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Fundamentos de Cirurgia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ TÉCNICA ASSÉPTICA, ANTISSEPSIA E ESTERILIZAÇÃO Assepsia: todas as manobras realizadas com o intuito de manter o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes; conjunto de medidas para impedir a introdução de agentes patogênicos no organismo Antissepsia: destruição dos germes, resulta da utilização de antissépticos contra germes patogênicos que habitam tecidos vivos. Degermação: destruição total ou parcial da microbiota da pele/mucosas por processos físicos/químicos Esterilização: processo que garante a completa ausência de vida sob qualquer forma Não existe cirurgia estéril PREPARO DO PACIENTE ▪ Banho geral: na véspera da cirurgia, para dar tempo de proliferar a flora fixa (menor patogenicidade) ▪ Troca de roupa: colocar avental e roupas de cama ▪ Tricotomia: retirada dos pelos (aparados, e não raspados, evitando lesões na pele), no dia ou de preferência no ambiente cirúrgico PREPARO DA EQUIPE ▪ Banho: no mínimo 2h antes da cirurgia ▪ Roupas: trocadas antes de entrar no centro cirúrgico ▪ Gorro/touca ▪ Máscara ▪ Pessoas com infecções de via aérea superior não devem entrar no centro cirúrgico ▪ Higienização das mãos: retirar a microbiota transitória e reduzir a microbiota permanente o Média de 3 a 5 minutos de escovação o 1. Desinquinação: lavar as mãos, retirar a oleosidade o 2. Escovação o 3. Antissepsia complementar (caiu em desuso) o Sequência da lavagem/higienização das mãos A. Molhar até o antebraço B. Passar o antisséptico C. Iniciar a escovação das mãos e antebraço com uma escova. Unhas e leito ungueal → inter dígitos → palma das mãos → dorso das mãos → antebraço D. Retirada do antisséptico, seguindo distal para proximal, e secagem das mãos ▪ Paramentação cirúrgica: Avental/capote e luvas estéreis Fundamentos de Cirurgia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ ANTISSÉPTICOS Ideal: solúvel em água, não mancha a pele/vestuário, é estável e ativo em baixas concentrações, tem amplo espectro de ação, possui atividade prolongada, não é tóxico, tem baixo custo Sabões ▪ Geralmente são sais de sódio ou potássio ▪ Apresenta atividade contra G+ e BAAR ▪ Os compostos quaternários de amônio agem em G+ e G- Álcool etílico ▪ Causa desnaturação de proteínas ▪ Concentração ideal é de 70-90-% ▪ Bactérias, fungos, vírus, micobactérias Tintura de iodo (álcool iodado) ▪ Um dos mais potentes e rápidos bactericidas ▪ O melhor antisséptico para pele íntegra (dor quando há lesão na pele) ▪ Eficaz contra anaeróbios esporulados, fungos; apresenta amplo espectro Iodóforo Hexaclorofeno Cloro de benzalcônio Ácido hipocloroso Hipoclorito de sódio Permanganato de potássio H2O2 Óxido de etileno Óxido de propileno Principais degermantes ▪ Álcool: amplo espectro, ação rápida, mas não apresenta efeito residual ▪ Clorexidina: mais eficaz em G+ que em G-, velocidade de ação intermediária, apresenta efeito residual ▪ Compostos de iodo: causam queimaduras na pele Fundamentos de Cirurgia João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ ESTERILIZAÇÃO DO MATERIAL CIRÚRGICO Tudo aquilo que entra em contato íntimo com o paciente Antes: lavar e limpar Esterilização o Acomodados em caixas metálicas e/ou pacotes confeccionados com envoltório apropriado o Calor (seco, úmido), gasoso (óxido de etileno, óxido de propileno, peróxido de hidrogênio, formaldeído), química (solução aquosa de glutaraldeído), radiação ionizante, filtração CENTRO CIRÚRGICO Zona de proteção: (barreira) vestiário, banheiro, troca de maca Zona limpa: corredores Zona estéril/asséptica: sala de cirurgia