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Petição Inicial - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE PALHOÇA/SC.
MÁRIO, brasileiro, estado civil ...., caminhoneiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 0.000.000-0, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, endereço eletrônico ......., residente e domiciliada na Rua ...., nº ..., bairro ...., CEP 00.000-000, na cidade de Palhoça/SC, neste ato representada por seu procurador, Dr........., com endereço profissional na ................, nº 00, bairro....., cidade/estado....., vem, respeitosamente, por seu procurador infra-assinado, ajuizar a presente.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS.
Pelo procedimento comum, em desfavor da EMPRESA XYZ, sociedade empresária limitada inscrita no CNPJ 00.000.000/0001-00, sediada em Araranguá/SC, na rua ......., bairro ........., com endereço eletrônico .........., pelos fatos a seguir aduzidos:
DOS FATOS
Mario microempreendedor, caminhoneiro, que tem como renda única o transporte de fretes é proprietário de um Caminhão.
	No dia 13/07/2020 às 21 horas o Sr. Mario, caminhoneiro, dirigia a Caminhão usada nos fretes na pista da esquerda, no Km 235 da rodovia BR-101. Ocorre que no município de Balneário Camboriú/SC, o Sr. Marcos foi fechado pela carreta de propriedade da empresa XYZ e dirigido por seu colaborador João Adalberto, sendo jogado contra o muro de contenção da rodovia.
	O Caminhão, com o impacto, ficou todo abalroado, com danos em toda lataria, tanto do lado esquerdo no qual bateu no muro, como do lado direito, que foi atingido pela carreta, segue anexo fotos do veículo, após contato com o gerente Matheus Alvarenga da empresa XYZ, o Sr. Mario não recebeu nenhum retorno e providenciou o Boletim de ocorrência junto a três orçamentos sob os danos do veículo sendo o de menor valor o de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
	Mario ficou afastado de seus afazeres por 1 mês, na espera da empresa XYZ que não entrou em contato, tendo que arcar com o conserto de seu Caminhão. Analisando o balanço mensal do Sr. Mario constatou-se que esta possuía um faturamento mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). No período de 1 mês, o Sr. Mario, ficou em dificuldades financeiras, acumulando um prejuízo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
	É importante ressaltar que se faz necessário o ressarcimento do conserto do Caminhão para que o senhor Mario possa arcar com suas despesas.
DOS FUNDAMENTOS
I – DA INFRAÇÃO DE TRÂNSITO COMETIDA PELO RÉU
a) Artigos 186 e 927 do Código Civil: Conforme boletim de ocorrência, o condutor do veículo de propriedade da ré perdeu o controle de seu veículo e invadiu a pista da esquerda, vindo a colidir com o veículo do autor. Com essa conduta, o condutor do veículo agiu com imperícia e imprudência, descumprindo preceitos do Código de Trânsito Brasileiro.
b) Artigos 28, 29 e 34 do Código de Trânsito Brasileiro: considerando o descumprimento das normas de trânsito aplicáveis a espécie, conclui-se que o motorista da ré foi responsável pelo acidente ocorrido.
c) Artigo 932, III, Código Civil: responsabilidade pela reparação civil condutor empregado da ré (empresa de transportes).
II – PERDAS E DANOS MATERIAIS
No caso em concreto, o réu cometeu ato ilícito, sendo regra reparar danos resultantes independentemente de culpa, conforme prevê os artigos, 186 e 927 Código Civil/2002.
	Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntaria, negligência ou prudência, violar o direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
	Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
	Desta feita, o autor do dano deve ser responsabilizado não só pelo dano causado por sua culpa, como também daquele que tenha decorrência de seu simples fato, uma vez que no exercício de sua atividade, ele acarrete prejuízo a outrem, fica obrigado a indenizá-lo.
	Ponte de Miranda já antevia a possibilidade de indenização por dano moral:
“Sempre que há dano, isto é, desvantagem, no corpo, na psique, na vida, na saúde, no crédito, no bem estar, ou no patrimônio, nasce o direito a indenização	.”
	Ainda preceitua o Mestre Caio Mário da Silva Pereira, in Responsabilidade Civil, que:
“Quando se cuida do dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a convergência de duas forças: “caráter punitivo” para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que praticou; e o “caráter compensatório” para a vítima, que recebera uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido.”
	Tocante ao dano material, nessa espécie de indenização, prima-se pela reparação dos danos emergentes, ou seja, tudo aquilo que perdeu, bem como o que devido ao incidente deixou de ganhar-lucro cessante. A fim de tratar da matéria, o legislador editou o seguinte dispositivo civil:
Art.402. Salvo as disposições em contrário expressamente previstos em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
	Vale ressaltar que é incomparável o poder entre Autor e a Ré, onde, de um lado temos um simples homem, que tem procurado adquirir seus bens de forma honesta, cumprindo com seus compromissos periodicamente, e, do outro lado, uma empresa com alto poder aquisitivo, em que simplesmente da continuidade no seu trabalho sem ao menos se importar com patrimônio e a saúde de outrem.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência.
1 – Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 334 do NCPC;
2 – A citação do Réu para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão.
3 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar a ré no pagamento de:
a) Indenização por pernas e danos, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil), referentes ao conserto do veículo, de acordo com o menor orçamento.
b) Mais a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), correspondente aos lucros cessantes referentes ao período em que o Mario ficou impossibilitado de realizar os fretes, tendo em vista que o caminhão ficou parado para conserto no período de um mês deixando de receber tal quantia e vindo passar por apuros financeiros nesse período.
4 – Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da causa.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Termos em que pede deferimento.
Palhoça, xx/xx/2020
Dr.....
OAB .../....

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