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Endodontia de Dentes Deciduos

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Endodontia de Dentes decíduos
Objetivos:
Conhecer os conceitos da terapia endodôntica;
Realizar o passo à passo da técnica;
Identificar os fatores que influenciam essa eleição e os materiais nela utilizados.
Importante?
Estética;
Fonética;
Deglutição;
Oclusão;
Mastigação.
Antes de começar...
algumas questões importantes... 
 DENTES DECÍDUOS Dificuldades nos dentes decíduos
Considerar:
Diâmetro mesiodistal da coroa dos molares é maior que a distância cervical
Vestibular e lingual convergem para oclusal
Espessura de esmalte mais fina (1mm)
Prismas de esmalte na cervical no sentido oclusal
Câmara pulpar mais volumosas e próximas da superfície
Contatos entre dts decíduos amplos e achatados
Menor altura coronária
Dts permanentes jovens: câmara pulpar ampla e contatos com decíduos
Osso mais poroso > reabsorção dos tecidos mineralizados
Disseminação da infecção atingindo o germe do permanente e resultar na formação de fístula e abscessos.
Anatomia dos Dentes Decíduos
Incisivos
8 incisivos
Canal único, uniforme com ligeira constrição entre câmra pulpra e o canal radicular;
Raiz cônica, conóide ou piramidal triangular;
Forame apical localizado no ápice, sendo que o posicionamento pode mudar no decorrer da rizólise;
Curvatura para face vestibular no terço final da raiz > pressão do sucessor permanente;
Comprimento radicular : 
IC sup 16-17mm
IL sup 14-16mm
IC inf 9-11mm
IL inf 10-12mm
Caninos
Canal sempre único;
Raízes com formato cônico ou prismático-triangular, de secção ovalar e triangular;
Faces proximais das raízes são sulcadas;
Terço apical desviado para vestibular;
Comprimento radicular:
C sup 12-14mm
C inf 11-13mm
Molares superiores
2 a 4 raízes (3 raízes mais comum)
No 1ºMS comum fusão disto-vestibular com palatina – formação canal em “C”
0 4º canal (mesio/palatino) – frequente em médio 80%
O canal disto-vestibular mais frequente
Máximo comprimento radicular: 21mm
1ºM 8-10,5mm
2ºM 16,5 -18,5mm
Região de istmo
Molares inferiores
1 a 3 raízes (2 raízes mais comum)
Raiz mesio-vestibular 2 canais ou 3 canais no 1ºMI
Raiz disto-vestibular 1 ou 2 canais. Não há relato de 3 canais
O canal disto-vestibular mais frequente único
Máximo comprimento radicular 21 mm
Região de istmo
Fatores Psicológicos
Interpretação dos relatos da dor
Subjetiva e pouco confiável > estágio de desenvolvimento emocional e cognitivo
Diagnóstico do Estágio de Saúde Pulpar em Dentes Decíduos
Anamnese
Saúde geral > condições sistêmicas que indiquem aintibioticoterapia profilática;
História de traumatismo;
Tratamentos realizados anteriormente;
Relatos de dor espontânea 
Uso de analgésicos ou antibióticos.
Exame Clínico
 PLANEJAMENTO- Recomendações
Documentar todas informações do pcte.
História Médica do pcte
Condição do dt em relação ao crescimento e desenvolvimento do pcte
Alternativas de tratamento pulpar
Possibilidade restauradora do dt
Diagnóstico do estágio de saúde pulpar
TERAPIAS PULPARES
					
Tratamento conservador 
Capeamento Pulpar Indireto - TPI
Definição: 
Remoção parcial de tecido cariado e selamento da cavidade com material biocompatível. Pequena camada de dentina amolecida é removida na parte mais profunda da lesão, evitando colocar a polpa em risco. Objetivando à formação de dentina terciária, com finalidade de proteger o tecido pulpar de estímulos negativos vindo do meio bucal e impedir o suprimento nutricional para qualquer remanescente bacteriano.
Indicação:
Dentes decíduos com lesão de cárie profunda, com diagnóstico de polpa saudável ou pulpite reversível e pelo menos 2/3 de raiz intacta.
Dente não deve apresentar: sintomatologia dolorosa espontânea, sinais e sintomas de pulpite irreversível, mobilidade patológica, alteração nos tecidos periodontais e alterações periapicais detectáveis radiograficamente.
Materiais Indicados:
Cimento hidróxido de cálcio,
Cimento de óxido de zinco eugenol,
Cimento de Ionômero de vidro convencional (CIV),
CIV modificado por resina ,
Adesivos dentinários.
Técnica: 
Consiste em prevenir uma exposição acidental 
Radiografia periapical,
 Anestesia mecânica da polpa durante um 
 Isolamento Absoluto ato operatório da remoção da carie. 
 Remoção tec cariado – dentina afetada
• Colocação de CaOH2 
Fechamento da cavidade com material restaurador, 
Observar 40/60 dias Lesão profunda
 
Contra-indicação: exposição pulpar dor espontânea mobilidade rarefação óssea
Vantagens: comparada à pulpotomia
Maior frequência de sucesso,
Melhor padrão de esfoliação,
Menor custo,
Menor potencial de efeitos adversos
Capeamento Pulpar Direto - TPD
Definição:
Consiste na aplicação de um agente protetor numa exposição do tecido pulpar, a fim de promover o restabelecimento da polpa e protegê-la de irritação adicional, mantendo sua vitalidade. Baseia-se na preservação da vitalidade pulpar, na ausência de inflamação, de modo que a polpa mantenha-se protegida por uma barreira contínua de tecido mineralizado denominada de ponte de dentina.
Indicação:
Pacientes com idade inferior a 4 anos e dentes sem evidências de reabsorção radicular,
Casos de pequenas exposições pulpares mecânicas, como nos casos de fraturas coronárias decorrentes de traumatismo com até 24 hs de ocorrência ou exposições acidentais em preparos cavitários onde remanescentes de dentina cariada não estejam presentes,
Dente sem alteração de cor, mobilidade dentária e sintomatologia dolorosa espontânea,
Tecido pulpar vital e em condições normais, ou seja apresentando sangramento coloração normal e facilidade de hemostasia,
Ausência de reabsorções internas e externa patológica, bem como radiolucidez inter-radicular e/ou periapical.
Contraindicações:
Dentes decíduos apresentando lesões cariosas ou restaurações defeituosas associados a sinais ou sintomas indicativos de inflamação pulpar irreversível como dor espontânea,
Dentes que não permitam isolamento absoluto ou restauração adequada (coroa remanescente),
Dentes com perfuração de assoalho da câmara pulpar, reabsorção óssea,
Alveólise
Pacientes imunocomprometidos ou de risco à endocardite infecciosa.
Materiais Indicados:
Cimento Hidróxido de Cálcio
 Técnica:
Consiste na aplicação de um agente sedativo na zona 
 Anestesia exposta de uma polpa vital 
 Isolamento Absoluto para alcançar a cura e preservar a vitalidade. 
 Remoção tec cariado 
 Lavar com soro fis. 
 Colocação de pasta CaOH2 +soro fisiológico 
Cimento hidróxido de cálcio
 • Restauração 
• Observar
Técnica de remoção da polpa coronária seguida do uso de medicamentos que procuram manter a polpa radicular em condições de saúde, permitindo que o ciclo biológico de reabsorção radicular se processe naturalmente.
 PULPOTOMIA
Pulpotomia
Definição:
Técnica conservadora;
Dentes decíduos e permanentes;
Remoção de tecido pulpar coronário seguida pela proteção da polpa radicular com um material capeador que preserve sua vitalidade e integralidade, além de estimular a deposição de tecido mineralizado de reparação.
Tratamento definitivo
Custo reduzido
Taxa de sucesso acima de 95%
Indicações:
Dentes com vitalidade pulpar,
Dentes que apresentam exposição pulpar por cárie,
Em caso de pulpite em dentes com rizogênese incompleta 
Dentes com amplas destruição coronária que não haja necessidade pino intracanal.
Ausência de lesão apical / Fístula 
Exposição pulpar acidental (trauma)
Contraindicações:
Dentes com dores espontânea que não cessa com analgésico, 
Impossibilidade de isolamento absoluto,
Dente com mobilidade, fístulas e reabsorção radicular de mais de 2/3 das raízes,
Quando o dente não tem possibilidade de restauração,
Percussão vertical positiva,
Pacientes imunocomprometidos.
Materiais Utilizados:
Formocresol,
Hidróxido de cálcio,
Pasta Guedes-Pinto,
Glutarladeído,
Sulfato férrico,
Proteínas Morfogenéticas,
Eletrocirurgia,
Agregado trióxido Mineral (MTA)
Hidróxido de Cálcio
Boas propriedades biológicas;
Biocompatibilidade;
Induz formação de tecido mineralizado;
Ação antimicrobiana;
Usar pasta de hidróxido de cálcio P.A., associada à água destilada ou soro fisiológico, ou ao veículo polietilenoglicol 400;
Espessura da pasta1 a 1,5mm.
MTA
Resultados clínicos e radiográficos superiores.
Biocompatível,
Ação antimicrobiana,
Capacidade estimular a produção de citocinas de células ósseas,
Induzir formação de tecido duro,
Não citotóxico,
Vitalidade radicular e reabsorção fisiológica preservadas
Pasta Guedes-Pinto
Iodofórmio + paramonoclorofenol canforado + Riforcort (partes iguais),
Biocompatível,
Antisséptica,
Boa tolerância tecidual,
Propriedades antiinflamatórias – corticosteróide composição
Técnica:
Radiografia 
Anestesia 
Isolamento absoluto 
 remoção de lesão cariosa com colher de dentina • remoção da polpa coronária com cureta (afiada)
Irrigação com soro fisiológico
secagem com algodão estéril 
Proteção do tecido pulpar radicular com material de escolha
Selamento da câmara e restauração.
Avaliação Pós-Operatória
2 anos;
Importante observar:
Ausência de sinais e sintomas;
Presença de integridade da lâmina dura;
Presença de ponte de dentina (nem sempre visualizada);
Ausência de lesão perapical.
Vantagem:
Conservação da polpa radicular com vitalidade 
Não traumatiza o periápice 
Economia de tempo (sessão única) 
Em casos de insucessos ainda podemos realizar a pulpectomia
Pulpectomia 
Definição:
Termo comumente utilizado na literatura internacional incluindo as Academias Americanas e Britânica de Odontopediatria, referindo-se tanto à biopulpectomias quanto à necropulpectomias.
Inclui a remoção de todo o tecido pulpar inflamado ou necrótico, através do desbridamento, alargamento e desinfecção dos canais seguido, da obturação com pasta reabsorvível.
Indicações:
Dentes que devem permanecer por mais de 6 meses na boca ,
Dentes com pulpite irreversível,
Exposições pulpares devido a lesões de cárie ou traumatismos em que o tecido pulpar radicular, após a remoção da polpa coronária apresente: sangramento acentuado, que não cessa após alguns minutos, sangue com coloração alterada ou tecido pulpar liquefeito,
Reabsorção radicular interna,
Dentes sem/com vitalidade,
Dentes com hemorragias intensas.
Contra-indicações:
Reabsorção radicular superior a 1/3 ,
Grande destruição impedindo restauração ou isolamento ,
Lesão de furca ou perfuração do assoalho da câmara pulpar,
Lesão periapical extensa,
Abcesso Volumosos, 
Dente com imagem radiolúscida no periápice com comprometimento da cripta do permanente.
Pouca saúde do paciente.
Determinação do Comprimento Radicular  
Odontometria : mensuração radicular por meio de uma radiografia e uma régua milimetrada transparente –COMPRIMENTO REAL DO DENTE
Estabelecer um ponto de referência incisal ou oclusal até o ápice, respeitando o limite do bisel de rizólise.
Subtrai-se 2mm para obtenção do COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO 
Curativos de Demora
Dentes com necrose pulpar 
Lesões periapicais
Microorganismos disseminados por todo sistema de canais radiculares
Controlar a infecção.
Material: Hidróxido de cálcio após a instrumentação dos canais;
	 Paramono;
	 Tricresolformalina.
Materiais Utilizados:
Irrigação:
· Hipoclorito de Sódio (NaOCl) 2,5% + soro fisiológico,
· Hipoclorito de Sódio 1% + Ácido cítrico 6% /10% + EDTA
Obturação:
· Óxido de Zinco Eugenol
· Pastas Iodoformadas
· Pastas a base de hidróxido de cálcio
· Pastas com hidróxido de cálcio e iodofórmio
· 
Óxido de Zinco Eugenol
Amplamente utilizada,
Adequada densidade,
Plasticidade,
Baixa contração,
Insolubilidade em contato com os fluidos orais,
Capacidade de promover neoformação óssea,
Não possui potencial bactericida tão alto,
Limitada capacidade de reabsorção em casos de extravasamento apical
Radiopaca
Outras Pastas
Duas revisões sistemáticas demonstraram que não superioridade destes materiais em relação ao OZE, considerando desempenho clínico e capacidade de reabsorções dos materiais.
Técnica:
Anestesia 
isolamento absoluto 
Remoção câmera 
biomecânica dos canais
Irrigação com hipoclorito de sódio 1% 
curativo de demora se necessário PMCFC
Obturação do canal
Restauração
Considerações da Pulpectomia
Usa lentulo como método de obturação – melhor escoamento da pasta – facilidade de uso e qualidade da obturação.
 > Usar 2 números menor que a última lima
Restauração provisória ou definitiva adequada evitando infiltração bacteriana e insucesso.
Acompanhar os dentes submetidos à pulpectomia até a troca da dentição ( intervalos de 1 a 3 meses após a obturação e depois semestral.
Pode haver alterações no processo de esfoliação. Maioria das vezes os dentes são perdidos devido a reabsorção acelerada.
Uso do OZE pode levar à necessidade de exo devido à retenção prolongada.
As técnicas devem combinar facilidade de execução e comprovado sucesso clínico e radiográfico.
Pulpectomia Parcial
Definição 
A instrumentação não é realizada ou é limitada à entrada dos condutos (2-3mm), e a limpeza mecânica é complmentada por irrigação abundante com substâncias desinfetantes, seguida pela obturação dos condutos com pastas contendo antibióticos.
Material Utilizado:
Pasta CTZ Cloranfenicol tetraciclina e óxido de zinco e eugenol.
Biocompatibilidade adequada,
Ação antimicrobiana. 
Técnica:
Anestesia 
isolamento absoluto 
Remoção câmera 
Localização das entradas dos canais e dilatação dessas com limas de pequeno diâmetro
Lavagem do conduto com tergentol ou líquido de Dakin PN
 água de cal PV 
Aplicação da pasta CTZ sobre o assoalho da câmara pulpar exercendo pressão para que penetre nos canais
Restauração
Considerações:
Não tem evidência cientifíca – poucos relatos
Sempre que possível optar pelas técnicas que incluem preparo químico-mecânico dos canais radiculares.