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Olá. Ação Pauliana visa a anulação de um negócio jurídico celebrado com o clara intenção de fraudar o credor. É instituto de natureza material e para tanto requer objetivamente o prejuízo e o elemento subjetivo, qual seja o "consilus fraudis", o acordo simulado entre o alienante e adquirente do objeto da fraude. Penso que não há qualquer problema em demandar as ações concomitantemente. Veja, na ação de cobrança o devedor tem a obrigação de lhe pagar o crédito exequendo, se, para tal, há necessidade de anulação de um negócio jurídico realizado de modo fraudulento, há razão para ação pauliana, todavia, se, o devedor tiver patrimônio suficiente para satisfazer a obrigação, não há razão para ação pauliana.
A ação pauliana, a monitória e a de cobrança possuem momentos de cabimento distintos, razão pela qual, em tese, não caberia o ajuizamento concomitante. Vejamos:
Ação Pauliana é o meio judicial por meio do qual se pretende a anulação de negócio jurídico realizado por devedor insolvente no intuito de frustrar uma execução de dívida.
De outro lado, a Ação Monitória, é aquela que serve para promover a cobrança de título sem eficácia executiva, como é o caso, por exemplo, de um cheque emitido há mais de 6 meses.
E a Ação de Cobrança, por sua vez, forma um processo de conhecimento e visa à cobrança de uma dívida e a sentença produz um título executivo judicial.
No caso em tela, apesar de faltarem mais elementos, parece fazer mais sentido o ajuizamento da ação pauliana, já que o objetivo do cliente é anular um negócio jurídico firmado por alguem que pretende frustrar uma execução.
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