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Aula 6 - Conhecimentos Específicos para Técnico Bancário (Essencial BASA 2020)

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Conhecimentos 
Específicos
BASA 
Livro Eletrônico
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................4
Conhecimentos Específicos .......................................................................................................................................6
1. Análise dos Certames Anteriores do Banco da Amazônia (BASA) .................................................6
1.1. Da Pesquisa sobre as Provas Anteriores Realizadas pelo BASA ................................................6
1.2. Das Questões Referentes às Provas Anteriores Realizadas pelo BASA ................................7
2. Campo de Aplicação do Código de Defesa do Consumidor ...............................................................13
3. A Vulnerabilidade do Consumidor ...................................................................................................................14
4. Formação da Relação Jurídica de Consumo ...............................................................................................18
4.1. Conceito de Consumidor ....................................................................................................................................19
4.2. Conceito de Fornecedor ................................................................................................................................... 28
4.3. Conceito de Produto e Serviço .....................................................................................................................34
4.4. A Internet e as Relações de Consumo .....................................................................................................40
5. Da Competência Normativa ...............................................................................................................................42
6. Proteção à Saúde e Segurança dos Consumidores ..............................................................................43
7. Responsabilidade pelo Fato do Produto ....................................................................................................53
7.1. Excludentes de Responsabilidade dos Fornecedores (PRODUTO) ..........................................61
7.2. Responsabilidade do Comerciante ............................................................................................................63
8. Responsabilidade por Vício do Produto .....................................................................................................64
8.1. Solidariedade entre Fornecedores .............................................................................................................66
8.2. O Vício de Qualidade do Produto no CDC................................................................................................70
8.3. Vício Aparente e Vício Oculto ........................................................................................................................ 74
8.4. Saneamento do Vício de Qualidade do Produto (a Tríplice Opção do Consumidor) ...... 76
8.5. Vício de Quantidade do Produto ..................................................................................................................84
9. Da Oferta no CDC ...................................................................................................................................................... 89
9.1. O Princípio da Vinculação e o Dever de Informação ..........................................................................90
9.2. Recusa no Cumprimento da Oferta ............................................................................................................ 98
10. Práticas Comerciais Abusivas no CDC .................................................................................................... 101
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
10.1. O Rol Exemplificativo de Práticas Abusivas no CDC e Outros Normativos ...................102
Resumo ..............................................................................................................................................................................116
Questões de Concurso ............................................................................................................................................. 124
Gabarito ............................................................................................................................................................................138
Gabarito Comentado .................................................................................................................................................139
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
ApresentAção
Prezado(a) candidato(a)! Ou melhor, prezado futuro Técnico Bancário ou Técnico Científico 
do Banco da Amazônia – BASA!
Estou aqui para auxiliá-lo(a) na caminhada para a aprovação no próximo concurso público 
para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva para os cargos de Técnico Ban-
cário e Técnico Científico do Banco da Amazônia – BASA.
Meu objetivo é auxiliar você a ganhar tempo nos estudos e focar nos pontos que realmente im-
portam nessa trajetória cheia de dificuldades, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante na medida 
em que os obstáculos são vencidos e o(a) candidato(a) avança para o próximo nível dos estudos.
Pois bem, de acordo com as informações do Edital n. 2, de 29 de dezembro de 2021, publica-
do no Diário Oficial da União em 30 de dezembro de 2021, o número de vagas destinadas ao 
cargo de Técnico Bancário, exigindo-se formação em nível médio, estão assim distribuídas: a) 
para o provimento de vagas, serão 72 (setenta e duas) vagas destinadas aos candidatos da 
ampla concorrência; 91 (noventa e uma) vagas destinadas aos candidatos com deficiência 
e 41 (quarenta e uma) vagas destinadas aos candidatos pretos ou pardos, totalizando 204 
(duzentas e quatro) vagas; b) para a formação do cadastro de reserva, serão 612 (seiscentas 
e doze) vagas destinadas aos candidatos da ampla concorrência; 41 (quarenta e uma) vagas 
destinadas aos candidatos com deficiência e 163 (cento e sessenta e três) vagas destinadas 
aos candidatos pretos ou pardos, totalizando 816 (oitocentas e dezesseis) vagas.
Já o número de vagas destinadas ao cargo de Técnico Científico, exigindo-se formação 
em Tecnologia da Informação, estão assim distribuídas: a) para o provimento de vagas, serão 
11 (onze) vagas destinadas aos candidatos da ampla concorrência; 01 (uma) vaga destinada 
aos candidatos com deficiência e 03 (três) vagas destinadas aos candidatos pretos ou pardos, 
totalizando 15 (quinze) vagas; b) para a formação do cadastro de reserva, serão 90 (noventa) 
vagas destinadas aos candidatos da ampla concorrência; 09 (nove) vagas destinadas aos 
candidatos com deficiência e 24 (vinte e quatro) vagas destinadas aos candidatos pretos ou 
pardos, totalizando 123 (cento e vinte e três) vagas.
Quanto à remuneração, o edital prevê que a remuneração inicial do cargo de TécnicoBan-
cário será de R$ 2.937,18 (dois mil, novecentos e trinta e sete reais e dezoito centavos) e a a 
remuneração inicial do cargo de Técnico Científico será de R$ 3.490,88 (três mil, quatrocen-
tos e noventa reais e oitenta e oito centavos), podendo ser oferecidas vantagens referentes a 
auxílio-alimentação (ticket e cesta alimentação) no valor de R$ 1.486,03 (um mil, quatrocentos 
e oitenta e seis reais e três centavos); auxílio-creche; possibilidade de exercício de funções 
gratificadas, a critério do Banco da Amazônia; possibilidade de ascensão e desenvolvimento 
profissional; possibilidade de participação no Plano de Previdência Complementar do Banco 
da Amazônia – PrevAmazônia; participação nos lucros ou nos resultados da Empresa, obser-
vadas as disposições legais em vigor.
Diante desse quadro geral, a estratégia para essa prova deve ser muito bem planejada, eis 
que a disputa tende a ser muito mais acirrada entre os candidatos.
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
Você com certeza já deve ter ouvido de muitos professores e palpiteiros de plantão dicas 
e mais dicas sobre o que “deve” ou “não deve” fazer um(a) concurseiro(a) e coisa e tal. Não 
pretendo entrar nessa seara, porém, não posso deixar de dividir com você um ensinamento que 
guardei com muito carinho e respeito de um antigo professor aqui de Brasília, um juiz de direito 
que ministrava aulas num cursinho preparatório para carreiras jurídicas. Logo no primeiro dia 
de aula ele chegou e já foi bem direto: “se vocês querem ingressar em alguma carreira jurídica, 
duas coisas são essenciais e imprescindíveis: RENÚNCIA e DISCIPLINA”.
Sem perder muito tempo, com base nesse breve relato, tenho a dizer a você que a trajetória 
do(a) candidato(a) vai certamente exigir uma combinação quase que perfeita desses dois ele-
mentos no dia a dia da pessoa, por um lado abrindo mão de certas atividades ou programações 
do cotidiano e, o mais importante, cravar a questão da rotina, da disciplina, do atingimento das 
metas de estudo. Esse vai ser o diferencial, pois, como você já deve saber, o maior concorrente 
do(a) candidato(a) é ele(a) mesmo(a), sendo que o desafio vai se concentrar no quanto ele(a) 
consegue prosseguir diante de todos os incentivos negativos que o(a) permeiam e, ao mesmo 
tempo, o quanto ele(a) consegue abstrair isso tudo e se fixar nos incentivos positivos da car-
reira, do sonho a ser alcançado.
Dito isso, nossa conversa nesta AULA ESSENCIAL 80/20 será sobre o DIREITO DO CONSU-
MIDOR, com foco nos dispositivos previstos na Lei n. 8.078/1990 – Código de Defesa do Consu-
midor (CDC), complementados com informações e conteúdos previstos em doutrina e jurispru-
dência dos Tribunais Superiores. Para tanto, farei uma apresentação teórica, com a utilização de 
pontos de maior atenção e outros recursos que possam ajudar no aprendizado, além de comen-
tar os artigos do CDC e as questões aplicadas em concursos de várias carreiras jurídicas (Dele-
gado de Polícia, Promotor de Justiça, Magistrados, Defensores Públicos, OAB, entre outros).
Além disso, um resumo será disponibilizado no fim da aula com os principais tópicos abor-
dados e mais algumas questões aplicadas, adiantando desde já que essa temática em especial 
vem sendo cada vez mais cobrada nas provas, oportunidade que nos dá uma certa vantagem 
em verificar com mais facilidade o mapeamento das principais temáticas escolhidas pelas 
bancas organizadoras e, com isso, garantir o resultado positivo nessas questões.
Pois bem, meu(minha) caro(a), o nosso estudo sobre a Lei n. 8.078/1990 nesta AULA ES-
SENCIAL 80/20 será sistematizado, seguindo uma lógica de estruturação mais enxuta, conten-
do apenas o que foi estatisticamente mais cobrado nos certames anteriores do BASA, fazendo 
com que o(a) aluno(a) tenha à disposição uma ferramenta eficiente de revisão, com foco no 
que é mais cobrado nos certames públicos.
Por fim, gostaria de pedir a você que ao final do estudo deixe sua avaliação sobre a aula. 
Suas críticas e sugestões de melhoria sinceramente só me farão empreender esforços para 
tornar essa nossa experiência cada vez melhor para os colegas que buscam conhecimento e 
preparação para atingir seus objetivos. Conto com você! É rápido e fácil. Muito obrigado! Va-
mos então para a AULA ESSENCIAL 80/20!!!
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1. Análise dos CertAmes Anteriores do BAnCo dA AmAzôniA (BAsA)
Primeiramente, é importante ressaltar desde já que o objetivo principal desta Aula Essen-
cial 80/20 é tornar a sua preparação mais eficiente. Para tanto, foi realizada uma busca por 
provas anteriores dos concursos realizado pelo Banco da Amazônia (BASA), tendo como ob-
jeto de busca a disciplina “Direito do Consumidor”, com vistas a levantar os conteúdos mais 
relevantes solicitados nas provas.
Sendo assim, foi possível extrair os temas mais recorrentes, direcionando a sua prepa-
ração para o que é mais importante, indo direto ao ponto sobre o que já foi solicitado por 
essa instituição.
1.1. dA pesquisA soBre As provAs Anteriores reAlizAdAs pelo BAsA
Em pesquisa realizada em sítios eletrônicos que compilam questões de concurso, foi pos-
sível observar que utilizando os campos de busca “Direito do Consumidor” e “Banco da Ama-
zônia” os resultados se concentraram em 08 (oito) temas distribuídos em 12 (doze) questões 
apenas, observando-se os seguintes temas:
Temas Quantidade de questões Banca examinadora
Campo de aplicação do CDC 01 CESPE/CEBRASPE
Relação jurídica de consumo 02 CESPE/CEBRASPE
Competência normativa 01 CESPE/CEBRASPE
Proteção à saúde e segurança 02 CESGRANRIOCESPE/CEBRASPE
Responsabilidade pelo fato do produto 02 CESPE/CEBRASPE
Responsabilidade por vício do produto 01 CESPE/CEBRASPE
Da oferta no CDC 02 CESPE/CEBRASPE
Práticas abusivas no CDC 01 CESPE/CEBRASPE
Em relação aos anos de realização dos concursos, foram identificados certames realiza-
dos pela banca CESPE/CEBRASPE e CESGRANRIO nos anos de 2007, 2012 e 2018.
Quanto às carreiras identificadas na pesquisa, foi possível observar que as questões foram 
dirigidas para certames com vistas ao provimento dos cargos de Técnico Bancário, Técnico 
Científico (Direito) e Advogado.
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
Com vistas a trazer aos(às) candidatos(as) uma formatação de aula que atendesse aos ob-
jetivos primordiais da Aula Essencial 80/20, o sumário da aula foi construído contendo os as-
suntos mais relevantes pertencentes a cada item identificado na pesquisa acima mencionada.
Ao final, foi compilado um pacote de 40 (quarenta) questões comentadas de concurso re-
ferentes aos temas do sumário, dando preferência para questões cobradas somente nos anos 
de 2019, 2020 e 2021.
Sendo assim, feitas essas considerações iniciais sobre o formato da aula, partimos então 
para essa revisão dos temas maiscobrados em concursos anteriores promovidos pelo BASA, 
registrando-se que todos os temas acima mencionados se encontram disponíveis nas aulas 
1, 2, 3, 4 e 7 do pacote de aulas disponibilizado para o Edital n. 2, de 29 de dezembro de 2021.
1.2. dAs questões referentes às provAs Anteriores reAlizAdAs 
pelo BAsA
Como dito anteriormente, em pesquisa realizada em sítios eletrônicos que compilam ques-
tões de concurso, foi possível observar que utilizando os campos de busca “Direito do Consu-
midor” e “Banco da Amazônia” os resultados se concentraram nos anos de 2007, 2012 e 2018 
em 08 (oito) temas distribuídos em 12 (doze) questões apenas, sendo elas:
001. (TÉCNICO BANCÁRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESGRANRIO/2018) De acordo com o 
Código de Defesa do Consumidor Lei n. 8.078/1990, o fornecedor de produtos e serviços que, 
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosida-
de que estes apresentem deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes 
e aos consumidores.
Essa comunicação deve ser feita por meio de
a) carta simples
b) correspondência registrada
c) telegrama
d) editais de convocação
e) anúncios publicitários.
Na análise desta questão, é importante se atentar à redação do § 1º do art. 10 do CDC:
§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de 
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imedia-
tamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. (g.n.)
Letra e.
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
002. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) O 
fornecedor de produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos 
ou representantes autônomos.
Na análise desta questão, é importante se atentar aos exatos termos do artigo 34 do CDC:
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus pre-
postos ou representantes autônomos.
Certo.
003. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) 
Com relação às práticas comerciais e aos crimes contra as relações de consumo, julgue os 
itens que se seguem.
Considere a seguinte situação hipotética.
Devido a um erro de digitação, um fornecedor anunciou na Internet um estoque de trinta uni-
dades de aparelhos de ar-condicionado de 20.000 btu pelo preço unitário de apenas R$ 2,00, 
quando o correto seria o preço de R$ 2.000,00. Tal erro só foi percebido no dia seguinte à veicu-
lação da referida propaganda, quando diversos consumidores exigiam comprar os aparelhos 
mediante o pagamento do preço inicialmente anunciado.
Nessa situação, de acordo com o CDC e com os princípios de direito aplicáveis à espécie, o 
fornecedor estaria obrigado a vender os aparelhos pelo preço inicialmente anunciado.
Trata-se de questão na qual o(a) candidato(a) deve levar em consideração a principiologia do 
CDC, em especial a boa-fé objetiva que impõe às partes durante a execução dos contratos, 
uma atuação pautada nos deveres de honestidade, lealdade e informação, nos termos do art. 
4º, III, do CDC (“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o aten-
dimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como 
a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...) 
III – harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibili-
zação da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tec-
nológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, 
da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumi-
dores e fornecedores;”. No caso da questão, fica clara a ocorrência de um erro na digitação 
do preço do produto, não sendo razoável um ar condicionado ser vendido no valor de R$ 2,00, 
hipótese em que a aplicação do princípio da boa-fé afastaria o enriquecimento sem causa por 
parte dos consumidores.
Errado.
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Conhecimentos Específicos
AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
004. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) Se 
um consumidor, devido ao uso inadequado de um aparelho eletrodoméstico no preparo de ali-
mentos, sofrer danos físicos de pequena gravidade, o fabricante do produto responderá por tais 
danos, mesmo que seja provada a culpa exclusiva do consumidor na ocorrência do acidente.
Na análise desta questão, é importante se atentar a uma das excludentes de responsabili-
dade do fornecedor em casos de acidente de consumo, prevista no inciso III do § 3º do art. 
12 do CDC:
§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando pro-
var: (...) III – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Errado.
005. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) 
Com base no CDC, julgue os itens a seguir, relativos à qualidade de produtos e serviços e à 
reparação de danos.
Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não podem acarretar riscos à saú-
de ou à segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decor-
rência de sua natureza e fruição, tais como remédios e fogos de artifício.
Na análise desta questão, é importante se atentar à regra geral de proteção à saúde e seguran-
ça dos consumidores, prevista no art. 8º do CDC:
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde 
ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de 
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito.
No caso dos exemplos utilizados pelo enunciado, é necessário que o consumidor se atente 
para as regras previstas na bula dos medicamentos e nas embalagens dos fogos de artifícios, 
eis que esses produtos já se apresentam nocivos em decorrência de sua natureza e fruição.
Errado.
006. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) 
Por se tratar de matéria de interesse local, os municípios e o Distrito Federal têm competência 
para legislar sobre o tempo de atendimento ao público nas agências bancárias em funciona-
mento no respectivo território.
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AULA ESSENCIAL 80/20
Fabrício Missorino
Na análise desta questão, é importante se atentar que acerca da competência para legislar 
sobre o tempo máximo de atendimento ao público nas agências bancárias, os Tribunais Supe-
riores já se posicionaram sobre a matéria. Vejamos: o Supremo Tribunal Federal, por meio da 
Súmula Vinculante n. 38, de 11/03/2015, estabeleceu que “É competente o Município para fixar 
o horário de funcionamentode estabelecimento comercial”; assim como o Superior Tribunal de 
Justiça, por meio da Súmula n. 19, de 07/12/1990, estabeleceu que “A fixação do horário ban-
cário, para atendimento ao público, é da competência da União”.
Sendo Assim, na jurisprudência desses Tribunais, o MUNICÍPIO é competente para dispor so-
bre o TEMPO de ATENDIMENTO ao PÚBLICO nas agências bancárias localizadas no seu res-
pectivo território, considerando-se que o tema diz respeito a INTERESSE LOCAL e não às ativi-
dades-fim das instituições financeiras. Consequentemente, entendeu-se que a referida norma 
não dispõe sobre política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores (CF, art. 22, 
VII), não regula organização, funcionamento e atribuições de instituições financeiras, tampou-
co refere-se à estruturação do sistema financeiro nacional, sendo que as leis locais se limitam 
a impor regras tendentes a assegurar adequadas condições de atendimento ao público na 
prestação de serviços ao consumidor-cliente.
Ademais, ressaltou-se, ainda, que a proteção aos direitos do consumidor poderia se incluir den-
tre os assuntos de interesse local (vide RE 312050/MS – DJU de 06/05/2005 – e RE 208383/
SP – DJU de 07/06/1999).
Certo.
007. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) 
Se um indivíduo comprar um aparelho telefônico em uma loja de eletrodomésticos mediante a 
emissão de cheque e este for indevidamente devolvido ao vendedor, tal devolução não carac-
terizará dano moral ao emitente do cheque.
Na análise desta questão, é importante se atentar à jurisprudência consolidada do Superior 
Tribunal de Justiça a respeito da matéria, nos termos da Súmula n. 388: “A simples devolu-
ção indevida de cheque caracteriza dano moral.”. É importante frisar que ainda que a prova 
do constrangimento seja dispensável segundo a súmula, a demonstração do sofrimento, sem 
dúvida, é critério para a fixação do valor da indenização, eis que as circunstâncias de um caso 
específico podem determinar uma compensação maior. Por outro lado, se o cheque foi devol-
vido por insuficiência de fundos ou porque foi sustado pelo emitente, não há qualquer direito 
à indenização, posto que o constrangimento, se aconteceu, decorreu do comportamento do 
próprio consumidor.
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008. (TÉCNICO CIENTÍFICO/DIREITO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2012) 
Acerca dos direitos do consumidor, julgue os itens seguintes de acordo com o Código de Defe-
sa do Consumidor (CDC) e a legislação pertinente.
O CDC é uma norma principiológica, de ordem pública e interesse social.
Na análise desta questão, é importante se atentar à redação do art. 1º do CDC: “O presente 
código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse 
social, nos termos dos arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de 
suas Disposições Transitórias.”; lembrando da estrutura principiológica do art. 4º do CDC. Re-
gistra-se uma importante exceção a essa característica do CDC, registrada na Súmula n. 381 
do Superior Tribunal de Justiça: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de 
ofício, da abusividade das cláusulas.”.
Certo.
009. (ADVOGADO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2007) Com relação ao direi-
to do consumidor, julgue os itens que se seguem.
Considere que várias pessoas tenham adquirido automóveis de certo fabricante e, após pou-
cos quilômetros de uso, os veículos apresentaram defeitos que os tornaram impróprios para o 
uso, causando danos patrimoniais aos compradores. Nesse caso, o Ministério Público é parte 
legítima para ajuizar ação em defesa desses consumidores.
Na análise desta questão, é importante se atentar à redação do inciso I do art. 82 do CDC: “Para 
os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I – o Ministério Público,”; 
assim como também pode ser levada em consideração a redação da Súmula n. 601 do Su-
perior Tribunal de Justiça: “O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de 
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes 
da prestação de serviço público”.
Certo.
010. (ADVOGADO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2007) Com relação ao direi-
to do consumidor, julgue os itens que se seguem.
Se um produto de beleza adquirido por uma consumidora lhe causar danos à pele ela poderá 
propor ação de reparação de danos, em seu domicílio, contra o fornecedor do produto, ainda 
que o domicílio do fornecedor seja outro.
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Na análise desta questão, é importante se atentar à redação do inciso I do art. 101 do CDC:
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do 
disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: I – a ação pode ser 
proposta no domicílio do autor (g.n.)
Certo.
011. (ADVOGADO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2007) A Consultoria JM Imo-
biliária Ltda. adquiriu da Nobre Indústria de Móveis Ltda. algumas cadeiras giratórias para 
acomodar cinco novos empregados no escritório da matriz.
Considerando a situação apresentada e as normas de direito do consumidor, julgue os itens 
seguintes.
Conforme disposição legal, apenas pessoas físicas se inserem no conceito de consumidor.
Na análise desta questão, é importante se atentar ao conceito padrão (standard) de consumi-
dor previsto no artigo 2º, caput, do CDC:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. (g.n.)
Errado.
012. (ADVOGADO/BANCO DA AMAZÔNIA/CESPE/CEBRASPE/2007) A Consultoria JM Imo-
biliária Ltda. adquiriu da Nobre Indústria de Móveis Ltda. algumas cadeiras giratórias para 
acomodar cinco novos empregados no escritório da matriz.
Considerando a situação apresentada e as normas de direito do consumidor, julgue os itens 
seguintes.
A relação jurídica entre a Consultoria JM Imobiliária Ltda. e a Nobre Indústria de Móveis Ltda. 
não pode ser considerada relação de consumo.
Na análise desta questão, é importante se atentar mais uma vez ao conceito padrão (standard) 
de consumidor previsto no artigo 2º, caput, do CDC: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídi-
ca que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.” (g.n.). Considerando os ar-
gumentos trazidos pela Teoria Finalista Aprofundada, o ponto chave da aplicação do conceito 
de consumidor para as pessoas jurídicas é a análise da vulnerabilidade ao caso concreto. As-
sim, retirado o produto do mercado, seja fática ou economicamente, é possível aplicar o CDC, 
desde que haja vulnerabilidade. No caso, a empresa comprou as cadeiras para uso próprio, 
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de seus empregados, havendo certa vulnerabilidade da adquirente, já queo produto está fora 
do âmbito de sua especialidade, eis que atua no ramo imobiliário, não tendo expertise sobre a 
produção e comercialização de cadeiras de escritório.
Errado.
2. CAmpo de ApliCAção do Código de defesA do Consumidor
Prezado(a), iniciamos nossa conversa com uma breve colocação da abrangência e impor-
tância do direito do consumidor no nosso ordenamento jurídico. Como sabido, o direito do con-
sumidor é uma disciplina transversal entre direito privado e direito público, que visa proteger 
um sujeito de direitos (o consumidor) nas relações de consumo, apresentando-se como um 
reflexo do direito constitucional de proteção afirmativa dos consumidores (art. 5º, XXXII e art. 
170, V, da Constituição Federal de 1988 – CF/88).
O contexto de criação do CDC remonta a um período de intensos debates legislativos e não 
poderia ser diferente, eis que um novo agente de direitos surgia no início da década de 90 com 
proteção especial no âmbito das relações de consumo e num contexto de clara intervenção do 
estado no relacionamento entre cidadãos e empresas.
Além da garantia fundamental de que o Estado deve promover a defesa dos consumidores, 
também nos termos da CF/88 temos que as atividades econômicas desenvolvidas no Brasil 
devem se organizar de modo a respeitarem a fragilidade do consumidor seja ela de comércio, 
distribuição, fabricação, prestação de serviços, dentre outras, em respeito ao princípio da or-
dem econômica constitucional, nos termos do art. 170, inc. V, da CF/88.
É nesse contexto que o CDC aparece como um novo marco regulatório do mercado de con-
sumo, garantindo uma série de importantes direitos aos consumidores e apresentando uma 
série de responsabilidades aos fornecedores, num arcabouço normativo muito consistente 
que certamente mudou a realidade de muitos cidadãos e suas relações de consumo.
Pois bem, meu(minha) caro(a), nesse momento entramos na linha de convergência de um 
dos temas da nossa aula, pois a aplicação do CDC pressupõe determinar seu campo de apli-
cação, ou seja, quem pode ser considerado consumidor numa relação comercial, quem figura 
como fornecedor direto, quem atua como distribuidor, quem integra a cadeia de produção e 
como se dá a responsabilidade entre os fornecedores, dentre outros pressupostos de extrema 
relevância para a decisão quanto à aplicação ou não do Código.
O outro tema de relevância que trataremos nesta aula será a principiologia existente no 
Código de Defesa do Consumidor, bem como faremos uma análise da importância e amplitude 
dos direitos básicos dos consumidores, ambos previstos nos artigos 4º e 6º do CDC.
Em relação ao campo de aplicação, um exercício constante que devemos fazer é definir 
quem é o sujeito ou quem são os sujeitos da relação contratual e extracontratual de consumo, 
eis que o resultado dessa análise prévia definirá se a situação é passível ou não de aplicação 
da lei de proteção do consumidor.
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Vamos então para o primeiro ponto da verificação quanto ao campo de aplicação da lei: a 
identificação da vulnerabilidade do consumidor.
3. A vulnerABilidAde do Consumidor
Com base na raiz constitucional do direito do consumidor, um dos desafios do legislador 
do CDC foi compatibilizar as obrigações civis e comerciais previstas no Código Civil em face 
das garantias de igualdade e de tutela especial dos direitos dos consumidores em suas rela-
ções civis.
Nesse sentido, a igualdade perante a nova lei que surgiria só poderia existir a partir da dis-
tinção entre os fracos e os fortes na relação de consumo, dando espaço para a conceituação 
das figuras do consumidor e do fornecedor, sempre pautada na dignidade da pessoa humana 
e na ideia de proteção do vulnerável, da identificação da desigualdade entre ambos.
Portanto, a definição do campo de aplicação da lei importa numa análise subjetiva e rela-
cional envolvendo os participantes da relação jurídica, notadamente a verificação da vulnerabi-
lidade da pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária 
final, eis que o pressuposto do equilíbrio na relação de consumo é o reconhecimento da desi-
gualdade entre o ocupante da posição de consumidor e o ocupante da posição de fornecedor.
O CDC, portanto, parte do pressuposto de que o consumidor é um sujeito vulnerável ao ad-
quirir produtos e serviços ou simplesmente se expor a práticas do mercado. A vulnerabilidade, 
nesse caso, traduz-se na fragilidade de o consumidor diante de práticas lesivas perpetradas 
por fornecedores, podendo aquele ser atingido em sua incolumidade física ou psíquica, bem 
como no âmbito econômico.
Vejamos como as bancas abaixo exploraram o tema da vulnerabilidade:
013. (DEFENSOR PÚBLICO/DPE-PR/FCC/2017) De acordo com a evolução dos fatores de 
produção, de distribuição, de comercialização e de consumo, ocorrida no direito privado, é 
correto afirmar:
a) Não há relação de consumo entre condomínio edilício e empresa de construção civil contra-
tada para realizar reforma em suas partes comuns, tendo em vista que, por ser o condomínio 
ente despersonalizado, não resta preenchido o requisito pessoa física ou jurídica para o adven-
to da condição de consumidor.
b) O superendividamento é fenômeno contemporâneo que atinge a sociedade de consumo 
de massa. As dívidas fiscais, especialmente em época de crise econômica, são o principal 
passivo que impedem o consumidor de adimplir com as suas obrigações, dando origem ao 
superendividamento.
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c) O terceiro intermediário ou ajudante da relação de consumo, como, por exemplo, os órgãos 
de proteção ao crédito, por não fazer parte da destinação final do produto ou do serviço, não é 
considerado como fornecedor.
d) Não configura relação de consumo o serviço gratuito prestado por provedor de internet, pois 
o conceito de serviço, adotado pelo Código de Defesa do Consumidor, pressupõe remuneração.
e) A vulnerabilidade do consumidor decorre de presunção iure et de iure e tem repercussão 
simplesmente no direito material. Para o seu reconhecimento, basta a condição jurídica de 
destinatário final de produtos ou de serviços.
Na análise desta questão, é importante se atentar aos conceitos de consumidor e fornecedor 
previstos no CDC e os requisitos para a formação da relação jurídica de consumo, assim como 
compreender o alcance do reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, em conjunto 
com a constatação da destinação final do produto ou serviço.
Letra e.
014. (AGENTE FISCAL/PREFEITURA DE OSASCO-SP/FGV/2014) Um dos princípios que nor-
teiam a Política Nacional das Relações de Consumo é o da:
a) instrumentalidade de formas;
b) economia processual;
c) irretroatividade;
d) vulnerabilidade
e) relatividade.
Trata-se de questão fácil, principalmente se o(a) candidato(a) se atentar ao rol de princípios da 
Política Nacional das Relações de Consumo que o CDC traz expressamente em seu artigo 4º.
Letra d.
015. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO XII/1ª FASE/OAB/FGV/2013) Maria e Manoel, casa-
dos, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, residem a seis 
meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde 
moram é prestadopor uma única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há 
uma semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na presta-
ção do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da 
geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado.
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, assinale a afirmativa correta.
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a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código 
do Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, 
quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos 
à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova.
b) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico inde-
terminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada 
a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à indeniza-
ção pela interrupção imotivada do serviço público essencial.
c) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo 
é sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria 
e Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o con-
sequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos 
danos sofridos.
d) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica 
ou científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros perti-
nentes à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o 
serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a 
favor do casal e do consequente direito à indenização.
Trata-se de questão relativamente simples, cabendo ao(à) candidato(a) se atentar ao conceito 
de consumidor previsto no CDC, bem como os requisitos para a formação da relação jurídica 
de consumo, assim como compreender o alcance do reconhecimento da vulnerabilidade do 
consumidor, em conjunto com a constatação da destinação final do produto ou serviço.
Letra b.
A palavra “mercado” tem vários sentidos, podendo designar um espaço físico onde comercian-
tes se reúnem para oferecer produtos ou serviços, pode indicar um ramo específico de cer-
ta atividade empresarial (ex.: mercado imobiliário, mercado automobilístico etc), ou, de uma 
forma mais ampla, pode representar o conjunto de atividades econômicas que envolvem o 
fornecimento de produtos e serviços em diversos aspectos (por meio de loja física, por meio 
eletrônico, de natureza bancária, comercial, educacional, creditícia etc.).
Dito isso, façamos uma pausa para uma observação quanto ao tratamento que a doutrina 
consumerista dá ao reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, pela qual a vulnerabili-
dade se divide em quatro âmbitos: técnico, jurídico, fático e informacional.
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O reconhecimento da vulnerabilidade técnica parte da ideia de que o consumidor não tem 
conhecimentos específicos sobre o produto ou serviço adquirido, conhecimento este que, em 
geral, o fornecedor possui, tendo como exemplo mais clássico a relação entre médico e paciente.
A vulnerabilidade jurídica seria aquela em que o consumidor não entende quais as conse-
quências de firmar um contrato ou estabelecer uma relação de consumo, tendo como resul-
tado um embate desigual ao passo que o fornecedor trabalha frequentemente com seu ramo 
econômico, contando com assessoramento jurídico especializado, enquanto o consumidor 
detém poucos recursos ao seu dispor.
O reconhecimento da vulnerabilidade fática, pela sua natureza mais abrangente, é reconhe-
cida no caso concreto. É espécie importante, pois além de apresentar uma conceituação ge-
nérica, as particularidades da relação de consumo indicarão a necessidade de um tratamento 
especial, tendo como exemplos mais clássicos o consumidor idoso, as crianças etc.
A vulnerabilidade informacional diz respeito ao contexto de globalização dos meios de 
comunicação, notadamente em relação à rapidez e fluidez do acesso à informação. Nesse 
contexto, o dever de informar ganha contornos importantíssimos e fundamentais, refletindo 
mais ainda a necessidade de se proteger o agente mais fraco da relação de consumo.
Acerca da vulnerabilidade, é importante observar que os pontos acima observados são apenas 
critérios didáticos que auxiliam na identificação do ponto de fragilidade do consumidor, eis 
que, na prática, a demonstração da vulnerabilidade é presumida pela própria lei (art. 4º, I). 
Vejamos o seguinte exemplo: uma pessoa muito rica e estudada resolve fazer uma refeição 
em um estabelecimento comercial bastante humilde. O fato de ter posses e ser estudado não 
lhe retira a condição de vulnerável frente ao restaurante, eis que o consumidor, neste caso, 
não detém as informações acerca do preparo do alimento, não conhece a idoneidade dos for-
necedores de insumos para o restaurante, nem tem condições de acompanhar o preparo do 
alimento. O fornecedor, por sua vez, coloca-se se coloca em posição de domínio em relação ao 
consumidor, por deter toda a expertise da cadeia de fornecimento daquele produto.
Vale ressaltar que o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, além de represen-
tar a principal fonte de verificação deste ator na relação de consumo, atua também como prin-
cípio norteador da Política Nacional das Relações de Consumo em sua missão de atender às 
necessidades dos consumidores, de garantir o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a 
proteção de seus interesses econômicos e a melhoria da sua qualidade de vida.
Ao tratarmos mais adiante das teorias doutrinárias a respeito da definição do conceito de 
consumidor, veremos que o Superior Tribunal de Justiça recorre ao conceito de vulnerabilida-
de para interpretar o CDC e dar concretude à sua aplicação, por exemplo, ao considerar como 
consumidora uma pessoa jurídica frente a um fornecedor.
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O STJ também se utiliza, além dos conceitos de vulnerabilidade fática (econômica), jurídi-
ca e técnica (informacional), de condições pessoais dos consumidores, como idade, doenças 
etc., para desenvolver seu conceito de hipervulnerabilidade, a partir daí oferecendo tratamento 
diferenciado.
É importante registrar a existência de estudos comportamentais e de neurociência volta-
dos a conhecer o funcionamento e o desenvolvimento do sistema nervoso humano, com vis-
tas a verificar como o ser humano reage aos estímulos de sons, cheiros, cores,imagens, para 
num segundo momento desenvolver estratégias de marketing de produtos e serviços. Seria a 
junção da neurociência com as técnicas de marketing, com a missão de criar necessidades de 
consumo nas pessoas.
Ressalta-se, ainda, a importância dos estudos de economia comportamental (behavioral 
economics), corrente de pensamento da análise econômica do direito que, em apertada sínte-
se, foca em tratamento interdisciplinar na tomada de decisões dos agentes econômicos, en-
volvendo especialmente o consumidor, questionando a perspectiva da racionalidade humana, 
ou seja, que o homem identifica, mensura e pondera os fatores positivos e negativos de suas 
decisões econômicas.
Uma das características da economia comportamental é sua proximidade com a psico-
logia e sua identificação com as vulnerabilidades do consumidor, eis que o que se destacam 
são as limitações humanas e preferências e pensamentos rápidos, já que as decisões são 
tomadas sem muitas reflexões racionais. A ideia é que o consumidor antes de agir pondera-
damente e racionalmente, age por impulso, movido por desejos e necessidades criadas por 
apelos de consumo.
4. formAção dA relAção JurídiCA de Consumo
Considerando que o CDC instituiu o princípio da proteção da confiança do consumidor, 
tendo como um dos seus aspectos mais importantes a garantia da adequação do produto 
ou serviço adquirido, a relação de consumo se destaca pelos princípios que devem norteá-la, 
dentre eles, transparência, confiança, harmonia nas relações de consumo, reconhecimento da 
vulnerabilidade do consumidor, bem como a harmonização de interesses, sempre com base na 
boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores, princípios estes previstos 
expressamente no art. 4º do CDC.
Pois bem, a partir dessa premissa básica de que todas as pessoas físicas ou jurídicas, 
para figurarem como consumidores devem ter reconhecida sua vulnerabilidade na relação de 
consumo frente aos fornecedores, vamos agora nos concentrar na identificação de todos os 
aspectos de uma relação jurídica de consumo, quais sejam, a existência de um consumidor e 
de um fornecedor mantendo uma relação negocial, tendo como foco a aquisição ou a utiliza-
ção de um produto ou um serviço:
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4.1. ConCeito de Consumidor
O Código de Defesa do Consumidor prevê quatro conceitos de consumidor:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final.
§ único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo.
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se a consumidores todas as vítimas do evento.
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se a consumidores todas as pessoas, 
determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
O conceito padrão, também denominado de standard, encontra-se previsto no caput do 
art. 2º do Código, pelo qual consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. Esse conceito, adotado na doutrina brasileira pela 
teoria finalista, restringe a interpretação da expressão “destinatário final” ao consumidor não 
profissional, aquele que adquire ou utiliza o produto ou serviço para uso próprio ou da família.
Para a doutrinadora Cláudia Lima Marques, importante jurista do movimento consumeris-
ta, o destinatário final é aquele destinatário fático e econômico, ou seja, não basta que o consu-
midor apenas retire o produto da cadeia de produção, é necessário que ele seja o destinatário 
final econômico, que não adquira para uso profissional ou como um instrumento de produção.
O conceito standard também é objeto de análise da doutrina por meio da teoria maximalis-
ta, pela qual o destinatário final seria somente o destinatário fático, pouco importando a desti-
nação econômica do bem. No entendimento de Cláudia Lima Marques, para os maximalistas, 
o CDC seria uma espécie de “código geral de consumo”, com normas e princípios para todos 
os agentes do mercado, assumindo papéis ora de fornecedores ora de consumidores, esten-
dendo (ou maximalizando), portanto, a interpretação acerca da destinação final do produto ou 
do serviço, não importando se o consumidor os adquire ou utiliza com ou sem fins de lucro.
No entanto, em que pesem os argumentos de parte a parte, a interpretação mais acertada 
e consequentemente mais difundida tanto na doutrina como na jurisprudência dos tribunais 
superiores seria a que realiza interpretação teleológica da regra do art. 2º do CDC com o siste-
ma tutelar consumerista, buscando a ratio principal da norma. Nesse caso, o destinatário final, 
para efeitos de definição do conceito de consumidor, seria somente aquele que, segundo o art. 
4º do CDC, fosse reconhecido como vulnerável numa relação de consumo, não importando sua 
condição de pessoa física ou jurídica.
Em outras palavras, a relação de consumo não se caracteriza necessariamente pela pre-
sença de pessoa física ou jurídica em seus polos, mas pela presença de uma parte que se 
apresente mais vulnerável (o consumidor) e de um fornecedor, mesmo em se tratando de re-
lações entre pessoas jurídicas, desde que, no caso concreto, restar demonstrada a inegável 
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vulnerabilidade do consumidor pessoa jurídica frente ao fornecedor. É o que a doutrina acer-
tadamente passou a classificar como Teoria Finalista Aprofundada ou Mitigada ou Finalismo 
Aprofundado ou Mitigado.
Corroborando a doutrina consumerista, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ 
há vários anos já vem adotando uma linha de interpretação que prevê a aplicação do CDC 
às empresas ou aos profissionais que empregam os produtos e serviços para incremento de 
suas atividades, examinando, em cada caso específico, se os empresários estão realmente em 
situação de vulnerabilidade, isto é, se contratam em situação notoriamente fragilizada com 
fornecedores que detenham maiores conhecimentos específicos do produto.
Assim, não é incomum encontrar decisões do STJ entendendo que um pequeno agricultor 
que adquire sementes de uma multinacional beneficiadora de alimentos poderia ocupar a po-
sição de consumidor em uma relação de consumo, bem como entendendo que um dentista 
interessado na compra de uma máquina importada de radiografia poderia ser considerado 
consumidor nos termos do CDC, por conta da acentuada vulnerabilidade que ambos apresen-
tam naquela relação específica com os fornecedores.
Acerca desse entendimento, merece destaque o seguinte trecho do voto da Ministra Nancy 
Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial n. 476.428/SC:
(...) não se pode olvidar que a vulnerabilidade não se define tão somente pela capacidade econô-
mica, nível de informação, cultura ou valor do contrato em exame. Todos esses elementos podem 
estar presentes e o comprador ainda ser vulnerável pela dependência do produto, pela natureza ade-
siva do contrato imposto, pelo monopólio da produção do bem ou sua qualidade insuperável, pela 
extremada necessidade do bem ou serviço, pelas exigências da modernidade atinentes à atividade, 
dentreoutros fatores.
A Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, em julgamento mais recente 
(04/05/2020) firmou o entendimento de que
(...) Em uma relação interempresarial, para além das hipóteses de vulnerabilidade já con-
sagradas pela doutrina e pela jurisprudência, a relação de dependência de uma das partes 
frente à outra pode, conforme o caso, caracterizar uma vulnerabilidade legitimadora da 
aplicação da Lei 8.078/90, mitigando os rigores da teoria finalista e autorizando a equi-
paração da pessoa jurídica compradora à condição de consumidora. (AgInt no AREsp n. 
1.415.864/SC, 3ª Turma, j. 04/05/2020, Dje. 07/05/2020).
Vejamos como as bancas abaixo abordaram essa temática:
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016. (AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TCE-PA/
CESPE/2016) À luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do Estatuto do Idoso, julgue 
o item a seguir.
Uma sociedade empresária que compra peças de outra sociedade empresária e as utiliza na 
montagem do produto que revende poderá invocar, em seu favor, normas do CDC no caso de 
ajuizamento de ação contra a pessoa jurídica que lhe vende as peças.
Trata-se de questão que exige atenção do(a) candidato(a), pois não se trata de analisar a vulne-
rabilidade da pessoa jurídica, mas, sim, analisar se existe o elemento da destinação final, não 
podendo ser considerada como consumidora a pessoa jurídica que inserir o produto em seu 
processo de fabricação.
Errado.
017. (DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA/FCC/2016) Sebastião juntou dinheiro que arrecadou ao 
longo de 20 anos trabalhando como caminhoneiro para adquirir um caminhão, zero quilôme-
tros, que passou a utilizar em seu trabalho, realizando fretes no interior do Estado da Bahia. 
Ainda no prazo de garantia, o veículo apresentou problemas e ficou imobilizado. Sua esposa, 
Raimunda, microempresária do ramo da costura, adquiriu uma máquina bordadeira de valor 
elevado de uma grande produtora mundial, que depois de poucas semanas de funcionamento, 
também parou de funcionar.
Diante desses fatos, é correto afirmar que
a) Ambos podem ser considerados consumidores, desde que se configurem como usuários 
finais dos produtos adquiridos e comprovem hipossuficiência econômica em relação ao forne-
cedor, uma vez que, embora o Código de Defesa do Consumidor adote a teoria finalista como 
regra geral, a lei reconhece expressamente a hipótese de consumo intermediário mediante 
prova da hipossuficiência econômica e do desequilíbrio na relação.
b) ambos podem ser considerados consumidores, ainda que não se configurem como usuários 
finais dos produtos adquiridos, uma vez que, embora o Código de Defesa do Consumidor adote 
a teoria finalista, em casos semelhantes, o Superior Tribunal de Justiça já admitiu a mitigação 
desta teoria diante da prova da hipossuficiência e do desequilíbrio na relação, caracterizando 
hipótese de consumo intermediário.
c) nenhum dos dois pode se enquadrar no conceito de consumidor previsto no Código de Defe-
sa do Consumidor, pois não são destinatários finais dos produtos; a lei adotou a teoria finalista, 
e a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça não admite a hipótese de consumo 
intermediário, afastando as disposições consumeristas para os produtos adquiridos para a 
utilização em cadeia de produção.
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d) ambos podem ser considerados consumidores, ainda que não se configurem como usuários 
finais dos produtos adquiridos, uma vez que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
entende que o Código de Defesa do Consumidor não adotou a teoria finalista, bastando a prova 
da hipossuficiência e do desequilíbrio na relação e, portanto, se apresentando como irrelevante 
que o consumo tenha ocorrido na cadeia de produção.
e) Sebastião pode ser considerado consumidor mesmo que não seja usuário final do produto 
adquirido, uma vez que, embora o Código de Defesa do Consumidor adote a teoria finalista, a ju-
risprudência do Superior Tribunal de Justiça admite a mitigação desta teoria diante da prova da 
hipossuficiência e do desequilíbrio na relação, caracterizando hipótese de consumo intermedi-
ário, mas Raimunda não poderá ser considerada consumidora, por se tratar de pessoa jurídica.
Na análise desta questão é importante se atentar para o posicionamento do STJ acerca da 
aplicação da teoria finalista aprofundada, que permite considerar como consumidor a pessoa 
jurídica que apresenta acentuada vulnerabilidade em determinada relação comercial específi-
ca com determinados fornecedores.
Letra b.
018. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO IX/1ª FASE/OAB/FGV/2012) A sociedade empresária 
XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes universitários, contratos individuais de forne-
cimento de material didático, nos quais garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor 
indicado pela editora, dos livros didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras 
de antemão definidas). Os contratos têm duração de 24 meses, e cada estudante comprome-
te-se a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos livros escolhidos. 
Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido a dívidas e problemas 
judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os contratos, para obter aumento do 
valor mensal, ou então liberar-se do vínculo.
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta.
a) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do 
indicado, para rever os contratos.
b) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários finais do serviço, mas o aumento só 
será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja 
proveitoso para os compradores.
c) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no 
sistema do consumidor, para autorizar a revisão.
d) A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a 
outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e ou imprevisível.
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Trata-se de questão que exige atenção quanto ao posicionamento do STJ acerca da aplicação 
da teoria finalista aprofundada, que apenas permite considerar como consumidor a pessoa ju-
rídica que apresenta acentuada vulnerabilidade em determinada relação comercial específica 
com determinados fornecedores.
Letra a.
019. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXII/1ª FASE/OAB/FGV/2017) Alvina, condômina de 
um edifício residencial, ingressou com ação para reparação de danos, aduzindo falha na pres-
tação dos serviços de modernização dos elevadores.Narrou ser moradora do 10º andar e que 
hospedou parentes durante o período dos festejos de fim de ano. Alegou que o serviço nos 
elevadores estava previsto para ser concluído em duas semanas, mas atrasou mais de seis se-
manas, o que implicou falta de elevadores durante o período em que recebeu seus hóspedes, 
fazendo com que seus convidados, todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, o que gerou 
transtornos e dificuldades, já que os hóspedes deixaram de fazer passeios e outras atividades 
turísticas diante das dificuldades de acesso. Sentindo-se constrangida e tendo que alterar todo 
o planejamento de atividades para o período, Alvina afirmou ter sofrido danos extrapatrimo-
niais decorrentes da mora do fornecedor de serviço, que, ainda que regularmente notificado 
pelo condomínio, quedou-se inerte e não apresentou qualquer justificativa que impedisse o 
cumprimento da obrigação de forma tempestiva.
Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Existe relação de consumo apenas entre o condomínio e o fornecedor de serviço, não tendo 
Alvina legitimidade para ingressar com ação indenizatória, por estar excluída da cadeia da re-
lação consumerista.
b) Inexiste relação consumerista na hipótese, e sim relação contratual regida pelo Código Civil, 
tendo a multa contratual pelo atraso na execução do serviço cunho indenizatório, que deve 
servir a todos os condôminos e não a Alvina, individualmente.
c) Existe relação de consumo, mas não cabe ação individual, e sim a perpetrada por todos os 
condôminos, em litisconsórcio, tendo como objeto apenas a cobrança de multa contratual e 
indenização coletiva.
d) Existe relação de consumo entre a condômina e o fornecedor, com base da teoria finalista, 
podendo Alvina ingressar individualmente com a ação indenizatória, já que é destinatária final 
e quem sofreu os danos narrados.
Trata-se de questão que a FGV procurou se concentrar na constatação de destinatário final do 
serviço, além dos conceitos de consumidor e fornecedor previstos no CDC e os requisitos para 
a formação da relação jurídica de consumo.
Letra d.
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Também a respeito do tema, Cláudia Lima Marques salienta que em casos difíceis envol-
vendo pequenas empresas que utilizam insumos para a sua produção, mas não em sua área de 
expertise ou com utilização mista, principalmente na área de serviços, caso provada sua vulne-
rabilidade, conclui-se pela prevalência da destinação final de consumo, estendendo a ela toda a 
proteção dada pelo CDC aos consumidores, utilizando-se, como exemplo, a empresa de alimen-
tos que contrata serviços de informática que não serão usados em sua linha de produção.
Pois bem, todo esse debate permeia o conceito padrão, standard, utilizado pelo CDC na 
definição da figura do consumidor.
Vejamos como a banca abaixo abordou o conceito padrão de consumidor, na oportunida-
de, em conjunto com a inversão do ônus da prova:
020. (EXAME DE ORDEM UNIFICADO XX/1ª FASE/OAB/FGV/2016) Inês, pretendendo fazer 
pequenos reparos e manutenção em sua residência, contrai empréstimo com essa finalida-
de. Ocorre que, desconfiando dos valores pagos nas prestações, procura orientação jurídica 
e ingressa com ação revisional de cédula de crédito bancário, questionando a incidência de 
juros remuneratórios, ao argumento de serem mais altos que a média praticada no mercado. 
Requereu a inversão do ônus da prova e, ao final, a procedência do pedido para determinar a 
declaração de nulidade da cláusula.
A respeito desta situação, é correto afirmar que o Código de Defesa do Consumidor
a) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no Código Civil, o que 
inviabiliza a inversão do ônus da prova.
b) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus 
da prova, se preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da cláusula, todo contrato 
será declarado nulo, tendo em vista que prática abusiva é questão de ordem pública.
c) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus 
da prova caso a consumidora comprove preenchimento dos requisitos legais, sendo certo que 
a declaração de nulidade da cláusula não invalida o contrato, salvo se importar em ônus exces-
sivo para o consumidor, apesar dos esforços de integração.
d) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento orienta-se pela norma especial de direito bancário, em prejuízo da inversão do 
ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente estivessem cumpridos os requisitos legais.
Na análise desta questão é importante se atentar para a formação da relação jurídica de con-
sumo, identificando as posições do consumidor e do fornecedor diante do caso concreto, as-
sim como avaliar se os direitos básicos previstos nos incisos V (modificação das cláusulas 
contratuais) e VIII (inversão do ônus da prova) do art. 6º do CDC se aplicam ao caso em tela.
Letra c.
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Em relação aos consumidores equiparados, conceito trazido pelo § único do art. 2º e pelo 
art. 17 do Código, estes seriam todas as pessoas que, mesmo não figurando como consumido-
res diretamente na aquisição ou utilização de produtos ou serviços, poderiam de alguma forma 
serem atingidas ou prejudicadas pelas atividades dos fornecedores no mercado de consumo, 
levando-se em consideração sua condição de vulnerabilidade frente à conduta do fornecedor.
A aplicação direta desse conceito se daria nos casos em que crianças adoecem por conta 
da ingestão de alimentos impróprios ao consumo, ou pessoas que pela sua localização em 
determinado local, sejam atingidas por eventos catastróficos, como uma queda de avião, a 
explosão de uma praça de alimentação etc.
Vejamos como as bancas abaixo exploraram o conceito de consumidor equiparado:
021. (DEFENSOR PÚBLICO/DPE-AL/CESPE/2017) A necessidade de proteção dos destina-
tários finais dos produtos e serviços ofertados no mercado de consumo abarca as pessoas 
humana e jurídica, com o objetivo de tutelar a vulnerabilidade e a hipossuficiência dos consu-
midores. A partir dessa informação, assinale a opção correta, a respeito dos integrantes e do 
objeto da relação de consumo.
a) Aplica-se o CDC para a relação entre condômino e condomínio no que diz respeito à cobran-
ça de taxas, em decorrência da vulnerabilidade do condômino em relação ao condomínio.
b) Em circunstâncias específicas, pessoas que não firmaram qualquer contrato de consumo 
podem ser equiparadas a consumidores, para fins de proteção.
c) O conceito de fornecedor não abarca as pessoas jurídicas que atuam sem fins lucrativos, 
com caráter beneficente ou filantrópico, ainda que elas desenvolvam, mediante remuneração, 
atividades no mercado de consumo.
d) Com base na teoria finalista, a condição de destinatário final do produto não é requisito es-
sencial para a classificação da pessoa física ou jurídica como consumidora.
e) A teoria maximalista amplia sobremaneira o alcance da relação de consumo, mas não abar-
ca as pessoas jurídicas, devido aofato de considerar que estas jamais se encontrarão em 
situação de vulnerabilidade frente ao fornecedor.
Trata-se de questão fácil, principalmente se o(a) candidato(a) se atentar para os conceitos de 
consumidor expressos nos artigos 2º, caput e 17 do CDC, lembrando que as pessoas subme-
tidas a acidentes de consumo podem ou não ter adquirido qualquer produto ou contratado 
qualquer serviço com o fornecedor que causou o dano.
Letra b.
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022. (ATENDENTE COMERCIAL I/CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA/FEPE-
SE/2013) Assinale a alternativa correta.
a) As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao fornecedor.
b) A Política Nacional das Relações de Consumo reconhece a invulnerabilidade do consumidor 
no mercado de consumo.
c) Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, 
excluindo as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das 
relações de caráter trabalhista.
d) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminá-
veis, que haja intervindo nas relações de consumo.
e) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, desde que determiná-
veis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Trata-se de questão bem fácil, principalmente se o(a) candidato(a) se atentar para os concei-
tos de consumidor expressos nos artigos 2º, caput e 17 do CDC.
Letra d.
023. (PROCURADOR MUNICIPAL/PREFEITURA DE ARAGUARI-MG/IADHED/2016) Em rela-
ção ao conceito de consumidor, assinale a opção correta:
a) Consumidor é toda pessoa física que adquire ou utiliza produto ou serviço como destina-
tário final;
b) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, exceto as indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo;
c) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo;
d) A pessoa jurídica não pode ser consumidora de produtos ou serviços, pois utiliza-os como 
insumos para sua atividade principal.
Trata-se de questão muito fácil, devendo o(a) candidato(a) se atentar para os conceitos de 
consumidor expressos nos artigos 2º, caput e 17 do CDC.
Letra c.
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024. (PROCURADOR MUNICIPAL/PREFEITURA DE GUARAPARI-ES/IBEG/2016) O Diploma 
Consumerista trouxe quatro definições de consumidor, sendo que três delas retratam o deno-
minado consumidor por equiparação. Partindo dessa premissa, analise as assertivas e indique 
a alternativa incorreta:
a) Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário intermediário ou final.
b) Segundo posicionamento consolidado no Superior Tribunal de Justiça, a comprovação da 
vulnerabilidade da pessoa jurídica é pressuposto sine qua non para o enquadramento desta 
no conceito de consumidor previsto no CDC. Trata-se da adoção pela jurisprudência da Teoria 
Finalista, porém de forma atenuada, mitigada ou aprofundada que admite a pessoa jurídica 
como consumidora, desde que comprovada sua fragilidade no caso concreto.
c) Nos termos da jurisprudência dominante, Hospital adquirente do equipamento médico de 
vultosos valores para fins de incrementar a atividade profissional lucrativa, por se tratar de con-
sumo intermediário, para desenvolvimento de sua própria atividade negocial, não se caracte-
riza, tampouco destinatário final como hipossuficiente na relação contratual travada, pelo que 
não pode ser considerado “consumidor”. Em outros termos, ausente a relação de consumo, 
não incidindo o CDC.
d) Consideram-se consumidores equiparados às vítimas do evento danoso — de um acidente 
de consumo —, independentemente da efetiva aquisição de um produto ou da contratação de 
um serviço. Assim, pouco importa saber qual foi a pessoa que adquiriu o produto ou o serviço 
no mercado de consumo. Existindo vítima do evento danoso, esta será equiparada a consumi-
dor e far-se-á necessária a incidência do CDC.
e) O CDC (art.29), quanto aos capítulos que se referem às práticas comerciais e contratuais, 
determina que se equipare a consumidor, todas as pessoas, determináveis ou não, expostas 
às práticas comerciais e contratuais, em especial as abusivas. Porém, deve-se interpretar tal 
comando em consonância com a aplicação do princípio da vulnerabilidade.
Trata-se novamente de questão muito fácil, devendo o(a) candidato(a) se atentar para o con-
ceito de consumidor expresso no artigo 2º, caput, do CDC.
Letra a.
No tocante ao conceito trazido pelo artigo 29 do CDC, ainda estão equiparadas a consumi-
dores todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às chamadas práticas abusivas dos 
fornecedores, no caso, passíveis de lesões causadas por uma oferta inverídica, uma publicida-
de enganosa ou abusiva, um constrangimento na cobrança de uma dívida, a inscrição indevida 
em bancos de dados e cadastros de consumidores, além do rol de exemplos do artigo 39 do 
CDC. Para a equiparação ocorrer, basta que a coletividade se encontre, potencialmente, na imi-
nência de sofrer algum dano.
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Estes seriam, portanto, os conceitos de consumidor trazidos pelo CDC. Vamos agora ana-
lisar a identificação do fornecedor na relação de consumo.
4.2. ConCeito de forneCedor
Considerando que a definição do campo de aplicação do CDC se faz a partir de uma análi-
se relacional, a identificação do consumidor depende da presença de um fornecedor no outro 
polo da relação jurídica.
O legislador do CDC, em atenção ao comando constitucional de proteção ao consumidor, 
previu um amplo conceito de fornecedor com abrangência em praticamente todas as cadeias 
de fornecimento de produtos e serviços, vejamos:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos 
ou prestação de serviços.
Vejamos como a banca abaixo abordou a aplicação do conceito de fornecedor:
025. (ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL/DIREITO E LEGISLAÇÃO/SECRETARIA DE 
EDUCAÇÃO/GDF/CESPE/2017) Acerca do inadimplemento das obrigações e do Código de 
Defesa do Consumidor (CDC), julgue o próximo item.
De acordo com o CDC, o que diferencia a figura do consumidor daquela do fornecedor é que o 
primeiro é toda pessoa física que adquire ou utiliza produtos ou serviços, enquanto o segundo 
é toda pessoa jurídica que comercializa ou distribui produtos ou serviços.
Outra questão muito fácil, que

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