Prévia do material em texto
Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE DOWN: Primeiramente, quero iniciar esse assunto falando brevemente sobre as alterações cromossômicas, uma vez que a síndrome de down é uma delas. As alterações cromossômicas são alterações do material genético, que ocorrem comprometendo a sequência de bases nitrogenadas, estrutura ou quantidade de cromossomos presentes na célula. As mutações são espontâneas, mas podem ser induzidas. Podem ainda ser letais ou acarretar doenças ou anomalias. Elas podem, também, promover a evolução, uma vez que determinam aumento na variabilidade genética. E aí uma coisa importante para falar também é que as cromossomopatias podem ser UNIVERSAL ou EM MOSAICO. A maior diferença das duas é que na universal as alterações vão ocorrer em todas as células do indivíduo. Já no mosaicismo, nem todos as células vão estar alteradas/o conjunto gênico não vai estar alterado, apenas algumas partes dele. E aí eu entrei nessa pauta para frisar o fato de a Síndrome de Down poder ser causada, além de mais outras duas causas (trissomia do 21, translocação – que vamos falar mais adiante), pelo mosaicismo. Vale ressaltar, que Down por mosaico é bem raro, o equivalente a apenas 1-2% dos casos. Uma causa comum de mosaicismo é a não disjunção nas divisões mitóticas pós-zigóticas iniciais. Por exemplo, um zigoto com um cromossomo 21 adicional pode perder esse cromossomo extra em uma divisão mitótica e continuar se desenvolvendo como mosaico. Os efeitos do mosaicismo no desenvolvimento variam em função do momento em que ocorre o evento de não disjunção, da natureza da anomalia cromossômica, da proporção dos diferentes complementos cromossômicos presentes e dos tecidos afetados. É de ocorrência casual. Explicando a imagem: o lado esquerdo tem um cariótipo de linfócito e do lado direito de basófilo. Ao avaliar esses cariótipos do mesmo paciente, observa-se que no esquerdo possui um cromossomo a mais do 21, e no direito já está normal. Isso é a cariotipagem clássica do indivíduo com moisacismo genético, em que vai ter alterações cromossômicas para alguns tipos de células enquanto que as outras serão normais. As mutações podem ser: Gênicas/Pontuais: Acontece quando altera apenas uma base, comprometendo a leitura correta das trincas de bases do código genético. Genômicas/Cromossômicas: Representadas por alterações na estrutura cromossômica ou pelo número total de cromossomos. Não altera apenas um gene, mas sim vários genes (pela perda de um cromossomo, pela inserção de um cromossomo, pela perda de um pedaço). As mutações cromossômicas se subdividem em: 1. Numéricas: quantidade maior ou menor de cromossomos do que o valor normal diploide da espécie, que é 46 cromossomos (A maior parte dos casos de síndrome de Down é causada por alterações numéricas). Sem dúvida, o tipo mais comum de anomalia cromossômica clinicamente significativa é a aneuploidia, uma anomalia cromossômica numérica devido a um cromossomo extra ou ausente. Um cariótipo aneuploide está sempre associado a anormalidades físicas ou mentais ou a ambas. Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 A maioria dos pacientes aneuploides possui ou trissomia (três em vez do par normal de um determinado cromossomo). O tipo mais comum de trissomia em recém-nascidos vivos é a trissomia do 21, a constituição cromossômica encontrada em 95% dos pacientes com síndrome de Down (cariótipo 47,XX,+21 ou 47,XY,+21). E aí existem outras trissomias também, mas vou procurar focar na do 21, que é o assunto desse caso. o Nulissomia (perda de um par inteiro de cromossomos). Não compatível com a vida humana; o Monossomia (um cromossomo a menos no cariótipo). Compatível com a vida humana, porém tem que analisar em qual cromossomo está a alteração para saber qual a síndrome; o Trissomia (um cromossomo a mais no cariótipo). Um cromossomo 21 extra devido à não disjunção meiótica ou à falha na separação dos pares de cromossomos durante a formação dos gametas. Como falei, é também um caso da Síndrome de Down, em alguns indivíduos (na maioria dos casos, na verdade). O cariótipo cromossômico da trissomia do cromossomo 21 padrão é indicado como 47,XY,+21 em homens e 47,XX,+21 em mulheres. É de ocorrência casual. 2. Estruturais: o indivíduo possui o número adequado de cromossomos, porém, esses cromossomos têm pedaços trocados em algum momento, e assim tem um cariótipo com alguma translocação (pedaços de cromossomos aderidos a outros). o Deleção: perda de um segmento cromossômico. Não vou falar das síndromes que ela causa porque não é o foco hoje; o Duplicação: é a duplicação de uma determinada do cromossomo; o Inversão: que como o próprio nome já diz, vai haver uma inversão dos segmentos cromossômicos; o Translocação: quando há a troca de pedaços entre cromossomos heterólogos: 3% dos casos de Síndrome de Down são causados pela translocação entre os cromossomos 14 e 21, gerando um cromossomo híbrido. O resultado será um gameta com a presença (equivalente) de 3 cromossomos 21. Translocação Robertsoniana é um dos tipos de translocação (na verdade, é o tipo mais comum). A SD com translocação tem uma chance relativamente alta de recorrência em famílias nas quais um dos pais é portador da translocação. Por esses motivos, a cariotipagem cromossômica dos pais é essencial antes de determinar a estimativa potencial de recorrência em futuras gestações. Explicando a imagem: o cariótipo continua com 46 cromossomos, porém, devido à translocação do cromossomo 21 com o 14, o cromossomo 14 está aumentado, isso porque recebeu um pedaço do 21. Sendo assim, só para fechar esse raciocínio e entrar de fato na Síndrome de Down, nota-se que existem três formas que podem levar a essa síndrome: trissomia do 21, em forma de mosaico e, ainda, por alterações estruturais (translocação). o Down por trissomia do 21: 95% dos casos; o Down por mosaico: 1 – 2% dos casos; o Down por translocação: 3% dos casos. Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 SÍNDROME DE DOWN: Vou começar pela etimologia: O termo “síndrome” significa um conjunto de sinais e sintomas e “Down” designa o sobrenome do médico e pesquisador (médico pediatra inglês John Langdon Down) que primeiro descreveu a associação dos sinais característicos da pessoa com Síndrome de Down, em 1866. A Síndrome de Down (SD) ou trissomia do 21 é uma condição humana geneticamente determinada. É a cromossomopatia mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família. Principais características da SD: o Baixa estatura, não possuem um crescimento adequado; o Orelha de implantação baixa (abaixo da linha dos olhos); o Presença da linha simiesca (90%) – uma única prega palmar transversal; o Deficiência mental; o Nariz e boca curtos; o Pescoço curto com pele frouxa na nuca; o Clinodactilia – quintos dígitos encurvados; o Língua saliente (macroglossia) – inclusive possuem dificuldade de manter a língua dentro da boca; o Sinófris – união das sobrancelhas; o Malformações cardíacas - Os indivíduos com Síndrome de Down podem apresentar problemas cardíacos resultantes de processos anormais na 3° semana do desenvolvimento embrionário, que é quando se forma o 3° folheto (trilaminar). No momento em queo coração começa a se formar, são formados os septos do coração, entre as câmeras cardíacas. O que acontece nos indivíduos com a síndrome de Down é uma septação anormal dos septos ventriculares. Um defeito do septo ventricular é uma abertura no septo, ou uma parede divisória entre os ventrículos direito e esquerdo. E com isso, acaba passando sangue de um septo para o outro. Isso faz com que essas pessoas tenham uma sobrevida menor quando não tratada a alteração. Os sintomas podem ser: Fadiga, sudorese, respiração rápida, respiração pesada, respiração congestionada, desinteresse na alimentação ou cansativo enquanto a alimentação e ganho de peso. Esses indivíduos precisam se submeter a processos cirúrgicos na primeira infância, para que aconteça uma correção e para que possam tem uma qualidade de vida melhor e uma sobrevida maior. o Hipotonia – diminuição do tônus muscular e da força, causando moleza e flacidez – disfunção neuromuscular; o Reflexo de Moro anormal – reflexo de Moro: observa-se movimentos de extensão e abdução dos membros superiores com abertura das mãos, seguidas de adução e flexão dos membros superiores. Normalmente, estes movimentos são acompanhados de choro audível. Deve estar presente em recém-nascidos de, pelo menos, 37 semanas. O reflexo de Moro deve desaparecer após 5 meses de vida. o Hiperflexibilidade das articulações – ela por si só não é uma doença e a maioria das pessoas não apresentam sintomas. Porém, algumas pessoas com essa alteração podem apresentar dor muscular, ou predisposição a luxações (tirar a articulação do lugar); e isso sim acaba se tornando um problema; o Há tendência à obesidade e a doenças endócrinas, como diabetes e problemas como hipotireoidismo; o Cerca de 5% dos portadores têm problemas gastrointestinais; E, a partir dessas principais características, o médico é capaz de fazer o diagnóstico clínico. Diagnóstico: Diagnóstico clínico: O diagnóstico clínico de SD baseia-se no reconhecimento de características físicas. Quanto mais características específicas da SD https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hipertireoidismo-e-hipotireoidismo/ Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 forem identificadas aumenta-se a segurança do diagnóstico clínico. E aí esse diagnóstico vai ser dado com base no reconhecimento das principais características (que já foram citadas) de uma pessoa com SD. Existe, também, um conjunto de alterações associadas à SD que exigem especial atenção e necessitam de exames específicos para sua identificação, são elas: cardiopatia congênitas, alterações oftalmológicas, auditivas, do sistema digestório, endocrinológica, do aparelho locomotor, neurológicas, hematológicas e ortodônticas. Estudos nacionais revelam também, alta prevalência de doença celíaca (5,6%) em crianças com SD, que em caso de suspeita devem ser acompanhados por especialistas. Diagnóstico laboratorial: O diagnóstico laboratorial da Síndrome de Down se faz através da análise do cariótipo. O cariótipo é a representação do conjunto de cromossomos presentes no núcleo celular de um indivíduo. No ser humano o conjunto de cromossomos corresponde a 23 pares, ou seja, 46 cromossomos, sendo 22 pares de cromossomos denominados autossomos e um par de cromossomos sexuais, representados por XX nas mulheres e XY nos homens. A SD é caracterizada pela presença de um cromossomo 21 extra, que pode se apresentar de três formas (Trissomia simples, translocação e mosaico), como já foi dito anteriormente – cada forma com a sua peculiaridade. O cariótipo não é obrigatório para o diagnóstico da SD, mas é fundamental para orientar o aconselhamento genético da família. Tendo em vista que somente o exame do cariótipo determina a forma casual ou herdada, ou seja, uma trissomia simples, mosaico ou uma trissomia por translocação. O resultado do cariótipo (genótipo) não determina as características físicas (fenótipo) e o desenvolvimento da pessoa com SD. À medida que aumenta a idade materna, aumenta a incidência para síndrome de Down. Isso acontece porque os ovócitos têm a idade correspondente a idade da mulher, e quando esses ovócitos ficam velhos, eles estão mais submetidos e propensos a terem problemas na divisão celular. Os ovócitos, apesar de já estarem formados, param no meio da divisão celular, na metáfase, e só vão concluir o processo de divisão quando eles forem fecundados pelos Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 espermatozoides e assim concluir o seu processo de divisão celular. Dessa forma, mesmo que eles já estejam formados, ainda podem sofrer erros de disjunção porque pararam na metáfase. Conduta médica para pacientes com SD: Cuidado com o lactente de 0 a 2 anos: Após comunicar o diagnóstico do nascimento de uma criança com SD o pediatra ou clínico geral deve orientar a família e solicitar os exames complementares necessários: cariótipo, ecocardiograma, hemograma, TSH (Hormônio Estimulante da Tireóide) e hormônios tireoidianos (T3 e T4). O ecocardiograma é solicitado tendo em vista que 50% das crianças apresentam cardiopatias, mesmo sem ausculta de sopros cardíacos, sendo as mais comuns: comunicação inter-atrial, comunicação interventricular e defeito do septo atrioventricular total. Caso o primeiro exame esteja normal não é necessário repeti-lo. As crianças com cardiopatia devem ser acompanhadas por um cardiologista. Aos cardiopatas congênitos com peso de nascimento menor ou igual a 2,500g recomenda-se o uso de anticorpo monoclonal contra Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O hemograma é solicitado para afastar alterações hematológicas como reações leucemóides, policitemia e leucemia e Desordem Mieloproliferativa Transitória, que acomete 10% dos recém-nascidos. O hemograma deve ser repetido semestralmente nos primeiros dois anos de vida e anualmente ao longo da vida da pessoa com SD. A função tireoideana (TSH e T4 livre) deve ser avaliada ao nascimento, aos 6 meses, aos 12 meses e após, anualmente. Existe um risco de 1% de hipotireoidismo congênito e 14% ou mais de hipotireoidismo ao longo da vida. Nesta fase inicial de acompanhamento devem ser afastadas patologias associadas do sistema digestório; São necessárias avaliações de acuidade auditiva e visual aos 6 e aos 12 meses, e posteriormente anualmente; Quanto à alteração na acuidade auditiva, especial atenção deve ser dada aos episódios de Otite Média Serosa que acometem 50 a 70% das crianças e potencialmente podem levar a redução da acuidade auditiva; A hipotonia muscular está presente em 100% dos recém-natos com SD, tendendo a diminuir com a idade. No entanto o tônus é uma característica individual e apresenta variações de uma criança para outra. A presença de hipotonia altera o desenvolvimento da criança atrasando a aquisição das competências motoras; O acompanhamento odontológico deve ter início no primeiro ano de vida e ter periodicidade anual; Cuidados com a saúde da criança de 2 a 10 anos: O cuidado com a saúde da criança com SD de 2 a 10 anos deve estar focado na manutenção de um estilo de vida saudável (alimentação, higiene do sono e prática de exercícios), no desenvolvimento de autonomia para as atividades de vida diárias, auto-cuidado, socialização, aquisição de habilidades sociais, escolaridade e acompanhamento pondero estaural. Deve ser dada uma atenção aos distúrbios emocionais/psiquiátricos como o espectro autístico; Nesta fase o médicodeve orientar a família quanto às questões de saúde geral, são necessários: hemograma, TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide) e hormônios tireoidianos (T3 e T4), além das avaliações de acuidade visual e auditiva, anualmente; Tendo em vista a maior mobilidade da criança, nesta fase deve ser muito bem orientada quanto às questões de profilaxia de lesão cervical devido à subluxação atlatoaxial, mesmo para crianças assintomáticas e com radiografia cervical normal. Pais e professores devem ser advertidos quanto ao risco de lesão cervical Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 durante a prática esportiva da natação, ginástica, futebol e especificamente cambalhotas; O acompanhamento odontológico deve ser mantido com periodicidade anual, focando- se na possibilidade de alterações da erupção dentária, sendo comum a hipodontia; Nesta faixa etária pais e cuidadores devem estar atentos aos sintomas de apneia do sono, que incluem posição anormal no leito, despertar noturno, obstrução nasal, ronco e sonolência diurna. As principais causas de apneia do sono nas crianças com SD são obesidade e hipertrofia de adenóide e amígdala palatina. Estão indicados nestes casos estudo de permeabilidade de vias aéreas e polissonografia. A questão da qualidade e quantidade do sono é importante na SD tendo em vista que a presença de sonolência diurna pode gerar mudança de humor, alteração da concentração e diminuição da aprendizagem; Cuidados com a saúde do adolescente de 10 a 19 anos: O cuidado com a saúde do adolescente com SD deve estar focado na manutenção de um estilo de vida saudável (alimentação, imunização, higiene do sono e prática de exercícios), no desenvolvimento da autonomia para as atividades de vida diária e atividades de vida diária instrumental, auto- cuidado, socialização, escolaridade e orientação vocacional. Deve ser dada uma atenção aos distúrbios emocionais/ psiquiátricos tal qual Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Nesta fase devem ser orientados quanto à sexualidade e prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis; Nesta fase o médico deve orientar a família quanto às questões de saúde geral, são necessários: hemograma, dosagem de Hormônio Estimulante da Tireóide (TSH) e de hormônios tireoidianos (T3 e T4). Nos casos de obesidade devem ser solicitados também glicemia de jejum, triglicerídeos, lipidograma, considerando uma avaliação do IMC (Índice de Massa Corporal). Além das avaliações de acuidade auditiva anualmente e visual no mínimo bianualmente; Nesta fase da vida assim como nas anteriores é importante manter as orientações de postura cervical e solicitar estudo radiológico de coluna cervical na vigência de dor cervical, torcicolo, fraqueza de membros superiores, tontura, ou alterações intestinais e vesicais; Outra questão importante é a orientação para o desenvolvimento da sexualidade, bem como prevenção de gestação e doenças sexualmente transmissíveis. Sabe-se que as adolescentes com SD são férteis e os do sexo masculino em geral tem redução de fertilidade; Cuidado com a saúde do adulto e idoso: Alterações de comportamento são mais comuns na vida adulta de uma pessoa com SD e merecem atenção especial, porque podem significar depressão ou deterioração mental pelo risco aumentado de Alzheimer e envelhecimento precoce; As mulheres com SD devem como outras adultas seguir uma rotina de acompanhamento ginecológico anual, assim como os homens devem seguir rotina de acompanhamento urológico. Fernanda Carvalho, 4º semestre – Tutoria 04 * O cariótipo deve ser solicitado durante o primeiro ano de vida ou em qualquer momento se não tiver sido realizado ainda. ** A avaliação radiológica deve ser realizada aos 3 e 10 anos, e em outros momentos na presença de sintomatologia (dor cervical, fraqueza, torcicolo, alteração vesical e intestinal). Quando solicitada deve ser realizado primeiramente em posição neutra, estando dentro da normalidade se procede com a avaliação dinâmica em extensão e flexão. Alguns serviços de atendimento a SD optam pelo acompanhamento clínico dispensando este exame. *** Caso o primeiro ecocardiograma afaste malformações cardíacas não é necessário repeti-lo. SN – se necessário AVD – Atividades de Vida Diárias AIVD – Atividades Instrumentais de Vida Diária.