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QUESTIONÁRIO – ARTS. 197 A 207 Art.197 1 – Qual o bem jurídico tutelado pela norma penal? O bem jurídico tutelado é a liberdade de trabalho, é a liberdade de escolher o trabalho, a profissão ou ofício. 2 – Em que instante se dá a consumação do crime? No instante em que a vítima, coagida, realiza ou deixa de realizar a atividade que o agente determinou. 3 – A quem compete o julgamento dos crimes contra a organização do trabalho? Quando for atingido trabalhador de forma individual, a competência será da Justiça Estadual, e quando for afetada categoria profissional como um todo, a competência será da Justiça Federal. Art.198 1 –Em que termos nosso CP prescreve o crime de atentado contra a liberdade de contrato de trabalho e boicotagem violenta? O delito se prescreve quando o sujeito ativo constrange, mediante violência ou grave ameaça, o sujeito passivo nas formas de atentado contra a liberdade de contrato e boicotagem violenta, sendo crime contra a organização do trabalho. 2 – O que se entende por boicotagem violenta? Boicotagem violenta é coação exercida com a finalidade de obrigar a vítima a não fornecer ou não adquirir de alguém matéria-prima ou produto industrial ou agrícola. Art.199 1 – Qual o bem jurídico tutelado pela lei penal? A liberdade de associação ou filiação a sindicatos ou associações profissional. 2 – Explique o elemento subjetivo do tipo. E o dolo, o atentado contra a liberdade de associação só pode ser praticado dolosamente, pois o resultado parte da intenção e livre vontade de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, obrigando-o a participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou associação profissional. Não há previsto em lei a modalidade culposa para este tipo de crime. Art.200 1 – Quem figura como sujeito ativo do crime em questão? Na primeira figura típica, é o empregador, e na segunda, os empregados. Também respondem pelo crime aqueles que não são empregadores ou empregados, mas que, em conluio com estes, empreguem a violência. 2 – Quando se verifica a consumação do crime de Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da ordem? Se efetiva com a pratica violenta praticada por empregado ou empregador no transcurso do movimento. Art.201 1 – Existe no nosso ordenamento jurídico alguma lei que regulamenta o direito de greve? Os policiais de uma maneira geral podem participar de greve? Explique se há alguma decisão relevante nesse assunto. Em nosso ordenamento jurídico, há existência da Lei n° 1183/89 – Lei de Greve, que possibilita a greve em serviço ou entidades essenciais. Os policiais ficam impossibilitados de participarem ou iniciarem uma greve, conforme prevê a CF/88 em seu artigo 142, inciso IV. O STF já se manifestou sobre esse assunto em 2017, decidindo que policiais civis, militares, federais, rodoviários ou ferroviários também não podem participar ou iniciar uma greve. 2 – Em que momento se dá a consumação do delito em análise? Se efetiva com a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo. Art.202 1 – O tipo penal prevê duas figuras criminosas. Quais são elas? A primeira figura ilícita consiste em invadir ou ocupar; Invadir: ingressar de forma violenta, hostil ou clandestinamente, ou ocupar, tomar posse indevidamente estabelecimento industrial, comercial ou agrícola; Ocupação é o ingresso seguido de permanência no local por tempo juridicamente relevante. A segunda figura e sabotagem, que engloba três condutas típicas: a) danificar o estabelecimento; b) danificar coisas nele existentes; c) dispor de coisas nele existentes. Art.203 1 – Qual a conduta criminosa? Explique A conduta se dá com o ato de frustrar alguém, ou seja, privar, direitos trabalhistas assegurados. Para que haja o ilícito penal, deverá correr mediante emprego de fraude e/ou violência comportamento que, sendo desonesto e ardiloso, tem a intenção de enganar ou ludibriar alguém. 2 – Qual a consequência advinda da constatação de que a vítima do delito é menor de 18 anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental? A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) conforme disposto em seu parágrafo 2°. Art.204 1 – O dispositivo em questão ainda tem eficácia após a CF de 1988? Explique Ainda tem eficácia pois não está vetado, porém, para alguns autores, como por exemplo Mirabette, este artigo confronta os princípios garantidores da igualdade de direito entre estrangeiros e brasileiros no Brasil. Art.205 1 – Quem pode figurar como sujeito ativo do crime em questão? A pessoa que viola a decisão administrativa, exercendo a atividade da qual está impedida. Trata-se de crime próprio. 2 – Em que momento se verifica a consumação do crime? É praticamente pacífico o entendimento de que se trata de crime habitual, que só se configura pela reiteração de atos que denotem que o agente está efetivamente se dedicando ao exercício da atividade de que está impedido. Art.206 1 – Qual o elemento subjetivo do tipo? Explique O dolo do crime de recrutamento de trabalhadores é a vontade de atraí-los para a sua transferência para outro país. Exige-se, porém, que o agente queira iludir os trabalhadores por meio de fraude, para induzi-los ou instigá-los a ida para outro país. O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa. 2 – Para a configuração do crime é necessária a existência de alguma finalidade específica por parte do agente? Exige a iniciativa do agente para atrair, seduzir ou angariar trabalhadores para fim de emigração. Exige a lei, agora, que haja, fraude, ou seja, que o agente induza ou mantenha em erro os trabalhadores, por exemplo, com falsas informações ou promessas, convencendo-os a levá-los para territórios estrangeiro. Art.207 1 – Quando ocorre a consumação do crime previsto no art. 207 do CP? Quando se concretiza o aliciamento, ou seja, no momento em que os trabalhadores aceitam a proposta de deslocamento para trabalhar em outro local. Trata-se de crime formal, pois não se exige, para fim de consumação, o efetivo deslocamento. 2 – Explique o dolo necessário para caracterizar o crime; O dolo do crime de recrutamento de trabalhadores é a vontade de atraí-los para a sua transferência para outro país. Exige-se, porém, que o agente queira iludir os trabalhadores por meio de fraude, para induzi-los ou instigá-los a ida para outro país.