvantagem) - Pcte com drive alterado; - Pcte com doença neuromuscular; - Pcte q não dispara o aparelho – não tem força muscular. VENTILAÇÃO MECANICA NÃO INVASIVA Definição É uma técnica de ventilação com pressão positiva realizada através de mascaras ñ invasiva. Existem aparelhos específicos de VMNI Telma A VNI é uma técnica de ventilação mecânica que oferece um suporte ventilatório adequado através de uma máscara, sem a necessidade de qualquer tipo de prótese endotraqueal seja esta tubo orotraqueal, nasotraqueal ou traqueostomia Renata TIPOS DE MÁSCARA Nasal: Utilizadas em pacientes mais conscientes e colaborativos, posicionada sobre a base do nariz e acima do lábio superior. Facial: utilizadas em pacientes que não se adaptam à máscara nasal; abrange nariz e boca, contornando a base do nariz até região entre queixo e lábio inferior. Facial Total (Full Face): Utilizada nos casos de escaras faciais ou quando não há uma boa adaptação dos outros tipos de interface. é confortável + não é muito encontrada no hospital. Escafandra: Mais nova no mercado, ainda com poucos trabalhos que comprovem a sua eficácia, muito confortável para o paciente INSTALAÇÃO Explicar procedimento e orientar paciente Cabeceira elevada a 45º Permanecer ao lado do paciente segurando a máscara Iniciar a terapia com baixas pressões aumentando conforme a necessidade do doente Proteger a base do nariz com “pele artificial” Fixar a máscara com cuidado Ajustar PI ( IPAP ) afim de se obter VC = 6 – 8 ml/kg Ajustar Peep ( EPAP ) e FIO2 para SatO2 Ligar alarmes do ventilador e monitorar o paciente Reavaliar o paciente periodicamente OBJETIVOS DA VMNI Aumentar a ventilação alveolar Melhorar as trocas gasosas pulmonares Diminuir o trabalho respiratório Repouso parcial da musculatura respiratória Manutenção e melhora dos volumes pulmonares Diminuição da dispnéia Adequada sincronia paciente - ventilador Eliminar a necessidade de IOT SELEÇÃO DOS PACIENTES Dispnéia moderada ou grave FR acima de 24 ipm ( > 30 a 35 ipm ) Uso de músculos acessórios da respiração Assincronia tóraco - abdominal Anormalidade das trocas gasosas PaO2 / FIO2 < 200 PH < 7,35 com PaCO2 > 45 mmHg VANTAGENS VMNI -Evitar intubação - Complicações da intubação: pode gerar edema de glote, traqueomalacea, pneumonia hospitalar, barotrauma, lesão de via aérea superior, sedação, necessidade de sonda para alimentação. -Preservar vias aéreas superiores -Flexibilidade para conectar e desconectar a interface -Minimizar complicações relacionadas à VM -Diminuir risco de infecção pulmonar -Menor chance de causar hipotensão -Menor necessidade de sedação DESVANTAGEM DA VMNI -Exige experiência e dedicação da equipe -Consumo maior de tempo junto ao paciente -Risco de vômitos e aspiração de conteúdo gástrico -Risco de distensão abdominal - Correção de alterações gasosas é + lenta. - Não é indicada em pctes + graves - ex SARA. - É uma técnica q necessita da colaboração do pcte. - Pode haver vazamento. Indicação VMNI Pctes com desconforto respiratório: - taqdispneia, freq maior q 30, - uso da musculatura acessória, - tiragem, - padrão paradoxal. Alterações na gaso: acidose respiratoria com hipoxemia (indica hipoventilaçao). Insuficiência Respiratória Aguda DPOC EAP Desmame Contra-indicações VMNI - Risco de aspiração - parada cardiorrespiratória - instabilidade hemodinâmica: principalmente hipotensão grave. - Trauma facial ou queimadura. - PO recente de cirurgia facial, esofágica ou gástrica - Inabilidade de eliminar secreção - Pneumotórax ñ drenado - Sangramento gasto intestinal (HDA) = hemorragia digestiva alta. Contra – Indicações Relativas - Ansiedade extrema - Obesidade mórbida, esta gera hipoventilaçao grave. - Secreção abundante - SARA com hipoxemia grave - Rebaixamento de nível de consciência - Obstrução das vias aéreas - pós-operatório de cirurgia abdominal. Devido a aerofagia (engolir ar) e distensão abdominal. - Paciente não colaborativo - Alterações anatômicas importantes Modos ventilatórios - modalidades da ventilação não invasiva CPAP PRESSÃO DE SUPORTE Binível CPAP - Sistema onde a máscara é conectada a um fluxo contínuo (gerador de fluxo) que pressuriza a câmara formada pela máscara e a face do paciente. -Pressão positiva constante nas vias aéreas na expiração. - Na válvula expiratória é conectado uma válvula de PEEP. Telma CPAP: é a 3° forma de ventilação ñ invasiva = pressão positiva contínua nas vias aéreas. Tem 1 nível de pressão. É um fluxo continuo + a pressão positiva = peep. Efeitos fisiológicos: - melhora da PaO2 pelo aumento da CRF - É utilizada em pacientes sem hipercapnia. Ajustes: Fluxo – 40 a 60 l/min Peep – 5 a 10 cm H2O Benefícios do CPAP: são os benef da peep. - Recrutar alvéolo, - melhorar oxigenação - é indicado principalmente em atelectasia e edema agudo de pulmão. CRF Redistribui líquidos Limitação: Não garante que diminua o desconforto respiratório, porém ajuda no desconforto devido fluxo constante deixando os alvéolos pressurizados. BINIVEL ou BIPAP São 2 nível de pressão: pressão insp e pressão exp IPAP (pressão insp) = pressão positiva nas vias aéreas na inspiração. Tem o objetivo de desconforto respiratório EPAP (pressão exp) Pressão positiva nas vias aéreas na expiração. Tem a função de melhorar a oxigenação / tem função de PEEP: aumentar a CRF, recrutar os alvéolos e melhorar a oxigenação. Benefícios desconforto respiratório – IPAP Melhora oxigenação - EPAP Ajustes: Epap: ajustamos de 5 a 8 Ipap: ajustamos mínimo de 5 Desde q haja diferencial entre ins e exp. *Justifique o uso da VMÑI no edema agudo e DPOC: DPOC: o objetivo é dá suporte p/ diminuir a falta de ar. Edema agudo: o objetivo é recrutar o alvéolo. ..........................x............................ Obs: independente da doença, a escolha deve ser sempre BINIVEL pq alem dos efeitos da PEEP, tem a pressão inspiratória q diminui o desconforto. Se ñ tiver podemos utilizar o ventilador mecânico convencional adaptado a mascara. Neste caso utilizamos: PSV – ajustamos: - pressão de suporte - insp - Peep - exp - fiO2 PRESSÃO SUPORTE Ventilação onde a respiração espontânea é assistida, o fluxo inspiratório é livre e o ventilador é um gerador de pressão constante, mantendo um patamar de pressão inspiratória constante até o final da inspiração. FALÊNCIA DA VNI 30 min de VNI (pacte em narcose) - 40 min de terapia Complicações VMNI Necrose de pele da face Distensão gástrica Irritação ocular Retenção de secreções Pneumonia hospitalar Quando desistir da VMNI Desconforto ou dor Ausência de melhora clinica Instabilidade hemodinâmica Hipersecreção Nível de consciência rebaixado Letargia ou agitação ........................................x......................................... O DPOC é um pcte q se beneficia muito com a VMÑI Diminui mortalidade Diminui a necessidade de intubação. Diminui dias de internação hospitalar OXIGENIOTERAPIA É o fornecimento de O2 suplementar (alem do que o individuo respira normalmente). Em ar ambiente a fração inspirada de O2 é em torno de 21%. Em oxigenioterapia o objetivo é aumentar essa concentração. PRINCIPAL INDICAÇÃO • Hipoxemia (falta de O2 no sangue). Como saber se o pcte está c/ hipoxemia? r. pela gaso ou oximetria de pulso. Q parâmetro observa-se na gaso? r. PaO2 (normal = 80 a 100 mmHg). Observo O2 dissolvido no plasma. O q observo na oximetria de pulso? r. Saturação = O2 na hemoglobina. • é indicada qdo a PaO2 estiver menor que 80 e a SO2 tiver menor que 90% - Oxigenioterapia hospitalar. • PaO2 menor que 55 mmHg e SO2 tiver menor que 88% no repouso - Oxigenioterapia domiciliar (ou contínua). • Evidências de cor pulmonale • Durante atendimento fisioterapêutico (se necessário) • Durante programa de reabilitação pulmonar (se necessário) Qual a FiO2 no ar ambiente? r. 21%. Qdo dou um suporte de O2 estou aumentando a FiO2. O melhor q conseguimos é com a Venturi. Quais as formas de ofertar O2 no hospital, na casa, quais os cuidados com o cilindro? No hospital: oxigênio de rede. Na casa: cilindro ou concentrador. Cuidados com o cilindro: ñ deixar no quarto – é altamente inflamável Concentrador: ele é ligado na energia Ñ gasta muita luz Ele puxa o ar externo filtra e pressuriza. Usa-se até 4 L/min. Devo orientar o pcte a informar a companhia de eletricidade devido blecaute Tem q fazer higienização dos filtros (tem 1 a 2 filtros externos, interno: são vários filtros). É portátil, indicado p/ quem tem vida ativa. FONTES DE O2 Em Hospital é através da rede de O2. Em casa pode ser através de Cilindro – O2 puro. Outra forma é através de um Concentrador – pega o ar ambiente, filtra/elimina o nitrogênio e só capta o O2. DISPOSITIVOS PARA MINISTRAR O2 Quais os tipos de cateter? Cateter nasal, Cateter nasofaringeo. Cateter nasal: é + usado. + comum é usar 3 a 4 Lpm – mais q isso o fluxo seca as vias aéreas,..... Em ar ambiente a fiO2 é 21% Se eu pegar o cateter ligar no fluxometro, por na pessoa e ajustar X Lpm terei: 1 Lpm oferta-se 25% 2 Lpm oferta-se 29% 3 Lpm oferta-se 33% 4 Lpm oferta-se 37% 5 Lpm oferta-se 41% 6 Lpm oferta-se 45% = máximo Problemas do cateter: o fluxo pode gerar um ressecamento da mucosa e sangramento (=epistaxe). Limitação do fluxo. Cateter nasofaringeo Vai até a faringe. É + barato porem pouco usado devido desconforto. Até 4L/m Mascara facial simples ou macronebulização. -É preciso de mascara facial; -Conexão (=traqueia); -Copo de umidificação (c/ água); A mascara tem a vantagem de oferecer boa umidificação. A mascara deve está fixa mas sem que o pcte reinale CO2. O fluxo utilizado é a partir de 6Lpm – máximo 15. A fração inspirada é no máximo 55%. Desvantagens: -Difícil adaptação na face gerando muita perda ou reinalação do CO2. -Irritação ocular. -Lesões na face. -É uma mascara de fluxo variável / baixo fluxo. Mascara facial de venturi É uma mascara acoplada numa válvula com alto fluxo e FiO2 fixa. É um sistema de válvula que oferece diversas frações de O2. Cada cor determina uma fração inspirada de O2 fixo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Blecaute Vantagem É um recurso bom principalmente p/ quem precisa de alta concentração de O2. É possível saber qual a FiO2 q estou ofertando. Desvantagens: -Ñ tem boa umidificaçao; -Fica muito fixa na face podendo reinalar o CO2; -Se o pcte vomitar ele pode broncoaspirar. Mascara de traqueostomia Idem facial simples porem adaptada para a traqueo. DISPOSITIVOS PARA CRIANÇAS Vapor Jet: é um frasco q fica jogando um fluxo diretamente na face da criança. Halo: = capacete de acrílico. Tenda: até o tórax. Os RN / pré-maturo vão p/ intubação dentro da isolete. Toxicidade do O2 FiO2 em concentrações acima de 60% por um período superior a 6hs passa ser toxico. -Gera morte celular, inflamação; se tem inflamação vai ter que reparar, o reparo gera fibrose pulmonar. -Atelectasia de reabsorção: ela ocorre pela substituição do nitrogênio que é um gás volumoso pelo O2 que é um gás menos volumoso. -Retinopatia: é uma lesão dos vasos da retina (ocorre pelo sangue) causa inflamação e fibrose podendo gerar cegueira. ......................................................x...................................................... INDICAÇÃO EM PCTES C/ TRAQUEO -Umidificar a via aérea. -Fornecer O2, Pode ser feito com as mascaras ex. Venturi. CONTRA-INDICAÇÃO DA OXIGENOTERAPIA Não há um contra indicação para o uso de oxigenoterapia, já que, sua aplicaçãoesta bem fundamentada na literatura O que existe, são efeitos tóxicos e deletérios do uso de oxigênio, que devemos ficar atentos CRITERIOS PARA MINISTRAR OXIGÊNIO Existem sistemas de baixo fluxo e de alto fluxo. Como escolher qual dispositivo usar para ofertar O2: Necessidade do O2. Ex: na mascara de venture é possível ofertar mais O2 (até 50%). no cateter de O2 oferta-se pouco O2. Necessidade de umidificação. Ex: hipersecreção - pcte hipersecretivo há necessidade de umidificar p/ q a secreção fique mole. Tolerância a técnica Para eu ofertar O2 à pessoa eu preciso de uma fonte de O2, esta fonte irá gerar um fluxo de O2. O fluxometro irá marcar o qto de fluxo de O2 estamos ofertando – ofertamos de 1 a 15Lpm. Tubo “T” ou “Y” • Este sistema é usado para pacientes que estejam intubados e/ou traqueostomizado • Coloca-se uma peça em formato de “T” ou “Y” na extremidade do tubo orotraqueal ou da traqueostomia e instale: fluxometro de oxigênio + copo de umidificação + traquéia. Cateter nasal Cateter nasofaringeo Mascara facial simples Mascara facial de venturi Mascara de traqueostomia Fluxo 1 a 6L/min + comum é usar até 4. 1Lpm oferta-se 25% 6Lpm oferta-se 45% a partir de 6L/min. máximo 15. fração inspirada: máximo 55%. a partir de 6L/min. máximo 15. fração inspirada: máximo 55%. DESMAME Definição 1: Desmame é a retirada gradual ou abrupta do pcte do Ventilador Mecânico. Extubação é a retirada da cânula. 5 a 30% dos pctes é difícil retirar do VM Definição 2: Desmame = Interrupção do suporte ventilátório Independe do tempo. Redução dos parâmetros progressivamente Interrupção ventilatória = Desconecção do paciente Curto período de tempo Objetivos Reduzir o suporte ventilatório. Favorecer a independência do paciente. Diminuir o risco das complicações da assistência ventilatória invasiva. Fatores que retardam o desmame Demanda ventilatória medo, ansiedade, acidose, infecção... Complacência fibrose, edema pulmonar, obesidade, ascite... Resitência broncoespasmo, edemas de mucosa, tubos... Fatores facilitam o desmame Otimização das condições clínico / cirúrgicas Escolha do ventilador adequado Ajuste da ventilação Equipe multidisciplinar sincronizada Fisioterapia respiratória pcte q tem desmame difícil / fatores que levam ao desmame difícil Pneumopatas (DPOC, asma etc.) Neuropatas (TCE, AVE extenso, lesão no bulbo etc.) Cardiopatas (ICC etc) pos operatório de cirurgias torácicas e abdominais Nível de consciência Mecânica pulmonar Normalmente os pctes q tem desmame difícil são pctes que tem desequilíbrio entre a demanda (trabalho) e a capacidade ventilatoria. Ou seja, Falência no desmame são indivíduos que: ou tem aumento no trabalho respiratório ou diminuição da capacidade ventilatoria. Fatores q pode aumentar o trabalho para respirar: - Bronco espasmo - Hipersecreção - Atelectasia Fatores q pode ↓ a capacidade ventilatoria: - Fraqueza - Ausência de nível de consciência. Parâmetro (o q devemos saber antes de extubar o pcte) Descurarização: Avalia a condução elétrica na placa neuromotora Nível de consciência: Avalia o estado de alerta e grau de sedação. glasgow abaixo de 8 contra-indica o desmame. DESCURARIZAÇÃO E NÍVEL DE CONSCIÊNCIA ADEQUADO Paciente completamente descurarizado e consciente mantém flexão cervical por 5 segs. Tem q ter sido retirada a sedação. Lembrar q a sedação tem efeito residual. Estabilidade hemodinâmica Avaliar se o pcte está estável hemodinamicamente (PA nem muito alta nem muito baixa) Observar perfusão periférica Monitorização contínua: Frequência cardíaca Ritmo cardíaco Pressão venosa central Pressão arterial média Swan Ganz Débito cardíaco Índice cardíaco Pressão capilar pulmonar Com ou sem drogas O ajuste das drogas inotrópicas e/ou vasoativas podem interferir no desmame ventilatório Hemograma: devemos olhar o nível de Hb (normal: 12 a 15 g/dl (adulto), mas varia de laboratório p/ laboratório. Observar mecânica respiratória: a complacência tem q está maior 50mlcmh2O - normal de complacência = 200. Observar estabilidade das vias aéreas: p/ desmame tem q descartar bronco espasmo, hipersecreção, atelectasia. Observar trocas gasosas (olha na gasometria) Descartar acidose ou alcalose respiratoria pq tanto uma qto outra indicam problema no Co2. Problemas no CO2 indicam problema de ventilação. Observar PaO2 Pressão arterial de O2 - deve está de 80 a 100mmhg. gasometria arterial PaO2 / FiO2 Relação obtida entre PaO2 (gaso) e a FiO2 (respirador) – deve está acima de 200. = índice de oxigenação? SpO2 Monitorização não invasiva - tem q está maior q 90% Oximetria de pulso fiO2: tem q esta menor ou igual a 40% Relação PaO2 / FiO2 Índice de oxigenação é uma relação entre a oferta e a absorção de O2 (normal = 300 a 500). Para desmame o índice de oxigenação bom tem q está acima de 200. Ex. índice de oxigenação PaO2 (é o q o pcte tem no sangue) fiO2 (é o q ofertamos) Ex1: um pcte tem uma PaO2 = 80 e fiO2 = 100% Qto está o índice de oxigenação? 80 ÷ 1= 80 Ex2: pcte em processo de desmame com PaO2 =120 e fiO2 = 30%. Qto está o índice de oxigenação? 120 ÷ 0,3 = 400 Instabilidade hidroeletrolítica - Observar o balanço hídrico - Observar nível de sódio 135 a 145mq/dL - Observar potássio (K) Esses íons são importantes p/ atividade neurológica. Hipotermia-Desvio da curva de dissociação da Hb para a esquerda. Instabilidade infecciosa Temperatura corporal: olhar se o individuo fez febre. Parâmetro para extubação: 35,5 ºC Observar se tem secreção brônquica leucograma: Observar nível de leucócitos: normal 5 a 10.000. Se tiver acima de 10.000 = leucocitose (indica infecção). Observar prescrição dos antibióticos. Sangramento Avaliar drenos antes e depois: - da ordenha - da fisioterapia 3 a 5 ml/Kg/h Avaliar incisões cirúrgicas e inserções de cateteres Diurese e função renal: Avalia o fluxo sanguíneo renal 1 ml/Kg/h Instabilidade do centro respiratório: Devemos observar se o pcte tem drive (comando /se dispara o aparelho). Observar Radiograma de tórax: Para descartar possíveis complicações. Ex: imagem de pneumonia demora p/ sumir. Avaliar: Posicionamento da cânula Sinais de origem: - Cardiogênica - Broncopulmonar - Infecciosa - Iatrogênica Medidas a serem realizadas (quem faz é o fisioterapeuta) Ventilometria Precisamos de um aparelho chamado ventilometro: mede o volume pulmonar Processo de desmame: Retiramos o pcte do ventilador e colocamos no ventilometro, faço as medidas p/ verificar se a pessoa agüenta fazer o desmame. Medidas - volume minuto deve ser menor q 10 litros - enqto o ventilometro marca o volume minuto, devo observamos a freqüência respiratória do pcte em 1 minuto, esta deve está menor q 30 (normal é 12 a 18) - volume corrente (VC) - qdo o pcte está no ventilador o VC é ajustado de 5 a 8ml/kg. sozinho, o mínimo de VC q o pcte deve fazer é maior ou igual a 5ml/kg. - Capacidade vital: colocamos o ventilometro no pcte e pedimos uma máxima insp. + uma máxima exp. O aparelho irá marcar o qto ele faz. Deve ser maior ou = a 10ml Exemplo Pcte 50kg VC = 120ml CV = 200ml F = 42 Índice de TOBIN = Índice de respiração rápida e superficial. Relação entre f espontânea e VC (litros) / Índice de TOBIN é a freqüência ÷ pelo VC em litros, deve ser menor q 100. É o melhor índice no processo de desmame. O Índice de TOBIN faz uma relação entre freqüência e volume q nos dá parâmetro de mecânica respiratória. Ex1.f = 30 VC = 600 Qto dá o índice de TOBIN? 100 Ex2: F = 20 VC = 500 Qto dá o índice de TOBIN? 40 20 ÷ 0.5 = 40. Manovacuometro: mede pressão - PI Max (pressão inspiratória máxima) serve p/ verificar força muscular - geral A PI Max tem q está menor q 25cmH2O (ex. 30) - PI Max é pressão negativa. - PE Max (pressão expiratória máxima) tem q está maior q 50 - PE Max é pressão positiva. Métodos ventilatorios 1. SIMV (assistidas controladas + espontâneas) 2. PSV = ventilação por pressão de suporte, esta modalidade inclui somente ciclos espontâneos. Ajustes na PSV: - Pressão de suporte: começa com 12 ou 14. Ajusto de acordo com a freqüência e o volume que o pcte fizer. Mínimo = 5 a 8 (parâmetros mínimos p/ extubação) – normal = 5 a 25. - Sensibilidade = 2 - PEEP = 5cmh2o - fiO2 menor ou igual a 40% (mínimo = 21%) Após observados todos estes parâmetros pode ser feito a extubaçao Porem alguns pctes precisam fazer um teste. A partir daqui, ou extuba o pcte ou faz o teste: 3. Teste de respiração espontânea (usa o tubo T) Significa retirar o pcte do ventilador e conectá-lo na oxigenioterapia (nebulização) através de uma conexão q é uma peça em forma de T. Tubo T: uma parte conecta no tubo e uma parte conecta no oxigênio. O pcte deve permanecer no tubo T de 30 minutos a 2hs. O q acontece se deixar por muito tempo: - O tubo oferece resistência, o q aumenta o trabalho e gera fadiga muscular. - ñ existe a PEEP podendo gerar atelectasia. Após certificar-se de todos os parâmetros acima extuba-se o pcte. 4. Procedimento - extubação - Realizar a higiene brônquica - Separar o material: mascara de O2, seringa p/desinsuflar o cuff, tesoura para soltar a fixação. - Posicionar o pcte em DD elevado (p/ facilitar a mecânica) - Auscultar - Retirar a fixação - desinsuflar o CUFF - Pedir p/ o pcte inspirar e o terapeuta retira o tubo na inspiração pq a epiglote fica aberta. - Solicita a tosse após retirada do tubo. - Conecta o pcte na oxigenioterapia- Cateter o2 Falha no desmame Falha no desmame: reintubação antes de 48 horas pós- extubação. Principais complicações: Edema de glote (reação inflamatória na região da glote q fica na laringe). Broncoespasmo Hipersecreção Traqueomalacea. O pcte pode evoluir com insuf. Respirat. Atelectasias Isquemia cardíaca Broncoaspiração Nível de consciência Estado nutricional inadequado Protocolos de desmame Variam com a característica dos pacientes e rotina de cada UTI Avaliação contínua dos pacientes por profissionais habilitados Disponibilidade de recursos técnicos Eleição do melhor método Descanso muscular por 24 hs. se houver insucesso Planejamento de estratégias por toda a equipe nos casos de desmame difícil Evitar reações de pânico nas situações de reintubação Manter a família informada Como desmamar o pcte da traqueostomia: Qudo é indicado traqueostomia: em torno de 14 dias – depende do hospital. Indicação: Doenças neurológicas ..............................x................................ Estudar Resistência Volume normal Como calcular: ..........................x........................................ Se tiver acidose metabólica (ph , HCO3 ), para compensar o bicarbonato baixo o pcte irá hiperventilar. ..........................x........................................ Complacência = capacidade de distensão do pulmão. O aparelho do HSPM irá me dá o valor. Complacência = volume ÷ por pressão. Complacência pulmonar estática: = como está a distensão do pulmão parado/em repouso. Ex. no DPOC a complacência estática é gde (alta) pq o volume no repouso está aumentado. A complacência dinâmica (variação de volume) é pequena. Como calcular a complacência estática: Complacência estática = VC ÷ por pressão de platô menos a PEEP. Complacência normal =200. VC: vejo no ventilador=VTi (que está entrando/ventilando). Qdo entra o volume gera uma pressão de pico (=P Peak). Esta é a pressão total do sistema. A pressão que irei usar é a pressão do pulmão (=pressão de platô). Para saber aperto o botão pausa (no aparelho). Qdo aperto pausa o ar entra = pressão de pico, o ar vai se redistribuir e vai cair um pouco essa pressão = pressão de platô. Ou seja, o ar entra = pressão de pico, o ar se reajusta no pulmão = pressão de platô. Como achar a pressão de platô: o aparelho manda ar = pressão de pico, dei pausa = o ar redistribui no pulmão = pressão de platô do pulmão. Complacência pulmonar dinâmica: = diferencial de volume e de pressão (como está a ida e vinda) Como calcular: Complacência dinâmica = VC ÷ por pressão de pico menos a PEEP. Resistência Volume normal Como calcular: Leucocitose Dependendo de qual célula está desviada indica uma infecção especifica. TUBERCULOSE DEFINIÇÃO: Doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium Tuberculosis. Os aspectos característicos incluem um período de latência (em geral prolongado) entre a infecção inicial e a doença evidente, pneumopatia acentuada (apesar de outros órgãos poderem ser comprometidos) e resposta granulomatosa associada à intensa inflamação e dano tecidual. ETIOLOGIA: A tuberculose é causada pelo Mycobacterium Tuberculosis bacilo de espécie aeróbica. É capaz de sobreviver e de se multiplicar no interior de células fagocitárias. Reproduz-se a cada 14 à 20 horas, isto explica a evolução lenta da doença e a eficácia da medicação, administrada uma só vez ao dia. Em condições adversas na lesão, o bacilo da tuberculose é capaz de diminuir seu metabolismo e sua multiplicação e permanecer latente por longo período, caracterizando a persistência bacteriana, o que explica a reativação da doença, em poucos casos, após a suspensão das drogas corretamente administradas, ou seu surgimento, em qualquer órgão, anos depois da infecção inicial. TRANSMISSÃO (meio de contagio) -Se dá por vias aéreas. Pessoas contaminadas expelem o bacilo (partículas) pela tosse, espirro ou simplesmente falando. A doença pode se manifestar logo após o contato ou até anos depois. A bactéria age destruindo os alvéolos pulmonares, criando pequenas cavidades no órgão que impedem a troca gasosa, podendo levar à morte por insuficiência respiratória. FORMAS MAIS COMUM DE TUBERCULOSE *TUBERCULOSE PULMONAR: Classifica-se como primária ou pós-primária (secundária) DOENÇA PRIMÁRIA: Quando uma pessoa que nunca se vacinou com BCG, entra em contato com o bacilo da tuberculose alguns bacilos atingem a periferia do pulmão e passam a se multiplicar. Inicialmente produzem processo inflamatório inespecífico, que geralmente, localiza-se no terço médio do pulmão. Durante 15 dias os bacilos continuam a se multiplicar com facilidade e do foco pulmonar migram por via linfática, para os gânglios hilares e mediastínicos, através desses, atingem o ducto torácico, caem na circulação sanguínea e se disseminam pelo organismo. Essa multiplicação ocorre porque o organismo ainda não possui uma proteção natural contra a doença, havendo, portanto, a instalação da tuberculose primária, caracterizada pequenos nódulos nos pulmões. DOENÇA PÓS-PRIMÁRIA: Ocorre em pessoas que possuem um certo grau de defesa do organismo seja ela natural ou adquirida. Vale ressaltar que esta defesa adquirida pode ser alterada por fatores como: desnutrição, alcoolismo, diabetes, estresse, etc. Este tipo de tuberculose caracteriza-se por ser um processo limitado ao pulmão sem características de disseminação, pelo menos na fase inicial. Localiza-se constantemente nos lobos superiores e segmento superior do lobo inferior. Em casos de imunodepressão como na AIDS, diabetes, etc., outros segmentos são comprometidos, caracterizando a tuberculose de localização atípica. A tuberculose de reinfecção também se inicia como processo inespecífico, exudativo, mas logo a seguir, pela presença de imunidade adquirida,se transforma em processo produtivo, com formação de granuloma, constituído por células epitelióides, células gigantes de Langhans, histiócitos e fibroblastos que delimitam o processo infeccioso *TUBERCULOSE MILIAR A tuberculose miliar ocorre por disseminação hematogênica do bacilo da tuberculose. Embora em crianças com freqüência ocorra da infecção primária recente, em adultos pode ocorrer por infecção recente ou por reativação de antigos focos disseminados. Na maioria dos casos, os sintomas de apresentação são febre, sudorese noturna, anorexia, fraqueza, dispnéia e tosse seca. *MENINGITE TUBERCULOSA (tuberculose do SNC) A tuberculose do SNC responde por aproximadamente 5% dos casos extrapulmonares. É vista com mais freqüência em crianças pequenas, mas também pode ocorrer em adultos, especialmente aqueles infectados pelo HIV. Possui duas apresentações: meningoencefalite e tuberculoma intracraneano. A meningite tuberculosa resulta da disseminação hematogênica da doença pulmonar primária ou pós-primária, ou da ruptura de um tubérculo subependimário no espaço subaracnóideo. TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR Em ordem de freqüência, os locais extrapulmonares mais comumente acometidos pela tuberculose são linfonodos, pleura, trato geniturinário, ossos e articulações, meninges, peritônio e pericárdio. No entanto, praticamente todos os sistemas orgânicos podem ser acometidos. TUBERCULOSE EM LINFONODOS A apresentação mais comum de tuberculose extrapulmonar (documentada em > 25% dos casos), a doença linfodal é particularmente freqüente entre os pacientes infectados pelo HIV. Nos EUA, crianças e mulheres (em particular não-brancas) também parecem ser especialmente suscetíveis. TUBERCULOSE PLEURAL O acometimento da pleura é comum na tuberculose primária e resulta da penetração de bacilos da tuberculose no espaço pleural. Dependendo da extensão da reação, o derrame pode ser pequeno, permanecer despercebido e resolver-se espontaneamente ou ser grande o suficiente para causar sintomas como febre, dor torácica do tipo pleurítica, dispnéia e tosse seca. TUBERCULOSE DE VIAS AEREAS SUPERIORES Quase sempre uma complicação da tuberculose pulmonar cavitária avançada, a tuberculose das vias respiratórias superiores pode acometer a laringe, a faringe e a epiglote. Os sintomas incluem rouquidão e disfagia, além da tosse produtiva crônica. TUBERCULOSE RENAL Responde por aproximadamente 15% de todos os casos extrapulmonares, sendo geralmente devida a disseminação hematogênica após infecção primária. Há predomínio de sintomas locais. As apresentações comuns são de freqüência urinária, disúria, hematúria e dor lombar. No entanto, os pacientes podem estar assintomáticos e a doença só ser descoberta após o desenvolvimento de lesões renais graves. TUBERCULOSE OSTEOARTICULAR Na doença osteoarticular, a patogenia está relacionada com a reativação de focos hematogênicos ou com a disseminação a partir de linfonodos paravertebrais adjacentes. As articulações que sustentam peso (coluna vertebral, quadris e joelhos) são mais acometidas. TUBERCULOSE GASTRINTESTINAL Qualquer parte do trato gastrintestinal pode ser acometido pela tuberculose. Vários mecanismos patogênicos estão envolvidos: deglutição de escarro com disseminação direta ou disseminação hematogênica. Os achados comuns à apresentação são dor abdominal, diarréia, obstrução, hematoquesia e massa abdominal palpável. Febre, perda ponderal e sudorese noturna também são freqüentes. TUBERCULOSE PERICÁRDICA Por progressão direta de um foco primário no interior do pericárdio, reativação de um foco primário no interior do pericárdio, reativação de um foco primário latente ou ruptura de um linfonodo adjacente, a tuberculose pericárdica muitas vezes tem sido uma doença de idosos nos países com baixa prevalência de tuberculose, mas também se desenvolve com freqüência nos paciente infectados pelo HIV. O início pode ser subagudo, embora uma apresentação aguda com febre, dor retroesternal e atrito pericárdico seja possível. FORMAS DE DISSEMINAÇÃO DA TUBERCULOSE A. Broncogênica – ocorre disseminação para outras áreas do parênquima pulmonar. B. Hematogênica – apresenta 2 etapas de disseminação. 1. Aguda – Tuberculose Miliar 2. Crônica – lesões extrapulmonares C. Linfática – é comum na infância e no adulto jovem. Atinge os linfonodos hilares e mediastinais. DIAGNÓSTICO: É feito baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente como: - tosse com ou sem expectoração persistente por mais de três semanas, - emagrecimento, - hemoptise e principalmente com história epidemiológica sugestiva da doença. Radiografia do tórax que mostre alterações compatíveis com tuberculose pulmonar. Secreção do pulmão (baciloscopia). O escarro pode ser coletado (de preferência, pela manhã) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente, duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessárias amostras adicionais para obtenção do diagnóstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis está confirmada a doença. Pode ser diagnosticado também através de testes tuberculíneos como o Mantoux. É feito injetando-se tuberculina (uma substância extraída da bactéria) debaixo da pele. Se, após 72-96h, houver uma grande reação de pele, significa que pode haver uma infecção ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com BCG feita na infância. Então, este exame não confirma o diagnóstico, mas pode auxiliar o médico. Aspirado gástrico: é aspirado conteúdo do estômago à procura do bacilo contido no escarro deglutido. É mais usado em crianças. Fibrobroncoscopia: é muito utilizada nos casos em que não há expectoração. Neste exame, um aparelho flexível entra no pulmão e coleta material que deve ser encaminhado para a pesquisa do bacilo da tuberculose. Em poucos casos, a biópsia pulmonar, através de cirurgia, pode ser necessária. SINAIS CLÍNICOS TB primaria: febre e falta de apetite são ocasionais. TB secundaria: pode ser assintomática, inicio de febre, suores noturno, fraqueza, fadiga, perda do apetite e de peso, tosse produtiva, escarro com estrias de sangue ou hemoptise. Ausculta: Sibilos e/ou murmúrios vesicular localmente diminuído podem ser ouvidos em pacientes com estreitamento das vias aéreas peri ou endobrônquicas. RADIOGRAFIA DO TÓRAX Uma radiografia postero-anterior do tórax é a tradicionalmente feita. Outras vistas (lateral ou lordótico) ou imagens de tomografia computadorizada podem ser necessárias. Em tuberculose pulmonar ativa, infiltrações e/ou cavidades são freqüentemente vistas na parte superior dos pulmões com ou sem linfadenopatia (doença nos nódulos linfáticos) mediastinal ou hilar. No entanto, lesões podem aparecer em qualquer lugar nos pulmões. Em pessoas com HIV e outras imuno-supressões, qualquer anormalidade pode indicar a TB, ou o raio-x dos pulmões pode até mesmo parecer inteiramente normal. Em geral, a tuberculose anteriormente tratada aparece no raio-x como nódulos pulmonares na área hilar ou nos lóbulos superiores, apresentando ou não marcas fibróticas e perda de volume. http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiografia http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rax http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Imuno-supress%C3%A3o&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Hilo Bronquiectastia (isto é, dilatação dos brônquios com a presença de catarro) e marcas pleurais podem estar presentes. Nódulos e cicatrizes fibróticas podem conter bacilos de tuberculose em multiplicação lenta, com potencial para progredirem para uma futura tuberculose ativa. Indivíduos com estas características em seus exames, se tiverem um teste positivo de reação subcutânea à tuberculina, devem ser consideradas candidatos de alta prioridade ao tratamento da infecção latente, independente de sua idade. De modo oposto, lesões granulares calcificadas (granulomas calcificados) apresentam