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Resumo Psicologia Social

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Psicologia Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia Social 
 
Centro Universitário Barão de Mauá 
Disciplina: Psicologia Social 
E-mail: euaugustonascimento@gmail.com
Aula: 10 de fevereiro de 2020. 
A psicologia social tem origem norte americana, surge 
durante a 2ª Guerra Mundial, e tem raiz behaviorista. O objetivo 
era reconstruir nações e fazer com que as pessoas trabalhassem 
harmonicamente. No Brasil, começa com uma raiz norte 
americana, o Aroldo Rodrigues, um dos principais autores, é 
referência, em paralelo, também havia estudos da psicologia social 
na Europa, chamada psicologia social sociológica (materialismo 
histórico de Karl Max, que estuda grandes grupos). A realidade 
europeia era diferente da realidade brasileira. 
As desigualdades presentes no Brasil, são diferentes das existentes 
na Europa (étnica, religiosa, gênero, diversidade sexual). 
1º Encontro de Psicologia Social: psicologia social latino-
americana acrescenta temáticas vinculadas a nossa realidade. 
“Crise da Psicologia Social”. 
 
Breve Histórico da Psicologia Social e sua 
Concepção de Homem 
 
Toda psicologia é social? 
Para os teóricos na psicologia latino-americana, sim. Pois 
durante a anamnese, busca-se descobrir como foi a trajetória do 
sujeito mediante a sociedade. Assume dentro de sua 
especificidade a natureza histórico social do ser humano. 
 
Segundo Goddman, 1947: “Nenhuma ação humana tem por 
sujeito um indivíduo isolado. O sujeito da ação é um grupo, um 
“Nós”... mesmo que a estrutura da sociedade tende a encobrir 
esse “Nós” e a transformá-lo numa soma de várias 
individualidades distintas e fechadas umas às outras” 
(GOLDMAN, 1947), explique o que o autor quis dizer com 
esta frase: 
O autor afirma que nós só somos o que somos, pois existe uma 
composição de tudo aquilo que já vivemos. 
 
Psicologia Social e Setores afins do 
Conhecimento: Psicologia Social e Sociologia 
 
Sociologia: Instituições Sociais (Família, Estado, Igreja, Partidos 
Políticos), Sociedade, Classes Sociais.... 
Psicologia Social: relações interpessoais, interdependência, 
tomada de decisões, processos sociais, liderança. 
AMBAS: Atitudes, status, delinquência, comportamento grupal. 
 
Dicas de livros: Coleção primeiros passo, O que é materialismo 
histórico, Psicologia social, Ideologia. 
Psicologia Social e Setores afins do 
Conhecimento: Psicologia Social e 
Antropologia Cultural 
Antropologia Cultural: estuda as produções humanas nas diferentes 
culturas, as características étnicas dos vários povos, suas formas de 
expressão.... Sem, contudo, considerar o indivíduo em si mesmo e seu 
comportamento típico frente aos estímulos sociais contemporâneos 
(situacionais) assim como faz a Psicologia Social. 
 
Psicologia Social e Setores afins do 
Conhecimento: Psicologia Social e Filosofia 
Social 
Psicologia Social: ciência empírica, parte de dados concretos - classe 
social, grupo, entre outros... 
Busca a experimentação ao contrário da Filosofia Social. 
 
1. A pessoa é produto da sociedade ou a sociedade produto da 
pessoa? 
É uma troca constante. 
2. Relação indivíduo sociedade é um problema ou uma 
expressão ideológica? 
Ambos. 
3. Seres humanos são egoístas por natureza ou sociais? 
Ambos. 
4. As pessoas são agentes livres ou estão determinadas social e 
culturalmente? 
Ambos. 
 
Três Correntes da Psicologia Social 
 
Psicologia Social Norte-Americana: visa alterar e/ou criar atitudes, 
interferir nas relações grupais para harmonizá-las e assim 
garantir a produtividade do grupo – minimizar conflitos. 
 
Psicologia Social Europeia: também procura conhecimentos que 
evitem novas catástrofes mundiais, no entanto com tradição 
filosófica, com raízes na fenomenologia e no materialismo histórico. 
Ocorre a Crise da Psicologia Europeia. 
 
Psicologia Social Latino América: inicialmente utilizou os conceitos 
da Norte América, depois passou a ter um referencial Europeu, na 
atualidade embora ainda utilize o referencial Europeu incorporou em 
seus estudos temas específicos da América Latina e do Brasil. 
 
mailto:euaugustonascimento@gmail.com
Psicologia Social 
 
Psicologia Social na Contemporaneidade, Independente da 
Vertente: 
Efeitos da Globalização e Reestruturação Produtiva: 
Questões étnico-raciais (Identidade, Preconceito, Valores...) 
(ROBBINS, 2005); 
Múltiplas possibilidades de ser no mundo (Subjetividade, Valores). 
 
Histórico e Contexto do surgimento da 
Psicologia Social 
 
Contexto do surgimento da Psicologia Social 
• As duas Grandes Guerras Mundiais; 
• Ascensão do Nazifascismo; (como um grupo conseguiu 
dizimar o outro grupo); 
• A luta do Capitalismo contra o Socialismo. 
 
Cientista Social Francês Gustave Le Bon (1841-1931): 
Psicólogo Social, sociólogo e físico amador). 
 
• Psicologia das Multidões. (La Psychologie des Foules) 
Os indivíduos em grupo agem na posse de uma espécie de 
mente coletiva que os fazem sentir, pensar e agir de maneira 
muito diferente daquela pela qual cada membro dele, tomado 
individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se 
encontrasse em estado de isolamento (parâmetro para o estudo 
sobre Psicologia de Grupo publicado por Freud em 1921). 
• Teorias de Características Nacionais; 
• Superioridade Racial; 
• Psicologia de Massas. (qual efeito de estar na multidão gera 
nas pessoas?) 
 
• Cientista Social Inglês-Americano Willian MacDougall 
(1841-1931): Psicologia Social, 1908 
• MacDougall: Defendia uma posição instintivista. 
• Edward A. Ross (também fez uma publicação com o mesmo 
título): salienta o papel da cultura e sociedade no 
comportamento humano). 
• Desenvolveu teorias sobre: Instinto e Psicologia Social; 
• Interessado em eugenia (“Racismo Científico”), tinha como 
fundamentação o neodarwinismo, (quer provar que uma raça é 
superior a outra); 
• Opositor do behaviorismo, considerava o comportamento 
humano, geralmente, bem orientado e proposital; 
• Defendeu a ideia de que os indivíduos são motivados por um 
número significativo de instintos herdados, cuja ação eles 
podem não perceber conscientemente, para que eles nem 
sempre conseguem entender suas próprias metas. 
 
Kurt Lewin Cientista Social Americano 
(Nacionalidade Alemã) (1890-1947): 
• Teoria de Campo “Pai da Psicoterapia de Grupo” 
• Havard (1940): Funda o Centro de Pesquisas em Dinâmica de 
Grupos; 
• A Dinâmica dos Grupos pode ser compreendida como uma 
engenharia social (início grupos de judeus passando em seguida 
a estudar os microgrupos); 
• Minorias Psicológicas: resumo no portal. 
• Não está relacionado a quantitativo e qualitativo, está 
relacionado com qualidade de direitos sociais, minorias 
psicológicas não tem muitos direitos sociais, mas é a maioria 
psicológica quem determina às leis. 
• Ex: embora o grupo de pobres no Brasil seja uma maioria é 
submetido ao poder dos grupos dos ricos, tornando-se assim 
uma Minoria Psicológica; 
• Preconceito: reproduzido no interior dos próprios grupos; 
• Um dos primeiros Teóricos da Gestalt; 
• Grupos: nenhum acontecimento grupal pode ser compreendido 
fora de seu contexto; 
• Teoria da Comunicação. 
 
Leon Festinger Psicólogo Social Americano 
(1919-1989): Teoria da Dissonância 
Cognitiva e Teoria de Redes Sociais 
• Teoria da Dissonância Cognitiva: considera que a incoerência 
entre as crenças ou comportamentos de um indivíduo irá causar 
um incômodo - tensão psicológica. Isso levará as pessoas a 
mudarem suas convicções para ajustar seu comportamento real, 
e não o contrário; 
• Teoria de Redes Sociais: estudou a formação de laços sociais, 
como a escolha de amigos entre estudantes universitários 
calouros alojados em dormitórios, Festinger mostrou como a 
formação de laços é prevista por proximidade. Ou seja,a 
proximidade física entre as pessoas, e não apenas pelos gostos 
similares ou crenças é o que favorece a formação dos laços 
sociais. 
 
Serge Moscovici Cientista Social Francês 
(Nacionalidade Romena -1928): Teoria das 
Representações Sociais 
• Introduz o 3º elemento na relação sujeito-objeto: a relação 
intersubjetiva que liga o sujeito aos outros sujeitos e grupos 
humanos, colocando-os em comunidades, instituições, situações 
sociais. Constrói saberes sobre quem eles são, o que eles querem, 
onde querem ir, que tipo de objetos dispõe, ou ainda quem sabe, 
o que sabe, desde onde se sabe, quem se sabe. 
• É a questão por exemplo do enraizamento dos sujeitos, da forma 
como este enraizamento determina, constrói e constitui os 
saberes. 
• Aquilo que eu sei do outro é constitutivo daquilo que o outro é e 
vice-versa. 
Psicologia Social 
 
O que a gente sabe está relacionado com alguma coisa, algum 
objeto social o qual não existe independente do sujeito. O sujeito 
dá sentido/significado aos objetos que 
circulam na rede social. 
 
Objetos de estudo e objetivos da Psicologia 
Social 
Psicologia Social Norte-Americana: 
• Estuda, sobretudo as manifestações comportamentais 
suscitadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas, 
ou pela mera expectativa de tal interação – os “como” e 
“porquês” do comportamento social; 
 
• Visa alterar e/ou criar atitudes, interferir nas relações grupais para harmonizá-
las e assim garantir a produtividade do grupo; 
• Visa minimizar conflitos. 
• Ver * Rodrigues pág. 23 
• “...intervenção que minimizaria conflitos, tornado os homens 
“felizes” reconstrutores da humanidade que acaba de sair da 
destruição da II Guerra Mundial” 
 
Psicologia Social Européia: Psicologia Sócio-
Histórica. 
• Emergiu das críticas realizadas à psicologia social até então. 
• Estuda o indivíduo na intersecção de sua história individual 
com a história de sua sociedade; 
• Focaliza as lutas de classes, ideologia como veículo 
reprodutor dos interesses da classe dominante; 
• Busca compreender o homem enquanto produto e produtor da 
História. 
• Mediação Ideológica: valores, explicações tidas como 
verdadeiras que reproduzem as relações sociais necessárias 
para a manutenção das relações de produção (produção de 
mercadoria). 
 
Principais Temas Estudados pela Psicologia 
Social 
Fatores Psicológicos da Vida Social: 
• Sistemas motivacionais (NA); 
• Estatuto (status) social; 
• Liderança; 
• Estereótipos (estigma e discriminação); 
• Alienação (E); 
• Identidade e valores éticos; 
• Representações sociais (E); 
• Produção de Sentido (E); 
• Dialética Exclusão /Inclusão Social (E). 
 
 
Fatores Sociais da Psicologia Humana 
• Motivação; 
• Processo de Socialização; 
• Atitudes (mudanças) (NA); 
• Opiniões / Ideologia, moral; 
• Preconceitos; 
• Papéis Sociais; 
• Estilo de Vida; 
• Vulnerabilidade Social; 
• Processo de Adoecimento; 
• Promoção de Saúde. 
 
Relações Interpessoais: 
• Influências; 
• Conflitos; 
• Autoridade, hierarquias, poder; 
• Família e constituição da subjetividade (E). 
• Violência. 
 
Críticas à Psicologia Social Norte-Americana 
 
• Não explicava adequadamente o “como” e os “porquês” dos 
comportamentos; 
• Pragmática, direcionamento das pesquisas; 
• Tradição biológica, onde os processos psicológicos são 
assumidos como causa, ou uma das causas que explicam o seu 
comportamento; 
• Desconsideração do ser humano como produto histórico (a 
histórica); 
• Etnocêntrica, os conceitos são utilizados para compreender 
culturas diferentes; 
• Micro teorização 
 
Críticas à Psicologia Social Europeia 
 
• Macroteorização; 
• Uma única forma de organização econômica determinante do 
indivíduo; 
• Utópica; 
• Filosófica; 
• Pouco prática. 
 
Concepção de Homem para a Psicologia Social 
Europeia 
• Homem como um ser biopsicossocial. 
• A Psicologia Social, na atualidade, não nega a 
constituição biológica e psíquica do ser humano. 
• E incorpora a esta visão a constituição social deste que é 
historicamente determinada. 
• O homem não sobrevive a não ser em relação com 
outros homens. 
Indivíduo X Grupo: Falsa dicotomia; 
Homem nasce inserido em um grupo social. 
Psicologia Social 
 
• Homem é um ser da linguagem. 
A linguagem preexiste ao indivíduo como código produzido 
historicamente pela sociedade (langue), mas que ele apreende na 
sua relação específica com os outros (parole). 
Palavra: sentido pessoal. 
 
• Atividade Humana: 
Ações encadeadas, junto com outros indivíduos, para a 
satisfação de uma necessidade comum. 
 
• Personalidade: 
O homem ao agir, transformando o seu meio se transforma, 
criando características próprias que se tornam esperadas pelo seu 
grupo no desenvolver de suas atividades e de suas relações com 
os outros indivíduos. 
 
✓ Relações Grupais: 
São mediadas pelas instituições sociais que exercem uma 
mediação ideológica na atribuição de papéis sociais e 
representações decorrentes de atividades e relações sociais tidas 
como “adequadas, corretas...” 
 
A consciência da reprodução ideológica inerente aos papéis 
socialmente definidos permite aos indivíduos no grupo 
superarem sua individualidade e se conscientizarem das 
condições históricas comuns aos membros do grupo. 
✓ Grupo e identidade social. 
 
Aula: 17 de fevereiro de 2020. 
 
Objetos de estudo e objetivos da Psicologia 
Social 
 
✓ Psicologia Social Latino-Americana/Brasil 
Emergiu da necessidade de se recuperar a memória histórica 
e se adequar à realidade cultural e social onde se inscreve. 
✓ Estuda a pluralidade em seus diversos níveis: povos, etnias, 
grupos sociais, manifestações culturais e religiosas. 
✓ Identidade Cultural; 
✓ Interesse pelo coletivo e pelas comunidades; 
✓ Posicionamento a favor das minorias oprimidas/psicológicas; 
✓ Práxis visando a transformação social; 
✓ Participação Social; 
✓ Pobreza (entendida como exclusão, opressão e impotência). 
Vídeos: crianças selvagens 
Processo de hominização: eu me torno, não nasço, através da 
convivência social. 
 
Paulo Freire (1921-1997) - Recife, educador e filósofo 
“Pedagogia do Oprimido” 
✓ Ler e Escrever: ferramenta para o desenvolvimento da 
consciência social; 
✓ Aglomerados sociais devem se constituir enquanto comunidade 
autônomas, organizadas e atuantes; 
✓ Educação Popular; (o ensino público no Brasil, não é um direito 
para todos, precisa-se de um vestibular e não tem vaga para todos). 
✓ OUTROS AUTORES IMPORTANTES: Mary Jane Spink, Silvia 
Lane e Pedrinho A. Guareschi. 
 
Psicologia Social Latino-
Americana 
 
✓ Teologia da Libertação; 
✓ Psicologia Comunitária; 
✓ Importância do Saber Popular; 
✓ Condições Sociais como responsáveis pelos 
problemas vividos; 
✓ Ciência: NÃO É NEUTRA E UNIVERSAL; 
✓ Psicologia Crítica. 
(LANE, 2009.) 
Identidade do Povo Brasileiro 
“É na memória que o homem carrega seu significado... 
Memória que registra sentido.” 
✓ Civilização X Barbárie; 
✓ Trabalho imposto como fator de aculturação; 
✓ Conceito abstrato de civilização que elimina a pluralidade dos 
sujeitos reais e encobre o exercício de poder. 
(MASSIMI, 2009.) 
 
Atuação do Psicólogo Social 
✓ Construção... 
✓ Buscar o significado dos comportamentos, de saúde, doença e 
cuidado para a população assistida; 
✓ Tratar as questões psicológicas com enfoque mais social, coletivo 
e comunitário; 
✓ Considerar as questões sociais e culturais no comportamento 
humano e no processo-saúde-doença-cuidado; 
✓ Comprometer-se com os direitos sociais e com a cidadania; 
(SPINK, 2003; CAMARGO-BORGES 
& CARDOSO, 2005). 
 
Perspectiva para a Atuação 
✓ Construindo... 
✓ Focalizar a prevenção da doença e a promoção da saúde; 
✓ Focalizar e favorecer a autonomia do indivíduo/grupo, assim 
como a cidadania – Compromisso Social. 
✓ Postura criativa do psicólogo à medida que as intervenções têm 
que ser construídas a partirdas práticas sociais, dos processos 
interativos e da cultura. Fazer análise da demanda. 
(SPINK, 2003; CAMARGO-BORGES & CARDOSO, 2005). 
 
 
 
 
Psicologia Social 
 
➢ Ajudar a terem um “insight” → Criar possibilidades para a 
ação. 
➢ Definir o “problema” → Explorar recursos. 
(McNamee, 2009) 
 
Aula: 19 de fevereiro de 2020 
 
Seminário: Formação de Atitudes 
Duração: 35 minutos 
Vídeo de no máximo 30 minutos 
Data: 04/03/2020 (trazer pronto os slides e o vídeo); 
Data de apresentação: 16/03/2020 
Páginas: Psicologia Social, Aroldo Rodrigues - 411-418 
 
Aula: 02 de março de 2020. 
 
Monte uma linha do tempo, com análise da 
Psicologia Social no Brasil: 
 
1930 - Primeiras publicações brasileiras com foco na análise de 
questões psicossociais numa perspectiva NA. 
1962 - Institucionalização da Psicologia Social (obrigatoriedade 
da disciplina de Psicologia Social nos cursos de Psicologia). 
A psicologia social tem origem norte americana, surge durante a 
2ª Guerra Mundial, e tem raiz behaviorista. O objetivo era 
reconstruir nações e fazer com que as pessoas trabalhassem 
harmonicamente. No Brasil, começa com uma raiz norte 
americana, o Aroldo Rodrigues, um dos principais autores, é 
referência, em paralelo, também havia estudos da psicologia social 
na Europa, chamada psicologia social sociológica (materialismo 
histórico de Karl Max, que estuda grandes grupos). A realidade 
europeia era diferente da realidade brasileira. As desigualdades 
presentes no Brasil, são diferentes das existentes na Europa 
(étnica, religiosa, gênero, diversidade sexual). 
1º Encontro de Psicologia Social: psicologia social latino-
americana acrescenta temáticas vinculadas a nossa realidade. 
“Crise da Psicologia Social”. 
1970 – Período de dominância da Psicologia Social Norte 
Americana e participação dos psicólogos ativamente no 
movimento de ruptura com a Psicologia Social tradicional. 
• Psicologia Social Latino Americana e Brasileira: 
preocupada com os problemas sociais contemporâneos da 
realidade brasileira, seus desafios e como resolvê-los; 
• Propõe a constituição de um movimento articulado de 
ação social; pesquisa engajada, propostas concretas e trabalhos 
comunitários; 
• Considera a sociedade e os indivíduos como produto 
histórico-dialético (ambos se transformam mutuamente); 
• Proposta de uma intervenção efetiva na rede de relações 
sociais; 
• Promover a consciência do indivíduo e compreender as 
consequências desenvolvidas pelo grupo social. 
1972 – Publicação do Livro “Psicologia Social, Aroldo 
Rodrigues”. NA 
1980 – Criação da Associação Brasileira de Psicologia Social 
(ABRAPSO), estabelecida com o propósito de redefinir o campo da 
Psicologia Social e contribuir para a construção de um referencial 
teórico orientado pela concepção de que o ser humano se constitui em 
um produto histórico-social, de que indivíduo e sociedade se implicam 
mutuamente. Surgimento de cursos de pós-graduação relacionado a 
Psicologia Social. 
1984 – Publicação do livro “Psicologia Social, O Homem em 
Movimento, Silvia Lane. (Europeia) 
Posterior a essa movimentação intelectual e epistemológica a 
Psicologia Social Brasileira tem em sua crescente produção científica e 
de pesquisas a presença das três linhas: Psicologia Social Psicológica 
(EUA), Psicologia Social Sociológica (Europa) e a Psicologia Social 
Crítica (Latina Americana e Brasileira). Contudo, se destaca a 
Psicologia social crítica. 
 
Aula: 03 de março de 2020. 
 
Dependência e Interdependência 
 
❖ O primeiro passo para o estudo desse tema é termos da influência 
das ações dos indivíduos (ou grupos de indivíduos) no 
comportamento de outros. 
❖ Zajonc em 1966 definiu a psicologia como “o estudo da 
dependência e interdependência comportamental entre indivíduos”. 
❖ Tudo que fazemos pode influenciar no comportamento dos 
outros, assim como o meu comportamento pode influenciar o 
dos outros. 
❖ Dependência: situação onde o indivíduo A sofre influência do 
indivíduo B, mas sem exercer influência sobre este. Exemplo: 
liderar uma equipe. 
❖ Interdependência: Situação onde há troca de influências; onde A 
exerce influência sobre B e vice-versa, há reciprocidade. 
Exemplo: Interação didática 
 
Dependência Social 
❖ São raros os casos onde ocorre pura e simples dependência social; 
❖ O fenômeno da interdependência ocorre em 99% dos estudos 
que envolvem a psicologia social; 
❖ Em geral, mesmo que seja mínima, há alguma influência no 
comportamento; 
❖ Por este motivo, casos de dependência muitas vezes são 
considerados impossíveis ou hipotéticos. 
 
Facilitação Social 
 
❖ Allport (1924): a atividade em conjunto facilita o rendimento do 
indivíduo. 
❖ Zajonc (1965-1966): a presença de outras pessoas facilita o 
desempenho de respostas previamente aprendidos, porém dificulta 
o aprendizado de novos comportamentos, pois há a excitação na 
pessoa. 
 
Psicologia Social 
 
❖ Zajonc sugere que o estudante aprenda a sós e após aprendido 
demonstre o seu aprendizado na presença do outro. 
 
Imitação 
❖ Desde a teoria de Gabriel Tarde, em 1895, 
psicólogos consideravam a imitação como um instinto do 
indivíduo. 
❖ Dollard e Miller, em 1941, levantaram dúvidas em relação a essa 
afirmação. 
❖ A imitação pode ser provocada ou evitada através 
de condicionamento. 
❖ Em 1961, Campbell assinalou 2 tipos de imitação. 
❖ Imitação de um modelo pela atração pelos resultados obtidos 
por este: neste tipo de imitação o indivíduo se atrai pela 
recompensa que outro indivíduo recebeu ao ter determinado 
comportamento. Exemplo: uma criança que ganha um pirulito por 
ter determinado comportamento, irá inspirar outra a repetir o 
mesmo comportamento para que também ganhe. 
❖ Imitação de um modelo tendo por recompensa a própria 
imitação: neste tipo de imitação o indivíduo sente o desejo de ser 
parecido com o modelo e sua recompensa é que se pareça com a 
pessoa imitada. Exemplo: uma moça que admira os cabelos 
ruivos de uma amiga será inspirada a pintar os seus para que fique 
com os cabelos da mesma forma. 
❖ A distinção dos dois fenômenos: o termo imitação fica 
designado para um fenômeno social onde o indivíduo 
considera as recompensas do comportamento a ser imitado. Já 
a Identificação passa a ser o termo usado para designar um 
fenômeno mais complexo, onde a pessoa se identifica com o seu 
modelo de imitação e não considera as recompensas de 
determinado comportamento para que o realize. A gratificação 
é ser como a outra pessoa. (Graciliano, 1971). 
 
As 6 bases principais de poder de influência: 
1. Poder de Informação: Reorganizar através da própria 
informação. (ex: vendedor); 
2. Poder de Coerção: Reconhecer a possibilidade de ser punido. 
(exemplo: desobedecer a seu chefe); 
3. Poder de Recompensa: Reconhecer a possibilidade de receber 
uma recompensa. (ex: pai recompensar o seu filho); 
4. Poder Legitimo: Ser influenciado pelo meio que está para ser 
reconhecido. (ex: se comportar de forma semelhante ao seu grupo 
de amigos); 
5. Poder de Referência: Se aproximar ou se afastar de algum 
sujeito. (ex: o sujeito se aproximar de alguém que compartilha de 
características semelhantes); 
6. Poder de Conhecimento: Reconhecer sugestões de indivíduos 
devidamente capacitados de conhecimento. (ex: medicamentos 
prescritos por um médico para seu paciente). 
 
Sendo essas bases divididas em dois grupos de 
influência: Independência e Dependência 
Influência de Independência: se resume ao Poder de 
Informação, em que a influência depende da informação, e não 
das características de quem a passou. 
❖ Influência de Dependência Pública: está dentro dos Poderes de 
Coerção e Recompensa, Depende do estímulo apresentado pelo 
influenciador, o que altera o comportamento do sujeito alvo. 
(sendo que na ausência do influenciador seu comportamento volta 
ao padrão anterior); 
❖ A magnitude do estímulo tambéminfluencia em como a influência 
agirá no afetado. 
❖ Influência de Dependência Privada: se encontra nos Poderes 
Legítimos, Referência e Conhecimento, aos quais dependem 
essencialmente das características possuídas pelo influenciador, 
sendo reconhecido pelo afetado em questão. (mesmo na ausência 
do agente influenciador, o comportamento tende a continuar 
acontecendo). 
 
Cai em prova: 
❖ Diferenciação entre dependência de interdependência; 
❖ Toda relação é uma relação de poder; 
❖ Qual tipo de poder acontece? É dependente ou independente? 
Público ou Privado? 
❖ Pública: professor pede para não mexer no celular, na presença 
dele eu não mexo, na ausência dele eu mexo, o indivíduo só 
obedece quando o agente punidor se encontra no contexto. 
❖ Privada: indicação de livro de um certo palestrante (o indivíduo 
compra e lê). 
 
Agressão, violência e altruísmo 
 
✓ O que é agressão? 
Comportamento que tem por objetivo causar danos a outra 
pessoa. 
 
Causalidade pessoal: 
Causalidade impessoal: guerras, pena de morte 
 
✓ A agressão é inata? (não há um consenso na literatura) 
• Freud acreditava ser inato; 
• Está presente na humanidade desde os primórdios, porém, não 
evidências suficientes que sustentem essa informação. 
• A agressividade pode ser aprendida; 
• Na atualidade, ambas as afirmações são corretas. Podemos 
destinar a agressividade para algo que façamos em nossa vida, 
como por exemplo querer ser algo com muita agressividade 
(canalização); 
• “Estamos mais em função do desejo do outro do que do meu 
desejo.” 
• Agressividade é necessária para sobrevivência humana, por 
exemplo quando sofremos um assalto, talvez, a maioria dos 
indivíduos use a agressividade para se defender; 
• Ser agressivo na nossa sociedade ainda é visto como algo negativo 
e não positivo; 
 
Psicologia Social 
 
✓ Fatores que desencadeiam o comportamento agressivo: 
• O meio onde o indivíduo vive; 
• Fatores situacionais. 
 
✓ Por que devemos nos preocupar com a agressão? 
Todos os dias, novos casos de violência doméstica e contra 
crianças. 
 
✓ Qual o lado positivo da agressão? 
Era a forma como os primatas se defendiam para 
sobreviver, partindo do princípio inato. 
 
Importante: não há um consenso entre os teóricos de 
Psicologia Social a respeito de agressão, mesmo quando 
não intencional. 
 
Aula: 16 de março de 2020. 
Roda de Conversa: Psicologia Social, Aroldo Rodrigues, 
Capítulo 13, páginas 411 a 418. 
 
O que é atitude? 
Conforme o dicionário é a maneira de se comportar, 
agir ou reagir, motivada por uma disposição interna ou por 
uma circunstância determinada. 
De acordo com Aroldo Rodrigues (1973), é uma 
organização duradoura de crenças e cognições em geral, 
dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social 
definido, que predispõe a uma ação coerente com as cognições 
e afetos relativos a este objeto. 
Existem diversas definições clássicas de atitude, 
Thurstone (1928) definiu atitude como sendo “a intensidade 
de afeto pró ou contra um objeto psicológico.” 
Para Allport (1935) atitude é “um estado mental e 
neurológico de prontidão, organizado através da 
experiência, e capaz de exercer uma influência diretiva ou 
dinâmica sobre a resposta do indivíduo a todos os objetos 
e situações a que ele está relacionado.” 
Exemplo: qual a sua opinião sobre assuntos tabus. 
Opinião: é o modo de pensar ou aquilo que se pensa 
em relação a um assunto ou pessoa, é um parecer ou ponto 
de vista. 
 Personalidade: é o conjunto das características 
marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a 
determinar o relacionamento da pessoa baseada em seu 
padrão de individualidade pessoal e social, referente ao 
pensar, sentir e agir. 
 
Enfoques Funcionais 
Smith, Bruner e White: 
✓ Qual a utilidade das opiniões para uma pessoa? 
Um conjunto de opiniões pode servir, para uma pessoa, de 
base para sua serenidade em face de um mundo em 
transformação, e para uma outra, de estímulo a uma atividade 
revolucionária. 
As opiniões constituem na tentativa do homem de enfrentar e 
dominar o mundo, e são parte integrante da personalidade. 
 
Funções que desempenham atitudes: 
 
Avaliação do objeto o ser humano possui em si uma atitude 
definida, como algo padrão, que ao estar diante de um objeto ou 
situação se repetirá, pois existe um conglomerado de fatores com 
denominador comum. Tem como definição em relação a um objeto, 
onde a reação não muda, mesmo se um acontecimento tenha relação 
com outro contexto. É avaliado de acordo com sua definição. 
Ajustamento Social possui a função de término, facilitação, 
manutenção harmoniosa ou menos harmoniosa com as pessoas, é o 
ajustador de opiniões que divergem entre si para manter a aceitação. 
Mediador para a adaptação com o meio em que se vive, sendo de 
forma de facilitar a convivência. Mesmo nas adversidades o 
ajustamento social tem o papel em romper ou manter as relações do 
indivíduo nas suas opiniões. Nos grupos, chamados de grupo de 
referência tendem que o indivíduo possa concordar com seu grupo 
ou por afinidade, podendo desempenhar um papel negativo no 
funcionamento. 
 
Externalização é quando vem à tona a opinião do indivíduo 
como mecanismo de defesa quando algo não está bem 
interiormente. Um mecanismo de defesa interna, para se inibir 
sentimentos que possam provocar desconforto. Buscando diminuir 
os excessos internos e fazendo com que o ambiente externo do 
indivíduo possa ter uma visão de acordo com o que ele sentiu e julga 
ser verdade. 
 
_____________________________________________________ 
A teoria funcional das atitudes de Daniel Katz e Ezra Stotland 
De acordo com os teóricos Katz e Stotland as atitudes 
humanas formam-se para atender a determinadas necessidades. 
Essa, por sua vez, para serem compreendidas exigem a compreensão 
do processo de mudança de atitude. Com isso, para esses 
pensadores, a formação e mudança de atitudes estão diretamente 
ligadas à base motivacional, ou seja, função que uma atitude 
desempenha para uma pessoa. 
A base motivacional se resume, para Katz e Stotland, à quatro 
funções: 
 
Função instrumental, de ajustamento ou 
utilitária: caracteriza-se pela maximização de recompensas e 
minimização de custos. Entendem que dessa forma as atitudes 
podem ser mudadas se esses conceitos forem atingidos, o que gera 
atitudes sem bases profundas. 
 
Função ego-defensiva: tem por definição atitudes que têm 
como função a proteção e defesa frente ao reconhecimento de 
verdades indesejáveis, o que gera resistência à mudanças. 
Psicologia Social 
 
Função expressiva de um valor: as atitudes baseadas 
nessa função traduzem emoções e sentimentos de valores básicos 
do indivíduo que tendem a ser expressos publicamente. 
Função de conhecimento: motivadas por essa função, 
as atitudes estabelecem ordem no ambiente, reorganizam 
elementos ou até os modificam, com consistência, ordem e 
coerência cognitiva. 
 
Contribuição de Kelman: apesar de muito importante, 
a contribuição de Kelman se refere mais à mudança do que a 
formação de atitude. Porém, de qualquer forma, o entendimento 
para a mudança de determinada atitude, necessita de observação 
para saber como foi formada a mesma. 
 
 
Fredman, Carlsmith e Sears: de acordo com 
Fredman, Carlsmith e Sears, a discussão sobre a formação de 
atitudes e as teorias sobre as mudanças de atitudes, foram para 
introduzir o foco principal dos psicólogos sociais; que é o processo 
de mudança de atitudes e não de formação de atitudes. Sendo 
assim, é importante entender que a diferença entre formação e 
mudança de atitude, é muito indiferente e insignificante, já que 
quando uma atitude começa a ser formada, ela já está mudando ou 
está totalmente disposta à mudança. 
 
Sendo assim, Kelman considera três processos de influência 
social que certamente levariam à mudança social, possibilitando 
maior esclarecimento sobre formaçãode atitude. De acordo com 
Kelman, a influência social pode ser exercida através de: 
Aceitação, que tem como definição episódios nos quais um 
indivíduo aceita a influência de outro e/ou de um grupo, para que, 
assim, seja aceito pelos mesmos. Desse modo, esse meio de 
influência social é público e dependente, uma vez que não causa 
mudanças fundamentais no indivíduo e, quando não há presença 
do agente influenciador, não há emissão de comportamento 
relacionado com o mesmo. A partir disso, conclui-se que a 
aceitação pode ser formadora de atitudes. 
 
Além da aceitação, considera-se também o processo de 
identificação, quando uma pessoa adere o comportamento 
de outra pessoa ou de determinado grupo porque esse 
comportamento, é expresso pela relação e observação de 
determinada pessoa ou de determinado grupo, se tornando grata 
aos pontos de referência. Assim, as atitudes formadas se tornam 
dependentes e privadas pois dependem de pontos de referência, 
mas não precisam de fiscalização desses pontos para serem 
exibidas. 
 
 
 
E por último, o processo de internalização, quando uma 
pessoa aceita determinada influência, pois esta está de acordo com 
seu sistema de valores. 
 
 
Sendo uma influência independente e privada, já que a mudança de 
atitude independe do agente influenciador, que se serviu como ponto 
de referência para ocorrer a influência. Mas não existe mais a 
necessidade da presença dele. 
 
Kelman afirma que esses processos de mudança de atitude 
não necessariamente devem ser exclusivos, pois na maioria das 
vezes, as atitudes se formam ou se modificam justamente com a 
combinação desses tipos de influência. 
 
O quadro a seguir mostra um sumário da distinção entre os três 
meios de modificação e formação de atitudes que acabamos de 
descrever, salientando seus antecedentes e seus consequentes. 
 
 
Três tipos de influência social segundo Kelman 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
✓ RODRIGUES, Aroldo. Psicologia Social. Petrópolis: Vozes, 
1998. 
✓ ANTONIO, Joana. Processos de Cognição Social, Atitudes. 2017. 
(01m45s). Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=K-nJPYOcEF4>. Acesso 
em: 01 de março de 2020. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=K-nJPYOcEF4
https://www.youtube.com/watch?v=K-nJPYOcEF4
https://www.youtube.com/watch?v=K-nJPYOcEF4
Psicologia Social 
 
Aula: 23 de março de 2020. 
 
Princípios Gerais da Psicologia Social 
Europeia (sociológica) 
• É a raiz da psicologia social latino-americana; 
 
Funcionamento da Sociedade: 
 
Ideologia 
Materialismo histórico: análise do funcionamento da sociedade; 
Ideologia para o materialismo histórico: são as ideias e 
convicções passadas para um determinado grupo. O grupo que 
detém o poder, quem determina o modo de produção. 
A ideologia determinada o que é certo e errado, o que é bonito e 
feio, e é passada/transmitida pela linguagem, família, leis, modo 
de educação. Por que existe o dinheiro? Agimos no mundo de 
acordo com as determinações ideológicas; 
 
Alienação: é o não saber dessas questões ideológicas que 
determinam o funcionamento da sociedade; 
Consciência: é o indivíduo que tem noção da ideologia que está por 
trás. Vale ressaltar que não existe uma consciência plena. 
• Somos o que somos, ou somos uma reprodução daquilo que 
querem que eu seja? 
• Somos o que somos, ou meras cópias ideológicas? 
Ideologia, eu quero uma pra viver. (Cazuza); 
A ideologia é igual para todos, é determinado pelo modo de 
produção. Algumas pessoas sabem mais a respeito e outras 
menos. 
 
A ideologia é determinada pelo Modo de produção: que 
é a Supra-estrutura ideológica. Além disso, define quem 
tem Poder. 
• Quem tem o poder? o Grupo minoritário que comanda o 
modo de produção, muitas pessoas são determinadas por 
outras. 
Minoria psicológica (todos somos): 
 
Como a ideologia é transmitida? 
✓ Trabalho 
✓ Identidade social (como o outro me vê) 
✓ Linguagem (o masculino impera, por quê? Porque 
ideologicamente é determinado, e nós reproduzimos) 
✓ Quem determina o preconceito é a ideologia! 
 
 
 
 
 
Aula: 25 de março de 2020. (LANE, S.T.M. Consciência e 
Alienação: a ideologia no nível individual. In: LANE, S.T.M.; 
CODO, W. (orgs). O homem em movimento. São Paulo: 
Brasiliense, 1984. p. 40) 
 
Consciência/Alienação: 
 a ideologia no nível individual 
❖ Indivíduo – sujeito da história: passivo (a história altera e 
compõe a vida) e ativo (também contribuímos para este 
processo) – determinado e determinante. 
❖ Por exemplo: a pandemia. 
❖ Ser mais ou menos atuante como sujeito da história depende do 
grau de autonomia e iniciativa que o indivíduo alcança. 
 
O que é Ideologia? 
 
“...Ideias ou convicções compartilhadas que servem para justificar 
os interesses dos grupos dominantes... O conceito de ideologia 
está intimamente ligado ao de poder, uma vez que os sistemas 
ideológicos servem para legitimar o poder diferencial exercido 
pelos grupos.” 
O grupo que determina o modo de produção determinará a 
ideologia, pensando que a minoria determina a ideologia. 
O grupo que determina o modo de produção determinará a ideologia 
Considerações Importantes: 
 
Superestrutura ideológica (canal de transmissão da ideologia): 
política, direito, escola, estado, religião (estão a serviço do poder 
ideológico) – derivados do modo de produção. 
Supra-estrutura ideológica: condições de produção e relações 
econômicas. (determinam a ideologia), utilizando o canal de 
transmissão da superestrutura ideológica. 
 
A Ideologia, presente em atividades superestruturais da 
sociedade, se reproduz no nível individual. (todos nós 
reproduzimos a ideologia, cada um ao seu modo). 
 
Relacionando-se de forma orgânica e reprodutora das condições de 
vida, e também como, no plano da ideologia, o indivíduo se torna 
consciente dos conflitos existentes no plano da produção de sua 
vida material. 
 
Linguagem (o principal veículo de transmissão), enquanto 
produto histórico, traz representações, significados e valores 
existentes em um grupo social, e como tal é veículo da ideologia 
do grupo, enquanto para o indivíduo é também condição 
necessária para o desenvolvimento de seu pensamento. 
❖ O pensamento é construído enquanto linguagem. O 
pensamento reproduz a ideologia. 
_____________________________________________________ 
Hegel: são as ideias humanas que movem e constroem o mundo. 
Marx: as ideias surgem a partir das condições materiais reais 
vividas pelo homem. 
Psicologia Social 
 
Nós não temos ideias, elas já são dadas pelo mundo, é apenas 
uma continuidade de padrões ideológicos. 
Ideologia Marxista: conjunto de ideias construídas a partir de 
condições materiais concretas (relações de classe) que servem 
para perpetuar e manter determinada relação de poder e ordem 
das coisas. Ex: exploração do trabalhador. 
 
A ideologia não é um processo subjetivo consciente, mas um 
fenômeno objetivo e subjetivo involuntário produzido pelas 
condições objetivas da existência social dos indivíduos. Ora, 
a partir do momento em que a relação do indivíduo com a sua 
classe é a da submissão a condições de vida e de trabalho pré-
fixadas, essa submissão faz com que cada indivíduo não possa 
reconhecer-se como fazedor de sua própria classe. 
Ou seja, os indivíduos não podem perceber que a realidade da 
classe decorre da atividade de seus membros. Pelo contrário, a 
classe aparece como uma coisa em si e por si e da qual o 
indivíduo se converte numa parte, quer queira, quer não. E uma 
fatalidade do destino. A classe começa, então, a ser representada 
pelos indivíduos como algo natural (e não histórico), como um 
fato bruto que os domina, como uma “coisa” onde vivem. A 
ideologia burguesa, através de uma ciência chamada 
Sociologia, transforma em ideia científica ou em objeto 
científico essa “coisa” denominada “classe social”, 
estudando-acomo um fato e não como resultado da ação dos 
homens. 
 (CHAUÍ, 2004, p.31) 
 
Materialismo Histórico – Marx: 
Cada coisa é um processo, isto é, uma marcha, um tornar-se [...] 
As coisas, as relações, as ideias se transformam em virtude das leis 
internas de seu autodinamismo [...] os processos se dão de forma 
espiral[...] O que vem é uma promessa, poderá ou não acontecer, 
mas nunca será uma mera repetição[...] Cada coisa traz em si sua 
contradição, sendo levada a se transformar em seu contrário[...] 
uma coisa é ao mesmo tempo ela própria e seu contrário. 
Qualquer coisa que se concretiza é apenas um momento, uma 
síntese de sua afirmação e de sua negação[...] 
 (MINAYO, 2003, 95-96) 
Uma árvore é uma semente? 
Não. Mas é só é uma árvore porque um dia foi uma semente, mas 
quando era uma semente ela era uma árvore? Não. Era uma 
possibilidade. 
Nós não somos, nós estamos sendo possibilidades. 
 
Análise Ideológica 
 
❖ Deve considerar tanto o discurso onde são articuladas as 
representações, como as atividades desenvolvidas pelos 
indivíduos; (o que cada grupo entende sobre um 
determinado assunto, quais comportamentos). 
❖ Fundamental para o conhecimento psicossocial pelo fato dela 
determinar e ser determinada pelos comportamentos sociais 
do indivíduo e pelas redes de relações sociais que, por sua 
vez, constituem o próprio indivíduo. 
❖ Dominação: via alienação superestrutural (estado, leis, 
religião...) – determinam as relações sociais de cada indivíduo. 
❖ Alienação: atribuição de naturalidade aos fatos sociais, processo de 
reificação da consciência, pessoas... 
 
Reificação: é o ato (ou resultado do ato) de transformação das 
propriedades, relações e ações humanas em propriedades, relações e 
ações de coisas produzidas pelo homem, que se tornaram independentes 
(e que são imaginadas como originalmente independentes) do homem 
e governam sua vida. Significa igual igualmente a transformação dos 
seres humanos em seres semelhantes a coisas, que não se comportam 
de forma humana, mas de acordo com as leis do mundo das coisas. A 
reificação é um caso especial de alienação, sua forma mais radical e 
generalizada, característica da sociedade capitalista” 
❖ Grau máximo de reificação. A economia determina meu 
comportamento, a religião determina meu comportamento, 
virar uma marionete. 
 GUIMARÃES, A.M. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. p. 314 
 
Níveis de Consciência 
 
Consciência de Classe (categoria sociológica): processo 
essencialmente grupal e acontece quando indivíduos conscientes de si 
se percebem sujeitos das mesmas determinações históricas que os 
tornam membros de um mesmo grupo inseridos nas relações de 
produção que caracterizam a sociedade em um dado momento; 
❖ Como está a vida dos professores. 
❖ Determinações do meu grupo, determinadas pelo meu grupo. 
 
Consciência Social: ao pertencer a um grupo pode ser que o indivíduo 
desencadeie um processo de consciência de si e social – consciência 
de-só-social categoria psicológica; 
❖ Determinações individuais; 
 
O que ocorre com um indivíduo consciente em um grupo alienado? 
 
“... As contradições sociais são claras, mas ele é impedido, a nível 
grupal, de qualquer ação transformadora – seria essa uma situação 
geradora de doença mental, como fuga de uma realidade 
insustentável? (É a hipótese levantada por A. Abid Andery)” 
 (LANE, 1984, p. 42) 
 
Implicações Metodológicas 
Pensamento e Ação: pensar uma ação pode simplesmente reproduzir 
uma ideologia, não basta pensar, precisar encontrar as determinações 
dos grupos sociais, por exemplo, os grupos feministas (antes, em briga 
de marido e mulher, ninguém mete a colher, atualmente é diferente, 
porque agressão é crime), não basta pensar, precisamos agir. 
 
Ciência: conhecimento relativizado como produção histórica – 
pesquisador e pesquisado fazem parte do mesmo contexto histórico. 
Ver penúltimo parágrafo pág 45. 
 
 
Psicologia Social 
 
Para se detectar o ideológico e/ou o nível de consciência, 
partimos do discurso individual produzido na interação com 
pesquisador e deverá ser analisado a partir de Categorias que 
emerjam do próprio discurso. 
 
Problema: ponto de partida e não de chegada podendo ser 
reformulado ao longo do estudo. 
Relação dialética pensamento-discurso-ação. 
 
Pesquisador-pesquisado: fazem parte do mesmo contexto 
histórico cultural, portanto deve-se considerar a parcialidade do 
pesquisador. 
Pesquisa Participante: modelo importante de pesquisa para o 
Psicólogo Social, possibilita ao pesquisador vivenciar o 
problema pesquisado. 
 
Aula: 30 de março de 2020. 
 
Identidade 
CIAMPA, A.C.; Identidade. In: LANE, S.T.M.; CODO, W. (orgs). O homem em movimento. São Paulo: 
Brasiliense, 1984. p.58-75. 
 
“Quem é você?” 
“Quem sou eu? 
• Nós não somos, estamos sendo. 
 
Identidade ou identidades? 
 
“É o que nos caracteriza como pessoas é o que respondemos 
ao narrarmos quando alguém pergunta quem sou eu” 
 
“A nossa identidade se mostra como a descrição de um 
personagem... Cuja biografia aparece em uma narrativa... Ou 
seja, como personagem que surge num discurso... Qualquer 
discurso costuma ter um autor... Você é o personagem do seu 
discurso, ou o autor que cria essa personagem, ao fazer o 
discurso?” (somos ambíguos, autor e personagem da nossa 
própria história). 
 
“Somos autores e Personagens ao mesmo tempo” 
• Construímos nossa identidade a partir dos papéis que nos 
colocam e que nos colocamos ao longo da vida; 
• Nossa identidade é social se constrói na relação com os 
outros; 
• Identidade imutável??? 
Não. 
 
 “... a identidade do outro reflete na minha e a minha na 
dele...” 
Pais e filhos, marido e esposa, professor-aluno. 
 
 “... nos escondemos naquilo que falamos; o autor se oculta 
por trás da personagem... É muito comum nos revelarmos 
através daquilo que ocultamos” 
Somos ocultação e revelação 
 
• As pessoas se modificam: ficamos mais velhas, existem mudanças 
previsíveis... há mudanças e mudanças: heterossexual-
homossexual, solteirona-esposa exemplar. 
• “Nós nos tornamos algo q não éramos ou nos tornamos algo q já 
éramos e estava “embutido” dentro de nós?” 
• Não desejável: “embutido” nos outros; 
• Desejável (positivamente valorizado): “embutido” em nós. 
 
“Podemos imaginar as mais diversas combinações para configurar 
uma identidade como totalidade. Uma totalidade contraditória, 
múltipla e mutável, no entanto única. Por mais contraditório, por mais 
mutável que seja, sei que sou eu que sou assim, ou seja, sou uma 
unidade de contrários, sou uno na multiplicidade e na mudança” 
(CIAMPA, 1984, p. 59) 
 
Quando a unidade, ou seja, Identidade é percebida como 
ameaçada: 
• Medo da loucura, doença mental; 
• Sensação de desagregação; (não se reconhecer mais, tornar-se 
diferente daquilo que era). 
• Medo de sermos outro. 
 
“... Num certo sentido pode-se considerar a chamada “doença mental” 
como um problema de identidade: o “louco” é nosso “outro”, tanto 
quanto o curado” é o outro do “louco”... 
 
As pessoas se descrevem e descrevem as outras e sempre supomos que 
são o que dizem ser, são? 
Muito prazer sou Joana. 
Sou Joana? 
• Nós nos identificamos com o nosso nome, somos o nome? 
• O nome nos identifica num conjunto de outros seres, q indica 
nossa singularidade; 
• Mas, antes que eu me chamasse Fulano – eu era chamado de 
Fulano, quem escolhe o nome????? 
• Nome carrega consigo aspirações dos outros 
 Nome: Joana me diferencia. 
 Prenome: Monteiro me iguala. 
 
Diferenciação e Igualdade 
 
• Constituída pelos diversos grupos que faço parte; 
• Existência objetiva do grupo: através dasrelações que seus 
membros estabelecem entre si e com o meio onde vivem, isto é, 
pela sua prática, pelo seu agir – pelo seu trabalho – agir, 
trabalhar, fazer, pensar, sentir... 
• É pelo agir, pelo fazer que alguém se torna algo. 
• Somos nossas ações, nós nos fazemos pela prática. 
 
O conjunto de características cristalizadas que usamos para nos 
descrever são representações de identidade e não nossa identidade 
em si porque ela não existe enquanto entidade concreta. 
 
Psicologia Social 
 
Resposta dada a pergunta “Quem sou eu”: capta o aspecto 
representacional da noção de identidade (enquanto produto), mas 
deixa de lado seus aspectos constitutivos, de produção, bem como as 
implicações recíprocas destes dois aspectos; 
Representação: pode ser considerada um processo de produção de 
tal forma que a identidade pode ser entendida como o próprio 
processo de identificação. 
Por exemplo: Joana, antes de nascer já era filha de Maria, ao nascer 
se identificou com essa representação hoje Joana diz: “Sou filha de 
Maria” 
 
Se a Identidade não está em seu aspecto 
Representacional, onde ela está? 
 
Joana filha de Maria → relação mãe e filha. Estou sendo filha. 
Maria não participa da criação de Joana, coloca-a em um orfanato 
Joana é filha de Maria? Está sendo filha? 
 
• Na atividade e no fazer em ação é que se constroem, assumem e 
negam os papéis; 
• Na negação daquilo que eu disse que sou; 
• Na possibilidade de mudança; 
• Sou algo, ou estou sendo algo? 
 
❖ Não podemos isolar de um lado todo um conjunto de elementos 
que podem caracterizar um indivíduo – biológico, psicológico, 
social, etc, identificando-o, e de outro a representação desse 
indivíduo como uma duplicidade mental ou simbólica, que 
expressaria a sua identidade; 
❖ Há uma interpenetração destes dois aspectos - biológico, 
psicológico, social, etc/ representação. 
❖ Exemplo: relação pai filho – a identidade de um filho se por 
um lado é consequência das relações que se dão, por outro lado 
é condição dessas relações – antes de nascer já era filho de 
fulano. 
 
❖ A identidade é normatizada visando a manutenção das 
estruturas sociais através de identidades pré-estabelecidas, 
paralisando o processo de re-identificação; 
❖ Temos rituais sociais para reatualizar uma identidade 
pressuposta, que assim é resposta como algo já dado, retirando o 
caráter de Historicidade. Aproximando-a mais da noção de um 
mito que prescreve as condutas corretas, reproduzindo o social; 
❖ Exemplos: batizados, casamentos, aniversário de quinze anos, 
baile de formatura. 
 
Aula: 01 de abril de 2020. 
 
A mesmice de mim é pressuposta como dada permanentemente e 
não como reposição de uma identidade que uma vez foi posta. 
Ex: ao ser pai deixa de ser filho?? Sendo filho há ameaça à condição 
de pai, pois não há a diferenciação da condição de seu filho. Há a 
negação do sujeito –pai- como filho. Página 67. 
 
• Cada posição me determina, fazendo com que minha 
existência concreta seja a unidade da multiplicidade, que se 
realiza pelo desenvolvimento dessas determinações; 
• A construção da identidade está restrita à condição social e de 
classe, a estrutura social conservando-a ou a transformando. 
• Assumimos vários papéis ao mesmo tempo: mãe, professora, 
filha (...) 
 
A História é a progressiva e continua hominização do Homem, a 
partir do momento que este, diferencia-se do animal, produz suas 
condições de existência, produzindo-se a si mesmo 
consequentemente; 
• Nós não nascemos homem, nós nos tornamos. 
• A identidade que surge como representação de meu estar-sendo 
se converte num pressuposto de meu ser (como totalidade), o q, 
formalmente, transforma minha identidade concreta (entendida 
como um dar-se numa sucessão temporal) em identidade 
abstrata, num dado atemporal – sempre presente (entendida 
como identidade pressuposta reposta) 
• Qual é a diferença entre identidade e personalidade? 
A árvore ela tem raiz, caule e a copa. Independente da espécie 
precisa de luminosidade, temperatura, etc. Se passa um 
caminhão que bate na árvore, pode entortar, mas a raiz 
permanece. A influência do ambiente externo é muito maior no 
caule e na copa do que na raiz. A raiz seria a nossa personalidade 
(não muda), e a copa e o caule a nossa identidade. 
 
Ao me objetivar (e ser objetivado por outrem) pelo caráter 
atemporal atribuído a minha identidade, o que estou sendo 
como parte surge como encarnação da totalidade de mim. 
Cada comparecimento meu frente a outrem envolve representação 
num tríplice sentido: 
1º: eu represento enquanto estou sendo o representante de mim 
(como uma identidade pressuposta e dada fantasmagoricamente 
como sempre idêntica); 
2º: eu represento, em consequência, enquanto desempenho papéis 
(decorrentes de minhas posições) ocultando outras partes de mim 
não contidas na minha identidade pressuposta e reposta; 
3º: eu represento, enquanto reponho no presente o q tinha sido, 
enquanto reitero a apresentação de mim – reapresentando como 
estou sendo - dado o caráter formalmente atemporal atribuído à 
minha identidade pressuposta que está sendo reposta, encobrindo o 
verdadeiro caráter substancialmente temporal de minha identidade 
(como uma sucessão do que estou sendo, como devir) 
 
Essa expressão do outro “outro” que também sou eu consiste na 
“alterização” da minha identidade. 
Ver 2º parágrafo pág 70; 
 
Outro minúsculo (igual a mim, semelhante): 
Outro Maiúsculo (cultura e sociedade): 
 
 
 
 
Psicologia Social 
 
Alteridade: é a concepção que parte do pressuposto básico de que 
todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos. 
Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam, a 
existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato 
com o outro (que em uma visão expandida se torna o Outro - a 
própria sociedade diferente do indivíduo). 
 
Alteridade: eu apenas existo a partir do outro, da visão do 
outro, o que me permite também compreender o mundo a 
partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente 
quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência 
do contato. 
 
“A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) 
leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar, 
dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é 
habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos ‘evidente’. Aos 
poucos, notamos que o menor dos nossos comportamentos 
(gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem realmente 
nada de ‘natural’. Começamos, então, a nos surpreender com 
aquilo que diz respeito a nós mesmos, a nos espiar. O 
conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa 
inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e 
devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura 
possível entre tantas outras, mas não a única.” 
 (LAPLANTTINE, 2000, p. 21) 
 
Nem anjo, nem besta: Apenas Homem 
Ver pág 70-71 
• Semente – Dialética 
• Dialética do fenômeno humano; 
• O Homem não é uma afirmação tautológica (repetição inútil 
da mesma ideia de forma diferente), mas uma afirmação da 
materialidade da contínua e progressiva hominização do 
homem. 
• Amanhã não seremos o mesmo, mas preservaremos algumas 
coisas; 
• A identidade só deixa de estar se constituindo quando 
morremos; 
• Não está limitado no vir-a-ser preestabelecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Identidade e Sociedade 
 
• Não é possível dissociar o estudo da identidade do indivíduo do da 
sociedade; 
• As possibilidades de diferentes configurações da identidade estão 
relacionadas com as diferentes configurações da ordem social; 
• Sociedade capitalista: homem se torna coisificado, ou seja, reificado 
passa a ser também mercadoria. Cada indivíduo não reconhece o outro 
como ser humano, e consequentemente não reconhece a si próprio como 
humano. 
• Homem: relação dialética entre subjetividadee objetividade. 
 
“Identidade é movimento, é desenvolvimento do concreto. 
Identidade é metamorfose. 
É sermos Um e um Outro, para que cheguemos a ser Um, numa 
infindável transformação” 
(CIAMPA, 1984, p. 76) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia Social

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