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TCC- TDAH

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0 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
RAQUELLE COELHO ALBORGHETTI 
 
 
O TDAH DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
CEARÁ 
2020 
 
RAQUELLE COELHO ALBORGHETTI 
 
 
 
 
O TDAH DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência da 
disciplina de Trabalho de Conclusão 
de Curso 
 
 
 Orientador(a) :DEBORA RODRIGUES BARBOSA 
 
 
 
 
CEARÁ 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho de pesquisa é dedicado ao 
meu marido Rafaell de Queiroz Mendonça 
Desde que você passou a fazer parte da 
minha vida que vivencio uma espiral 
construtiva. Esta é uma das muitas 
conquistas ao seu lado. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO .................................................................................... 06 
2- METODOLOGIA ................................................................................. 07 
3- REVISÃO BIBLIOGRAFICA ............................................................... 07 
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 17 
5- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) trata-se de um 
assunto ainda pouco conhecido e discutido. Existindo inúmeros paradigmas que 
o rotulam no ambiente escolar como aluno mal-educado, impulsivo, indisciplinado 
e muitas vezes pouco inteligentes. Tal pesquisa, busca analisar a formação, o 
conhecimento e o trabalho do educador em sala de aula. A pesquisa nos mostrou 
a necessidade de preparação e capacitação dos educadores para o auxílio da 
inclusão, desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo desses alunos. 
Palavras-Chaves: Hiperatividade, Transtorno e Inclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
1- Introdução 
 A escolha do tema para a realização da pesquisa, deu-se pelo alto índice de 
crianças em idade escolar, portadoras do Transtorno do Deficit de Atenção 
(TDAH), no qual o diagnóstico errôneo compromete o aprendizado da criança ao 
longo da sua vida escolar. Com isso, destacamos o papel fundamental do 
professor, o qual está inserido neste contexto de ensino-aprendizagem do aluno. 
 Com o aumento do número de casos de crianças em idade escolar já 
diagnosticadas com o TDAH, faz-se necessária a presença de profissionais 
preparados para trabalhar com esses alunos. Sendo de suma importância o 
papel da escola na busca de soluções quando se identifica o TDAH na criança. 
Pois é através da observação, paciência e a disponibilidade do educador em sala 
de aula, que o diagnóstico correto será fundamental para o encaminhamento 
correto do aluno com TDAH, sendo necessária a diferenciação da a 
hiperatividade de um comportamento indisciplinado. 
 É de grande importância que o professor seja capaz de modificar a maneira 
de trabalhar, usar sua criatividade, adequar-se ao estilo de aprendizagem da 
criança, criando um ambiente propicio para o aluno. Uma vez que a desatenção é 
a principal característica de um indivíduo com TDAH, a escola deve se preocupar 
com o aprendizado deste aluno, sendo fator fundamental a utilização de uma 
metodologia que entenda que cada ser é único, com especificidades individuais, 
jamais comparando com um indivíduo ao outro. Sendo importante reconhecer a 
hiperatividade, a desatenção e a impulsividade como consequências de um 
transtorno 
 O objetivo geral deste trabalho é identificar a capacidade do educador em lidar 
com alunos portadores do TDAH dentro da sala de aula. 
 
 
 
7 
 
 
 
2- Metodologia 
 Esse trabalho científico contou com ampla revisão bibliográfica e os principais 
autores lidos foram Barkley (2002), Silva (2009) e Goldstein (2003), Andrade 
(2002) e Mattos (2005). 
 
3- Revisão Bibliográfica 
 De acordo com os dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção – 
ABDA (2008), a hiperatividade teve vários nomes no decorrer dos anos, a partir 
de 1980 que uma Associação Americana de Psiquiatra adotou oficialmente o 
termo Transtorno de Déficit de Atenção e, em 1994, foi atualizado para TDAH. 
 Segundo Arnold e Jensen (1999, apud Silva, 2009), há cerca de 30 anos, o 
TDAH era conhecido por diversos nomes. Por anos foi estudada a associação de 
dano cerebral com dificuldades comportamentais e cognitivas, englobando a 
impulsividade, a hiperatividade e a atenção. Estudos na história sobre o conceito 
de TDAH concluíram o distúrbio de conduta como resultante de um dano 
cerebral. 
 Segundo Barkeley (1998, apud Benczik, 2008), em 1947, surgiu o conceito de 
“Lesão Cerebral Mínima” (p. 22) de Strauss e Lehtinen aplicado a crianças com 
alterações de atenção, impulsividade e hiperatividade que não demonstravam 
evidências de patologias associadas a infecções, traumas cerebrais ou algum 
outro dano, apenas se manifestavam através do comportamento. Para tanto, nas 
décadas de 50 e 60, para aquelas crianças que não apresentavam patologias 
cerebrais associadas houve a substituição de dano para disfunção, modificando-
se a terminologia para disfunção cerebral mínima. 
 Segundo Chess (1960, apud Barkley, 2002) define a criança hiperativa como 
sendo aquela capaz de desenvolver atividades com uma maior velocidade do 
que as normais. 
 
8 
 
 
 
 Pesquisas em 1970 apontam o foco do transtorno como sendo a dificuldade 
de atenção e controle dos impulsos e não tanto a hiperatividade. Tal 
levantamento, justificou algumas das alterações da terminologia do transtorno 
para Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), publicado no Manual Diagnóstico e 
Estatístico de Transtornos Mentais – DSM – III (AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION, 1980). 
 Elas ganharam maiores proporções na década de 90 com o início de estudos 
clínicos em adultos considerando as taxas de comorbidades evidentes como 
depressão e transtorno de conduta, dentre outras. Novos critérios para seu 
diagnóstico foram definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais – DSM-IV (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994) que 
contemplava três subtipos definidos com base na predominância da desatenção, 
da hiperatividade e da impulsividade. 
 O importante é que o TDAH seja diagnosticado o mais cedo possível para que 
seja tratado de forma adequada. Essa iniciativa pode diminuir muito os conflitos 
vivenciados por estas pessoas tanto no ambiente familiar quanto no espaço 
escolar 
 O pedagogo deverá ter um conhecimento prévio do distúrbio de 
hiperatividade, para que possa entender e desenvolver uma metodologia 
necessária ao aluno hiperativo. Desta forma, é possível lidar com a dificuldade de 
concentração por uns longos períodos e desenvolver atividades que o faça definir 
as informações pertinentes. (BENCZIK, 2008). 
 Uma das opções de ajuda específica para os problemas de atenção são os 
programas individualizados de treinamento do autocontrole. Essencialmente, faz-
se com que a criança regule sua conduta de modo eficiente diante de uma 
atividade, através de pensamentos que ajudam a se organizar. Primeiramente, o 
adulto lhes fornece as instruções apropriadas, em forma de verbalizações desses 
pensamentos. Mas esta ajuda externa diminuirá progressiva e ordenadamente, 
para dar lugar a um maior envolvimento e iniciativa por parte da criança. Os 
princípios básicos sobre os quais este programa está baseado são os princípios 
de aprendizagem da modificação de conduta (BENCZIK, 2008). 
 
9 
 
 
 
 Segundo Barkley (2002), o TDAH é constituído de três problemas primários na 
capacidade de uma pessoa administrar seu comportamento: dificuldade em 
prestar atenção, controle ou inibição dos impulsos e daatividade excessiva. 
Ainda é descrito por outros profissionais, como dificuldades em seguir regras e 
instruções e variabilidade extrema em suas respostas a situações, principalmente 
atividades que se referem ao trabalho. O referido autor acredita que todos esses 
sintomas têm associação um déficit primário na inibição do comportamento, que 
é o símbolo do TDAH. Cientistas apontam o principal motivo desse distúrbio com 
a capacidade inibidora – seja ela ligada a problemas com a ativação ou estímulo 
da regulação cerebral, ou, ainda, a algum problema mais profundo com o 
funcionamento do cérebro. De qualquer forma, muitos estudiosos concordam que 
a inibição do comportamento é o problema central para a maioria dos portadores 
deste distúrbio. 
 De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção – ABDA (2008), 
a partir dos anos 80 tiveram início estudos sobre o TDAH em adultos. 
 O TDAH é um transtorno neurocomportamental bastante heterogêneo e que 
se caracteriza por uma combinação de sintomas que englobam: a desatenção, a 
hiperatividade e a impulsividade. 
 Segundo Pereira, Araújo e Mattos (2005, p. 392): 
[...] de acordo com manual de Diagnóstico e Estatística nas doenças 
mentais IV (Diagnostcand Statistical Manual of Mental Dissorders – DSMIV) 
o diagnóstico é obtido quando o paciente atende a pelo menos seis dos 
nove critérios de um ou de ambos os domínios da síndrome (hiperatividade/ 
impulsividade e desatenção) em pelo menos dois locais de avaliação 
distintos, como por exemplo, em casa e na escola [...]. 
 
 O TDA – Transtorno de Déficit de Atenção – como o próprio nome já diz, tem 
como principal sintoma a dificuldade em manter atenção, sendo os acometidos 
por tal transtorno, as pessoas são retratadas como distraídas e que “vivem no 
mundo da lua” (p.15). Conforme Mattos (2005) descreve, os portadores de TDAH 
não prestam a atenção em nada. Seja durante uma conversa, durante um filme 
ou durante atividades mais simples que se pareçam. 
 
10 
 
 
 
 Outros sintomas do TDAH são a impulsividade, a falta de persistência em 
tarefas e a dificuldade em se organizar. Assim, segundo Phelan (2007), tem-se a 
oportunidade de observar uma descrição clara de uma pessoa com TDA, que 
normalmente, atinge com mais frequência os meninos. Vale a pena ressaltar, 
mais uma vez, que não se trata de uma regra, ou seja, podemos ter também 
meninas com TDAH e meninos com TDA, como Phelan (2005, p. 7 e 60) cita 
abaixo. 
Sra.Collins, a Sara está indo tão bem quanto no ano passado. Ela 
não causa nenhum problema, sabe, e é tão meiga. É como se ela não 
estivesse nem ai boa parte do tempo. A senhora sabe, e é como se ela 
vivesse no mundo da lua. Algumas vezes estamos fazendo um projeto de 
classe e ela não está conosco. Fica olhando pela janela ou mexendo com 
algo em sua mesa... (PHELAN, 2005, p.7). 
 
Eduardo sempre foi bonito como um anjinho, mas era um bebê 
difícil. Dormia e comia aos trancos e barrancos. Nunca parecia contente ou 
feliz. Ele ainda é bonito como um anjo. Quero dizer, quem vê se engana, 
porque ele é uma criança terrível. Ele nunca para de se mexer. Nunca para 
de fazer barulho (PHELAN, 2005, p.60). 
 
 O TDAH se manifesta logo nos primeiros anos de vida, porém, o 
diagnóstico só poderá ser dado com precisão a partir dos sete anos. Na 
adolescência, os indivíduos com TDAH acabam sofrendo por não conseguir 
manter um relacionamento social estável, mudam com frequência sua opinião 
e planos. Essas alterações apresentam sentimentos de incapacidade, 
impulsividade e baixa autoestima, muitas das vezes se tornam dependente de 
drogas ilícitas ou legais, na tentativa de um alívio para os sintomas do TDAH, 
assim como, estão propícios a desenvolver depressão. 
 Os critérios do DSM-IV- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994), para avaliação 
do TDAH são, geralmente, os seguintes: desatenção; dificuldade para manter 
a atenção sustentada nas tarefas; frequentemente, o indivíduo parece não 
escutar quando se fala diretamente com ele; não consegue seguir instruções 
e falha ao tentar executar simples tarefas; tem facilidade para perder coisas 
necessárias para realização das tarefas que o professor prepara, é comum 
11 
 
 
 
distrair-se por estímulos externos e se esquece das atividades diárias com 
frequência. 
 Outro fator observável é fato de se mexer constantemente e não 
permanecer sentado na cadeira. Levanta-se a todo o momento, percorrendo a 
sala de aula. Também não se mantém sentado em outros lugares dos quais 
são esperados como, por exemplo: consultório médico, sala da diretoria e 
outros. Corre e sobe excessivamente nas coisas e nos lugares, tendo muita 
dificuldade de brincar com colegas calmamente, geralmente falando sem 
parar. 
 A impulsividade também faz parte do quadro de uma criança com TDAH, 
quando ela explode em resposta antes das questões serem completadas, 
tendo assim, dificuldade em esperar sua vez, interrompendo seus colegas e 
também seu professor na hora que vai falar. 
 O TDAH é considerado um distúrbio infantil, trazendo grandes prejuízos de 
aprendizagem se não for acompanhado adequadamente. É de grande 
importância que o professor seja capaz de modificar a maneira de trabalhar, 
usar sua criatividade, adequar ao estilo de aprendizagem da criança. 
 Uma vez que a desatenção é a principal característica de um indivíduo 
com TDAH, a escola deve se preocupar com o aprendizado deste aluno, 
proporcionando a ele (a) um ambiente tranquilo, sem muito barulho e com 
poucos estímulos externos que possam afetar ainda mais a capacidade de 
concentração. Outro fator fundamental é que a escola use de uma 
metodologia que considere cada ser humano como único, com características 
próprias e necessidades individuais, avaliando o mesmo sob seus próprios 
progressos e não o comparando com os outros. 
 De acordo com Palma (2013), uma escola bem preparada para receber 
alunos com TDAH deve ser uma escola onde haja professores dispostos, bem 
treinados, bem informados, abertos a novos desafios e que tenham a 
consciência de que cada pessoa é única e que todos precisam de estímulos. 
Com recursos como artes, músicas, filmes, desenhos e exercícios físicos a 
criança irá extrapolar um pouco da energia trazida pela hiperatividade além de 
desenvolver seu potencial e descobrir suas aptidões. 
12 
 
 
 
 É indispensável lembrar que os indivíduos com TDAH, em sua maioria, 
são pessoas inteligentes e criativas e que sendo trabalhados adequadamente 
se tornam pessoas felizes e bem realizadas. Assim, ainda de acordo com 
Palma (2013) o professor deve reconhecer que os alunos com TDAH 
necessitam de aulas diversificadas, modificando o programa para que o aluno 
se sinta confortável na sala de aula. Esse professor terá que buscar cada vez 
mais conhecimento sobre esse transtorno, a fim de obter maiores sucessos 
com esses alunos. Trabalhando com métodos variados e utilizando os 
diferentes sentidos (como a visão, o tato, a audição), o que acarretará em 
novas experiências envolvendo sensações diversas (sons múltiplos, 
movimentos, emoções). Provavelmente, o aluno com TDAH irá precisar de 
um tempo extra para completar a tarefa. 
 Será necessária uma boa estrutura, organização e constância nas tarefas 
desenvolvidas com alunos que possuem esse transtorno, como por exemplo, 
manter a mesma arrumação das carteiras, fazer programas diários, ter 
algumas regras claramente definidas pelo professor. Durante as aulas, essa 
criança deve ficar próxima aos colegas que não a provoquem, ficando, u 
comportamento, monitorando seus movimentos, como uma ida até a 
secretaria, levantar da cadeira para apontar o lápis, levar um bilhete para o 
professor, dentre outras atividades rotineiras. 
 Segundo Palma (2013), o professor deve delegar a esses alunos tarefas 
fáceisde serem cumpridas, a fim de que se sintam necessários e valorizados. 
O professor deverá envolver-se mais com o aluno para despertar nele a 
motivação, o interesse e a responsabilidade. As tarefas devem ser iniciadas 
com as mais simples e gradualmente mudando para as mais complexas. O 
ambiente deve ser acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira 
equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude. 
Os grupos de trabalho devem ser pequenos. Cabe ao professor aproximar 
esse aluno do meio social, valorizando seu comportamento, monitorando seus 
movimentos, como uma ida até a secretaria, levantar da cadeira para apontar 
o lápis, levar um bilhete para o professor, dentre outras atividades rotineiras. 
13 
 
 
 
 Cabe ao professor, estar sempre atento às necessidades desse aluno, 
trabalhando com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais 
da comunidade. É muito importante o contato aluno/professor, onde o aluno 
possa executar tarefas e sendo recompensado com seu comportamento 
adequado. Impondo limites objetivos, mantendo o equilíbrio disciplinar. As 
instruções devem ser de forma clara, concreta e dadas uma de cada vez, 
para que o aluno possa assimilar uma a uma. 
 Um aluno com TDAH tem que ter uma rotina diária, percebendo as regras 
pré-definidas de forma a serem cumpridas. Essa rotina pode ser trabalhada 
através de uma agenda de comunicação entre família e escola, aumentando o 
contato entre esses dois agentes tão importantes na vida do aluno. 
 Portanto, o professor deve controlar suas expectativas quanto à criança 
com TDAH, levando sempre em consideração as deficiências e inabilidades 
decorrentes do transtorno. Exemplo: quando o aluno possui um espaço curto 
de concentração, o ideal é esperar que ele volte toda a sua atenção e se 
concentre em apenas uma única tarefa durante todo o período da aula. As 
expectativas devem estar adequadas ao nível de habilidades dessa criança e 
deve estar preparado para as mudanças. 
 Há uma grande variedade de intervenções específicas que o professor 
pode fazer para ajudar crianças com TDAH a se ajustarem melhor em sala de 
aula, compreendendo que elas não seguem o tempo estipulado pelo 
professor, pelo contrário, é o professor, a família e os demais profissionais 
envolvidos que tem que se ajustar ao tempo de cada criança, principalmente 
as com TDAH. 
 De acordo Pereira, Araújo e Mattos (2005) o TDAH se caracteriza por uma 
combinação de sintomas que englobam: a desatenção, a hiperatividade e a 
impulsividade. Outra característica importante é a dificuldade em manter 
atenção, sendo os acometidos por tal transtorno, normalmente descritos como 
pessoas que “vivem no mundo da lua” (p. 01), isto é, estão sempre pensando 
em outra coisa seja quando se conversa com eles, seja quando estão 
estudando. 
14 
 
 
 
 De acordo com Sena e Diniz Neto (2007), o TDAH é marcado por uma 
constante agitação mental e motora e seria aquela criança com grande 
dificuldade em parar quieta, estando normalmente a “1.000 por hora”. As 
crianças com TDAH são totalmente desorganizadas com os objetos, falam 
excessivamente, são desassossegadas, só conseguem permanecer quietas 
quanto estão dormindo, podem demonstrar excesso de movimentos sem 
motivos para realização de uma tarefa, ou ficar mexendo os pés e as pernas, 
perdidas nos seus próprios pensamentos. 
 No início, é difícil tanto para a família quanto para os professores 
perceberem a razão de a criança ser agitada, já que parece normal ser 
travesso. A criança logo se apossa de adjetivos que o chamam de capeta, 
diabinho, pestinha e diversos outros (NAPARSTEK, 2004). 
 Apenas quando acontece um fato de grande relevância é que a família ou 
a escola toma as providências cabíveis, enviando para o psicólogo, 
neurologista, clínico geral e outros especialistas pediátricos. 
 Em seguida, conclui-se o diagnóstico que a pessoa tem Transtorno de 
Déficit de Atenção com Hiperatividade, que, segundo Cypel (2000, p. 33) é: 
 
Uma instabilidade neuroquímica cerebral provocada por uma 
disfunção de neurotransmissores, neurônios em determinadas regiões do 
cérebro (provavelmente regiões do lobo pré-frontal) e que afeta três áreas 
do comportamento das pessoas: atenção, impulsividade e a atividade 
psicomotora. É um problema bastante comum e se caracteriza por 
dificuldade em manter a atenção e inquietude acentuada. 
 
 Sabe-se que uma grande parte dos indivíduos hiperativos passa uma vida 
inteira sendo acusada de ser mal educado, preguiçoso, desequilibrado e 
temperamental, quando, na verdade, eles possuem uma síndrome que os fazem 
agir de maneira impulsiva, desatenta e, às vezes, até mesmo confusa. 
 Como na maioria das vezes, as crianças são muito ativas e enérgicas, é 
necessária cautela para que não haja um diagnostico errôneo de TDAH, 
comportamentos apropriados à idade em crianças ativas. A falta de interesse 
pelos estudos pode ser proveniente de um QI (Quociente de Inteligência) elevado 
15 
 
 
 
em comparação com a turma – isso faz com que as aulas sejam 
desinteressantes; ou, ao contrário, por um QI menor que impede que o aluno siga 
o ritmo da classe. Em outros momentos, pessoas que se opõem nas salas de 
aula podem ser confundidas com as pessoas com TDAH, pois muitas vezes não 
fazem as atividades escolares que exigem deles atenção e quietude por um 
período prolongado (SILVA, 2009). 
 Também é fácil se confundir o TDAH com transtornos depressão, euforia, 
ansiedade ou autismo, intoxicação por drogas ilícitas e transtorno psicótico, que 
também têm como características o comportamento inquieto e desatento. Daí a 
importância de um diagnóstico correto, já que o tratamento é diferente para cada 
caso. O TDAH se caracteriza por comportamentos crônicos, com duração por 
volta de seis meses, que se acomodam categoricamente antes dos sete anos 
(GOLDSTEIN e GOLDSTEIN, 2003). 
 O DSM V- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014) apresenta os sintomas que 
caracterizam os tipos de TDAH, e a frequência com que eles devem surgir para 
que seja possível definir se existe ou não o transtorno. Estes sintomas precisam 
ser constantes, durando cerca de seis meses e não podem se limitar a somente 
uma situação. 
 A tarefa da escola, desde sua institucionalização, tem como objetivo, ensinar 
aos alunos conteúdos considerados importantes dentro de uma determinada 
cultura, em que se privilegia a formação de competências (saber), habilidades 
(saber fazer) e valores (saber ser). 
 As experiências de sala de aula são, portanto, um processo de ensino e 
aprendizagem, ou seja, uma troca, através de um currículo orientador de toda a 
proposta pedagógica. Dessa forma, a inteligência e o desenvolvimento mental 
são vistos como a capacidade dos indivíduos em se adaptar a novas situações e 
aprender. 
 Segundo Palma (2013, p.32), este conceito não expressa a realidade com a 
qual nos defrontamos nas escolas, pois muitos alunos não apresentam um 
16 
 
 
 
desenvolvimento cognitivo satisfatório nem adaptabilidade requerida ao ambiente 
escolar. 
 Dentro desse quadro de déficit de aprendizagem, as crianças com TDAH 
enfrentam problemas de comportamento e dificuldade de adaptação à escola. 
Estas crianças representam um enorme desafio aos pais e professores, haja 
visto que esse transtorno afeta o desempenho e integração da criança em casa, 
na escola e em seu meio social em geral. O TDAH constitui uma complexa 
desordem comportamental que leva a criança a graus variáveis de 
comprometimento na vida social, emocional, escolar e familiar. 
 O TDAH é com frequência apresentado, erroneamente, como um tipo 
especifico de problema de aprendizagem. Ao contrário, é um distúrbio de 
realização. 
 Sabe-se que as crianças com TDAHsão capazes de aprender, no entanto, 
necessitam um tempo maior que as demais crianças para que ocorra essa 
aprendizagem. Aproximadamente 30% das crianças portadoras do TDAH 
apresentam um problema de aprendizagem, acarretando na identificação correta 
e adequada do tratamento. 
 Durante o período escolar, as crianças com portadoras do DAH apresentam 
uma maior probabilidade de reprovação, abandono escolar, desenvolvimento 
acadêmico abaixo do esperado, dentre outros problemas já citados 
 Todos os sintomas do TDAH direcionam a vida acadêmica da criança ao 
fracasso, tornando-a suscetível a desenvolver problemas de aprendizagem, 
assim como um relacionamento hostil com os colegas. Portanto, torna-se 
fundamental que todos os envolvidos na arte de educar tenham conhecimento e 
informações adequadas para entender as dificuldades por que passam as 
pessoas com TDAH e, em particular, a escola deve se empenhar em preparar 
seus profissionais para conduzirem os processos pedagógicos a favor das 
crianças com baixo desempenho escolar, entre elas crianças hiperativas. 
 A escola, os pais e os professores de uma criança com TDAH terão uma 
importância extrema na vida da mesma. No caso do professor, ele ocupará um 
17 
 
 
 
papel onde precisará de conhecimento, habilidades variadas e um autocontrole 
muito grande, pois essa criança irá testá-lo a todo o momento. 
 
4- Considerações Finais 
 Tal pesquisa, contribuiu para o aprofundamento do estudo da inclusão dos 
alunos especiais no ensino regular, em especial, as crianças portadoras do 
TDAH, bem como cooperar com os profissionais da educação e parte da 
sociedade que está engajada na luta pela inclusão social, evitando uma futura 
evasão escolar decorrente de fracassos em sala de aula. 
 Cabendo aos educadores a reflexão sobre a verdadeira inclusão no âmbito 
escolar, entendendo o que realmente significa essa prática, pois de nada adianta 
o supervisor impor ao professor as diretrizes que permeiam a inclusão, e por 
obrigatoriedade terem que "aceitar" as crianças especiais. Menos ainda importa a 
capacitação de profissionais, onde tratam de "treinar" os educadores para 
lidarem com algumas situações ao depararem-se com alunos com deficiência/ 
transtorno. 
 A partir do momento em que houver uma conscientização que leve o 
educador a uma autorreflexão sobre o seu papel formado enquanto educador, 
positivamente, as mudanças começarão a surgir e efetivamente acontecerá a 
verdadeira inclusão. Sendo assim, quando adquirirem essa capacidade reflexiva 
sobre os seus atos, é que estarão aptos a lidar com tantas diferenças, e que os 
fará ir à busca de respostas para suas dúvidas, possibilitando-lhes encontrar uma 
forma de realmente estar incluindo seus alunos "especiais" no ensino regular. 
 Dentro deste contexto, o pedagogo pode desempenhar um papel fundamental 
no processo de aprendizagem dos alunos “especiais”, como por exemplo, 
fornecendo reforços positivos quanto este for bem sucedido, ajudando a elevar a 
autoestima. É muito importante que o pedagogo marque seu ambiente de 
trabalho com sua atuação efetiva, cabe a ele orientar os alunos, pois quanto 
maior a eficácia de sua atuação dentro da escola, mais integrada ela se 
apresenta. 
 
18 
 
 
 
5- Referências Bibliográficas 
 
ABDA. Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Transtorno do Déficit de 
Atenção com Hiperatividade – Guia para início de tratamento. Kit Inicial de 
Tratamento. Novartis Biociências: 2008. 
 
ANDRADE, E. R. de. Quadro clínico do Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade. In: Princípios e práticas em TDA/H. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 
APA. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION DSM-III – Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1980. 
 
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