Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A LITERATURA INFANTIL NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Aparecida Juliana Perez Diogenes1 
Rosangela Ribeiro da Silva Justo2 
 
Resumo: A literatura infantil é uma das respostas criativas à necessidade de proporcionar 
condições para despertar o interesse para com os livros de histórias. Saber de que maneira 
esta atividade é direcionada pelos professores como mecanismo de incentivo a leitura é o 
objetivo deste artigo científico. Mostrar também um pouco da origem histórica da literatura 
infantil. Conhecer seu início e como era vista se faz necessário para se compreender a 
evolução ao longo do tempo. Para tanto, foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, chegando-
se a conclusão de que a literatura infantil pode e deve se tornar um grande aliado do professor 
dentro da sala de aula, pois através das histórias que são contadas nesse espaço escolar 
começa-se o despertar da criança pela leitura. 
 
Palavras- chave: Literatura infantil. Aluno. professor 
 
INTRODUÇÃO 
 
Estudos apontam que a grande maioria dos brasileiros não sabe ler, mas este 
“não saber ler”, não se refere à questão do analfabetismo, e sim saber ler e não ser 
capaz de interpretar o que está escrito. Isso se dá pela falta da prática de leitura 
seguida de um vocabulário pobre. Diante de tal problema, fica a pergunta: Por que as 
pessoas leem tão pouco? Alguns pesquisadores apontam que este problema teve seu 
início na escola, mais exatamente nos primeiros anos escolares quando as crianças 
são pouco estimuladas a lerem. 
Para o Brasil (2000), “[...] um leitor competente só pode constituir-se mediante 
a uma prática constante de leitura de texto de fato, a partir de um trabalho que deve 
se organizar em torno da diversidade de texto que circulam socialmente”. 
 Neste trabalho, apontar-se-á os mecanismos para incentivar a leitura, 
mostrando que a literatura infantil pode ser um aliado nesse sentindo, trazendo um 
grande beneficio para as crianças. Através das historias que lhes são contadas, ou as 
que eles mesmos leem, vão aos poucos adquirindo conhecimento do mundo da 
leitura. 
 
1 Acadêmica do VIII período do curso de Pedagogia da Faculdade de Pimenta Bueno (FAP). E-mail 
Juliana_perez85@hotmail.com 
2 Mestre em Língua Portuguesa, professora da FAP- Faculdade de Pimenta Bueno. 
rosangelarsj2@bol.com.br 
mailto:Juliana_perez85@hotmail.com
2 
 
 Como diz COELHO (2000), “[...] a Literatura Infantil é, antes de tudo literatura, 
ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade”, e é isto que precisa ter em sala de aula. 
A literatura também faz sua contribuição para formação do ser humano, 
desenvolvendo nele reflexão e o espírito crítico. 
 É nesse sentido que destacamos o papel da escola, a autora Regina Ziberman 
(2003) ressalta isso em seu livro: “[...] a escola tem uma finalidade sintetizadora, 
transformando a realidade viva nas distintas disciplinas ou áreas de conhecimento 
apresentadas ao estudante.” 
 
1.1 A LITERATURA INFANTIL 
 
1.1 Um pouco da história da literatura infantil 
 
 O primeiros livros destinados ao público infantil foram escritos no final do século 
XVII e meados do século XVIII, com intuito educativo e moralizador. Foi assim com as 
histórias contadas por Charles Perrault para Luís XIV, na França no século XVII. Do 
mesmo modo, foi com as histórias dos irmãos Grimm, uma readequação dos contos 
de fadas. Antes desse período não se escrevia para as crianças. 
 Segundo Maria Antonieta Antunes Cunha: 
 
A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. 
Começa a delinear-se no início do século XVIII, quando a criança pelo 
que deveria passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com 
necessidades e características próprias, que deveria distanciar-se da 
vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a 
preparasse para a vida adulta (1999,p22) 
 
 Anteriormente, a criança participava da vida social do adulto, como também de 
sua literatura. Existia uma divisão nas classes sociais. Enquanto a criança da nobreza 
lia grandes clássicos, as outras crianças de classes inferiores liam e ouviam historias 
de aventura. 
 “No Brasil, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo 
adaptações de obras de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica 
das colônias”. (Cunha, 1999). 
3 
 
 Ainda segundo autora, no Brasil foi Monteiro Lobato quem abriu as portas da 
verdadeira literatura infantil. O escritor de Taubaté foi o autor que criou obras 
destinadas às crianças em um tempo e espaço determinado. Retratou o Brasil de sua 
época, o sistema social vigente, seus valores, comportamentos, organização política 
e funções e rompeu com um tipo de literatura ideológica até então consumida pelas 
crianças brasileiras, em sua minoria, visto que a maioria estava privada do acesso aos 
livros. 
 Zilberman (2003) diz que os ideais burgueses estavam diretamente ligados à 
expansão da indústria, e que por isso, foi imposto um aperfeiçoamento do ensino 
escolar, por meio de uma pedagogia controladora, para cumprir as expectativas 
burguesas nos novos modos e meios de produção. 
 De acordo com Regina Ziberman: 
 
A nova valorização da infância gerou maior união familiar, mas igualmente 
os meios de controle do desenvolvimento intelectual da criança e 
manipulação de suas emoções. Literatura Infantil e escola, inventada a 
primeira e reformada a segunda, são convocadas a cumprir essa missão. 
(2003, p.15). 
 
 Com passar do tempo os livros infantis deixam de lado caráter utilitário, 
moralista e passa a conquistar um status artístico. Essa nova literatura proporcionou 
novas aspirações e incentivou a investigação e o debate acerca de valores 
estabelecidos na época. Como resultado desse processo histórico, uma das funções 
da literatura nova é a renovação da linguagem, das próprias palavras em seus 
contextos, de modo que as crianças podem se identificar com a história e expandir 
seus horizontes. 
 
1.2 A literatura infantil e seus benefícios 
 
 Trabalhar textos literários, com intuito de promover a leitura de livros, 
contribuindo para que os alunos se tornem leitores voluntários e autônomos é de suma 
importância na atividade prática diária do professor. Os conteúdos de obras infantis 
precisam ser de fácil entendimento pela criança que as leem, seja por si mesma, ou 
com a ajuda de uma pessoa mais velha. Além disso, precisam ser interessantes e, 
acima de tudo, estimulantes para a criança. 
4 
 
 É importante que o trabalho com texto literário esteja incorporado às práticas 
cotidianas da sala de aula. O contato com textos recheados de encantamentos faz-
nos perceber quão importante e cheia de responsabilidade é toda forma de literatura. 
 Regina Zibermam fala da importância de se preservar a relação literatura e 
escola. 
 
Preservar as relações entre a literatura e a escola, ou o uso do livro 
em sala de aula, decorre de ambas compartilharem um aspecto em 
comum: a natureza formativa. De fato, tanto a obra de ficção como a 
instituição do ensino estão voltadas à formação do individuo ao qual 
se dirigem. (2003, p. 25). 
 Segundo Zilberman (2003)“a literatura deve se integrar ao projeto desafiador 
próprio de todo fenômeno artístico, impulsionar ao seu leitor uma postura crítica, 
inquiridora, e dar margem à efetivação dos propósitos da leitura como habilidade 
humana.” 
 A autora (2003) ainda fala da importância de se trabalhar a literatura na sala de 
aula, “a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela 
leitura , assim como um campo importante para o intercâmbio da cultura literária, não 
podendo ser ignorada, muito menos desmentida sua utilidade” 
 Vânia Maria Resende ressalta a questão da afetividade entre a criança e o 
adulto, ou seja, aquele que irá lhe proporcionar o contato com os livros. 
 
A relação afetiva entre as crianças e aquelesque põem livros com 
poesias e historias ao seu alcance produz uma sincronização 
favorável. A proximidade, garante pelo estar junto, com presença 
calorosa, entusiasmo e vibração, é responsável pela introdução 
positiva das crianças no universo literário. Num clima de confiança e 
afetividade é que o ler e contar histórias faz sentido. E através desse 
ponto de partida que se sedimenta uma convivência espontânea e 
agradável com os livros. (1997 p.40). 
 
 Regina Ziberman fala sobre a importância da literatura em sala de aula como 
estratégia de transformação da educação tradicional. 
 
A justificativa que legitima o uso do livro na escola nasce, pois, de um 
lado, da relação que estabelece com seu leitor, convertendo-o num 
ser crítico perante sua circunstância; e, de outro, do papel 
transformador que pode exercer dentro do ensino, trazendo-o para a 
realidade do estudante e não submetendo este último a um ambiente 
rarefeito do qual foi suprimida toda a referência concreta. (2003, p. 30). 
 
5 
 
1.2.1 Poesia 
 
 A poesia é um dos elementos que faz parte da literatura infantil e de grande 
importância para o professor. Além da leitura e escrita que se trabalha, a poesia tem 
três funções básicas: servir como suporte à alfabetização, como auxílio à formação 
da leitura em geral e como fomento ao letramento literário. 
 O exercício dos jogos de linguagem pode auxiliar no desenvolvimento da 
consciência fonológica. Na questão leitura, a poesia irá ajudar na ampliação das 
habilidades, envolve um trabalho mais ativo com metáforas, as alusões, o humor e a 
ironia. Já no que diz respeito ao letramento literário, ela pode atuar no 
desenvolvimento dos valores estéticos. 
 Para Leo Cunha: 
 
[...] trabalhar com poemas em sala de aula pode ser um momento de 
ludismo e de grande prazer tanto para professor como para seus 
alunos, além de ser um modo de acabar com os tabus que cercam 
esse gênero literário e preparar os pequenos leitores para se tornarem 
grandes “Consumidores” de poesia quando adultos.(2012, p. 16) 
 
 Há muitas possibilidades de trabalho com o poema em sala de aula. 
Geralmente nascem vinculados a música e a dança. Na antiga Grécia, usava-se 
cantar sua história nas epopéias e expressavam seus sentimentos em poesia, 
acompanhados da lira. Já na nossa cultura, as cantigas e as brincadeiras de palavras 
em geral são o primeiro contato da infância com a poesia. Esses poemas orais, que 
as crianças aprendem e decoram apenas ao ouvir, devem ser resgatados e trazidos 
para a sala de aula. 
 “A escola deve, então valorizar as brincadeiras feitas pelas crianças em 
espaços de interação, tais como as formas orais trazidas pelos diferentes grupos 
sociais, com a performance dessas formas. “ (CUNHA, 2012). 
 
1.2.2 Cordel 
 
 Conhecida popularmente no Brasil, a Literatura de Cordel é sinônimo de poesia 
em verso, nela se narram histórias de batalhas, amores, sofrimentos, crimes, fatos 
políticos e sociais, tem origem portuguesa, muito comum no nordeste brasileiro. Seu 
6 
 
nome é derivado do fato de os livretos contendo os poemas serem expostos em 
cordas, nas feiras públicas. Esses folhetos não tinham um público específico. Embora 
as histórias nele contadas agradassem tanto ao público jovem e aos mais velhos como 
também as crianças. 
 “A literatura de cordel, ao longo de sua história, tem sido instrumento de lazer, 
de informação, de reivindicações de cunho social, realizadas muitas vezes, sem uma 
intencionalidade clara”. (MARINHO, PINHEIRO, 2012). 
 Fazer a leitura de cordéis dentro da sala de aula, faz com que a criança tenha 
a possibilidade de ampliar repertório infantil de convivência com os bichos, e 
sobretudo, sua capacidade de brincar com ritmos da língua e os voos da fantasia. 
 Ana Cristina Marinho e Helder Pinheiro dizem que “o humor é presença 
marcante tanto na poesia para criança quanto no cordel. Também um filão do cordel 
que o aproxima à literatura para criança é a recriação de contos de fadas tradicionais”. 
O que torna o cordel algo interessante para a criança que ouve. 
 
1.2.3 Contos de fadas 
 
 Os contos de fadas são histórias narrativas, geralmente ligadas a situações de 
realização interior do individuo, falam de amor, deuses, duendes, heróis e situações 
sobrenaturais. Os contos já existem há milhares de anos, para alguns autores o 
primeiro a escrever contos foi o escritor francês Charles Perraut. 
 O conto tem uma função muito importante no desenvolvimento e aprendizagem 
da criança. Através dos contos é possível estimular “a criatividade, a imaginação, a 
brincadeira, a leitura, a escrita, a musica, o querer ouvir novamente, desenvolvendo 
dessa forma a oralidade nas crianças dessa faixa etária, considerado como um 
importante e significativo veículo de comunicação entre elas.” afirma Coelho (2003). 
 “Os contos abrem espaços para que as crianças deixem fluir o imaginário e 
despertem a curiosidade, que logo é respondida no decorrer dos contos.” Diz Coelho 
(2003). 
Para Bruno BETTELHEIM: 
 
Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si 
mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece 
significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da 
7 
 
criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à 
multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida 
da criança. (2004, p. 20). 
 
 Os contos de fadas acabam por serem fascinantes, ouvir as histórias de fadas, 
dragões e de todos os personagens sobrenaturais, chama a atenção da criança, que 
nunca gostou de ouvir histórias. A fantasia exibida nos contos expressa as 
dificuldades e obstáculos ao personagem principal, que seria o herói, o mesmo precisa 
vencer. A partir daí o professor pode trabalhar com seus alunos e ajuda-los a acreditar 
que é possível vencer os obstáculos. 
 
1.2.4 Histórias em quadrinhos 
 
 Segundo o conceito apresentado no texto Uma Caracterização Ampla para a 
História em Quadrinhos e seus Limites com Outras Formas de Expressão.“História em 
Quadrinhos é a forma de expressão artística que tenta representar um movimento 
através do registro de imagens estáticas. Pode se dizer que Histórias em Quadrinhos 
seria toda produção humana, que tenta narrar um evento através do registro de 
imagens. 
 A História em Quadrinhos já existe há mais de 40 mil anos, quando o homem 
fazia pinturas rupestres, tentando contar uma história através das imagens que 
deixavam gravadas em pedras, rochas, etc. 
 As Histórias em Quadrinhos são um grande aliado do professor em sala de 
aula, proporcionando ao aluno o contato com as narrativas desde o início da 
aprendizagem até aquisição de novas linguagens. As crianças desde pequenas já 
acompanham as histórias do início ao fim, são capazes de compreender o tema, as 
personagens, tem noção de tempo e espaço sem a necessidade daquela explicação 
mais detalhada, e isso se dá por usarem as sequências das imagens, ficando assim 
mais claro a compreensão para a criança. 
 A utilização das Histórias em Quadrinhos como recurso didático-pedagógico 
desperta nos alunos o gosto pela leitura, e consequentemente propicia a 
aprendizagem de vários temas de qualquer área do conhecimento, pois podem ser 
introduzidas como ferramenta didática pelos professores. Possui uma literatura de 
qualidade inigualável. 
8 
 
 As Histórias em Quadrinhos além de abordar os mais variados temas, o seu 
colorido desperta o lado lúdico e podem ser utilizadas desde o pré- escolar até o 
ensino superior, agrada a todos os tipos de público, dos mais jovens aos mais velhos. 
Além disso, desenvolve as potencialidades motoras psicológicas, intelectuais e sociais 
através da utilização das diferentes formas de construção do conhecimento. 
 
Abordagem teórica 
 
 Os PCN’s e alguns autores recomendam que a leitura seja estimulada desde 
muito cedo. Isso pode ser feito por intermédio de históriasinfantis, respeitando seus 
direitos e sentimentos, pois assim não será difícil que o mesmo adquira o prazer pela 
leitura. 
 Os PCN’s diz: 
[...] formar um leitor competente supõe formar alguém que 
compreenda o que se lê; que possa aprender a ler também o que não 
está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça 
relações entre o texto que Le e outros textos já lidos, que saiba que 
vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar 
e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos. 
(2000, p.54). 
 
COELHO (2000) diz que, “a literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa 
fundamental a cumprir nesta sociedade em formação: a de servir como agente de 
formação, seja no espontâneo convívio leitor, livro, seja no diálogo leitor, texto 
estimulado pela escola.” 
 
 Ainda segundo Nelly Novaes Coelho: 
 
A escola é hoje, o espaço privilegiado, em que deverão ser lançados 
às bases para formação do indivíduo. É, nesse espaço, privilegiamos 
os estudos literários, pois, de maneira mais abrangente do que 
quaisquer outros, eles estimulam significados, a consciência do eu em 
relação ao outro, a leitura do mundo em seus vários níveis e, 
principalmente, dinamizam o estudo e conhecimento da língua, da 
expressão verbal significativa e consciente. ( 2000, p. 15, 16). 
 
De acordo com Regina Ziberman a literatura infantil. 
 
9 
 
[...] é levada a realizar sua função formadora, que não se confunde 
com missão pedagógica. Com efeito ela dá conta de uma tarefa que 
está voltada toda cultura – a de “conhecimento do mundo e do ser”. E 
vai mais além - propicia os elementos para uma emancipação pessoal, 
o que é finalidade implícita do próprio saber. 
 
 
 Dessa forma, a literatura infantil só tem a contribuir para proporcionar aulas 
mais interessantes e atraentes e com a formação do aluno-leitor e cidadão. 
 
Metodologia 
 
 A metodologia utilizada para realização deste artigo foi a pesquisa bibliográfica, 
constituído basicamente de livros, artigos científicos atualmente disponível na internet. 
. Nesse sentido, os estudos e reflexões realizados buscam compreender a temática, 
a partir de definições estudos de diversos autores, pesquisadores. 
 
Resultados 
 
 Trazer a literatura infantil para as aulas é papel do professor. Mostrar à criança 
o quanto é maravilhoso viajar neste mundo literário, além do incentivo a leitura a 
literatura também contribui com outras formas de aprendizagem, dentro de um 
pequeno texto, um verso, uma poesia, enfim, dá ao professor inúmeras formas de se 
trabalhar, inclusive nas questões sociais. 
 A partir de um trabalho constante, de estímulo por parte do educador ao seu 
aluno, pode se falar em um leitor crítico, aquele que é capaz de a partir de um pequeno 
texto, fazer a leitura, sua interpretação e análise. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Por meio da pesquisa bibliográfica, foi possível verificar quão importante é toda 
a forma de literatura. A literatura infantil é sem dúvida um grande aliado do professor 
no que diz respeito a incentivar a leitura, além de outros aspectos que podem ser 
trabalhados utilizando-a. Isso pode ser feito através dos contos de fadas, histórias em 
10 
 
quadrinhos, poesias e também porque não dizer do cordel, que embora seja mais 
comum no nordeste não deixa de trazer sua contribuição junto a literatura. 
 Incentivar a leitura desde os primeiros anos fará com que o aluno aos poucos 
adquira o prazer em ler, isso é claro sempre utilizando o lúdico, uma vez que estamos 
falando de crianças. 
 Aproveitar a curiosidade que toda criança tem, dando-lhe oportunidade de ler 
bons livros, irá contribuir para o incentivo à leitura. Vale lembrar também que para que 
a criança adquira prazer pela leitura, depende muito do trabalho e esforço por parte 
do educador e, também, da família. 
 Ao professor fica a questão de separar as múltiplas visões que cada criação 
literária sugere, enfatizando as variadas interpretações pessoais, porque varia da 
compreensão de cada leitor. 
 Por fim os resultados deste trabalho não são completos, ainda há muito a ser 
estudado, pesquisado com a relação ao estudo da literatura infantil. Entretanto, este 
artigo mostra que as práticas dos educadores são muito importantes, principalmente 
nos primeiros anos escolares. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o hábito de leitura, São Paulo: Ática, 
2002. 
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 17. ed. Rio de Janeiro: 
Paz e Terra, 2004. 
CAGLIARI,Luiz Carlos, Alfabetização & Linguitica. Ed. Scipiore 10° edição 2003. 
COELHO, Nelly Novaes, Literatura Infantil: Teoria, Analise, Didática. São Paulo: 
Moderna, 2000. 
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: Teoria Analise Didática. 6. ed. São 
Paulo. Moderna, 2003. 
CUNHA, Leo. Poesia para crianças: conceitos, tendências e praticas. Curitiba: 
Piá, 2012. 152p 
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e Prática. 18 ed. São 
Paulo: Ática, 1999. 
11 
 
MARINHO, Ana Cristina. O cordel no cotidiano escolar/Ana Cristina Marinho, Hélder 
Pinheiro – São Paulo: Cortez, 2012. 
MARGNANI, Maria do Rosário Mortatti. Leitura, Literatura e escola.2ª edi. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001. 
Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação 
Fundamental. – 2. Ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 
RESENDE, Vânia Maria. Literatura Infantil e Juvenil. São Paulo, Saraiva, 2ª edição 
1997. 
SILVA, Ezequiel Theodoro da, 1948. Leitura na escola e na biblioteca. 2ª edi. 
Campinas, SP: Papirus, 1986. 
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. Revista, atualizada e 
ampliada. São Paulo: Global, 2003.

Mais conteúdos dessa disciplina