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Prova de História do Brasil: do início da colonização à Independência Avaliação Objetiva - Tentativa 2 de 2 Questão 1 de 10 Durante o período colonial o Brasil foi dominado, externamente, pela portuguesa; internamente, por uma burguesia mercantil e patriarcal que teve seu momento de glória em meados do século XVII, com o ciclo do açúcar em Pernambuco e na Bahia. O simples fato de que o auge colonial ocorreu mais de 150 anos antes do final do domínio português, nos dá ideia do fracasso das elites coloniais e locais em promover o desenvolvimento do país. (PEREIRA, L. C. B. Pobres elites iluminadas. Estudos Avançados, São Paulo, v.14, n. 38, p. 235-246, abr. 2000. Disponível em: Acesso em: 10 jan. 2017, p. 236-237) No que se refere ao período colonial, ao seu desenvolvimento e os problemas vividos aqui na colônia, escolha a alternativa correta: A - “Homens bons” eram aqueles que controlavam as Câmaras Municipais com liberdade, visto que essas instituições se encontravam em sua maioria em vilas do interior. B - As elites coloniais tinham mais poder dentro do território colonial em relação ao comércio do Oceano Atlântico. C - O maior problema ou entrave era a dependência da administração portuguesa ou de seus representantes. D - Para ser visto como um “homem bom”, este deveria ser natural de Portugal e nobre. E - Percebemos com base no excerto a formação de uma elite colonial e do desenvolvimento de um projeto Questão 2 de 10 A professora Dra. Anita Novinsky, pesquisadora da resistência judaica, analisou os hábitos da Inquisição no território colonial português na América. Dentre as análises, ressaltou o papel da mulher na permanência das práticas culturais de cristãos-novos no Brasil colônia. Descreve ela que: (...) proibida a sinagoga, a escola, o estudo, sem autoridades religiosas, sem mestres, sem livros, o peso da casa foi grande. A casa foi o lugar do culto, a casa tornou-se o próprio Templo. No Brasil Colonial, como em Portugal, somente em casa os homens podiam ser judeus. Eram cristãos para o mundo e judeus em casa. Isso teria sido impossível sem a participação da mulher. (NOVINSKY, Anita W. "O papel da mulher no cripto-judaísmo português". In Comissão para a igualdade e para os direitos das mulheres. O rosto feminino da expansão portuguesa. Congresso Internacional. Lisboa, 1994. Lisboa, 1995, pp. 549-555). Observando o trecho acima, assinale a única alternativa que contenha o sentido de tais proibições apresentadas pela fonte: A - A cristianização dos povos judeus deu-se mais por uma procura de salvação do que propriamente uma imposição de crenças não semitas, pois se assim fosse, não haveriam judeus convertidos durante o período colonial B - A naturalidade com que os povos judeus aceitaram a cristianização impressionou as autoridades da Igreja Católica após o acordo de culto ser restritivo aos lares e espaços exclusivamente judeus C - A valorização do sincretismo religioso presente em vários momentos do Brasil colonial fez da fé de cristãos-novos um exemplo singular; proibições e perseguições foram necessárias para não desvirtuar o ideal unificador da religião judaico-cristã na colônia D - Além da perseguição religiosa, havia ainda o interesse por parte da aristocracia portuguesa dominante no Brasil em usar o Santo Ofício como instrumento de regulação da burguesia colonial em ascensão. E - O interesse fundamental estava na vantagem com que católicos e cristãos-novos obtinham com a conversão de novos fiéis, assim, apesar da distância, o reino português via a sua fé divulgada por todo o seu território Questão 3 de 10 Na primeira metade do século XVII o Brasil foi invadido e ocupado por diversos povos europeus. Alguns deles se tornaram inimigos militares e comerciais de Portugal durante este período, estamos falando dos: A - Colonos brasileiros B - Espanhóis C - Franceses D - Holandeses E - Ingleses Questão 4 de 10 Napoleão Bonaparte foi o principal responsável pela vinda da família real portuguesa. Sobre isso marque a alternativa correta: A - A invasão de Portugal foi por ser ainda um reduto absolutista, ao passo que a França defendia ideias iluministas. B - A resistência portuguesa não aceitou o domínio de Bonaparte. C - Nesse contexto, o apoio inglês não foi suficiente e a família real portuguesa precisou pedir apoio à Espanha. D - O Bloqueio Continental refere-se a uma medida protetiva dos interesses políticos e econômicos da França, que deveria ser obedecido por todos os países, sem restrições. E - O interesse de Napoleão Bonaparte em tomar Portugal era por sua proximidade com a Espanha. Questão 5 de 10 Foram diversos os pontos iluministas defendidos pelo Marquês de Pombal, durante a sua administração em Portugal. Entre eles, podemos citar alguns. Após a leitura, determine qual a resposta errada. [...] promover o cultivo da “filosofia ou das belas-artes, que servem de base a todas as ciências”; incitar o desenvolvimento das “ciências maiores”, consubstanciado na reforma dos Estatutos da Universidade de Coimbra; garantir o crescimento do comércio interno e externo tornando-o “mais feliz e opulento do que foi naquele século dos senhores reis D. Manuel e D. João III”; assegurar a harmonia entre os “diferentes estados e entre as ordens, classes e grêmios” [...]; garantir “o estado de opulência dos vassalos” de D. José I. (SANTOS, 2011, p. 80). A - O Ensino nesse período passou a ser controlado pelo Estado, com acompanhamento das ações por meio de relatórios anuais. B - Práticas jesuítas em nível universitário foram investigadas, a fim de serem abolidas. C - Práticas monopolistas eram muitos comuns na administração de Pombal, embora se diferissem do liberalismo econômico iluminista. D - Um dos grupos que ganhou com as novas medidas foram os cristãos novos, visto que ganharam o direito de serem tratados como os demais. E - Uma constituição foi redigida a fim de direcionar e controlar o poder absolutista. Questão 6 de 10 A fonte histórica abaixo contém algumas determinações do rei de Portugal no ano de 1548. Observe-a com atenção e assinale a única alternativa que contenha seus objetivos diretos e indiretos :“Eu, o rei, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo da minha casa, que vendo quanto serviço de Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das Terras do Brasil (…); ordenei ora de mandar nas ditas terra fazer uma fortaleza e povoação grande e forte, em um lugar conveniente, para daí se dar favor e ajuda às outras povoações (…); e por ser informado que a Bahia de Todos os Santos é o lugar mais conveniente da costa do Brasil” (Regimento de Tomé de Sousa, 17 de dezembro de 1548). A - A centralização do poder nas mãos de um governador-geral, amparando os colonos para a exploração agrícola, intensificando a ocupação e a defesa do território. B - A nomeação de um nobre para que o mesmo fizesse um forte na costa da Bahia e passasse a cuidar das terras americanas somente quando lhe fosse conveniente. C - A nomeação de um príncipe-herdeiro para as terras coloniais e suas capitanias, com objetivo de representar tanto a casa real quanto estar a serviço de Deus. D - Pela caracterização de uma mudança na ordem social da colônia, ao estabelecer que a Bahia de Todos os Santos seria a única no momento a merecer tal apoio. E - Pela lei de hereditariedade, cabia por direito ao fidalgo Tomé de Sousa do domínio total sob as terras – capitanias e povoações – até que as mesmas lhe fossem destituídas. Questão 7 de 10 Na agricultura, o elemento fundamental será a grande propriedade monocultural trabalhada por escravos. São esses, em última análise, os fatores que vão determinar a estrutura agrária do Brasil Colônia. Os três caracteres apontados: a grande propriedade, monocultura, trabalho escravo são formas que se combinam e completam.PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 133-134 (Texto adaptado) De acordo com o texto acima e com as discussões realizadas no livro da disciplina qual a base do modelo econômico implantado na colonização do Brasil? A - Latifúndio de monocultura voltado para a exportação que utilizava trabalho escravo. B - Latifúndio voltado para o consumo externo e com base no trabalho assalariado. C - Latifúndio voltado para o consumo interno e trabalho voluntário. D - Pequena propriedade de monocultura com base no trabalho assalariado. E - Pequena propriedade voltada para o consumo interno com trabalho escravo. Questão 8 de 10 Observe a tabela abaixo que demonstra os produtos de exportação do Brasil Colônia em estimativa dos valores em libras esterlinas: Açúcar – valor de sua exportação........................................... £300.000.000 Mineração: ouro e diamantes – idem, idem ......................... £170.000.000 Couros – idem, idem ............................................................. £ 15.000.000 Pau-Brasil e outras madeiras – idem, idem ...........................£ 15.000.000 Tabaco – idem, idem .................................................................£ 12.000.000 Algodão – idem, idem ............................................................. £ 12.000.000 Arroz – idem, idem ................................................................... £ 4.500.000 Café – idem, idem ......................................................................£ 4.000.000 Cacau, especiarias e várias outras drogas – idem, idem ..... £ 3.500.000 £536.000.000 Fonte: História Econômica do Brasil – 1500-1820. Brasília: Senado Federal, 2005.p.487. Busque a única alternativa que consiga aferir corretamente os dados acima representados: A - Apresenta a capacidade de exportação dos ingleses para os colonos portugueses na América, demonstrando assim o lucro obtido pelos mesmos B - Apresenta as produções de importados principalmente por colonos portugueses como meio de sobrevivência em terras brasileiras C - Contabiliza o valor dos juros cobrados pelos comerciantes ingleses para a venda desses produtos em solo anglo-português D - Demonstra o comércio entre as Capitanias Hereditárias e as diversas formas de comércio e contrabando existentes no período E - Demonstra os produtos mais relevantes para a economia colonial, de igual apresenta a variedade de produtos comercializados no período. Questão 9 de 10 No que diz respeito à escravidão foram muitas estratégias para que ela se mantivesse, como também se desmantelasse. Considerando essas complexas relações sociais, escolha alternativa errada: A - A sociedade de homens livres, em geral, mantinha-se unida para manter a escravidão, visto que se beneficiava diretamente dela. Além disso, de modo algum queria desempenhar um trabalho que era considerado de alguém inferior, um escravo. B - Anomia é o nome dado às negociações no contexto em que escravos e senhores encontravam meios de diminuir os conflitos, porém, não se trata de aceitar a escravidão, mas de sobreviver a ela. C - As revoltas no período colonial pediam a libertação dos escravos. D - Resistir, pedindo outras alternativas de trabalho, era um ato de negar a coisificação direcionada aos escravos. E - Um dos grandes símbolos e resistência e de confronto ao sistema escravista foram os quilombos. Espaços de sobrevivência de muitos que fugiram e lutavam pela vinda de outros. Questão 10 de 10 Em contradição ao “sentido da colonização”, Flamarion Cardoso aponta o seguinte: “ouro contrabandeado, óleo de baleia, açúcar, aguardente, tabaco, farinha de mandioca, arroz e outros produtos, recebendo em troca, sobretudo, escravos [...]” (CARDOSO, C. F. A crise do colonialismo luso na América portuguesa. In: LINHARES, M. Y. (Org.). História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 91). Sobre a citação, escolha a alternativa correta: A - A pirataria entre essas cidades (e continentes) permitiu a formação de uma economia mercantil típica nos trópicos e um “certo” desenvolvimento interno da colônia. B - O “sentido da colonização” defendido por Caio Prado Júnior era o de que com a colônia seriam estabelecidos laços de complementaridade. C - O principal motivo para que houvesse a pirataria era o de que Portugal não se importava com pequenas negociações, desde que mantivesse a exportação de produtos primários. D - Os produtos pirateados eram direcionados à Inglaterra. E - Portugal não decidiu por uma medida legal a fim de conter a pirataria.