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RESUMO DO FILME “EXTRAORDINÁRIO” Este é um filme baseado no livro de mesmo nome, escrito por R.J.Palacio. Isabel e Nate são os pais de Auggie Pullman , um garoto que nasceu uma séria síndrome genética que o deixou com deformidades faciais. É um modelo de filme que conta as dificuldades de uma pessoa «diferente», agravada por questões de preconceito e discriminação. As lutas para conseguir superar as adversidades, e o aprendizado que todas as situações lhe ensinaram. É um filme para chorar e refletir, e que com certeza muitas pessoas devem se identificar. É muito bom ter histórias de pessoas com deficiência contada em filmes bem produzidos. Desta forma, as pessoas vão assistir espontaneamente, e acabam absorvendo os ensinamentos e críticas que o filme tem a passar. Assim a sociedade cada vez mais, vai entendendo, acostumando e até procurando mais informações sobre questões consideradas tabus. Auggie passou por diversas cirurgias, mas mesmo assim isso não conseguiu fazer com que sua aparência não chamasse atenção. Ficava escondido em casa e só saia com um capacete de astronauta de ganhou de presente. Desde o princípio ele mostra que é um garoto normal, comum. Ao longo do filme ele faz comentários que nos faz refletir, como este: "É como aquelas pessoas que às vezes você vê e não consegue imaginar como seria estar no lugar delas, seja alguém em uma cadeira de rodas, ou alguém que não pode falar. Eu sei que sou uma pessoa para outros. Para mim, porém, sou apenas eu. Um garoto comum." Sua família preocupada com o possível bullying que o garoto viera a sofrer, o priva de ir à escola até seus 10 anos, tendo sua mãe como professora em casa. Até o dia que os pais decidiram que era hora do garoto enfrentar o mundo real, deixar as aulas particulares e ingressar na escola. A partir desse momento, a história vai ficando mais instigante, pois, Auggie além de aceitar ir à escola, o mesmo começa a enfrentar de fato o bullying e o preconceito, contudo ele não desiste. A adaptação foi difícil, pois além dos colegas de classe e escola não saberem lidar com a situação, o próprio Auggie tinha traumas e se excluía. Aos poucos alguns colegas começaram a se aproximar, e diversas situações começam ajudar para um amadurecimento. Sua irmã Olivia também é peça importante em sua vida, que ajuda em alguns momentos difíceis, e acaba tendo uma pequena história de rejeição como seu irmão. Como curiosidade, a atriz brasileira Sônia Braga faz uma participação como a avó falecida dos meninos. Quando regressa da escola pela primeira vez, Auggie chora porque os meninos fizeram comentários sobre as marcas no seu rosto. Isabel mostra suas rugas para o filho e fala que elas, como as cicatrizes do menino, contam as histórias daquilo que viveram até ali. O coração é o mapa que nos mostra onde vamos, o rosto é o mapa que mostra onde estivemos. Na escola, a turma está estudando preceitos e reflete sobre a antiga citação egípcia: «seus feitos são seus monumentos». Ela significa que aquilo que mais importa, e o motivo pelo qual somos lembrados, são as ações que praticamos. Mais do que aquilo que pensamos ou dizemos, é o que fazemos pelos outros que pode transformar o mundo. Auggie está totalmente isolado dos colegas e sofre bullying de um deles, Julian. Na prova de Ciências, percebe que Jack Will, o colega do lado, não sabe as respostas e dá cola para ele: desse ato nasce uma amizade. Mais para a frente, Auggie escuta Jack falando mal dele com o resto da classe e fica sozinho de novo. Quando Summer, uma menina da mesma turma, vê que Auggie está sozinho na hora do almoço, senta na mesa dele e se apresenta. O garoto pensa que é por pena e pede para ela ir embora, mas Summer fala que também precisa de amigos legais. A partir desse gesto de empatia, Pullman não está mais sozinho. Um dos aspectos mais interessantes do filme é que ele conta a mesma narrativa a partir de vários pontos de vista. Embora August seja o protagonista, conseguimos perceber que o enredo afeta todos à sua volta: a mãe que parou de trabalhar, a irmã que não tem atenção, etc. Isso nos ajuda a perceber que cada história tem, pelo menos, duas versões. Na visão de Auggie, Jack fingiu ser seu amigo, mas nunca gostou dele. Quando assistimos à sua versão dos fatos, percebemos que ele também era discriminado por ter menos dinheiro que os colegas e que estava tentando se «enturmar» quando fez piadas sobre o garoto novo. Na verdade, Jack queria mesmo ser amigo de Auggie e tentou, várias vezes, recuperar a sua amizade. O protagonista, magoado, recusava todas as tentativas de aproximação. Durante um trabalho de ciências, Jack e Auggie são selecionados para formarem um par. Julian, o bully, aproveita a ocasião para humilhar o garoto mais uma vez. Agora, no entanto, algo diferente acontece: Jack se coloca na frente e começa a defender o amigo. Os dois meninos acabam lutando e Jack escreve uma carta para o diretor, se desculpando. O diretor responde, falando que compreende o seu lado, já que «bons amigos merecem ser defendidos». Pela primeira vez, um dos seus pares defendeu Auggie e deixou claro que não ia tolerar mais discriminação. O garoto fica emocionado com o ato e percebe que, por vezes, os nossos amigos também têm o direito de falhar. Embora tenha sido difícil recuperar a sua confiança, Jack provou ser um amigo verdadeiro e, por isso, August decide perdoá-lo. Auggie e Jack criam um sistema de projeção de imagens e impressionam a turma, ganhando também o primeiro lugar no concurso de ciências. Aos poucos, as crianças vão percebendo que o menino é criativo, engraçado e inteligente. Na cerimônia de formatura do final do ano, Auggie recebe a Medalha Henry Ward Beecher por sua força e coragem e recebe uma ovação de pé. Suas palavras foram: “Enquanto eu caminhava em direção ao palco, eu me senti flutuando. Meu coração batia tão rápido. Eu nem sabia porque eu tava ganhando aquela medalha. Eu nem tinha destruído a Estrela da Morte. O que eu fiz foi só terminar o 5° ano como todos os outros aqui. Por outro lado, talvez esse seja o segredo, talvez a verdade seja que eu não sou tão comum assim. Talvez se soubéssemos o que as outras pessoas pensam, saberíamos que ninguém é comum.” O protagonista ainda fala sobre como sua família o apoia em um discurso lindo. “Todos nós merecemos sermos aplaudidos de pé em algum momento de nossas vidas. Meus amigos merecem, meus professores merecem. Minha irmã também, por sempre estar do meu lado. Meu pai merece, por sempre nos fazer rir. E minha mãe é a que mais merece, por nunca desistir de nada, especialmente de mim". O filme termina com todos aplaudindo Auggie.