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Odontopediatria - Material Complementar

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ODONTOPEDIATRIA
RESUMOS
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
SUMÁRIO
Odontologia na primeira infância ..................................................................................3
Manejo do comportamento ...........................................................................................6
Formação da dentição decídua e mista .........................................................................8
Terapia pulpar conservadora .........................................................................................11
Terapia pulpar radical ...................................................................................................14
Traumatismo em odontopediatria – parte I ...................................................................16
Traumatismo em odontopediatria – parte II ..................................................................19
Traumatismo em odontopediatria – parte III .................................................................21
Anestesia em odontopediatria ......................................................................................23
Cirurgia em odontopediatria .........................................................................................25
Considerações sobre pacientes pediátricos – parte I ....................................................27
Considerações sobre pacientes pediátricos – parte II ...................................................30
Considerações sobre pacientes pediátricos – parte III ..................................................33
3PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 ODONTOLOGIA NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Abrange a faixa etária do recém-nascido até uma criança por volta dos seus três anos.
→ = TESOURO DAS FAMÍLIAS.
Primeiramente, precisa entender as Características estomatognáticas na primeira 
infância para saber o que se encontra dentro do padrão de normalidade ou não, como, por 
exemplo:
1) Período dos rodetes gengivais;
 Bebês sem dentes, com presença dos pequenos rodetes, se pressupõe que é onde 
estão os dentes decíduos.
 Na região anterior: presentes na vestibular do processo alveolar.
 Posterior: nota-se um abaulamento arredondado sobre o processo alveolar.
 Nota-se a presença do Cordão Fibroso de Robin e Magigot
 Flácido à palpação, completame nte normal para a idade e ajuda no selamento 
maxila/mandíbula no aleitamento materno, facilitando assim o processo de 
sucção e nutrição do bebê.
2) Relação maxilo-mandibular;
 Maxila com pouca profundidade e rugosidades palatinas (impressão digital do 
bebê, individualizada) bem evidenciadas.
 Proeminência vestibular indicativa das coroas dentárias (na vestibular dos 
anteriores).
 Dimensão vertical escassa.
 Só será estabelecida quando ocorrer a erupção dos primeiros molares 
decíduos -> primeiro levante de mordida.
 Forma das arcadas – 4o mês de vida intrauterina
 As arcadas podem variar, ou seja, formato de U na maxila, e um formato mais 
em V na mandíbula.
 Esse formato vai se modificando com o desenvolvimento dos dentes, 
facilitando o processo de erupção dentária.
 Paciente falso micrognata, um falso classe II de Angle (sentido anteroposterior). 
A mandíbula é menor e o arredondamento da cabeça são características comuns 
para poder facilitar o parto. E, após isso, o aleitamento é incentivado para que 
haja o desenvolvimento da mandíbula.
4PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Ausência de osso alveolar nas faces incisais e oclusais.
 Nesse período, o bebê só faz a abertura e fechamento de boca.
 E os primeiros movimentos só acontecerão depois da erupção dos dentes.
» Incisivos centrais – começa a acontecer o movimento de protrusão. 
» Molares – há a definição anteroposterior.
» Caninos – acontece o movimento de lateralidade.
3) Exame clínico dos tecidos moles;
 Freio labial superior com inserção na palatina.
 Inserção até próximo à papila, ajudando no selamento para a amamentação.
 Durante o processo de erupção dos dentes decíduos, esse freio é 
reposicionado. Caso não aconteça, precisa ser avaliado para uma intervenção, 
pois se torna um freio teto labial permanente.
 Calo de amamentação. 
 Fisiológico. Significando um bebê bem alimentado.
 Anquiloglossia 
 Freio lingual com inserção praticamente em cima do rebordo e ponta da 
língua. 
 Em um bebê com dentes, será necessária uma intervenção se houver 
alteração na fala ou até mesmo dificuldade de higienização.
 Já em bebês edêntulos, é necessário avaliar se há uma alteração quanto à 
amamentação, sendo indicado o Protocolo de Martinelli.
4) Formação da dentição decídua.
Focar sempre na Prevenção na primeira infância
1) Higienização da cavidade oral do bebê;
2) Introdução dos fluoretos na primeira infância; 
 Quando começar a introduzir os fluoretos – junto sempre com a introdução do 
açúcar. 
 Ou seja, criança com erupção dos primeiros dentinhos + dieta cariogênica = risco 
de desenvolvimento de cárie, precisa, sim, já introduzir o fluoreto.
 Precisa explicar aos pais qual a quantidade adequada de fluoreto a ser utilizado.
 Até os 3 anos de idade (quando a criança engole o creme dental) = deve ser 
usado o equivalente a 1 grão de arroz cru;
 Se já tem contato com açúcares, utilizar a concentração acima de 1.000 ppm 
de flúor. 
5PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
3) A primeira consulta odontológica do bebê.
Agravos em saúde bucal no bebê
 Lesões em tecido mole;
 Dentes natais e neonatais;
 Podem ocorrer. Qual a conduta correta?
 Cárie precoce na infância;
 Chamada antigamente de cárie de mamadeira, rampante, severa da infância, 
do lactente.
 Traumatismo dentoalveolar.
6PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 MANEJO DO COMPORTAMENTO
Além da técnica, precisa de um manejo comportamental, por isso alguns assuntos 
foram separados para serem abordados.
Desenvolvimento global e comportamento (não apenas o crescimento físico, mas 
crescimento psicológico e intelectual de uma criança)
Fatores que influenciam o comportamento;
 Crescimento físico 
 Determina o comportamento. De acordo com o crescimento, a criança ganha 
novas habilidades e, consequentemente, ela vai querer experimentar, adquirindo 
assim uma maturidade.
 Ex.: bebê que começa a se sentar, ele passa a ver o mundo diferente. 
 Experiências passadas desagradáveis: medo direto, indireto e subjetivo
 Direto – quando de fato a criança experimentou na cadeira do dentista uma 
situação desagradável. 
 Indireto – quando ela tem uma experiência desagradável com outras áreas 
da saúde (vacina, pediatra).
 Subjetivo – quando ela ouve o pai, o vizinho, um amigo, alguém contando uma 
experiência desagradável. Ela não vivenciou aquilo de forma direta ou indireta, 
mas ela leva com consigo aquele comportamento.
Caprichar na anamnese. 
 Insegurança e falta de confiança dos pais
 Na odontopediatria, sempre se trabalha com o núcleo familiar, ou seja, os 
pais precisam estar do nosso lado, jogando no mesmo time.
 Questões familiares
 Precisa entender e ter paciência com o que a criança está vivendo naquele 
momento, como o processo de separação dos pais, nascimento de um novo irmão.
Padrão de comportamento em diferentes faixas etárias (para cada idade há um 
comportamento específi co que se espera dessa criança);
 Primeira infância – até os 3 anos, bebê sem nenhuma noção de risco, de 
responsabilidade de cooperação. O odontopediatra precisa usar medidas para 
proteger essa criança. Vive na fase do egocentrismo, chora muito, fase oral.
 Idade pré-escolar – fase do lúdico, melhor compreensão, não tem senso de 
responsabilidade. Podem ser usados objetos lúdicos, bonecos, super-heróis, 
brincadeiras.
7PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Idade escolar – padrão intelectual, habilidade motora para executar sua própria 
escovação, sem senso de responsabilidade/do autocuidado. Entende melhor tudo o 
que falam.
 Adolescência – fase de transição de ser criança x adulto, não gosta de ser 
comparado com ser criança. Já pode lidar na consulta como igual para igual. Já tem 
consciênciacom seu autocuidado, não precisa de ajuda para executar a escovação.
Medo e ansiedade em odontopediatria.
Técnicas farmacológicas: sedativos, sedação consciente com óxido nitroso e até 
mesmo a anestesia geral, em alguns casos.
Técnicas não farmacológicas no manejo do comportamento
 Acolhimento humanizado;
 Empatia e confiança 
» Conversar e tratar no mesmo nível, para construir essa confiança.
 Avaliação do risco de saúde bucal
» Priorizar atendimentos (primeiramente o traumatismo).
 Ambiente e paramentação personalizados
» Jalecos coloridos, ambientes específicos para receber a criança com 
brinquedos etc.
 Controle de ansiedade – distração e relaxamento;
 Comunicação verbal e não verbal (tom de voz, volume adequado, ritmo de como 
se falar com a criança);
 Falar – mostrar – fazer
» Demonstrar como funciona, dividir com ela aquela sensação. 
 Modelagem;
 Faça em alguém, ou em um objeto, em que a criança consegue ver no outro 
aquela experiência.
 Reforço positivo.
 Criança com comportamento colaborador merece uma premiação, com 
critérios.
Outras opções: aromaterapia, musicoterapia, floral, heiki, hipnose em odontopedia-
tria.
8PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 FORMAÇÃO DA DENTIÇÃO 
DECÍDUA E MISTA
Em odontopediatria, se tem algumas fases de desenvolvimento, desde uma fase 
edentada, passando pelas dentições decídua e mista, e a defi nição da dentição perma-
nente.
Desenvolvimento da dentição decídua 
1) Cronologia de erupção dentária (ordem de erupção é considerada muito mais 
importante do que o tempo, porque pode interferir lá na frente);
 O bebê só começa a desenvolver os movimentos bordejantes da mandíbula quando 
se tem contato, estímulos.
 Primeiros dentes a erupcionarem são os incisivos inferiores -> superiores -> 
laterais inferiores -> superiores.
 Com os quatros incisivos erupcionados = começa o movimento de protrusão.
 A erupção é guiada pelo posicionamento de língua e de lábio.
 Primeiros molares decíduos, inferiores primeiro, promovendo uma trava 
anteroposterior. É quando define a primeira dimensão vertical da criança. -> 
Nascimento dos caninos inferior e superior.
*Se o canino nasce primeiro, o paciente não apresentará a trava anteroposte-
rior, e sim a lateralidade, podendo desenvolver a mordida cruzada.
 E, por último, os segundos molares decíduos, por volta dos 24 meses. Após 
isso, não terá alterações clínicas aparentes, mas intraóssea; haverá o processo 
de rizólise e formação do germe do permanente.
2) Características morfofuncionais da dentição decídua. 
 Tipo de arco
 Tipo I – diastemas entre os incisivos. 
 Tipo II – sem diastemas, mais desfavorável para depois caber todos os 
dentes permanentes.
 Espaço primata
 Maxila – entre a distal do lateral e mesial do canino.
 Mandíbula – entre a distal do canino e mesial do primeiro molar decíduo.
 Relação dos 2os molares decíduos
 Relação dos caninos
 Classe I, II e III anteroposterior, onde correlaciona a ponta da cúspide superior 
e inferior.
9PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Relação com base óssea 
 Fica posicionado de forma bem perpendicular.
Desenvolvimento da dentição mista (caracterizada pela erupção do primeiro dente 
permanente – incisivos centrais, laterais ou os primeiros molares permanentes)
1) Estágio de Nolla (a depender da formação do germe dentário, é uma tomada de 
decisão quanto ao tratamento);
 Estágio de Nolla 6 – início da erupção (coroa completa, início da formação da raiz)
 Estágio de Nolla 8 – passagem pela crista alveolar (2/3 de raiz completa, somente 
mucosa por cima)
 Estágio de Nolla 9 – rompimento da mucosa (raiz formada, mas ápice aberto)
2) Biogênese da oclusão do 1o molar permanente (chave de oclusão);
 Curva de Spee e determina a maturação da ATM
 Determinação da dimensão vertical definitiva – perda precoce dos decíduos pode 
influenciar no processo de oclusão dos permanentes
 Preservação do comprimento do arco
 Largura do arco
 Classificação de Angle – relação anteroposterior da maxila e mandíbula 
 Oclusão x 2os molares decíduos 
» Mesial do superior e inferior coincidente = plano reto (mais favorável)
» Mesial do inferior mais para frente = degrau mesial
» Distal do inferior mais para trás = degrau distal (desfavorável)
3) Fase do Patinho Feio (erupção dos incisivos) – dente de adulto em uma base 
óssea de criança. Dentes vestibularizados e distalizados/abertos; após a 
erupção do caninos, a fase do patinho feio vai fechando;
 Aumento na largura dos arcos
 Diastemas e inclinação vestibular
4) Mecanismos de compensação de espaço. 
 Inclinação dentária
 Diastemas e espaço primata da dentição decídua
 Espaço livre de Nance – somatória mésio-distal do canino + primeiro e segundo 
molar decíduo = maior do que a somatória da distância mésio-distal do primeiro e 
segundo pré-molares permanentes, tendo uma folga para o nascimento de todos os 
permanentes
10PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Posicionamento dos molares
 Crescimento em altura e processo alveolar – segundo surto de crescimento de 
lateralidade e anteroposterior, principalmente no tuber da maxila
 Crescimento na região posterior aos molares
11PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 TERAPIA PULPAR CONSERVADORA
A manutenção de um dente no arco vai ajudar futuramente uma formação adequada 
da oclusão.
Opções da Terapia Pulpar:
1) Conservadora
2) Radical
Diagnóstico pulpar em dentes decíduos (o insucesso da técnica pode estar relacio-
nado com uma falha no diagnóstico)
1) Anamnese (dados que a mãe/responsável relata);
 Relatos da mãe: se saiu uma bolinha de pus na gengiva, ou se só tem dor provocada.
2) Exame clínico (sinais); NÃO SE FAZ TESTE TÉRMICO EM ODONTOPEDIATRIA – é 
muito subjetivo e a criança não consegue verbalizar.
 Edema 
 Fístula
 Cárie profunda
 Mobilidade (reabsorção óssea)
 Alteração cromática (pós-trauma, principalmente)
Característica pulpar: após o isolamento absoluto e acesso à câmara pulpar 
 Dor (quando está fazendo o procedimento, significa que se tem resquício de polpa 
viva) 
 Aspecto de hemorragia (polpa fibrosa/densa – saudável, ou fluida/sem estrutura 
– degeneração)
 Hiperemia pulpar (sangramento normal é bom, porém o sangramento intenso/sem 
homeostase significa um processo irreversível)
 Necrose pulpar (câmara pulpar já oca)
3) Exame radiográfico – complementar (características).
 Polpa calcificada 
 É comum se ter obliteração pulpar pós-trauma
 Lesão periapical 
 Não é comum
12PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Lesão de furca 
 Mais comum = comprometimento pulpar
 Lâmina dura 
 Se há espessamento ao redor do decíduo
 Cripta do permanente 
 Se está rompida ou não
Peculiaridades de dentes decíduos na terapia pulpar
1) Ciclo vital do dente decíduo; 
 Odontogênese – crescimento do órgão pulpar
 Desenvolvimento em si do dente
 Formação completa da raiz – maturação 
 Período de estabilização 
 Metabolismo de síntese de proteínas para a formação da matriz e deposição 
de cristais
 Rizólise – regressão pulpar
 Esfoliação do decíduo 
 Metabolismo mais fermentativo da polpa, produzindo ácidos para ajudar no 
processo da rizólise
*2/3 de raiz já formada, é preconizado que se faça a exodontia. 
2) Aspectos morfofuncionais em dentes decíduos (características anatômicas). 
 Esmalte e dentina mais delgados 
 Maior risco de envolvimento pulpar na presença de cárie profunda
 *Cuidado no acesso à câmara pulpar
 Menos mineralizados 
 O processo de desmineralização e progressão da cárie dentária é diferente, 
dando risco de envolvimento pulpar
 Volume pulpar maior 
 Aumenta o risco de perfuração. Usar a cureta
 Menores em dimensão 
 Raiz é maior em comparação à coroa
13PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Assoalho da câmara pulpar mais fina 
 Risco de trapanação é grande; se acontecer, é exodontia
 Cornos pulpares mais proeminentes
 Aumenta o risco de exposição em uma cárie em região interproximal
 Raízes mais divergentes
 Devido àcoroa do germe permanente 
 Canais irregulares e estreitos
 Principalmente pelo processo de rizólise
Terapia pulpar conservadora em dentes decíduos 
1) Pulpotomia;
 Amputação da polpa coronária (curetagem), seguida de uso de fármaco 
(formocresol, em desuso. Outras opções hoje: pastas à base de hidróxido de cálcio, 
MTA) pensando em manter polpa radicular vital, permitindo que aconteça o ciclo 
biológico normalmente.
2) Demais terapias pulpares conservadoras em dentes decíduos. 
 Tratamento pulpar indireto (ART e escavação gradativa) – reduz o risco de 
exposição pulpar
 Capeamento pulpar indireto
 Capeamento pulpar direto – possui algumas restrições em dentes decíduos 
 Apicogênese – raiz parcialmente formada. Pode-se estimular a formação dessa 
raiz.
14PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 TERAPIA PULPAR RADICAL
Tratamento endodôntico em dentes decíduos
Indicação e contraindicação
Tentar sempre primeiro as técnicas menos invasivas.
 Indicação
 Pulpite irreversível – dor espontânea
 Necrose pulpar – câmara oca, com cheiro de lactobacilos 
 Compatibilidade com ciclo vital – grau de reabsorção radicular. 
 Presença de fístula – dente assintomático
 Condição restauradora – destruição coronária extensa, subgengival – melhor 
não fazer
 Contraindicação
 Rompimento da cripta óssea do permanente - exo
 Rompimento do assoalho – comprometeu a furca - exo
 Grau de reabsorção radicular – mais de 2/3 de reabsorção - exo
 Impossibilidade de restauração - exo
Não faz teste de vitalidade
1) Anamnese
 Bem caprichada e apurada de tudo o que a mãe relata
2) Aspectos clínicos 
 Presença de fístula, mobilidade, cárie extensa com suspeita de envolvimento 
pulpar
3) Aspectos radiográficos 
 Região da furca, principalmente
Tipos de terapia pulpar radical
1) Pulpite irreversível – BIOPULPECTOMIA – sangramento vivo, sintomatologia 
dolorosa, conteúdo pulpar
 Uso de anti-inflamatório: corticoide (Otosporin), HC (hidróxido de cálcio)
 Sempre realizar em duas sessões: desinflamar -> fechamento
2) Necrose pulpar – NECROPULPECTOMIA – fístula 
 Uso de antimicrobianos: agentes fenólicos (paramono, triclesol)
 Duas sessões: descontamina -> técnica completa
15PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
Protocolo clínico da terapia pulpar radical
1) Peculiaridades da técnica em dentes decíduos 
 Anatomia e acesso endodôntico 
» Raízes mais divergentes
» Teto da câmara pulpar próximo ao assoalho
 Odontometria
» Usar localizadores, preferencialmente
» Usar radiografia inicial para odontometria, usar o bisel da rizólise – não 
avançar esse bisel no processo biomecânico também
» Em dentes posteriores – começa pela face mais interna das raízes
» Anteriores – inicia-se pela distal
 Preparo biomecânico 
 Pastas obturadoras
2) Pastas obturadoras em dentes decíduos – diferencia do dente permanente, pois 
não pode usar o cone de guta percha, devido ao processo de rizólise. 
 Pasta 3 ou Pasta Guedes-Pinto (Riforcort – corticoide, Iodofórmio, 
Paramonoclorofenol canforado) – criticado pela presença do PMCC (ação tóxica)
 CTZ – pouco estudo na literatura (clorofenicol, tetraciclina, óxido de zinco)
 HC (Calen) e OZE – usado após o canal desinfetado
 Pastas prontas (Vitapex – HC e Iodofórmio) – aplicação clínica boa
 Pasta KRI (Iodofórmio, PMCC, mentol) 
Avaliar o processo biológico das pastas, composição química, trabalhos das impli-
cações biológicas da pasta.
Importante: ver o processo de rizólise, o grau de reabsorção da pasta, propriedades 
biológicas.
16PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 TRAUMATISMO EM 
ODONTOPEDIATRIA – PARTE I
Propedêutica do traumatismo dentoalveolar do paciente infantil
1) Anamnese
 Características desse traumatismo, intensidade do trauma, local do trauma 
(possibilidade de contaminação – antibióticos, antitetânicas profiláticas)
2) Exame clínico: visual, palpação, ATM
 Palpação é fundamental para traumatismo envolvendo tábua óssea, processo 
alveolar
 Sempre ter registro inicial imediato pós-trauma
3) Exame radiográfico 
4) Transiluminação para diagnóstico
 Para avaliar principalmente fraturas e trincas no esmalte com LED, 
fotopolimerizador
5) Documentação fotográfica
Traumatismo em tecido mole
1) Laceração 
 Ferimento raso acometido normalmente por objetos cortantes, envolvendo, 
por exemplo, o tecido muscular da vermelhidão do lábio que vai exigir a sutura do 
tecido.
 Orientar com relação à higiene com clorexidina, por exemplo. 
2) Contusão
 Causado por impacto de um objeto que não é cortante, causa área hemorrágica 
e tem regressão espontânea
 Fazer com o paciente o tratamento paliativo, com analgésico, gelo para 
proporcionar conforto para o paciente
3) Abrasão
 Famoso ralado, escoriação na mucosa
 Orientar a higiene e também o tratamento paliativo
17PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
Traumatismo em tecido dentário
1) Envolvendo esmalte
 Trincas de esmalte e fraturas de esmalte
» Diagnóstico por transiluminação
» Cuidados com hipersensibilidade dentinária
» Rx inicial, 3 meses, 1 ano
» Tratamento conservador (arredondamento das bordas e aplicação do 
verniz fluoretado – para proteger a estrutura ou restaurador com resina 
composta)
 Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar
» Fratura coronária não complicada
» Proteção da dentina com CIV - SEMPRE
» Restauração com resina composta
» Controle clínico 3-4 semanas
 Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar
» Avaliação do ciclo vital do dente decíduo – influencia no diagnóstico. 
Trauma com ação imediata, sem muita contaminação, raiz em formação 
com metabolismo ativo – pode optar por capeamento pulpar direto – 
porém, não apresenta um prognóstico favorável em dentes decíduos.
» Pulpotomia e restauração definitiva
» Controle: C – 1 semana, C+R – 6-8 semanas, 1 ano
» Todo dente traumatizado é importante acompanhar até o momento da 
esfoliação, erupção e fechamento do ápice do permanente.
 Fratura coronorradicular
» Avaliar a extensão da fratura
» Procedimento restaurador quando não invadir o espaço biológico (4-5 
mm)
» Qualquer outro caso, exodontia
 Fratura radicular
» Longitudinal, transversal/horizontal, oblíqua
» Fraturas transversais cervicais (próximas à coroa), longitudinais ou 
oblíquas – exodontia do fragmento e manutenção do fragmento dentário 
apical (que será reabsorvido ou superficializado no processo de erupção 
18PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
dentária do permanente, pois pode comprometer a crista óssea do dente 
permanente, sepultamento do fragmento
» Fraturas transversais apicais ou até o terço médio – redução da fratura 
e contenção rígida de 15-21 dias (formar osso, estabilizar)
» Para recuperar ligamento periodontal, funcional – contenção semirrígida 
ou flexível 
19PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 TRAUMATISMO EM 
ODONTOPEDIATRIA – PARTE II
Lesão em tecido periodontal
1) Concussão e subluxação
 Lesão ao tecido de suporte sem deslocamento dentário
 Concussão: mais leve, não apresenta mobilidade, sem rompimento das 
fibras do ligamento periodontal, devido ao impacto à reação inflamatória local, 
mas reação positiva à percussão
 Subluxação: maior impacto, rompimento das fibras do ligamento periodontal, 
mobilidade anormal, lesão periodontal, presença do sangramento gengival
* Ficar atento à presença de sangramento gengival
2) Luxação lateral, extrusiva e intrusiva
LUXAÇÃO LATERAL
 Deslocamento dentário na direção vestibular, lingual, mesial ou distal
 Permanente conservado
» Se for leve, aguardar reposicionamento espontâneo, com possível ajuste 
oclusal
» Nos casos de grande interferência oclusal, reposicionamento com 
pressão digital imediata, imobilização 15-21 dias com contenção 
semirrígida
 Na possibilidade de lesão do permanente (deslocamento da coroa para 
vestibular), exodontia. Se a coroa foi para a vestibular, a raiz foi para distal, com 
grande chance de comprometimento do germe permanente.
LUXAÇÃO INTRUSIVA – maior frequência 
 Observar fratura do alvéolo e lesão em mucosa
 Reerupçãoespontânea até 6 meses 
 Se nos primeiros 30 dias não visualizar indícios da reerupção espontânea, 
será necessário avaliar a possibilidade de anquilose e exodontia
 Reavaliação pulpar e periodontal - SEMPRE
20PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
LUXAÇÃO EXTRUSIVA 
 A decisão do tratamento é baseada no grau de deslocamento (deslocamento 
maior que 3 mm = exodontia), mobilidade severa = exodontia, formação radicular 
(criança pequena com processo da rizogênese = condição favorável) e a habilidade 
de cooperação da criança com a situação de emergência 
 Tratamento imediato (logo depois do trauma, pode-se pensar na possibilidade 
de reposicionamento com pressão digital e colocar contenção semirrígida, 
criança anestesiada) e mediato no dia seguinte; não adianta reposicionar, porque 
já iniciou o processo de reparação tecidual. Vai avaliar se há interferência oclusal; 
se houver, faz desgaste e acompanhamento periódico
3) Avulsão 
NÃO SE RECOMENDA O REIMPLANTE DENTÁRIO – acompanhar o processo de erup-
ção do dente permanente até o fechamento do ápice e também fazer o manejo com espa-
ço com mantenedores de espaço.
4) Lesão ao osso de suporte
 Esmagamento e compressão do osso alveolar
 Grande mobilidade (gengiva, osso e tábua óssea vestibular – movimento em 
bloco) e deslocamento de todo segmento (degrau para vestibular, minimizar o 
máximo esse degrau. Criança anestesiada) e interferência oclusal
 Reposicionamento e contenção rígida por 3-4 semanas
* Fixar amarrilha primeiro nos dentes fi xos, sem mobilidade para não prejudicar mais 
ainda os dentes com mobilidade.
21PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 TRAUMATISMO EM 
ODONTOPEDIATRIA – PARTE III
Complicações associadas ao traumatismo dentoalveolar
1) Sequelas no dente decíduo traumatizado
 Distúrbios de desenvolvimento 
» Hipoplasia – atinge formação da matriz orgânica 
» Hipomineralização do esmalte – atinge fase de deposição mineral da 
coroa
» Má-formação radicular 
 Descoloração dental – mais comum
 Degeneração pulpar – mais comum
 Lesão periapical – mais comum
 Anquilose – mais comum. Pode ocorrer durante a recuperação do tecido 
de suporte funcional e se faz uma contenção rígida no lugar de uma contenção 
semirrígida/flexível 
 Alterações pulpares em dentes decíduos 
» Resposta inicial – hiperemia (condição inflamatória transitória) pulpar 
seguida de hemorragia e decomposição da hemoglobina no meio dos 
túbulos dentinários. A hemoglobina possui o ferro, que pode oxidar e 
promover alteração na cor da coroa.
» Manchas rosadas (pela hemorragia inicial ou por reabsorção interna na 
porção da coroa), cinza (por conta da hemoglobina – não necessariamente 
precisará de uma intervenção – dependerá de uma avaliação clínica, 
com presença de fístula, mobilidade, alguma lesão periapical), amarela 
ou acastanhada (as duas últimas significam deposição de dentina – 
com prognóstico mais favorável).
» Calcificação pulpar – prognóstico favorável. 
» Reabsorção externa – luxação extrusiva, por conta de uma resposta 
periodontal integrada com pulpar.
» Reabsorção interna – luxação intrusiva, acompanhar até o fechamento 
do ápice do sucessor permanente.
* Radiografi camente, observar se existe uma continuidade na cripta do sucessor per-
manente. Se não existir essa continuidade, e ainda existe uma comunicação direta da raiz 
do decíduo com uma imagem radiolúcida de lesão periapical, o tratamento pode ser en-
dodôntico ou exodontia, em que será defi nido pela comunicação direta do periápice com 
22PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
a região cervical da coroa. Se houver a comunicação direta das duas regiões, exodontia; 
senão, pode ser o tratamento endodôntico.
2) Sequelas no dente permanente sucessor
 Hipoplasia do esmalte – afetando a fase da formação orgânica da matriz
 Hipomineralização do esmalte – ou na deposição de mineral
 Dilaceração coronária – avalia na radiografia que a raiz tem um longo 
eixo, porém a coroa sai desse longo eixo; alguns casos são quando se tem um 
supranumerário, odontoma atrapalhando a sua correta erupção
 Dilaceração radicular – ponta da raiz faz uma curvatura; alguns casos são 
quando se tem um supranumerário, odontoma atrapalhando a sua correta erupção
 Odontoma – acontece em fases precoces da formação do dente permanente 
– coroa do dente permanente se divide
 Duplicação radicular – acontece em fases precoces da formação do dente 
permanente – raiz do dente permanente se divide
 Rizogênese interrompida – parcial ou completa, fazer a avaliação com 
terapias específicas 
 Distúrbio na cronologia de erupção – criança com algum processo infeccioso 
acelera o processo de esfoliação do decíduo e erupção do permanente. Já com 
processo inflamatório pós-trauma acontece o inverso; pode ocorrer a formação 
de um tecido cicatricial fibroso e atrapalhar o processo eruptivo do dente 
permanente.
Quais fatores podem influenciar as sequelas associadas aos traumatismos dento-
alveolares? (adquiridos numa anamnese, exame clínico, radiográfi co)
 Intensidade do trauma – pode afetar apenas aquele elemento traumatizado ou 
também os tecidos adjacentes.
 Grau de rizogênese – crianças menores que sofreram trauma apresentam um 
prognóstico mais favorável. Aquelas que possuem mais raiz formada, em um trauma 
apresentará um prognóstico mais desfavorável. 
 Estágio de formação do germe dentário do sucessor – quanto mais cedo for 
acometido por trauma, maiores podem ser as sequelas, devido à deposição de 
estrutura orgânica para ser mineralizado.
 Tipo de trauma – por exemplo, uma intrusão é considerada pior do que uma fratura 
no dente decíduo, já que na intrusão existe a possibilidade de comprometimento do 
germe permanente.
DICAS: 
 Dentes decíduos – sofrem normalmente alterações pulpares
 Permanentes – sofrem alterações no processo de desenvolvimento
23PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 ANESTESIA EM ODONTOPEDIATRIA
Peculiaridade do paciente infantil
1) Anatômicas e/ou fisiológicas 
 Diferenças metabólicas em relação ao adulto
 Não a mesma reabsorção renal e hepática.
 Deslocamento do forame mandibular no sentido do plano oclusal com o 
crescimento
 Há alteração à medida que se tem o crescimento da criança 
 Espessura da mucosa e redução de gengiva inserida.
 É muito mais fina, onde a presença de lesões pós é muito corriqueira; a 
pressão no êmbolo tem que ser bem devagar.
 Fina camada de osso alveolar na região vestibular
 Osso mais poroso proporcionando uma aplicação menor de anestésico.
2) Comportamentais – manejo de comportamento
3) Anestésico de escolha – fármaco com baixa toxicidade, duração adequada, 
lidocaína a 2% (média duração)
Técnicas anestésicas em odontopediatria
1) Anestesia tópica – todo e qualquer procedimento é necessário 
 Indicado para preparação da mucosa do paciente para anestesia, prevenindo que 
o paciente sinta a punção na mucosa.
 Tipos de anestésicos:
 Lidocaína 5% e 10% (Xylocaína, Xylestesin)
 Benzocaína 20% (Benzotop, Topex)
 Principal diferença entre as duas: uma é amida e outra éster (anestesia tópica 
é a única que usa tipo éster).
 Protocolo
 Isolamento relativo
 Mucosa seca
 Compressão por pelo menos 2 minutos até mucosa ficar enrugada 
2) Infiltrativa terminal – muito usada na região da maxila, semelhantes à do adulto, 
com agulha curta ou extra curta, técnica atraumática 
24PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
3) Bloqueio troncular ou regional – na mandíbula
 Indicação: dentes inferiores, parte da língua, tecido ósseo e mucoso da mandíbula 
 Indica-se a técnica direta em dentição decídua
 Criança sem primeiro molar permanente – consegue fazer a técnica direta, 
posiciona a agulha entre o canino e o primeiro molar decíduo do lado oposto, com 
angulação diretamente para o forame mandibular.
 Técnica muda de acordo com a idade do paciente, forame vai mudando e 
consequentemente a angulação da agulha também.
4) Anestesia do ligamento periodontal – no caso de o dente decíduo estar retido 
apenas na região de mucosa, não podeser utilizada para isolamento absoluto, 
e sim para exodontia
Cálculo da dose anestésica 
1) Informações necessárias para o cálculo anestésico 
 Informações necessárias: peso da criança, concentração e toxicidade do anestésico
 Tomaremos de exemplo uma criança saudável de 10 quilos, qual o limite de tubetes 
que se poderia usar do anestésico lidocaína 2%?
 Toxicidade da lidocaína é 4,4 mg/kg peso = 44 mg
 Lidocaina 2% tem 36 mg do sal anestésico no tubete
 Para uma criança de 10 kg, recomenda-se o uso de 1,2 tubete de anestésico
 Sempre usar um pouco menos: 1 tubete para a criança
2) Toxicidade em odontopediatria
25PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 CIRURGIA EM ODONTOPEDIATRIA
Procedimentos cirúrgicos em tecido mole
1) Ulectomia/ulotomia
 Cistos ou hematomas de erupção, gengiva fibrosa 
 Ulectomia – remove parte do tecido, principalmente em dentes posteriores
 Ulotomia – apenas uma incisão, anteriores
2) Frenotomia
 Mais conservadora, mínima intervenção 
 Anquiloglossia – Protocolo de Martinelli. Avalia função funcional
 Freio teto labial permanente
3) Frenectomia
 Mais invasivo
 Anquiloglossia
 Freio teto labial permanente – avaliar função. Recomenda-se esperar passar 
a fase do patinho feio, postergar a intervenção.
Procedimentos cirúrgicos dentoalveolares
1) Exodontias de dentes decíduos
2) Principais indicações de procedimentos cirúrgicos dentoalveolares 
 Exodontia de dentes decíduos – mais comum
 Dentes neonatal e natal – dentes nascidos nos primeiros 30 dias de vida ou 
o paciente já nasce com ele. Se não for da série normal ou tiver mobilidade com 
risco de aspiração, deve-se fazer a exodontia
 Dentes supranumerários – é indicada a remoção quando associada ao 
cisto dentígero ou processo inflamatório ou impactação do dente permanente, 
impedindo a sua erupção
 Dentes não irrompidos – mais comum são os caninos
 Raízes residuais, alveólise – nunca subestimar a raiz residual. Alveólise – 
inflamação pulpar exacerbada com comprometimento da tábua óssea vestibular 
com fenestração, exodontia.
 Fraturas coronárias - verticais
 Anquilose dentoalveolar
26PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
Exodontia em dentes decíduos 
Manter o dente decíduo é sempre o melhor
1) Indicações 
2) Importância dos exames complementares
 Fase do ciclo biológico – retenção prolongada, rizogênese ou rizólise 
incompleta, decisão de tratamento
 Grau de integridade radicular – tanto do decíduo quanto do permanente
 Existência de patologias ósseas – presença de lesão de furca, 
comprometimento de assoalho
3) Detalhes anatômicos 
 Ciclo biológico do dente
 Raízes menores e mais delgadas – mais finas, maior risco de fratura
 Raízes representam maior proporção dos dentes – estudar as técnicas de 
extrações, saber onde as raízes estão 
 Raízes divergentes
 Furcas situadas cervicalmente – pensar como colocará o fórceps 
4) Técnica cirúrgica
 Fórceps específicos – de acordo com o tipo de dentes, para odontopediatria
 Elevadores dentais – quando se tem raiz residual, cuidado para não afetar o 
permanente
 Odontosecção com rotatórios – para anquilose severa, principalmente. 
Cuidado com o permanente.
 Osteotomia alveolar – recorte para remoção do bloco inteiro
 Combinação de técnicas
27PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 CONSIDERAÇÕES SOBRE PACIENTES 
PEDIÁTRICOS – PARTE I
Introdução à cirurgia pediátrica
1) Considerações especiais
 Crianças são, obrigatoriamente, respiradores nasais
» Apresentam vias aéreas relativamente estreitas e de fácil obstrução 
» Pense que o paciente que normalmente não respira pela boca terá muco 
e sangue obstruindo as vias aéreas, vindo a dessaturar com muita 
facilidade
 A parede torácica em crianças é flexível, o que é bom 
» A maioria das lesões pode existir com sinais externos de trauma menores 
do que o esperado
» Às vezes, o paciente pode ter escoriações pequenas em tórax, uma 
pequena lesão, mas internamente pode ter uma perfuração de pulmão, 
por exemplo, devido a uma costela que perfurou aquela parede pulmonar
 Crianças frequentemente engolem ar quando se ferem ou se assustam
» Tendo uma dilatação gástrica, podendo confundir um plantonista menos 
experiente
» Às vezes, a criança será apalpada e então é percebido um abdome 
globoso, rígido. Às vezes, aquilo não é ar, não é sangue na cavidade 
abdominal
 A circunferência abdominal e a cavidade peritoneal em crianças são 
relativamente pequenas
» Hemorragia intra-abdominal resulta em rápida mudança na circunferência 
» Qualquer sangramento fará com que a criança altere o seu perfil 
abdominal
 As crianças podem manter uma pressão sanguínea normal ou limítrofe em 
despeito a uma perda significante de fluidos, e descompensar rapidamente
» O paciente poderá estar entrando em choque e nem perceber. Se você 
não tiver uma boa anamnese e avaliar muito bem o paciente, ele pode vir 
a óbito com muita facilidade e rapidez
28PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 As crianças possuem maior relação de superfície corporal e massa que nos 
adultos e estão mais propensas à hipotermia
» Elas sentem mais frio e estão mais propensas à hipotermia. Lembrar 
sempre de cobrir o paciente
2) Considerações anatômicas (o que diferencia um adulto de uma criança?)
 As lesões maxilofaciais são menos frequentes em crianças mais jovens que 
em adolescentes e adultos
» Resultado direto do ambiente social, física geral e fatores anatômicos 
craniomaxilofaciais
» Antes dos 5 anos, a maioria das crianças cresce protegida, sofrendo 
apenas quedas da própria altura. Normal não ser exposta a nada muito 
perigoso.
» As forças de baixo impacto são bem absorvidas pela pele bem acolchoada, 
esqueleto elástico e centros de crescimento cartilaginosos
» Porém, não subestimem os pequenos traumas
 Após a idade de 5 a 7 anos, o rápido desenvolvimento neuromotor resulta em 
aumento das atividades físicas e interação social
» Ocorre aumento nas possibilidades de trauma direto - ela vai andar de 
bicicleta, subir em árvores
 O contínuo crescimento craniomaxilofacial resulta em mudanças anatômicas
» Nos primeiros anos de vida, o crânio acompanha o rápido crescimento 
cerebral, resultando em uma grande proeminência 
» Os globos oculares e órbitas também se desenvolvem rapidamente nas 
primeiras fases, acompanham o desenvolvimento anteroposterior do 
cérebro. É comum uma proporção entre face e crânio na criança; é um 
pouco alterada
» Este período inicial é marcado por deficiência dos seios paranasais e 
de desenvolvimento dentário, resultando em altura facial, projeção 
horizontal e largura transversal. Crânio muito grande e uma face muito 
pequena, para proteger a face com relação a trauma
» Como consequência, há maior exposição do frontal e regiões orbitárias, 
e proteção dos terços médio e inferior. Crianças até 5 anos, há maior 
chance de lesão em região frontal e orbital
29PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
MANDÍBULA
 A mandíbula define a borda inferior do esqueleto facial
» O constante desenvolvimento anatômico ao longo do crescimento e 
desenvolvimento afeta o padrão de lesões em 1/3 inferior na infância. À 
medida que a mandíbula for crescendo, ela vai sofrer mais trauma 
» Na infância, o processo condilar possui uma medular bem vascularizada, 
com colo espesso e curto, com potencial de crescimento muito grande, 
mas condensada em um espaço muito pequeno
» Os traumas condilares avaliados envolvem compressão, ao passo que 
as fraturas de colo condiliano são mais raras. Quando essas fraturas 
ocorrem, é um problema sério a ser tratado
 À medida que a face se desenvolve na adolescência, o processo condilar se 
torna comprido e corticalizado (deixando-o vulnerável a fraturas de colo)
» A Mx e Md continuam crescendo ao longo da infância, mantendo uma 
alta proporção de osso esponjoso, resultando em grande elasticidade 
dos maxilares
» Há maior incidência de fraturas galho verde e não deslocadas em relação 
aos adultos
 Durante os primeiros anos de vida, os germes dentários dos dentes 
permanentesem desenvolvimento são pequenos, e a relação dente/osso é 
pequena
 Na dentição mista (6-12 anos aprox.), a maior proporção entre dente e osso 
torna a mandíbula mais frágil em localizações específicas e facilita a fratura por 
meio das criptas dentais no trauma. 
 Presença da dentição mista diminui a massa óssea da mandíbula, 
predisposição maior com relação às fraturas mandibulares.
 Após os 5 anos de vida, os seios paranasais se desenvolvem gradualmente, 
resultando em áreas de fragilidade do esqueleto, possibilitando a separação entre 
1/3 médio e superior no trauma de grande porte. Terço médio mais maciço, mais 
elástico = menor chance de fratura
 O periósteo nas crianças é altamente osteogênico, o que resulta em um 
reparo precoce da fratura com extensiva remodelação após a união óssea. Bom 
para nível de cicatrização, mas ruim em nível de sequela; tendência de sequela é 
muito maior
30PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 CONSIDERAÇÕES SOBRE PACIENTES 
PEDIÁTRICOS – PARTE II
Crianças possuem um funcionamento ligeiramente diferente dos adultos, seja por 
desenvolvimento incompleto, seja por questões psicossociais.
O padrão de fraturas faciais em crianças vai seguir o modelo epidemiológico de onde 
ela vive, o tipo e energia do trauma.
Trauma
 Se há suspeita de trauma facial, exame de imagem é obrigatório. 
 Para uma suspeita de fratura de mandíbula, uma radiografia panorâmica oferece 
excelente imagem de todo o osso.
 Para paciente com histórico confuso ou múltiplos traumas, é indicada a solicitação 
de TC, que possibilita um completo diagnóstico de quaisquer fraturas faciais.
 A TC tem suplantado a radiografia no diagnóstico por imagem no trauma pediátrico.
 Em pacientes com imobilização cervical, a TC é de grande valia.
1) Epidemiologia
 Os padrões de lesões faciais na população pediátrica são consideravelmente 
diferentes dos adultos. Devido às diferenças de desenvolvimento.
 Fraturas NOE e de Seio Frontal
» A prevalência de fraturas NOE segue de perto o desenvolvimento dos 
seios paranasais
A partir dos 5 anos de idade, devido à fragilização da face por conta do desenvolvi-
mento dos seios paranasais e maxila, podem acabar trazendo as fraturas de terço médio 
» São raramente vistas em crianças menores que 5 anos, e se tornando 
mais comuns na adolescência e vida adulta
» Quando fraturas NOE deslocadas acometem crianças, adotam-se as 
mesmas condutas de redução aberta e FIR adotadas nos adultos
Se o paciente pediátrico sofreu uma fratura Lefort II ou piramidal, esse paciente irá 
passar por acesso extenso, exposição da fratura, redução da fratura e sua fi xação da mes-
ma forma que o adulto
» Como no adulto, quando o LCM está deslocado, normalmente se mantém 
aderido ao fragmento ósseo. 
31PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
» O LCM e o fragmento são reposicionados e fixados sem a necessidade 
de cantopexia medial direta
» Cantopexias mediais formais contribuem para uma aparência não 
natural e devem ser evitadas quando possível 
Paciente passa a ter uma assimetria orbicular e estética desagradável 
» As lesões do seio frontal em crianças são abordadas da mesma forma 
que nos adultos
» Fraturas da parede anterior do seio frontal são anatomicamente 
reconstruídas e estabilizadas para se prevenir deformidades de contorno
Para prevenir o aspecto da face amassada
 Fraturas de Lefort (1/3 médio)
» A prevalência das fraturas de 1/3 médio aumenta rapidamente à medida 
que aumenta a aeração das células dos seios maxilar e etmoidal
» O desenvolvimento rápido dos seios ocorre entre os 6 e 12 anos de idade.
» Em consequência, as fraturas maxilares em crianças não seguem os 
mesmos padrões dos adultos
» Menores de 6 anos são mais raros de acontecer
 Fraturas deslocadas do 1/3 médio devem ser tratadas por FIR como nos 
adultos
» Incisão em fundo de vestíbulo: expor a fratura, reduzir a fratura e fixar 
da mesma forma que um adulto. É necessário para se conseguir manter 
uma restauração anatômica 
» Isto é necessário para se conseguir e manter a restauração anatômica 
 Fraturas do Complexo Zigomático
» Uma fratura do complexo é aquela que atravessa a sutura frontozigomática, 
arco, rebordo infra e pilar zigomático – 4 pilares
» Estas fraturas são mais bem elucidadas por meio de avaliação por TC 
nos planos axial e coronal
» Os achados clínicos nas crianças são similares aos dos adultos
» Fraturas deslocadas do complexo devem ser tratadas por FIR como nos 
adultos
» Acessar por transconjutival, subpalpebral e fixar igual a um adulto
» Em uma fratura minimamente deslocada, um tto mais limitado é utilizado 
para se conseguir uma redução adequada da fratura
32PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
» (Gancho de Gillies, acesso de Gillies da fáscia temporal ou acesso 
intraoral de Keene)
 Fraturas em Blow-out e Blow-in, associadas a trauma ocular direto
» Podem ocorrer de forma isolada ou associadas a outras fraturas mais 
complexas de teto orbitário ou calota craniana
» Paciente não consegue olhar para cima, pensar em encarceramento de 
músculo, fratura ou algum tipo de lesão nervosa
» Cortes tomográficos FINOS (1 mm) nos planos axial e coronal, pois as 
paredes são muito finas
» Fraturas de assoalho ou teto orbitário com repercussão clínica devem 
ser tratadas com reconstrução das paredes orbitárias como nos adultos
33PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 CONSIDERAÇÕES SOBRE PACIENTES 
PEDIÁTRICOS – PARTE III
Trauma
1) Padrões de fraturas faciais
 Fraturas nasais
 As fraturas nasais são comuns na população pediátrica, devido à maior 
proporção do terço superior da face em relação às outras. As crianças tendem a 
se acidentar mais
 Na teoria, um trauma nasal na infância irá impactar negativamente no 
desenvolvimento do 1/3 médio, especificamente anteroposterior 
 Na prática, raramente esta complicação é observada
 O diagnóstico de fraturas nasais e de septo é eminentemente clínico, 
causando dor na face, dor irradiando para as regiões laterais, obstrução nasal 
 A confirmação pode vir por meio de exame radiográfico (Perfil para OPN) ou 
TC de face, cortes menores
 Fraturas deslocadas do nariz e septo devem ser reduzidas e estabilizadas por 
splints, de forma semelhante ao tratamento em adultos, entretanto nem sempre 
será possível encontrar nos lugares de trabalho os splints. Então, nesses casos, 
serão realizados tamponamentos
 Lembrando que o tto deve ser instituído nos primeiros dias, devido à 
cicatrização acelerada nas crianças; quanto mais precoce a intervenção, melhor 
para o paciente
 Fraturas Mandibulares
 A mandíbula de uma criança representa uma anatomia que afeta o padrão de 
fraturas vistas ao longo de variações etárias. A depender do desenvolvimento da 
mandíbula, ela pode sofrer mais ou menos traumas 
 A Md é preenchida por dentes em vários estágios de irrupção, o que gera 
fragilidade por meio de transmissão da energia do trauma por meio das criptas 
dentais
 Dano ao osso em desenvolvimento e aos germes dentários pode resultar do 
trauma, técnica cirúrgica ou complicações do tto
 A distribuição das fraturas em crianças se dá principalmente a partir dos 6 
anos de idade, em que a área mais acometida é o colo do côndilo
 Os princípios gerais de tratamento de fraturas mandibulares são os mesmos 
para crianças e adultos, regiões com chance de afastamento pode precisar de 
reforço, odontossíntese ou bloqueio.
34PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Redução anatômica combinada com estabilização adequada para mantê-la 
enquanto a união óssea ocorre, tem que promover estabilização da mandíbula 
(com exceção das fraturas de côndilo, Miiloro preconiza o uso conscientes da 
FIR em relação à redução fechada, em detrimento do uso de splints e técnicas de 
imobilização na dentição decídua) – normalmente é necessário de 10 a 15 dias 
de repouso
FRATURAS DE CÔNDILO E COLO DO CÔNDILO MANDIBULAR
 Danos do processo condilar podem afetar o crescimento da Md e a função da ATM. 
Toda criança que sofreu um trauma vai apresentar alteração nodesenvolvimento no 
lado afetado
 A mandíbula é o último osso da face a completar seu crescimento normal (um 
trauma ao centro de crescimento do côndilo antes da maturação esquelética pode 
levar a um retardo de crescimento ipsilateral, resultando em má oclusão e assimetria 
facial). Aquele côndilo fraturado na criança devido à magnitude do trauma pode não 
vir a desenvolver aquele lado da mandíbula, levando a assimetrias muito graves
 Independentemente da opção de tratamento escolhida, irão ocorrer mudanças 
degenerativas e restrições de crescimento da ATM. Polo de crescimento da mandíbula 
= cabeça do côndilo
 O tratamento para a fratura de côndilo permanece controverso
 A redução aberta da fratura de côndilo em crianças pode ser realizada em algumas 
condições 
As indicações incluem:
 Deslocamento para a fossa craniana média
 Oclusão inaceitável após a técnica fechada ter sido executada, até mesmo não 
conseguir mastigar
 Avulsão do côndilo da cápsula, a cabeça pode não ser lubrificada o bastante
 Fraturas bilaterais dos côndilos associada às fraturas do 1/3 médio da face. 
Mordida Lefort I + fratura de côndilo = mordida aberta
35PRODUTO ÚNICO - ODONTOPEDIATRIA
 Em crianças jovens, é advogada uma conduta não cirúrgica para a maioria das 
fraturas condilares e subcondilares
 Assume-se um protocolo conservador:
 Curto período de imobilização parcial com elásticos (10-14 dias), bloqueio 
funcional
 Estimula a cicatrização dos tecidos moles e reduz a chance de fraturas em 
galho verde evoluírem para fraturas completas
 Permite mobilização precoce para evitar anquilose e fibrose da ATM
 Fisioterapia motora da ATM por vários meses para evitar anquilose
 Em casos em que há fratura condilar associada à fratura em outro sítio na 
mandíbula, opta-se por conduta cirúrgica no sítio primário com FIR, para que uma 
mobilização precoce da mandíbula ocorra e a função temporomandibular possa 
ocorrer. Lembrar de tratar o sítio que precisa de mobilização para cicatrização
FRATURAS PARASSINFISÁRIAS
 Se persistir separação dentoalveolar adjacente ao traço de fratura após a redução 
fechada, deve ser abordada a redução aberta com FIR. Se a redução fechada não der 
uma oclusão satisfatória, é mais indicado fazer a aberta
 Deve ser evitada a instalação de placa e parafuso na zona de tensão na dentição 
mista, na região do processo alveolar, para não lesar o dente permanente
FRATURAS DE CORPO
 As fraturas de corpo geralmente possuem vetores favoráveis de forças musculares 
nos segmentos, levando à redução ao invés do deslocamento. Essas fraturas são 
favoráveis para tratamento conservador
 Nestas situações, a redução fechada com BMM costuma ser suficiente
 Como alternativa, um cirurgião habilidoso consegue colocar placas e parafusos 
no bordo inferior da mandíbula com o uso de incisão intraoral
 Nos casos em que esteja contraindicado o BMM (fraturas de côndilo ou trauma 
severo), formas mais estáveis de FIR estão indicadas
Recapitulando
1) O padrão de fraturas faciais visto em crianças e adolescentes varia com a 
anatomia do esqueleto em desenvolvimento
2) Utilizam-se técnicas de redução aberta das fraturas, enxertos autógenos e FIR 
em crianças
3) Sequelas ocorrem, mesmo quando o tto precoce é feito
4) Um acompanhamento a longo prazo é obrigatório para monitorar possíveis 
efeitos deletérios a longo prazo
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
BONS ESTUDOS!