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Copia de apelacao correta

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AO JUÍZO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUIS/ MA
Processo n 0821896-78.2021.8.10.000
REGINALDO CALDAS SOARES, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu procurador que ao final subscreve, vem, mui respeitosamente perante o juízo, inconformado com a sentença proferida, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no art. 1.009 do Novo Código de Processo Civil, o que faz com base nas razões de fato e de direito expostas a seguir.
Nessa conformidade, REQUER o recebimento do recurso, sendo remetidos os autos, com as razões recursais anexas, ao E. Tribunal Regional da Xª Região, para que, ao final, seja dado provimento ao presente recurso. 
Termos em que,
pede deferimento.
São Luís/MA, 21 de maio de 2022.
Kleyton Henrique Bandeira Paes 
OAB/MA 
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: REGINALDO CALDAS SOARES 
Apelado: TOY MASTER e SKF BRASIL LTDA
Processo originário nº: 0821896-78.2021.8.10.000
Egrégio Tribunal Regional Federal
Colenda Turma
Nobres Julgadores
Em que pese o notável saber jurídico do juízo “a quo”, merece reforma a r. decisão, ora recorrida, pelas razões expostas a seguir.
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
 Inicialmente cumpre ressaltar que é garantido no art. 5°, inciso LXXIV da Constituição Federal que o Estado prestará assistência jurídica, integral e gratuita àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos, situação esta que o autor faz jus haja vista não possuir rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família, bem como o reconhecimento prévio da ausência de tais condições econômicas do requerente visto a representação realizada por este núcleo de prática estudantil cujo suporte é destinado a sociedade civil que atenda aos critérios de renda e vulnerabilidade social.
Destacando-se o dever estatal de prestar assistência gratuita a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º, LXXIV, in verbis:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LXXIV - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Ressaltando-se também o Código de Processo Civil de 2015, onde em seu artigo 98º e seguintes, vem tratar sobre a necessidade da assistência gratuita, in verbis:
Art. 98º - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. [...]
Com base na necessidade demonstrada, aguarda o Requerente o deferimento da justiça gratuita de modo integral.
I.I	 DA TEMPESTIVIDADE 
 Consoante o exposto anteriormente, o apelante ora representado pelos advogados constituídos em sede da assistência jurídica desempenhada no Escritório-Escola Antenor Mourão Bógea vinculado a Universidade Ceuma, goza para todos os efeitos, salvo estabelecimento legal diverso, das prerrogativas concedidas à Defensoria Pública no que tange aos prazos em dobro, de acordo com a previsão observada no art. 186, §3 do Código de Processo Civil, in verbis: 
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
§3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
	Nesta senda, o prazo de 15 dias úteis para a interposição do recurso de apelação em virtude de sentença publicada em data de 18 de Janeiro de 2022, expressa a contagem a partir do dia posterior a sua publicação, nos termos do arts. 219 e 1.003, §5 do CPC, em que pese a exclusão do dia do começo e a inclusão do dia do vencimento nos termos do Art. 224 do mesmo Código, encontra-se finalizado, ante o fato, este representante vem pleitear o PRAZO EM DOBRO, em conformidade com o direito apontado e reiterados entendimentos firmados nesse sentido, a exemplo do exposto a seguir: 
APELAÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. PROCEDÊNCIA.  INTEMPESTIVIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. I -Os escritórios de prática jurídica atuantes nos cursos superiores de Direito possuem prazo em dobro para todas as suas manifestações, art. 186, §3º, do CPC. Rejeitada preliminar de intempestividade. II - Na sentença que extingue o processo de execução, por acolhimento dos embargos à execução que desconstituiu o título, não cabe honorários além daqueles ja fixados  na sentença proferida nos embargos. III - Incabível a dupla condenação pelo trabalho desempenhado somente em um dos processos, uma vez que o proveito econômico é único. IV- Apelação desprovida.  
(Acórdão 1313003, 07139041320198070001, Relator: VERA ANDRIGHI, Sexta Turma Cível, data de julgamento: 21/1/2021, publicado no DJE: 25/2/2021).
	Convém, dessa maneira, que seja deferido o prazo em dobro e o presente recurso seja admitido como tempestivo, com vistas a concretização do princípio do acesso à justiça em todas as suas dimensões, mantendo em foco a equiparação da Defensoria Pública e das entidades não-estatais prestadoras de serviços jurídicos assistenciais gratuitos. 
II. DOS FATOS: 
	Cabe recordar, em breve síntese, o motivo ensejador da exordial e os demais desdobramentos processuais, a saber: O autor contratou os serviços de manutenção mecânica do apelado para o veículo de sua propriedade, este que apresenta função para além de ser meramente meio de transporte, sendo também instrumento para o exercício do trabalho. 
	Contudo, após adquirir o cilindro auxiliar de embreagem no valor de R$295,78 (duzentos e noventa e cinco reias e setenta e oito centavos) necessário para o conserto do automóvel, logo em seguida foi verificado defeito na peça vendida pelo fornecedor, ao passo em que, o autor dirigiu-se novamente até o alienante munido com o comprovante de garantia cedido por este na data da execução do serviço em que constava o prazo garantidor de 3 meses. 
	Todavia, o fornecedor, a despeito da utilização laboral do objeto em discussão, mostrou-se apático perante as repetidas solicitações do autor para imediata troca do cilindro ou reembolso do valor pago, ostentando postura similar a indiferença ao informar que qualquer atitude seria tomada depois do resultado de laudo pericial realizado pelo fabricante num prazo de 30 dias, afim de atestar o vício do produto, isto é, período que colocaria o apelante em situação prejudicial. 
	Por óbvio, não houve qualquer consideração acerca da situação excepcional que movia o autor, razão que motivou o requerente a comprar a peça e substitui-la por sua própria conta. 
	Dessarte, em sede de processo administrativo firmado no âmbito do PROCON/MA e dos pedidos formulados na petição inicial em que também postulou-se a condenação solidária das rés, o juízo compreendeu não haver fundamentação nas preeliminares de contestação levantadas pelos requeridos Toyomaster Comércio de Peças e SFK do Brasil, respectivamente: falta de interesse de agir, perda do objeto, inépcia da inicial, impugnação à gratuidade da justiça concedida e mácula na representação processual do autor. 
	Igualmente, foi realizado o julgamento antecipado da lide em que foi reconhecida a responsabilidade solidária das rés com fulcro no art. 7°, c/c §1 do art.25, ambos do Código de Defesa do Consumidor, bem como, foi deferido o reembolso do preço de aquisição da peça, entretanto, não houve a contemplação do pedido de indenização por danos morais avaliado em R$15.000,00 (quinze mil reais), compreendendo tratar-se de simples desgosto social. 
	É essencial esclarecer, no entanto, que merece reforma a sentença no que tange 
a condenação em pagamento de dados morais, haja vista, não ser possível minimizaro desgaste psíquico do autor observando apenas o valor patrimonial que deu origem ao quadro. Quando se aduz que o sentimento de desgosto não passa de mero aborrecimento rotineiro, incorre a possibilidade de perpetuar o comportamento impreciso e insensível de comerciantes e fornecedores, dando causa a novas lides. 
I- DO DIREITO
2.1 – DA REAL NECESSIDADE DE RECONHECIMENTO DO DANO MORAL
Desde o início desta lide processual, de forma reiterada nos manifestamos acerca da importância e do peso que o seu veículo possui na vida do apelante e de sua família, uma vez que, é a forma em que o mesmo encontrou para manter suas necessidades e de sua família, assim como também já demonstrado a situação inviável em que a empresa ora apelada, colocou o apelante ao disponibilizar um prazo absurdo e abusivo para que fosse feita a análise da peça em questão, o que gerou a presente lide, bem como transtornos financeiros.
Ao longo da instrução probatória foi pontuada a postura indiferente do apelado ao ser provocado pelo apelante da ação na data do fato, uma vez que, em posse de peça nitidamente avariada e ciente das circunstâncias que moviam o autor, não foi efetuada a troca imediata, tampouco, o reembolso do valor, deixando o requerente em situação desfavorável. Nesse sentindo, trazemos à baila o entendimento jurisprudencial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. BANDA LARGA "OI VELOX" INTERRUPÇÃO INJUSTIFICADA DO SERVIÇO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. BANDA LARGA "OI VELOX" INTERRUPÇÃO INJUSTIFICADA DO SERVIÇO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. BANDA LARGA "OI VELOX" INTERRUPÇÃO INJUSTIFICADA DO SERVIÇO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. BANDA LARGA "OI VELOX". INTERRUPÇÃO INJUSTIFICADA DO SERVIÇO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. Serviço de internet que deixou de funcionar poucos dias depois de contratado, não sendo restabelecido apesar das reclamações da consumidora. A interrupção indevida/injustificada do serviço de internet configura falha grave o bastante para justificar a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais à autora, não podendo ser considerado um mero aborrecimento a situação fática na qual o fornecedor deixa de solucionar a reclamação apresentada pelo consumidor, levando-o contratar advogado ou servir-se da assistência judiciária do Estado para demandar pela solução judicial de algo que administrativamente facilmente seria solucionado. Dano configurado. Quantum fixado em R$ 3.000,00. Por fim, a linha foi retirada a pedido da própria Autora, razão pela qual descabe o restabelecimento do serviço. Revertida a sucumbência. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.
(TJ-RJ - APL: 00438778020148190038 RIO DE JANEIRO NOVA IGUACU 6 VARA CIVEL, Relator: ANTÔNIO ILOÍZIO BARROS BASTOS, Data de Julgamento: 09/07/2018, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/07/2018)
Ademais, o apelante foi obrigado a recorrer à orgãos institucionais para obter a atenção e agilidade devida em face do fornecedor, caracterizando assim mais uma vez um verdadeiro desgaste para o apelante. Neste ponto, observa-se outro prejuízo não quantificável que é o tempo destinado para resolução de questões que seriam de fácil resolução desde logo, além dos recusos utilizados para mover o judiciário.
Sob esse contexto, o apelado não demonstrou cuidado com a dinâmica comercial, consequentemente, moveu toda uma estrutura desnecessariamente, portanto, mostra-se merecedor de uma medida reparadora, conforme observado no instituto da responsabilidade civil objetiva, de acordo com os ensinamentos de Flávio Tartuce. 
Entretanto, hipóteses há em que não é necessário sequer ser caracterizada a culpa. Nesses casos, estaremos diante do que se convencionou chamar de “responsabilidade civil objetiva”. Segundo tal espécie de responsabilidade, o dolo ou culpa na conduta do agente causador do dano é irrelevante juridicamente, haja vista que somente será necessária a existência do elo de causalidade entre o dano e a conduta do agente responsável para que surja o dever de indenizar.
É inconcebível, dentro do ordenamento jurídico nacional elogiado por sua presteza na garantia aos direitos do consumidor, que o tratamento negligente seja configurado como mera banalidade, abrindo precedente para reiteradas práticas futuras. Não há que se pensar que o descontentamento de um cliente seja uma verdade facilmente ignorável, devendo a atenção ser materializada no pagamento de danos morais, cuja função deve ser reparadora e educativa, ainda segundo o doutrinador anteriormente citado. 
A evolução do nosso Direito descortina uma mudança de perspectiva: a função social da responsabilidade civil. Com efeito, além do escopo compensatório, a indenização deve ter também uma finalidade punitiva ou pedagógica, aspecto especialmente desenvolvido pelos tribunais norte-americanos (“teoria dos punitive damages” ou “teoria do desestímulo”)
 Trata-se, por evidente, de um cenário que perpassa o simples dissabor cotidiano, afetando diretamente um direito fundamental: o trabalho enquanto um dos aspectos que envolvem o princípio máster da dignidade humana. 
Sob essa perspectiva, é que exsurge o dever de arcar com a responsabilidade pelo dano causado, isto é, faz-se perceptível através dos fatos narrados que o autor da ação cumpre os requisitos necessários justificar a reparação por danos morais, consoante a melhor doutrina de Direito de Civil. 
Segundo as lições de Sílvio de Salvo Venosa, o dano moral é um prejuízo imaterial, ou seja, afeta diretamente a saúde psíquica da vítima. Em sua obra acerca da Responsabilidade Civil, Venosa eleva sua análise a respeito do tema, onde afirma que o dano moral estará presente quando uma conduta ilícita causar a determinado indivíduo extremo sofrimento psicológico e físico que ultrapasse o razoável ou o mero dissabor, sentimentos estes, que muitas vezes podem até mesmo levar à vítima a desenvolver patologias, como depressão, síndromes, inibições ou bloqueios.
[...] Será moral o dano que ocasiona um distúrbio anormal na vida do indivíduo; uma inconveniência de comportamento ou, como definimos, um desconforto comportamental a ser examinado em cada caso. Ao se analisar o dano moral, o juiz se volta para a sintomatologia do sofrimento, a qual, se não pode ser valorada por terceiro, deve, no caso, ser quantificada economicamente; [...] (Direito Civil, Responsabilidade Civil, 15ª ed., Atlas, p.52)."
Ainda diante da doutrina apresentada, Venosa disciplina que:
[...] Acrescentamos que o dano psíquico é modalidade inserida na categoria de danos morais, para efeitos de indenização. O dano psicológico pressupõe modificação da personalidade, com sintomas palpáveis, inibições, depressões, síndromes, bloqueios etc. Evidente que esses danos podem decorrer de conduta praticada por terceiro, por dolo ou culpa; [...]. (Direito Civil, Responsabilidade Civil, 15ª ed., Atlas, p.54).
Outro ponto que merece destaque é a argumentação utilizada em contestação acerca do valor proposto para a indenização, foi dito que a soma ultrapassaria em diversas vezes o preço da peça que deu causa ao conflito inicial, entretanto, é notoriamente sabido que os danos morais havidos em razão de ofensa a honra do autor não podem ser calculados sob a mesma ótica de danos patrimoniais que ocorreriam em cima de um bem físico danificado com vistas a compensá-lo. Desta maneira, observando a capacidade dos apelados em responderem solidariamente, o quantum de R$15.000 (quinze mil reais) faz-se perfeitamente cabível. 
EMENTA: APELAÇÃO - AÇÃO INDENIZATÓRIA - FALHA NA PRESTAÇÃO SERVIÇO - DEMORA NO FORNECIMENTO DE PEÇA PARA CONSERTO DE VEÍCULO - DANO MORAL CONFIGURADO - QUANTUM - PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. Em se tratanto de responsabilidade objetiva da empresa fabricante, a incontroversa falha na prestação de serviços, qual seja a demorano fornecimento de peças necessárias ao conserto de veículo, é fato gerador da reparação por danos morais. O quantum indenizatório deve ser fixado à luz dos princípios de razoabilidade e da proporcionalidade. 
(TJ-MG-AC: 10000181350315001 MG, Relator: Alberto Henrique, Data de Julgamento: 19/03/0019, Data de Publicação: 26/03/2019).
Após todo o exposto fica claro a real necessidade do mencionado dano moral ser deferido, uma vez que como já dito, criou-se um verdadeiro desgaste financeiro e mental ao apelante na insegurança e descaso que sentiu da parte ora apelada.
III. DOS PEDIDOS
A) Que seja deferido o benefício da gratuidade da justiça mediante o exposto e em consonância com a decisão anterior; 
B) Que seja aplicado o prazo em dobro para a interposição do presente recurso, portanto, que seja reconhecida tempestiva, dado a representação movida pelo Núcleo de Prática Jurídica com base no art.186, §3 do Código de Processo Civil; 
C) Que o recorrido seja intimado para querendo oferecer as contrarrazões com base nos arts. 1.009 a 1.014, ambos do CPC/15;
D) Que seja julgado procedente o pedido de indenização por danos morais no quantum de R$15.000 (quinze mil reais). 
Nestes termos,
Pede deferimento
São Luís, 21 de Fevereiro de 2022.
KLEYTON HENRIQUE BANDEIRA PAES
OAB/MA
ESTAGIÁRIA:
SHEYLA CAMPOS PINHEIRO
LUCCA LINDOSO FERREIRA – RA: 011025
PALOMA MARQUES MACHADO – RA: 013283