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Exame físíco do ABDOME Objetivo: identificar ou não alterações decorrentes de doenças abdominais, extra-abdominais e sistêmicas. Maior importância nas doenças do aparelho digestivo, mas é muito útil para outras doenças. Exame completo: avaliação do pescoço, tórax, região lombar, região iguinocrural (na coxa perto da virilha), reto, pelve feminina e membros inferiores. Achados positivos devem ser relacionados com história clínica, se os dois se encaixam = diagóstico clínico firmado! Maiores evidência se somadas informações laboratoriais, radiológicas, ultra-sonográficas e outras. Sinais objetivos têm mais valor que sintomas vagos em caso de não correspondência, já que sintomas podem se manifestar à distância da região afetada. Limites do abdome: Superior: diafragma Inferior: músculos do assoalho pélvico Anterior: músculos retos abdominais Lateral: músculos oblíquos e transverso Posterior: músculos quadrado lombar e psoas Regiões anatômicas Região lateral = flanco Região inguinal = fossa ilíaca Inervação Parede abdominal anterior, inclusive peritônio parietal - inervação sensitiva dos nervos intercostais de T6 a T12. Parede lateral - fibras de T5 superiormente e L1 inferiormente (essas atingem parte da região hipogástrica) Períneo - fibras de S3 e S4 Impulsos sensitivos somáticos -> ramo ventral primário do feixe cerebroespinhal -> gânglios radiculares basais -> corno posterior da medula -> substância cinzenta -> 2º neurônio que cruza para o lado oposto -> feixe espinotalâmico lateral -> tálamo -> 3º neurônio -> axônio chega ao giro pós-central Impulsos sensitivos viscerais -> fibras nervosas aferentes -> atravessam cadeia simpática -> ramos comunicantes -> gânglios radiculares dorsais -> corno posterior da medula (junto aos somáticos) Músculos voluntários - pelas fibras somáticas aferentes Sistema vegetativo (órgãos efetores são o coração, os vasos sanguíneos, o trato gastrointestinal, a bexiga, os ureteres, o útero e as glândulas) - sistema simpático pela divisão toracolombar e parassimpático pelas divisões craniana e sacral Neurônios viscerais aferentes = não mielinizados, impulsos lentos e de difícil localização (dor visceral) Neurônios somáticos aferentes = mielinizados, impulsos rápidos e bem localizados (dor somática ou parietal) Dor irradiada ou referida = sensação dolorosa em locais anatomicamente distantes mas que possuem inervação por um mesmo segmento neural ou ajdacente. Contratura involuntária da musculatura parietal - irritação do peritônio parietal tem a mesma inervação da parede abdominal Íleo funcional - dificuldade do intestino em fazer seu conteúdo progredir, devido à diminuição ou paralisia de sua atividade motora ou, raramente, a espasmos de sua musculatura. Se deve a lei de strokes -> quando a serosa que envolve uma musculatura lisa é irritada, há paresia ou paralisia dessa musculatura subjacente, segundo o poder e intensidade do agente irritativo. Vísceras e peritônio são insensíveis a estímulos mecânicos (corte, esmagamento, queimaduras...), sendo as vísceras ocas sensíveis somente a estiramento ou distenção, contração excessiva contra resistência ou isquemia.. Pontos de referência: Rebordas costais, o ângulo de Charpy, a cicatriz umbilical, as cristas e asespinhas ilíacas anteriores, o ligamento inguinal ou de Poupart e a sínfise pubiana Na parede abdominal, destacam-se as seguintes estruturas: pele, tecido celular subcutâneo, processo xifoide, umbigo, ligamento inguinal e músculos retoabdominais Examinador verificar temperatura de suas mãos, se muto frias devem ser aquecidas (evitar indução de reflexo) Posição ideal do paciente decúbito dorsal, cabeceira ligeiramente fletida e apoiada em travesseiro baixo, braços paraelos ao tronco, pernas distendidas ou ligeiramente fletidas. Fáscies aparência e atitude Maioria das doenças alteram essas características, sendo bastante relevante a observação em síndromes abdominais agudas. Inspeção Desnudamento, iluminação adequada (natural preferível), conhecimento das características normais e da projeção dos órgãos Avaliam-se: Forma e volume do abdome Cicatriz umbilical Abaulamentos ou retrações localizadas Veias superficiais Cicatrizes da parede abdominal Movimentos + pele (coloração, estrias, manchas hemorrágicas, pelos), tecido subcutâneo, musculatura, circulação venosa, soluções de continuidade (diástase de músculo reto e hérnias) FORMA DO ABDOME Abdome atípico ou normal: plano, simétrico e levemente abaulado Abdome globoso ou protuberante: globalmente aumentado, predomínio diâmetro anteroposterior sobre transversal. Gravidez avançada, ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitônio, obstrução intestinal, tumores policísticos no ovário e hepatoesplenomegalia volumosa. Abdome em ventre de batráquio: maior diâmetro transversal que anteroposterior. Ascite em fase de regressão. Abdome pendular ou ptótico: paciente em pé visceras pressionam abdome inferiormente causando protrusão nessa parte. Flacidez de período puerperal. Abdome em avental: obesidade em grau elevado, tecido adiposo pende. Abdome escavado: parede abdominal retraída. Pessoas muito magras geralmente com doenças consuntivas. ABAULAMENTOS OU RETRAÇÕES Abaulamento ou a retração, em uma determinada região, torna o abdome assimétrico e irregular, indicando alguma anormalidade cuja identificação depende dos dados fornecidos pela inspeção, que se somam aos da palpação (localização, forma,tamanho, mobilidade e pulsatilidade). As principais causas são: hepatomegalia, esplenomegalia, útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção urinária, tumores renais, tumores pancreáticos, linfomas, aneurisma da aorta abdominal (raro) e megacólon chagásico quando se apresenta com fecaloma volumoso. VEIAS SUPERFICIAIS Quando visíveis podem indicar circulação colateral CICATRIZES Pode indicar cirurgias anteriores Flanco direito: colecistectomia Flanco esquerdo: colectomia Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia Hipogástrio: histerectomia Linha média: laparotomia Região lombar: nefrectomia Linha vertebral: laminectomia MOVIMENTOS Respiratórios Toracoabdominais - sexo masculino Torácica - sexo feminino e em caso de afecções no sexo masculino Pulsações Observadas e palpadas em pessoas magras, retletindo pulsações da aorta abdominal Peristálticos visíveis Podem ser observados em pessoas magras sem anormalidade. Para diferenciar condição normal de anormal devem ser relacionados os achados clínicos. Ondas peristálticas podem ocorrer espontaneamente ou após alguma manobra provocativa. A mais simples consiste em aplicaralguns piparotes na área suspeita Quando visíveis indicam obstrução em algum segmento do tubo digestivo. Deve-se analisar as duas características semiológicas que orientam o raciocínio diagnóstico: a localização e a direção das ondas peristálticas Palpação Paciente em decúbito dorsal, técnica da mão espalmada Avaliar o estado da parede abdominal Explorar a sensibilidade abdominal, provocando ou exacerbando uma dor, relatada ou não pelo paciente durante a anamnese Reconhecer as condições anatômicas das vísceras abdominais e detectar alterações de sua consistência Em pessoas magras com parede abdominal estiver bem relaxada é possível reconhecer: fígado, rins, aorta abdominal, ceco, cólon transverso e sigmoide Não são reconhecíveis, apenas em situações especiais como aumento do volume gasoso: estômago, duodeno, intestino delgado, pâncreas, vias biliares e peritônio ETAPAS 1) Palpação superficial: Estudo da parede abdominal e das vísceras que alcançam a parede. São avaliadas a sensibilidade, a resistência da parede, a continuidade da parede abdominal, as pulsações e o reflexo cutâneo-abdominal Sensibilidade - palpar de leve ou roçar parede abdominal com objeto pontiagudo. Se causar dor - hiperestesia cutânea # PONTOS DOLOROSOS: Pontos gástricos = xifoidiano (cólica biliar e nas afecções do esôfago, do estômago e doduodeno como esofagites, as úlcerase as neoplasias) e epigástrico (sensível nos processos inflamatórios do estômago (gastrite), nos processos ulcerosos e tumorais). Sinal de Murphy - ao se comprimir este local, pede-se ao paciente que inspire profundamente. Neste momento, o diafragma fará o fígado descer, o que faz com que a vesícula biliar alcance a extremidade do dedo que está comprimindo a área. Nos casos de colecistite aguda, tal manobra desperta uma dor inesperada que obriga o paciente a interromper subitamente a inspiração. Ponto apendicular (ou de mcburney): Quando se suspeita de apendicite aguda este ponto deve ser comprimido, fazendo-se uma pressão progressiva, lenta e contínua, procurando-se averiguar se isso provoca sensação dolorosa. (sinal de rovsing). Depois se descomprime bruscamente a região e se o peritônio estiver inflamado causará dor (sinal de blumberg) Ponto esplênico: abaixo da reborda costal esquerda, indica infarto esplênico Pontos ureterais: A palpação desses pontos deve ser feita com as mãos superpostas, comprimindo-se a parede com as polpas digitais dos dedos indicador, médio, anular e mínimo. Dor sugere cólica renal e possível migração de cálculos renais. DORES REFERIDAS: Resistência da parede abdominal - Condições normais a musculatura fica descontraída, caso esteja contraída pode ser involuntária ou voluntária. Nesse último caso deve-se distrair o paciente para ele relaxar os músculos., em caso de contração involuntária pode estar presente a peritonite. Continuidade da parede abdominal: Deve-se avaliar a continuidade da parede abdominal deslocando-se a mão que palpa por toda a parede e, ao encontrar uma área de menor resistência, tenta-se insinuar uma ou mais polpas digitais naquele local Diástase dos músculos retos: consiste na separação desses músculos, quer abaixo ou acima da cicatriz umbilical, sendo possível insinuar-se um ou mais dedos entre eles. Quando o paciente está de pé e faz esforço, uma porção do intestino penetra pela abertura. Manobra diástase de músculo reto: Paciente contrai abdome em decúbito dorsal, levantando pernas ou levantando cabeça sem mover o torax. Hérnias. são alterações da parede abdominal caracterizadas basicamente por haver, em alguma parte, uma solução de continuidade por onde penetram uma ou mais estruturas intraabdominais. Quase sempre se trata da protrusão do grande epiplon ou de alças intestinais por meio de defeitos congênitos ou adquiridos da parede abdominal. Inspeção - tumefação na região da hérnia / Palpação - reconhecer o orifício ou a área da parede abdominal. Manobra hérnia: mesma manobra descrita acima e também pode pedir para paciente soprar com força sua própria mão impedindo a saída de ar ou tossir. Pulsações: podem ser visíveis e palpáveis, ou apenas palpáveis, e representam a transmissão à parede de fenômenos vasculares intra-abdominais. Observar localização e características táteis. 2) Palpação profunda Investigam-se os órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais “massas palpáveis” ou “tumorações”. Em caso de achados, analisar: localização (divisões do abdome), forma e volume (designações comparativas), sensibilidade (dor - localização e comportamento durante palpação), consistência (cística, borrachosa, dura ou pétrea), mobilidade (em função dos movimentos respiratórios ou palpação) e pulsatilidade (própria ou transmitida). 3) Palpação do fígado, vesícula biliar, ceco, cólon transverso, sigmoide e rins FÍGADO: Técnica 1: Palpar o hipocôndrio direito, o flanco direito e o epigástrio, partindo do umbigo até a reborda costal. Em seguida, executa-se a palpação junto à reborda, coordenando-a com os movimentos respiratórios: Na expiração, a(s) mão(s) do examinador ajusta(m)se à parede abdominal sem fazer compressão e sem se movimentar Na inspiração, a mão do examinador, ao mesmo tempo que comprime, é movimentada para cima, buscando detectar a borda hepática Técnica 2: posiciona-se o paciente em decúbito semi-lateral esquerdo, enquanto o examinador se coloca ao seu lado direito, voltado para os seus pés. A(s) mão(s) do examinador, cujos dedos formam uma leve garra, repousa(m) sobre o hipocôndrio direito. Em seguida, coordenase a palpação com os movimentos respiratórios do paciente. Análise da borda: distância da reborda costal em centímetros ou dedos transversos. Pequenas hepatomegalias: fígado ultrapassa em até dois dedos transversos a rebordacostal no final da inspiração Hepatomegalias médias: o fígado dista da reborda costal em torno de quatro dedos transversos Grandes hepatomegalias: a borda da víscera situa-se a mais de quatro dedos e pode alcançar a cicatriz umbilical ou o quadrante inferior direito. São analisados, ainda sobre a borda, a espessura (fina ou romba), a superfície (lisa ou nodular), a consistência (diminuída, normal ou aumentada) e a sensibilidade (indolor ou dolorosa Superfície do fígado: lisa ou nodular, anotando-se as características dos nódulos quanto ao número, consistência (dura ou cística) e a sensibilidade (sensibilidade a dor ocorre em condições patológicas que estiram, aguda e rapidamente, a cápsula de Glisson) Hepatomegalia Cumpre assinalar que toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável estáaumentado de volume. Assim, em pessoas magras, o fígado pode ser palpado durante a inspiração profunda a um centímetro dareborda costal. Também nos pacientes visceroptóticos, o fígado é palpável mesmo na ausência de hepatomegalia. VESÍCULA BILIAR: não é identificada pela palpação, e somente se torna palpável em condições patológicas como alteração da parede em câncer vesicular ou acúmulo de conteúdo por obstrução do ducto cístico ou colédoco. BAÇO: mesma maneira como foi descrito para a palpação do fígado, sendo a região examinada, então, o quadrante superior esquerdo. Caso não consiga, utilizar a posição de Schuster: Paciente em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90°, ombro esquerdo elevado, colocando-se o braço correspondente sobre a cabeça Examinador diante do paciente, mão esquerda fazendo leve pressão sobre a área de projeção do baço como se quisesse deslocá-lo para baixo. Enquanto isso, a mão direita executa a palpação, Coordenando-a com os movimentos respiratórios do paciente como indicado antes. Avaliar distância entre a reborda costal e a extremidade inferior do baço em centímetros ou em dedos transverso Em geral, conseguir palpar o baço -> esplenomegalia (dobro do tamanho para conseguir ser palpado!) Pequena esplenomegalia: palpar polo inferior logo abaixo da reborda costal Grande esplenomegalia: ultrapassa cicatriz umbilical Necessário realizar percussão pois todo baço aumentado é percutível mas nem sempre é palpável. CECO: Palpável na fossa ilíaca direita. Desliza-se a mão ao longo da linha que une cicatriz umbilical à espinha ilíaca anterossuperior. Ao alcançar a borda interna do ceco, percebe-se uma súbita elevação. Ato contínuo, as polpas digitais do examinador vão se deslocando sobre a face anterior do ceco até alcançarem a espinha ilíaca. Sem retirar a mão deste local, o examinador encurva ligeiramente seus dedos e repete a manobra em direção oposta, procurando deslocar o ceco para dentro, com a finalidade de investigar o seu grau de mobilidade. A manobra deve ser repetida mais de uma vez Em caso de dificuldade: mão esquerda faz pressão sobre o colón ascendente e direita palpa o ceco São escutados “borborigmos” CÓLON TRANSVERSO Pode ser palpado em pessoas magras ou de parede abdominal flácida. Deslizam-se as mãos de cima pra baixo e de baixo pra cima pelo abdome, sendo sentido normalmente na região mesogástrica. SIGMOIDE Segmento de mais fácil palpação, ficando no QSE como corda firme e pouco móvel RINS Polo inferior do rim direito é facilmente palpável Com o paciente em decúbito dorsal, a palpação do rim é feita de preferência pelo método bimanual, com uma das mãos aplicada transversalmente na região lombar (projetar o rim pra frente) enquanto a outra se apoia longitudinalmentesobre a parede abdominal, à altura do flanco. Choque lomboabdominal: com a extremidade dos dedos da mão que comprime a região lombar, realizam-se, no nível do ângulo costovertebral, sucessivas e rápidas impulsões, em direção à mão palpadora, que recebe a sensação de choque do rim quando este é impelido para frente. OBS.: nefroptose, tumor renal, hidronefrose, malformações congênitas ou ectopia renal - rim palpável sem manobras MANOBRAS ESPECIAIS Palpação bimanual para avaliar defesa localizada da parede abdominal deve ser efetuada sempre que se suspeitar de maior resistência em determinada área daparede do abdome. Procede-se da seguinte maneira: o examinador coloca ambas as mãos longitudinal e paralelamente no sentido craniocaudal e, enquanto umadas mãos palpa a região suspeita, a outra examina a região homóloga, com seguidos movimentos alternados, isto é, quando uma das mãos comprime a parede, aoutra não o faz. Desse modo, é possível comparar a resistência oferecida pelas áreas em exame. Defesa localizada é indicativo de peritonite localizada. Manobra do rechaço: com a palma da mão comprime-se a parede abdominal e com a face ventral dos dedos e polpas digitais provoca-se um impulso rápido na parede, retornando-se os dedos à posição inicial sem afrouxar a compressão da parede abdominal. Há rechaço quando, imediatamente após a impulsão, percebe-se um choque na mão que provocou o impulso. Isso traduz a presença de órgão ou tumor sólido (fígado, baço ou neoplasia) em meio líquido (ascite). Manobra da descompressão súbita: comprime-se vagarosa e progressivamente um determinado local do abdome que, durante a palpação geral, tenha se mostrado dolorido.. Diz-se que é positiva se a dor apresentar nítida exacerbação no momento em que se faz a descompressão = SINAL DE BLUMBERG (indica peritonite) Pesquisa do vascolejo: Pode ser feita - 1) Prende-se o estômago com a mão direita, movimentando-o de um lado para o outro, aomesmo tempo que se procura ouvir ruídos hidroaéreos nele originados. 2) Repousa-se a mão sobre a região epigástrica e executam-se rápidos movimentos compressivos com a face ventral dos dedos e as polpas digitais, tendo-se o cuidado de não deslocar a palma da mão Sinal de Gersuny: palpar tumor fecal na palpação do sigmoide, causa crepitações Percussão SONS: Timpânico - presença de ar dentro de vísceras ocas, presente em todo abdome mas principalmente no espaço de traube (estômago), mas também no duodeno, intestino delgado e intestino grosso Hipertimpanismo = em síndromes em que há aumento de ar Submaciço - menos ar ou sobreposição de víscera maciça Maciço - ausência de ar como no fígado, baço e útero gravídico, bem como em ascite, tumores e cistos. Determinação do limite superior do fígado e da área de macicez hepática Percute-se o hemitórax direito no nível da linha hemiclavicular direita desde sua origem na clavícula até o 4o ou 5o espaçointercostal -> desvia-se para fora -> obtém-se som claro pulmonar ->depois, em condições normais, na altura do 5o ou 6o espaço intercostal, observase som submaciço -> corresponde ao limite superior do fígado Pesquisa de ascite Grande volume: sinal de piparote = paciente em decúbito dorsal e ele próprio ou um auxiliar coloca a borda cubital da mão sobre a linha mediana do abdome, exercendo uma ligeira pressão de modo a impedir a transmissão. Examinador do lado direito do paciente, repousa a mão esquerda no flanco do outro lado e com a mão direita faz percussão por piparote na face lateral do hemi-abdome direito. Se houver líquido em quantidade suficiente na cavidade peritoneal, a mão esquerda captará os choques das ondas líquidas desencadeadas pelos piparotes Médio volume: caso o sinal do piparote dê negativo -> pesquisa de macicez móvel. 1) Percutir todo o abdome com o paciente em decúbito dorsal, possibilitando a determinação de macicez nos flancos e som timpânico na parte média do abdome, o que levanta a suspeita de haver líquido na cavidade peritoneal. 2) Paciente em decúbito lateral direito, percute- se todo o abdome -> havendo ascite, encontra-se timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito (depois troca o lado do decúbito e é esperada uma inversão nos sons de cada lado) Pequeno volume: fazer a percussão por piparote na região do baixo ventre estando o paciente na posição de pé e com a bexiga vazia. Ausculta Deve ser realizada antes da percussão e palpação para não encobrir hipoatividade dos ruídos hidroaéreos Normal: +/- a cada 5 a 10 s, ruídos de timbre agudo, de localização variável e de aparecimento imprevisível ( movimentação dos líquidos e gases do TGI) Diarreia e oclusão intestinal: + intensos (borborigmos) Íleo paralítico: silêncio abdominal REGIÃO ANOPERINEAL E TOQUE RETAL Inspeção anal - nádegas afastadas pelos polegares do examinador para observar possíveis: anomalias congênitas, plicomas anais, escoriações decorrentes doprurido anal, hemorroidas, fissuras, condilomas, fístulas, neoplasia. Também podem haver cistos dermoides (região sacrococcígea). # Paciente “faça força para baixo” para exteriorizar hemorroidas internas ocultas, pólipos e prolapso de mucosa retal. Toque anorretal 1. Usar dedo indicador da mão direita usando luva ou dedeira. 2. Lubrificar o dedo adequadamente (vaselina ou xilocaína gel) 3. Encosta-se a polpa digital sobre o orifício anal fazendo uma leve compressão vencer a resistência do esfíncter externo do ânus 4. Introduzir o dedo com leve movimento de rotação Canal anal Avaliam-se: - Tônus do esfíncter anal (normotônico, hipotônico ou hipertônico) - Sensibilidade (doloroso ou indolor) - Elasticidade (normal, diminuída ou inelástico) - Tumorações Reto Ampola retal - vazia, com paredes lisas, depressíveis, ligeiramente móveis e indolores Parede anterior: Homem - Próstata, vesículasseminais (se acometidas por processo inflamatório ou neoplásico), fundo de saco retovesical e a válvula de Houston inferior Mulher - parede retovaginal, colo uterino, corpo do útero, fundo de saco de Douglas e válvula de Houston inferior. OBS.: Abaulamento do fundo de saco de Douglas, (mulheres) ou do fundo retovesical (homens) - diagnóstico precoce da ascite. Se estiverem dolorosos - possíveis abscesso, anexite e apendicite Parede lateral e posterior - procura por pontos dolorosos, abaulamentos e tumorações
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