Radiografia - Diagnóstico Por Imagem

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Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
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ESCURECIMENTO E OPACIDADE DO 
FILME 
Filme de raio X é um filme fotográfico com uma 
emulsão sensível à luz contendo halogeneto de 
prata. Após a exposição aos raios X ou à luz visível, 
os cristais de halogeneto de prata são 
sensibilizados e se precipitam durante o 
desenvolvimento, formando depósitos neutros de 
prata. Estes depósitos neutros de prata aparecem 
preto no filme processado. Cristais não expostos 
são removidos durante a fixação, deixando áreas 
claras sobre o filme. Assim, a quantidade de prata 
precipitada em qualquer parte específica do filme 
determina o quão preta, cinza ou clara aquela 
parte do filme aparece. O grau de escurecimento 
do filme é afetado pelo número de raios X que 
atingem o filme, que, por sua vez, está 
diretamente relacionado com a potência do 
aparelho de raios X (mAs). 
 
O escurecimento do filme também é afetado pela 
energia do feixe de raios X, que é controlada pela 
configuração do kVp. Como discutido, o kVp 
determina a magnitude da diferença de voltagem 
entre o filamento e o alvo. Quanto maior o kVp, 
maior a diferença de potencial de voltagem entre 
o filamento e o alvo, mais rápido os elétrons 
viajam do filamento ao alvo, e maior a energia dos 
raios X produzidos. Conforme a energia do raio X 
aumenta, uma maior proporção de raios X 
penetrará o paciente, aumentando o 
escurecimento do filme. 
 
A distância entre o tubo de raios X e o filme 
também afeta o escurecimento do filme. Esta 
distância é referida como a distância foco-filme 
(DFF). Conforme a DFF aumenta, o escurecimento 
do filme diminui porque a intensidade dos raios X 
no feixe de raios X (raios X/unidade de área) 
diminui. 
FATORES QUE AFETAM O 
DETALHAMENTO DA IMAGEM 
MOVIMENTO 
Quando o tempo de exposição se torna muito 
curto, a miliamperagem deve ser grande; caso 
contrário, a miliamperagem será muito baixa para 
produzir o escurecimento necessário do filme. 
TAMANHO DO PONTO FOCAL 
O tamanho do ponto focal é selecionável pelo 
operador em alguns tubos de raios X. Uso de foco 
fino resulta na melhoria do detalhe. A 
desvantagem do foco fino é que valores mais 
baixos de mAs devem ser usados para prevenir o 
filamento de superaquecimento. Com um foco 
grosso, as extremidades das estruturas 
anatômicas são projetadas com menos nitidez do 
que com um foco fino. Esta indefinição das 
extremidades é chamada penumbra. 
 
FATORES QUE AFETAM O CONTRASTE 
TÉCNICA RADIOGRÁFICA 
 
 
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Contraste radiográfico refere-se aos tons de cinza 
presentes na imagem e é causado pela absorção 
diferencial de raios X em várias partes do corpo. 
Contraste radiográfico é afetado por diferenças na 
espessura, densidade física, número atômico e 
energia do feixe de raios X. 
A capacidade de um raio X para penetrar o tecido 
depende da sua energia. Raios X gerados em 
valores maiores de kVp têm maior energia. 
Selecionar o ajuste do kVp é um dos fatores mais 
importantes a considerar na escolha dos fatores 
de exposição. Para um mAs constante, se o kVp 
formuito baixo, poucos raios X penetrarão o 
paciente, e a radiografia estará subexposta (muito 
branca), mas, se o kVp for muito alto, muitos raios 
X penetrarão o paciente, e a radiografia estará 
superexposta (muito preta). 
Se altos valores de mAs são usados (muitos raios X 
são gerados), então baixos valores de kVp devem 
ser usados para evitar que muitos raios X 
penetrem o paciente e atinjam o filme. Se baixos 
valores de mAs são usados, então altos valores de 
kVp devem ser usados para que mais raios X 
penetrem o paciente e atinjam o filme. 
 
Em uma radiografia de alto contraste, 
principalmente opacidades pretas e brancas e 
muito poucos tons de cinza estão presentes. 
Radiografias de alto contraste também são 
referidas como possuindo uma escala curta de 
contraste, porque tudo é preto ou branco. 
Radiografias de baixo contraste têm poucos 
pretos e brancos, mas muitos tons de cinza; 
radiografias de baixo contraste são referidas como 
possuindo uma escala longa de contraste, porque 
muitos tons de cinza estão presentes entre as 
partes mais claras e mais escuras da imagem. 
 
Uma radiografia de alto contraste (A) e de baixo 
contraste (B) do mesmo ombro canino. canino. A 
radiografia de alto contraste seria feita usando 
uma técnica de baixo kVp e alto mAs, ao passo 
que a radiografia de baixo contraste seria feita 
usando uma técnica de alto kVp e baixo mAs. 
Em áreas do corpo com alto contraste inerente, 
como o tórax, seria desejável utilizar uma técnica 
de alto kVp e baixo mAs para evitar que a 
radiografia tenha muito contraste. Por outro lado, 
em áreas do corpo com baixo contraste inerente, 
como o abdome, onde apenas a gordura 
proporciona contraste, seria desejável utilizar uma 
técnica de baixo kVp e alto mAs para maximizar o 
contraste, e, por conseguinte, a discriminação de 
órgãos, na radiografia. 
REFERÊNCIAS 
Thrall, D. Diagnóstico de Radiologia Veterinária. 
Grupo GEN, 2019 
Kealy, Hester e Graham. Radiografia e 
Ultrassonografia do Cão e do Gato. Elsevier. 
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