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Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz CARDIOLOGIA • SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR ANATOMIA: • Peso 280g-340g em homens – 0,45% dos peso corporal • Peso 230g-280g em mulheres – 0,40% do peso corporal • Possui formato piramidal – base, ápice, faces, margens • Revestido – epicárdio (Externamente) e endocárdio (internamente) • Musculo cardíaco é denominado de Miocárdio. Anatomia Externa do coração: 1. Face esternocostal: 2. Face diafragmática: Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Anatomia interna do coração 1. Valvas atrioventriculares 2. Valvas do tronco pulmonar e da aorta 3. Anatomia das artérias Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Anatomia coronariana SISTEMA CIRCULATÓRIO: Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz SISTEMA DE CONDUÇÃO: CICLO CARDÍACO ANAMNESE: • QP • HDA • HPP • HF – Muito relevante • HS – História pessoal • Revisão dos sistemas – anamnese cardiovascular Histórico: Além de já ter perguntado o que o paciente disse involuntariamente, dirigir a anamnese para desconforto, onde dói, como dói, qual o padrão, se irradia, se muda com o esforço, quando descansa melhora, se está utilizando algum medicamento que reduz a dor • Desconforto torácico • Dispneia • Fadiga – separar o que é fadiga ou se é cansaço de uma vida difícil ou se é dispneia • Edema – se a perna incha, se tem um sinal alterado, de manhã como fica em volta dos olhos • Palpitação e sincope Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz • Tosse, traços hemoptoicos (sujar um papel toalha), hemoptise (volume de sangramento vivo, coágulo, engasgo por conta do sangue) • Cianose • Claudicação, dor em membros, descoloração da pele Fatores de risco: • Fumo • PA acima de 140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos • Colesterol-HDL abaixo de 40mg% • DM • História familiar positiva (parentes de primeiro grau, mulheres menor que 65 e homens < 55, idade (se o paciente for homens maior 45 ou mulheres maior que 55) • Síndrome Metabólica/IMC > 30kg/m² • Retinopatia: hipertensiva, diabetes, placas de colesterol de Hollenhorst Padrões de retinopatia: 1. hipertensiva 2. diabética 3. Placas de colesterol de Hollenhorst O papiledema é resultado do aumento da pressão no cérebro que é resultante da pressão aumentada no trato de saída do VE. Quando sai sangue com pressão do VE, aumenta a pós carga por força de contração e ejeta um sangue com muita pressão para o cérebro. Gera uma hipertensão onde o líquido que banha o nervo ótico começa a aumentar em quantidade devido a hipertensão gerando um edema e por isso conseguimos ver o papiledema (papila ótica muito visível). O padrão de dilatação dos vasos também pode porque Uma das características importante da diabetes é alterar a permeabilidade capilar e fazer lesão endotelial, então alguns vasos vão perdendo a estrutura natural e vão crescendo. Síndromes e doenças relacionadas aos achados na anamnese • Angina, SCA com e sem supra ST • Dissecção aórtica, pericardite, embolia pulmonar • Espasmo esofagiano, RGE, Costocondrites • Insuficiência cardíaca aguda e crônica • Doenças pulmonares • Dispneia paroxística noturna, ortopneia, Platipnéia • Arritmias cardíacas • Alergias e intolerância e fármacos • Infecções sistêmicas e locais. Ex: endocardite infecciosa Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Classificação de Angina e Definição de classe funcional para IC: Paciente chegou na emergência infartando, não tem condições de fazer a trombólise ou tem que pedir o CAT no SUS e para fazer esse pedido temos que classificar o paciente de acordo com a escala canadense: • Grau 1 de angina: nas atividades não tem nada • Grau 2 de angina: tem alguma coisa nas atividades, mas uma dor limitada que não interfere em suas atividades • Grau 3 de angina: uma dor mais marcada presente nas atividades diárias do paciente • Grau 4 de angina: paciente em qualquer movimento sente dor. Angina estável: paciente não vai ter marcador de necrose miocárdica e vai ter momentos que mudam o estado dele para melhora clínica, sem utilizar medicamentos. Ou seja, o paciente em casa está bem, mas fez qualquer esforço já se sente mal. Quando a suspeite for de IC: Etiologia de IC: • Isquêmica • Hipertensiva • Chagásica • Valvar • Cardiomiopatias: Displasia arritmogênica do VD (liposubstituição da estrutura do miocárdio direito); doença idiopática (genética, inflamatória ou infecciosa), doença do miocárdio não classificada; hipertrófica ou restritivas (endocardiofibrose, doenças Infiltrativas como amiloidose ou sarcoidose; não Infiltrativas (comportamento idiopático e Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz esclerodermia) ou de depósito como hemocrometose, fabry, glicogênio) • Congênitas • Cardiotoxicidade por drogas lícitas e ilícitas • Alcoólica • Doenças Extra-cardíacas. Ex: lúpus, amiloidose • Taquicardiomiopatia • Miocardites • Periparto EXAME FÍSICO: • Inspeção e palpação • Batimento ou movimento • Frêmito cardiovascular: uma artéria normal não tem frêmito • Ausculta cardíaca • Bulhas cardíacas • Ritmo e frequência cardíaca na semiotécnica cardiovascular • Cliques e estalidos – relação com degenerativas valvares • Sopros na semiologia cardiovascular • Ruido de pericardite constritiva • Atrito pericárdico na semiologia cardiovascular • Resumo de como descrever os exames do aparelho cardiovascular Inspeção: Exame físico é visual desde que o paciente entra no consultório. Por exemplo, um paciente que tenha um abdome agudo inflamatório infeccioso ou apendicite supurada, anda todo flexionado para frente. Levar as mãos ou higienizar com álcool 60 antes e após o exame. • Inspeção panorâmica ou localizada • Local iluminado, conhecimento anatômico do padrão normal, descobrir região ao examinar, respeitando e levando em consideração os pudores do paciente – seja atencioso e respeitoso. • Abaulamentos, retrações, coloração, cicatrizes, pulsações, ondulações que podem estar no tórax. Palpação: Deve ter início com o paciente na posição supina, inclinando a 30º. Se o coração não for palpável nessa posição, deve-se examinar o paciente em decúbito lateral esquerdo, com o braço esquerdo acima da cabeça, ou na posição sentada e inclinado para a frente. Normalmente, o ponto de pulso máximo encontra- se sobre o ápice de batimento no ventrículo esquerdo (VE) e deverá estar localizado na linha hemiclavicular, no quinto espaço intercostal. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Baqueteamento digital: Percebemos alteração dos ângulos e diâmetros normais dos dedos. A tendência natural é que praticamente haja um ângulo de 180º entre a face cutânea e ungueal da falange distal. No baqueteamento esse algum é menor. Sinal de Schamroth. O baqueteamento aparece em pacientes com doença cardiovascular crônica, doença crônica pulmonar, doenças próprias da hemoglobina em alguns pacientes. Então pensamos numa doença cardiopulmonar de comportamento crônico. Se apresenta em pacientes com cardiopatia congênita, cianótica. Doença crônica pulmonar que vai levando uma dificuldade de troca de gases na periferia. Doenças próprias da hemoglobina em alguns casos pode fazer isso. Insuficiência crônica grave também pode fazer isso. Turgência Jugular – respiração com pulso paradoxal. Na pericardite constrictiva o paciente inspira, mas a jugular continua inchada. Quando inspiramos o diafragma foi para baixo, a pressão intratorácica ficou negativa e os vasos do pescoço ficaram vazios. Na expiração o diafragma começa em empurrar toda as estruturas pra cima, a pressão intratorácica aumenta um pouco (porque a gente respira por diferença de pressão, pressão negativa para entrar e pressão positiva para sair), a pressão positiva gera a onda de pulso venoso na região do pescoço. Paradoxalmente,por exemplo, na pericardite constritiva quando o paciente inspira, mesmo que haja redução da caixa torácica a pressão, a região do pescoço continua inchada e com sangue porque a pressão que está comprimindo o coração que vai receber o sangue não diminuiu. Então na fase inspiratória ainda conseguimos ver a pressão de pulso, uma onda de pulso. Edema de Membros Inferiores: Insuficiência cardíaca. Diabetes e insuficiência venosa que dá aspecto de casca de laranja para pele. Possibilidade múltipla de achados: • Tosse: pode ser resultado de uma edema pulmonar intersticial, não necessariamente tem edema agudo de pulmão, podendo só ter uma hipertensão arteriolar aumentada que extravasa líquido para o parênquima em uma quantidade pequena que faça irritação crônica e gere tosse. • Respiração mais curta: para tentar compensar essa dificuldade de troca Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz • Cansaço mais constante • Não é incomum o paciente ter derrame pleural • Ascite causada pela insuficiência do VE que causa congestão de todo o sistema venoso para trás. Observamos o MMII inchados, presença de varizes, sinal da bota marcando que o paciente tem uma doença periférica já resultante de uma outra doença. Pé diabético: paciente perde a sensibilidade dos pés e começa a dar pancadas nos pés e não consegue sentir. Não é incomum que um paciente com IC tenha obesidade, diabetes e dislipidemia (somando então como uma síndrome metabólica). O paciente não consegue cuidar dos próprios pés porque quando se abaixa gera uma dispneia devido aos líquidos que estão no terceiro espaço, ou seja, fora dos vasos e no meio intersticial. MANOBRA ABDOMINOJUGULAR – REFLUXO HEPATOJUGULAR Uma vez que faz uma pressão na região da cicatriz umbilical com paciente a 45º observamos a veia jugular saltar. Sinal de Kussmaul: aumento da pressão na inspiração. Alteração de onda de pulso na inspiração. CRITÉRIOS E PADRÕES DE IC Existem sinais clínicos que precisamos levar em consideração quando o diagnóstico está sugestivo para IC. Por exemplo, um paciente com turgência jugular patológica. Critérios: Se o paciente tiver 2 sinais maiores isoladamente ou 1 sinal maior e 2 menores pode-se classificar paciente com IC. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Padrão descrito por estudiosos que foi aceito pela comunidade cientifica e é utilizado ate hoje Classificação do perfil hemodinâmico ABCD: Perfil A: Paciente está Seco e Quente, ou seja, não tem sinais de congestão e está aquecido, diurese está preservada, se encontra alerta e a função renal está mantida Perfil B: Paciente tem IC que está com Congestão e Quente, ou seja, apresenta ortopneia, DPN, RHJ, turgência de jugular, B3, edema e ascite. Além disso ele se encontra aquecido, diurese preservada, alerta, função renal mantida. – Cerca de 67% Perfil C: Congestão e Frio. Paciente apresenta ortopneia, DPN, RHJ, turgência jugular, B3, edema e ascite. Porém ele se encontra Frio, perfusão ruim, pulso alternante, extremidades frias, sensório diminuído, hipotensão sintomática, sódio baixo, piora da função renal. – 29%. Obs.: Sódio baixo em um paciente com IC grave é sinal isolado de mau prognóstico que gera tendência a falência terapêutica. O paciente tem perfusão ruim, o rim não está recebendo a pressão adequada e não está conseguindo a trabalhar direito, começa a aumentar creatinina e o clearance começa a cair. Função renal ruim. Perfil D: paciente não tem a congestão, mas tem a periferia ruim, ou seja, todos os sinais de hipoperfusão presentes, mas não está ficando congesto. Ocorre geralmente nos pacientes na transição aguda para crônica de doença associada ao VD. Tem mais a ver com insuficiência cardíaca diastólica NOME DAS LESÕES E SINAIS DE IC 1. Cacifo – avalia edema. Em geral o cacifo permanece por mais tempo quando tem associação de condições, por exemplo, paciente com edema periférico por IC com insuficiência venosa tem um cacifo duro e indolor. Paciente com cacifo por presença de erisipela, vai doer muito e a tendencia é voltar rápido. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 2. Manchas de janeway tem mais a ver com microêmbolos sépticos e lesões inflamatórias secundarias ao agente circulante na periferia nos capilares 3. Nódulos de Osler: geralmente tem mais relação com alteração por deposição de imunocomplexos que geram lesões como se fosse pápulas, endurecidas e doloridas por conta da reação chave-fechadura, onde o imunocomplexos se deposita na periferia, lesionam o vaso e aumentam com o perfil inflamatório. 4. Hemorragia de Splinter: parece vidro rachado. Pode ocorrer na endocardite infecciosa por fragilidade periférica específica no leito ungueal secundaria ao efeito do agente primário, ou próprio da inflamação da sepse que geralmente vai acompanhar a endocardite que tem um comportamento sistêmico Manchas de janeway, nódulo de osler e hemorragia em splinter: Achados comuns em endocardite infecciosa. Manchas de Roth: São manchas que tem geralmente relação com os vasos menores da retina e que se rompem. É necessário um treinamento para determinar. Em geral tem um centro menos corado e uma periferia mais lesionada, como se tivesse uma parte central que inflamasse e uma periferia que refletisse uma lesão vascular. CIANOSE: Como um achado no exame físico do paciente. É a presença de desoxihemoglobina maior do que 5g/dL no leito capilar. Cianose Central: Pode ser do tipo central que é mais frequente: Pode ter alteração da pressão (O2 no ar inspirado em grandes altitudes), transtorno de ventilação pulmonar (obstrução de vias aéreas); transtorno de difusão (congestão pulmonar); transtorno de perfusão (Embolia pulmonar, por exemplo no tronco da artéria pulmonar) e Shunt Direita-esquerda (tetralogia de fallot). Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Cianose Periférica: causada por alterações específicas da hemoglobina. Cianose Mista: Pode ser secundária a alterações específicas da hemoglobina juntamente com alguma alteração que provoque uma cianose Central conjunta. PULSO VENOSO JUGULAR necessário conhecer o ciclo cardíaco para compreender. O pulso venoso jugular é dado com o paciente em 45º e geralmente é visto a veia jugular aumentada entre 4 até 5cm de ângulo de visão. É muito difícil ver pulso venoso até mesmo em paciente normolineo. O pulso venoso representa o comportamento das câmeras direitas (AD e VD). A onda a representa a sístole atrial, ou seja, houve a fase de relaxamento, a fase de enchimento rápido, a fase de enchimento lento e a sístole atrial. Então a sístole atrial (que é a onda a) coincide com a onda P no ECG. Onda a = sístole atrial = onda P no ECG Onda a gigante: Se a onda a está muito elevada podemos concluir que houve hipertrofia de VD e déficit de relaxamento, ou seja, o átrio comprime, o sangue desce para o ventrículo que já está com a pressão aumentada pela hipertrofia e com isso o sangue volta para o átrio. Com isso a onda a sobe. O aumento da onda a pode ser causado também por hipertensão arterial pulmonar. A pressão aumentada do pulmão gera um retorno para o VD e consequentemente quando ocorre a sístole atrial, o átrio tenta ejetar sangue para o ventrículo que já está com a pressão alta, com isso há o retorno sanguíneo e a onda a aumenta. A onda a aumenta muito quando há um trombo porque diminui a luz do átrio. Estenose tricúspide: quando tem uma estenose (a valva fica mais rígida), o átrio tem que fazer mais força que o normal para jogar o sangue para o ventrículo. Onda a em canhão: Quando o átrio contrai e a tricúspide está fechada. O sangue bate e volta completamente para o átrio. BAVT: o átrio está batendo em uma frequência enquanto o ventrículo está batendo em outra. Dissociação átrio-ventricular completa. Pode acontecer que a tricúspide esteja fechada quando o átriofaz sístole. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Onda a ausente: ocorre no cenário de fibrilação atrial, onde o átrio não contrai. Onda c: representa o pulso carotídeo. Aumento da pressão jugular dependente do aumento da pressão ventricular no início da sístole. Durante a ejeção rápida por diferença de pressão a artéria carótida recebe sangue e por proximidade a veia jugular sente a pressão, definindo a onda c. Descenso x: é a diástole atrial. Pode desaparecer na Fibrilação atrial (por não haver ciclo) e diminuir na insuficiência da tricúspide porque a tendência é que na diástole atrial o sangue desça com tanta dificuldade que é como que se ela não acontecesse devido a insuficiência da valva. Onda v: Enchimento atrial. A fase em que os átrios começam a receber sangue. • Onda v aumentada: vai aumentar quando há presença de aumento no volume de sangue no átrio direito. Por exemplo: Na insuficiência tricúspide gera uma retorno sanguíneo para o átrio porque a valva está relaxada quando na verdade tinha que se manter fechada, então quando o VD contrai o sangue acaba voltando para o átrio. Outro exemplo seria CIA (comunicação Inter atrial) porque a pressão comum do átrio esquerdo é maior do que no átrio direito e com isso a CIA faz aumentar a onda v. Descenso y: é a abertura da tricúspide, ou seja, o sangue está indo em direção ao ventrículo no relaxamento ventricular. • Descenso y profundo/lento: quando esse escoamento do sangue é muito lento dando restrição ao relaxamento ventricular, por exemplo, na pericardite (afeta de maneira quase proporcional o VE e VD), miocardiopatias restritivas. Ocorre falha no relaxamento. Na pericardite abre devagar. • Descenso y curto: enchimento ventricular reduzido na estenose tricúspide e hipertrofia do VD. Se a onda a for muito grande, a tendencia é que o descenso y seja mais curto. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz ÁREAS DE PALPAÇÃO DE PULSO: • Pulso temporal superficial: pré-auricular, um pouco antes do tragos. • Pulso carotídeo: entre o esternocleiodo e lateralmente a traqueia. Esse pulso tem que ter cuidado porque não deve ser feito bilateralmente porque pode gerar reflexo vagal. Pacientes mais idosos em geral é vasculopata pela história da vida com acumulação alterações nas paredes dos vasos. • Pulso apical: ictus cordis • Pulso braquial: fossa cubital • Pulso radial: face mais lateral do antebraço, porção distal do radio • Pulso ulnar: porção mais distal da ulna, mais medialmente em relação ao corpo • Pulso femoral: geralmente 2 a 3 dedos do ligamento inguinal. Importante porque • Pulso poplíteo: fossa poplítea Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz • Pulso tibial posterior: atras do maléolo medial • Pulso dorsal do pé: importante para avaliar qualidade distal. Paciente que tem doença crônica de obstrução arterial ONDAS DE PULSO ARTERIAL Pulso paradoxal (Kussmaul) Diferente do sinal de Kussmaul, que descreve um sinal no pulso venoso jugular. Enquanto o pulso paradoxal de Kussmaul avalia a arterial, onde algo está atrapalhando o fluxo livre através do ventrículo normal. Exemplo: pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso ou um enfisema pulmonar. Quando o paciente expira tem diminuição da pressão intratorácica gerando uma capacidade um pouco maior de aumentar o pulso e quando inspira aumenta a pressão intratorácica diminuindo a capacidade de inspiração. Então é um pulso que está na dependência do pouco de pressão positiva ou negativa que gere na cavidade torácica dependendo da respiração. Durante a expiração há uma diminuição da pressão intratorácica e normalmente é para todas as estruturas relaxarem e o pulso venoso jugular sumir, mas o que acontece é o pulso jugular aparece forte porque é o único momento que o coração consegue jogar o sangue para a frente porque ele está todo contraído. É como se até o VE estivesse trabalhando por transbordamento. Sinal Alternante Sinal sugestivo de IVE, porque a tendencia é que o VE ejete o líquido todo de uma vez só, só que ele ejeta e uma quantidade de sangue não é totalmente ejetada nesse ciclo e também com a FC muito aumentada. Na IVE o ventrículo não contrai suficientemente bem, bv78cfas tenta compensar o DC através da FC Pulso Filiforme: colapso circulatório periférico. Paciente em choque geralmente tem esse pulso. Difícil de pegar Importante: devemos sempre que fazer a comparação bilateral dos pulsos porque se houver diferença entre eles sugere lesão aórtica, especialmente da crossa, se a avaliação for de MMSS AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Determinantes da pressão arterial: • DC – Débito cardíaco • RVP – resistência vascular periférica Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz • VS – Volume sistólico • FC – Frequência cardíaca • PA = DC X RVP • DC = VS X FC PAM = PAS + (PAD X 2) / 3 Importante calcular a PAM para determinar valor constante, sem muita variação, de aferições mais finas de valor pressórico Lei de Poiseuille DETERMINANTES MULTIFATORIAIS DA PRESSÃO ARTERIAL: O paciente é um ser completo, então não podemos apenas focar nos sinais e sintomas da doença, mas sim num paciente como um todo. MÉTODO DE AFERIÇÃO E POSSÍVEIS EQUÍVOCOS 1. Higiene das mãos antes e depois do paciente Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 2. Prepara o paciente – repouso mínimo de 3 minutos antes de aferir a pressão (sentado/deitado/em pé) 3. Escolha do aparelho correto 4. Tamanho do manguito 5. Posição do manguito e do estetoscópio. Manguito a 2cm da fossa cubital 6. Diferenças entre os dois braços. Primeira consulta, sempre aferir ambos os membros! 7. Efeitos da posição do braço do paciente – ligeiramente flexionado, apoiado em superfície firme, palma para cima. Artéria braquial ao nível do coração 8. Efeitos da posição do corpo do paciente – posicionar corretamente 9. Velocidade de insuflação e desinsuflação. Palpar pulso radial. Insuflar até interromper o pulso e em seguida desinsuflar até sentir o pulso novamente – determina a PAS 10. Insuflar novamente 30 mmHg acima da PAS. Desinflar auscultando com estetoscópio ao nível da artéria Braquial, em velocidade de 2 a 3mmHg/s 11. Método de observação 12. Número de medidas 5 FASES DE KOROTKOFF Fase I – pressão sistólica Fase II – alteração da velocidade de alteração do pulso Fase III – abertura da artéria Fase IV – som começa a desaparecer Fase V – som desaparece – pressão diastólica Hiato auscultatório Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz CLASSIFICAÇÃO DA PA: FOCOS DE AUSCULTA: Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz • Foco aórtico: 2º EI do lado direito próximo ao esterno • Foco pulmonar: 2º EI do lado esquerdo próximo ao esterno • Foco tricúspide: 5º EI do lado esquerdo. Ausculta da valva tricúspide • Foco mitral (ictus cordis): 5º EI do lado esquerdo com a linha hemiclavicular • FOCO mitral: entre o 5 e 6 EI esquerdo na linha hemiclavicular. Justamente no mesmo local do Ictus cordis. Quando colocamos o estetoscópio nessa posição, estamos querendo escutar a valva mitral, ou seja, B1 • Foco aórtico acessório: 4º EI do lado esquerdo próximo ao esterno Batimento cardíaco normal: https://www.youtube.com/watch?v=M_nGTG99P8g&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=19 Descrição: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas sem sopro em sem extrassístoles. Desdobramento de B1 e B2: https://www.youtube.com/watch?v=M3seP4pSLKs&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=17 Lembrar que o desdobramento de B1 (TLUM) ocorre quando há bloqueio do ramo direito retardando a contração do VD e por isso atrasa o fechamento da tricúspide. Já o desdobramento de B2 (TLA) ocorre durante a inspiração onde há aumento do retorno venoso e com isso a valva pulmonar demora mais a fechar. Insuficiência aórtica: https://www.youtube.com/watch?v=IWiWVmZRSx0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=15 https://www.youtube.com/watch?v=M_nGTG99P8g&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=19 https://www.youtube.com/watch?v=M_nGTG99P8g&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=19 https://www.youtube.com/watch?v=M3seP4pSLKs&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=17 https://www.youtube.com/watch?v=M3seP4pSLKs&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=17 https://www.youtube.com/watch?v=IWiWVmZRSx0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=15 https://www.youtube.com/watch?v=IWiWVmZRSx0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=15 Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Após a ejeção do sangue para a artéria aorta, uma parte dele volta e se a valva estiver com insuficiência esse sangue entra no ventrículo gerando um sopro ao passar pela valva com insuficiência. É um sopro holodiastólico. Quando a insuficiência aórtica grave tem um componente sistólico Ritmo de galope: https://www.youtube.com/watch?v=jkHVcCgj9R8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=7 sobrecarga de volume. Geralmente B3 é mesodiastólica e B4 telediastólica Ausculta de B3: https://www.youtube.com/watch?v=ZsNc3V2gDxk&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=4 sopro mesodiastólico Estenose Mitral: durante a fase diastólica https://www.youtube.com/watch?v=9g_idUdvif0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=11 Sopro de Austin-Flint: https://www.youtube.com/watch?v=0PxKNwQ8b9E&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=12 Ins. Mitral Crônica: https://www.youtube.com/watch?v=_kLtuj_Y5lQ&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=9 Prolapso Mitral: https://www.youtube.com/watch?v=WIJBYW8dgoE&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=10 Estenose Aórtica: https://www.youtube.com/watch?v=Ufr7qsie-F8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=8 Dupla Lesão Mitral: https://www.youtube.com/watch?v=nb6dwFfARss&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke- mL5m0zE4S2LV6Ye&index=16 ESTETOSCÓPIO Diafragma – parte maior Campânula – parte menor https://www.youtube.com/watch?v=jkHVcCgj9R8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=7 https://www.youtube.com/watch?v=jkHVcCgj9R8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=7 https://www.youtube.com/watch?v=ZsNc3V2gDxk&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=4 https://www.youtube.com/watch?v=ZsNc3V2gDxk&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=4 https://www.youtube.com/watch?v=9g_idUdvif0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=11 https://www.youtube.com/watch?v=9g_idUdvif0&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=11 https://www.youtube.com/watch?v=0PxKNwQ8b9E&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=12 https://www.youtube.com/watch?v=0PxKNwQ8b9E&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=12 https://www.youtube.com/watch?v=_kLtuj_Y5lQ&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=9 https://www.youtube.com/watch?v=_kLtuj_Y5lQ&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=9 https://www.youtube.com/watch?v=WIJBYW8dgoE&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=10 https://www.youtube.com/watch?v=WIJBYW8dgoE&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=10 https://www.youtube.com/watch?v=Ufr7qsie-F8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=8 https://www.youtube.com/watch?v=Ufr7qsie-F8&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=8 https://www.youtube.com/watch?v=nb6dwFfARss&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=16 https://www.youtube.com/watch?v=nb6dwFfARss&list=PLjT5k_GIsRzYT5mke-mL5m0zE4S2LV6Ye&index=16 Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz AUSCULTA CARDÍACA B1 = M1 + T1 fechamento das valvas atrioventriculares B2 = A2 + P2 fechamento das valvas semilunares PADRÃO DO SOPRO • Sopro Protosistólico quer dizer que ele está colado com o B1 • Sopro mesosistólico está no meio do B1 e B2 em direção a B2 • Sopro Telesistólico longe de B1 e próximo do B2 • Sopro holosistólico ou holodiastólico quer dizer que dura todo o processo Na diástole também pode ter essas diferenças na posição Intensidade: Quando paciente tem sopro é de 1+/6+, sendo que, 1+ = para ouvido muito treinado e 6+ = sem tocar o diafragma do esteto no peito do paciente conseguimos auscultar. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Sopro de Gallavardin: Ocorre na estenose aórtica. É um sopro que parece um pio (piante), conseguimos auscultar no foco mitral porque irradia para esse foco. Sopro de Austin-Flint: ocorre na Insuficiência aórtica. É um ruflar diastólico pelo jato regurgitante que bate na mitral. É um onda que vem de b2 até b1, ou seja, holodiastólico. Também conseguimos ouvir no foco mitral. É um sopro mesodiastólico Sopro de Carey-Coombs: Ocorre na Insuficiência mitral aguda de origem reumática. É um ruflar mitral por hiperfluxo. O fluxo aumentado que passa pela mitral que está com insuficiência. Sopro de Graham Still: ocorre em casos de hipertensão pulmonar – regurgitação pulmonar. Regurgitação do pulmão para o VD. Passa pela valva pulmonar A Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz A: ausculta normal B: presença de sopro holosistólico – estenose aórtica C: presença de sopro holosistólico – regurgitação mitral. Durante a sístole, todo o sangue que deveria ir em direção a valva aórtica, uma parte retorna para o átrio pela mitral defeituosa, que não se fechou completamente. D: presença de sopro holodiastólico – regurgitação aórtica. Durante a sístole o sangue consegue ir todo para a direção da artéria aorta, porém a valva aórtica não está fechando direito, então uma parte do sangue retorna para o ventrículo na diástole E: estenose mitral – durante a diástole, o sangue que vem do átrio tem dificuldade de passar porque a valva mitral encontra-se estenosada, com isso tem presença de um sopro mesodiastólico. Essa dificuldade de passar ela valva mitral estenosada é mais observado quando o átrio está contraindo para ejetar o restante do sangue para o ventrículo, na fase de enchimento ventricular rápido. F: sopro ducto arterial patente, é um sopro holosistodiastólico, ou seja, tanto na diástole quanto na sístole, com uma preponderância holosistólico e Protodiastólico VOLTANDO AS CICLO CARDÍACO... Sístole ventricular: • Fechamento das AV (B1) • Contração isovolumétrica • Abertura das semilunares • Ejeção rápida (70%) • Ejeção lenta (30%) • Fechamento da semilunar (B2) Diástole ventricular: • Relaxamento isovolumétrico • Abertura das AV • Fase de enchimento lento (70%) – pode haver B3 • Enchimento rápido (10%) – pode haver B4 (sístole atrial vigorosa) • Sístole atrial (20%) • Fechamento das AV (B1).... Referências Bibliográficas: Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Hipertensão; Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensao.rq Bras Cardiol. 2010;95(1 Supl1):1 51. Diretriz-HAS-2020 Sociedade Brasileira de Cardiologia NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019. 602 p. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz