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1 VISÃO SISTÊMICA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário VISÃO SISTÊMICA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ................................ 1 NOSSA HISTÓRIA............................................................................................ 2 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 1. ABORDAGEM SISTÊMICA E VISÃO SISTÊMICA .................................... 5 1.2 Teoria Sistêmica ...................................................................................... 5 1.2 Pensamento Sistêmico ............................................................................ 5 1.3 Visão sistêmica e Administração ............................................................. 7 1.4 Visão sistêmica e áreas funcionais de uma empresa .............................. 8 1.5 A gestão sistêmica de organizações ...................................................... 10 2.PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................. 12 2.1 Planejamento estratégico e seus conceitos ........................................... 12 2.2 Vantagens de ter um planejamento estratégico ..................................... 14 2.3 Tipos de Planejamento .......................................................................... 15 2.3.1 Planejamento Estratégico ............................................................... 16 2.3.2 Planejamento Tático ....................................................................... 17 2.3.3 Planejamento Operacional .............................................................. 17 2.4 Norteadores Estratégicos ...................................................................... 19 2.4.1 Definição do Negócio ...................................................................... 19 2.5 A Administração e o Planejamento Estratégico ..................................... 21 2.5.1 Cibernética e Administração............................................................ 23 2.6 O Diagnóstico Estratégico ..................................................................... 24 2.7 Controle estratégico............................................................................... 30 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 32 file:///C:/Users/Tatiane/Desktop/FACUMINAS/VISÃO%20SISTÊMICA%20E%20PLANEJAMENTO%20ESTRATÉGICO/AP.%20VISÃO%20SISTÊMICA%20E%20PLANEJAMENTO%20ESTRATÉGICO.docx%23_Toc74510610 4 INTRODUÇÃO A complexidade crescente na gestão dos negócios e a necessidade de desenvolver modelos que possibilitem maior velocidade na tomada de decisão e integração das áreas das empresas fortalece o espaço para a aplicação de metodologias sistêmicas em organizações. O modelo apresentado permite uma reflexão sobre os possíveis ganhos com a integração das áreas e as funções de administração de planejar, organizar, liderar e controlar, desempenhadas pelos gestores das diversas áreas funcionais das organizações. Para isso fo- ram revisadas literaturas importantes sobre os temas da evolução do pensa- mento administrativo e visão sistêmica. 5 1. ABORDAGEM SISTÊMICA E VISÃO SISTÊMICA Na abordagem sistêmica, as organizações são vistas como sistemas so- cio-técnicos estruturados. Essa abordagem apresenta vários aspectos de inte- resse. As organizações são analisadas como sistemas abertos, relacionados com outros sistemas, com os quais trocam informações. São sistema dinâmicos, em constante adaptação e mudança, buscando o equilíbrio, a homeostase. Como sistemas que são, estão sujeitos a receber insumos (inputs), analisá-los e liberá-los como resultados (produtos/ serviços – outputs). Em função desses produtos, o sistema é então retroalimentado (por feedback) segundo suas necessidades. Estabelece-se então um ciclo. 1.2 Teoria Sistêmica É ponto de vista comum entre os estudiosos que a teoria estruturalista está a um passo da teoria dos sistemas. Ao dizer que a empresa atua em inte- ração com o meio externo, estava aberto o caminho para o surgimento da visão sistêmica da organização, que a vê como parte de um sistema amplo e dinâmico, que a influência e é por ela influenciado. Sistema é a conjunção de todos os elementos que compõe uma unidade de valor individual. 1.2 Pensamento Sistêmico Sistema é a combinação de partes coordenadas e relacionadas entre si, de maneira coerente, de modo a formar UM TODO que tem o mesmo objetivo. Sistema é um conjunto de elementos, interagentes e interdependentes, cada qual com sua função específica, que trabalha em sintonia para atingir determi- nado objetivo comum. Foco principal: meio ambiente e as pessoas. As organizações são abordadas como sistemas abertos, pois fazem parte de um sistema maior – a sociedade -, que exige uma participação continua da organização com o meio ambiente externo. 6 Na Abordagem Sistêmica há uma forte tendência em se enfatizar as fun- ções (ou conjunto de atividades) exercidas pelos indivíduos nos subsistemas. Essa tendência faz surgir uma teoria da organização de sistemas de papéis. O conjunto dos comportamentos espe- rados de uma determinada posição social no sistema social (que se trans- forma em comportamento esperado na organização) relaciona-se com ou- tros indivíduos nos seus respectivos papéis. É o chamado conjunto de pa- péis organizacionais, com cada indiví- duo com o seu papel. Nessa abordagem, as variáveis organizacionais são as que intervêm na relação social, tais como a personalidade dos indivíduos e a relação interpes- soal. São variáveis que se referem à posição, de caráter flexível ou rígido, o que é uma extração do papel independentemente do papel social no qual o indivíduo está inserido. Esse indivíduo é o chamado Homem Organizacional, sobre o qual a predisposição a atuar, se dirija rumo às metas organizacionais. Um autor que prevaleceu suas ideias foi o biólogo Ludwig von Bertalanffy e seus primeiros estudos sobre a teoria Sistêmica datam dos anos 1968. Que não visavam apenas a solução de problemas mas a produção de teorias e for- mulações conceituais que pudessem criar condições de aplicabilidade. Ele rela- ciona a organização com o ambiente externo assim a empresa forma com o meio externo um sistema que influencia e é influenciado. 7 O enfoque sistêmico apresenta algumas limitações, que derivam de al- guns aspectos em si presentes. A principal é que, por derivar muito das ciências exatas, a abordagem trata a organização de forma a criar um modelo. Masas organizações são ainda mais complexas do que os sistemas físicos ou biológi- cos. A visão da empresa como sistema parece, às vezes, muito mecanizada, como se esta fosse uma máquina física. 1.3 Visão sistêmica e Administração Como apresentado na introdução desse material, as grandes mudanças que ocorrem no ambiente institucional requerem das empresas modelos de ges- tão mais flexíveis, que possibilitem a rápida tomada de decisão frente às influên- cias/demandas crescentes dos grupos de stakeholders. Dessa forma, a visão sistêmica contribuiu para o avanço de estruturas organizacionais que possam responder a esse novo cenário emergente. O objetivo aqui é apresentar como a visão sistêmica pode contribuir para que os gestores possam executar as suas atividades de POLC, buscando atingir os objeti- vos comuns da organização, a sua visão. A teo- ria dos sistemas foi introduzida no estudo das or- ganizações por meio da divulgação dos estudos do biólogo Ludwig von Bertalanffy, sendo que os principais motivadores dessa nova teoria envol- viam a necessidade de uma maior integração das grandes áreas do conhecimento, promo- vendo a transferência de conhecimento de um campo para outro, minimizando a duplicação dos esforços empreendidos. Assim, a abordagem sistêmica “permite a efetiva resolução de problemas a partir de um extenso olhar para o todo, em vez de uma análise específica das partes”. Dessa forma ao trazer os conceitos da visão sistêmica para a administração, esperava- se que as organizações fossem analisadas por uma lente maior, buscando a conexão entre as diferentes áreas do conhecimento até então exploradas. Ackoff (1994) ressalta em sua obra a necessidade de estudar as organizações por meio da visão sistêmica. Segundo o autor, a natureza dos sistemas é composta por 8 quatro características: o conjunto tem uma ou mais funções que os definem; o comportamento ou as partes do todo podem ser afetados com cada parte do conjunto; se analisadas separadamente as partes não podem executar as fun- ções que definem o todo; o comportamento ou propriedade das partes depende do comportamento ou propriedades de outra parte do sistema. O autor ainda destaca o conceito da sinergia, fundamental na visão sistêmica, em que o todo é formado pelo produto das suas partes e não pela somatória, sendo o todo maior que a soma das partes. Os principais componentes de um sistema são as entradas, os processos (transformam as entradas), as saídas e o feedback (re- troalimentação do sistema), sendo que esse sistema pode ser parte de um sis- tema maior com o qual serão realizadas algumas trocas. A Figura a seguir apre- senta graficamente como um sistema pode ser entendido. Considerando que a administração está relacionada com um processo de decisões contínuas, a visão sistêmica pode auxiliar o gestor a entender a complexidade das decisões do dia a dia e a sua interpelação com as demais áreas da empresa. 1.4 Visão sistêmica e áreas funcionais de uma empresa 9 Qualquer que seja a natureza de uma organização, o seu porte, ou o setor industrial ao qual ela pertence, algumas funções básicas sempre são (ou deveriam) ser desempenhadas. Sendo assim, as funções de marketing, vendas, compras, gestão de pessoas, finanças/controladoria, produção, supply chain, tecnologia da informação entre outras, de alguma forma devem estar presentes em uma organização. São todas essas atividades que, quando bem conduzidas, levam a organização ao sucesso. No en- tanto, é comum, ao observar algumas or- ganizações, notar o quanto que essas ati- vidades estão desco- nectadas e em al- guns casos há até conflitos entre elas. Assim, antes de ana- lisar a conexão entre essas áreas, é ne- cessário o entendimento das funções básicas desempenhadas por elas. O obje- tivo aqui não é esgotar o número de atividades que área pode desempenhar, mas conduzir a uma reflexão sobre a sua importância dentro de uma organiza- ção. Assim, o quadro a seguir, apresenta algumas das funções que cada área pode (deve) executar dentro de uma empresa. 10 O gestor de qualquer organização tem um papel fundamental, que é fa- zer as atividades de cada área funcionar de forma integrada, no entanto, nem sempre isso acontece. 1.5 A gestão sistêmica de organizações Considerando a importância do gestor em planejar, organizar, liderar e controlar, dentro de uma organização que esteja preparada para os novos desa- fios impostos pelo macro-ambiente, esta seção apresenta uma reflexão sobre um possível modelo sistêmico que consiga lidar com a complexidade da admi- nistração de uma organização. A organização é um sistema aberto e que sofre influência, assim como influencia o seu ambiente, conceito já amplamente dis- cutido desde o surgimento do movimento Estruturalista/Sistêmico. O ambiente em que a organização está inserida considera as mudanças políticas, legais, econômicas, naturais, sociais, culturais e tecnológicas. Dessa forma, as mudan- ças que ocorrem na economia de um país podem influenciar significativamente como as empresas desempenham suas atividades, assim como as ações das empresas podem influenciar também a economia dos países. Assim, é parte do modelo considerar que o administrador deve ter meios contínuos para analisar o ambiente em que a sua empresa está inserida. A proposição sistêmica do modelo está na necessidade de integração entre as atividades das diversas áreas. Para isso é preciso que os fluxos de 11 comunicação possam ser melhor desenvolvidos, buscando facilitar o alinha- mento entre os objetivos e metas das áreas. Ademais, a criação de grupos de trabalho com representantes das diversas áreas poderá auxiliar as empresas a criarem um modelo de gestão sistêmica. Nesse sentido, o Planejar não deve ser visto como uma atividade única dos gestores de áreas, mas sim de todos os envolvidos. Organização - A organização é um processo que busca de alguma forma identificar e agrupar de maneira racional e lógica as atividades de uma empresa, estabelecer as autoridades e responsabilidades (mais especifica- mente, desenhar um organograma), demonstrando as relações de trabalho que devem vigorar entre os indivíduos ou grupos que constituem a empresa (ou seja, definir de forma clara aqueles que coordenarão os trabalhos), o estabelecimento de políticas (como a empresa determina suas relações com fornecedores, clien- tes e sociedade) e procedimentos nas atividades diárias, de modo que os recur- sos disponíveis sejam aplicados eficiente e eficazmente, a fim de que empresa e seus funcionários realizem seus objetivos múltiplos. Direção- Para que as fases anteriores tenham continuidade de forma consistente e possam realmente consolidar o empreendimento, há a necessi- dade de direcionar e motivar todas as pessoas envolvidas no processo na reali- zação das metas organizacionais, estabelecer um canal de comunicação com as pessoas (um canal de comunicação claro e objetivo), para atingir os níveis ideais de produtividade. Como toda reunião de pessoas, a existência de idéias e pensamentos contraditórios pode levar à existência de conflitos, que deverão ser resolvidos logo que surgem, para evitar o comprometimento das atividades do empreendimento. Controle- O controle pode ser definido como a função em que todas as etapas anteriores do processo de desenvolvimento da organização serão avali- adas, para que se possa medir o desempenho das atividades da empresa, das pessoas ou grupos de pessoas envolvidas, estabelecendo uma comparação com padrões pré-definidos anteriormente, para os objetivos que se pretendem alcançar (aonde você que chegar com a sua empresa). A partir dessa avaliação e verificando que o desempenho alcançado foi satisfatório, procede-se o esta- belecimento de novas metas para a continuidade doseu negócio. Caso contrá- 12 rio, passa-se a tomar as ações necessárias para que se consiga melhorar o de- sempenho e corrigir os possíveis desvios nas atividades e processos da em- presa. A Organização dos recursos de forma integrada poderá possibilitar que as empresas sejam mais eficientes e efetivas. Trabalhar com os recursos chave de maneira correta possibilita que as empresas sejam serem mais competitivas em seus mercados. A Liderança integrada reforça o papel que os departamentos de gestão de pessoas têm nas organizações. Trabalhar de forma alinhada com os valores e a cultura das organizações é essencial para aumentar a produtivi- dade e satisfação dos colaboradores. Assim, o modelo sistêmico propões que aos gestores possam estar alinhados entre si, para que as áreas se sintam parte de uma única empresa, uma organização maior. Por fim, é importante que toda a empresa esteja alinhada com seus objetivos finais. A visão da empresa, base para a definição de suas estratégias será mais facilmente alcançada se as áreas estiverem integradas. 2.PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2.1 Planejamento estratégico e seus conceitos Segundo o Dicionário Aurélio, Planejamento é: O ato ou efeito de planejar (fazer o plano ou planta; traçar); Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e mé- todos determinados; Elaboração por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com objeti- vos definidos. Planejar é uma arte. Dizem que quem faz um bom planejamento já realizou 50% das tarefas a serem desenvolvidas. Estratégia é uma palavra que vem do grego estrategos e significa “a arte do general”. Segundo o dicionário Aurélio, Estratégia é “a arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos espe- cíficos”. Para Peter Drucker o qualificativo estratégico originado da palavra, es- trategos, tem uma conotação militar. O verbo estrategein significa elaborar um plano, com referência ao exército. A linguagem científica tomou este vocábulo 13 para aplicá-lo à Teoria dos Jogos, aos modelos matemáticos e finalmente à or- ganização. O que é então PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (PE)? Juntando as definições acima é a preparação do trabalho com base nos recursos disponíveis para o atingimento de metas para alcançar resultados po- sitivos. Consiste em elaborar, com base na missão e no negócio da empresa, um Plano de Ação e de Metas com objetivo de garantir a qualidade, o lucro, e a marca da empresa, oferecendo uma visão de futuro, independente do porte da organização. Com o atual cenário econômico mundial globalizado em que a competi- tividade, as constantes instabilidades políticas e econômicas, além de inúmeras adversidades ambientais estão fortemente presentes, várias empresas agem de maneira mais instintiva do que através de um consciente Planejamento Estraté- gico. O Planejamento Estratégico torna-se muitas vezes um item secundário em épocas de crise. Mas, sem um bom Planejamento e uma Estratégia bem funda- mentada na Administração Científica, as empresas colocam em risco a própria sobrevivência em um mercado competitivo. Nesse sentido, o Planejamento Es- tratégico significa o ponto de partida na administração estratégica das organiza- ções, independentemente de seus tamanhos e tipos. Esse planejamento tem como propósito adotar medidas decisivas e resultados na condução de atitudes pró-ativas na gestão das organizações. 14 O planejamento estratégico deve vislumbrar caminhos que possam ser percorridos e que levem ao sucesso. Isto quer dizer que o nível estratégico da gestão tem como objetivo enxergar onde a empresa precisa chegar, e selecionar caminhos viáveis para o desenvolvimento das ações necessárias para que a empresa de fato chegue lá. Mas a estratégia pode ser trabalhada de várias ma- neiras. A boa gestão depende do entendimento e ênfase do tipo certo de estra- tégia. Um bom PE deve responder as seguintes questões: Onde queremos chegar? O que fazer? Como? Quando? Quanto? Para quem? Por quê? Por quem? Onde? 2.2 Vantagens de ter um planejamento estratégico Quando as empresas pequenas operam sem planos formais elas dão os seguintes motivos: Estruturas pequenas mantêm os administradores muito ocupados. Fazer Planejamento Estratégico é privilégio de grandes empresas. Quando as empresas grandes operam sem planos formais, normalmente justificam das seguintes formas: Administradores argumentam que sempre se deram bem sem planeja- mento. Consideram perda de tempo elaborar um plano escrito em função do ritmo das mudanças. Mas o que todas elas – empresas grandes ou pequenas – não percebem é que a falta de planejamento normalmente gera desper- dício, principalmente de tempo, fator que aparece nas justificativas ante- riores. As ações tomadas sem critério podem ser ineficazes ou até preju- diciais, causando até mesmo desperdício de dinheiro. E quais são as vantagens de se elaborar esse planejamento? 15 Agilidade nas tomadas de decisões, pois os objetivos da empresa são claros. Melhor conhecimento dos seus concorrentes, visto que o PE exige isso na sua elaboração. Melhor comunicação entre os funcionários, pois todos falam a “língua” da empresa – Cultura Organizacional. Maior capacitação gerencial, até dos funcionários de níveis inferiores, já que a empresa identifica o tipo de profissional que quer para seu quadro mais facilmente. Orientação maior nos comportamentos de funcionários, pois todos sabem onde devem chegar e por que. Consciência coletiva, motivação e comprometimento dos envolvidos, já que todos os funcionários conhecem a importância do seu trabalho para o atingimento das metas. Melhor conhecimento do ambiente em que os funcionários trabalham. Melhor relacionamento entre empresa-ambiente, pois há um estudo constante dos cenários em que a empresa atua. Maior capacidade e rapidez de adaptação dentro da empresa. Visão de conjunto. Um PE deve ser flexível a ponto de aceitar adaptações no transcorrer do tempo. 2.3 Tipos de Planejamento Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três ti- pos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional 16 Podem-se relacionar os tipos de planejamento aos níveis de decisão numa Pi- râmide organizacional: O Planejamento Integrado entre os vários escalões é importante para que a atividade conjunta garanta a realização dos objetivos propostos para o desenvolvimento e crescimento da empresa. 2.3.1 Planejamento Estratégico É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. O planeja- mento estratégico é, normal- mente, de responsabilidade dos níveis mais altos da em- presa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, le- vando em conta as condi- ções externas à empresa e sua evolução esperada. 17 2.3.2 Planejamento Tático Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a em- presa como um todo. Portanto, trabalha com decomposição dos objetivos, estra- tégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. O Planejamento Tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferi- ores tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponí- veis para a consecução de objetivos previamente fixados. 2.3.3 Planejamento Operacional Pode ser considerado como aformalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação es- tabelecidas. Portanto, nesta situação se tem, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os Planejamentos Operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático. Cada um dos planeja- mentos operacionais deve conter com detalhes: 18 Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implanta- ção; Os procedimentos básicos a serem adotados; Os resultados finais esperados; Os prazos estabelecidos; Os responsáveis por sua execução e implantação. 19 2.4 Norteadores Estratégicos Os norteadores estratégicos representam uma identidade organizacio- nal. Criam um senso comum de mesma direção em todos os colaboradores da empresa, desenvolvendo uma cultura organizacional. 2.4.1 Definição do Negócio O negócio de uma empresa é a razão pela qual ela foi criada, ou seja, o seu motivo de existência. Atente para o fato de que o negócio não deve respon- der somente o que a empresa fabrica ou vende. Ele deve corresponder às ne- cessidades e expectativas mais amplas dos clientes da organização. Para Porto (2008), qualquer organização seja pública ou privada, seja grande ou pequena, necessita compreender sua missão no mercado e a partir disso estabelecer sua visão para dentro de seus padrões. É importantíssimo res- peitar suas características, pois assim poderá encontrar soluções que ajudam a desenvolver e reforçar a sua qualidade organizacional e de seus produtos. Os produtos e serviços são os caminhos pelo qual a organização leva para a socie- dade a sua missão e a sua visão que orienta o processo de criação deste cami- nho, estimulando o rompimento com a situação atual e o estado futuro desejado. Porto (2008), ainda define que é de fundamental importância monitorar e com- preender as necessidades de mudanças comportamentais da sociedade. O Con- junto formado pela Missão, Visão e Valores representa uma IDENTIDADE OR- GANIZACIONAL, onde: Missão- Refere-se ao propósito da empresa. É uma descrição precisa do que a organização faz e o negócio na qual está inse- rida. É a finalidade da existência de uma organização. É aquilo que define o significado a essa existência. A Missão da organiza- ção liga-se diretamente aos seus objetivos institucionais, e aos motivos pelos quais foi criada, e representa a sua razão se ser. A Missão deve responder ao “porquê” da organização existir de 20 forma clara, sintética e compreensiva. Cada colaborador da em- presa deve ser capaz de verbalizar a missão da empresa sem hesitar. Visão- É o objetivo da organização. É aquilo que se espera ser em um determinado espaço de tempo. A visão é um plano, uma ideia mental que descreve o que a organização quer realizar ob- jetivamente nos próximos anos de sua existência. Normalmente é um prazo longo, de pelo menos 5 anos. Jamais confundir Mis- são e Visão: a Missão é algo perene, sustentável enquanto a Vi- são é mutável por natureza, de acordo com a necessidade da em- presa, porém deve ser algo concreto e possível de ser alcançado. Valores- São princípios, ou crenças, que servem de guia, ou cri- tério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção da Visão. Representam os princípios éticos que norteiam 21 todas as suas ações. Normalmente, os valores são compostos de regras morais que simbolizam os atos de seus administradores, fundadores, e colaboradores em geral. 2.5 A Administração e o Planejamento Estratégico A História do Pensamento Administrativo do ponto de vista da ciência, conformando um conjunto teórico estruturado, tem início a partir da Revolução Industrial, no final século XIV. Podemos registrar a evolução desse pensamento conforme o quadro a seguir: 22 O biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy elaborou, por volta da década de 50, um teoria interdisciplinar capaz de transcender aos problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios gerais e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada ciência pudessem ser utilizadas pelas demais. Essa teoria interdisciplinar - denominada Teoria Geral dos Sistemas - demonstra o isomorfismo das várias ciências, per- mitindo maior aproximação entre as suas fronteiras e o preenchimento dos es- paços vazios entre elas. Essa teoria é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser plenamente compreendidos apenas pela análise separada e ex- clusiva de cada uma de suas partes. Ela se baseia na compreensão da depen- dência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração. Assim, os diversos ramos do conhecimento até então estranhos uns aos outros pela intensa especialização e isolamento consequente passaram a tratar seus 23 objetivos de estudos como sistemas. Dentre eles está a Administração. A Abor- dagem Sistêmica da Administração trata de três escolas principais: Cibernética e Administração; Teoria Matemática da Administração e Teoria de Sistemas. 2.5.1 Cibernética e Administração Conforme aponta Chiavenato (2000), cuja obra utilizaremos como refe- rência principal para este trecho de nosso material de apoio, a Cibernética é uma ciência relativamente jovem, tendo seus princípios lançados por Norbert Wiener entre os anos de 1943 e 1947, mesma época em que surgiu o primeiro compu- tador de que se tem notícia, assim como a Teoria de Sistemas, proposta por Von Beralanffy. A palavra cibernética vem do grego (kybernytiky) e está relacionado á atividade de governar, conduzir navios. Daí, a Cibernética é a ciência da co- municação e do controle, seja no animal (homem, seres vivos), seja na máquina. É a comunicação que possibilita tornar os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o seu comportamento. A Cibernética compreende os pro- cessos e sistemas de transformação da informação e sua concretização em pro- cessos físicos, fisiológicos, psicológicos etc. de transformação da informação. Chiavenato (2000) apud Bertalanffy define que “A Cibernética é uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação (transferência de informação) en- tre o sistema e o meio e dentro do sistema, e do controle (retroação) da função dos sistemas com respeito ao ambiente.” Campo de Estudo da Cibernética - O campo de estudo da Cibernética são os sistemas, definidos por Chiavenato como sendo qualquer conjunto de elementos que estão dinamicamente relacionados entre si, formando uma ativi- dade para atingir um objetivo, operando sobre entradas, (informação, energia e matéria) e fornecendo saídas (informação, energia ou matéria) processadas. Os elementos, as relações entre eles e os objetivos (ou propósitos) constituem os aspectos fundamentais da definição de um sistema. Feedback - O retorno da informação (também chamado de retroação ou feedback) serve para comparar a maneira como um sistema funciona em relação ao padrão estabelecido para ele funcionar: quando ocorre alguma diferença 24 (desvio ou discrepância) entre ambos, a retroação incumbe-se de regular a en- trada para que sua saída se aproxime do padrão estabelecido Maximiano (2006). A retroação confirma se o objetivo foi cumprido, o que é fundamental para o equilíbrio do sistema. Podemos identificar dois tipos de retroação, apontados por Chiavenato (2000): • Retroação Positiva: é a ação estimuladora da saída que atuasobre a entrada do sistema. Na retroação positiva, o sinal de saída amplifica e reforça o sinal de entrada. • Retroação Negativa: é a ação frenadora e inibidora da saída que atua sobre a entrada do sistema. Na retroação negativa o sinal de saída diminui e inibe o sinal de entrada. A retroação impõe correções no sistema, no sentido de adequar suas entradas e saídas e reduzir os desvios ou discrepâncias no sentido de regular seu funcionamento. 2.6 O Diagnóstico Estratégico É a avaliação real da posição da instituição. Nesta etapa são considera- dos os aspectos internos e externos a partir dos dados consistentes levantados durante a análise do ambiente interno e externo. O diagnóstico estratégico cor- responde à primeira fase do processo de planejamento estratégico e procura responder à pergunta “qual a real situação da empresa quanto a seus aspectos internos e externos?”, verificando o que a empresa tem de bom, de regular ou de ruim em seu processo administrativo. Com a elaboração do diagnóstico in- terno e externo, pode ser feita uma complementação na análise e se obterem acertos nas estimativas futuras, baseando-se nas situações atuais. Os fatores externos são formados por: fatores econômicos, fatores sociais, fatores políti- cos/legais e fatores tecnológicos. Existem também os fatores externo operacio- nal, que são formados por: mercado consumidor, mercado fornecedor e mercado concorrente, denominadas forças macroambientais. Essas forças não estão, em geral, ligadas ao controle direto das organizações. O objetivo da administração estratégica é criar condições para que a empresa opere com eficácia diante de ameaças ou restrições ambientais, e possa também capitalizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente. Para atingir esse objetivo, os administradores estraté- gicos devem identificar e analisar essas forças macroambientais nacionais e 25 mundiais. Um dos métodos que podem auxiliar o processo do diagnóstico estra- tégico é o benchmarking. É um processo contínuo e interativo para com as rea- lidades ambientais para a avaliação de desempenho corrente, estabelecimento de objetivos, bem como para identificação de áreas de aperfeiçoamento e mu- dança nas empresas. Ou seja, o diagnóstico aumenta a possibilidade de melho- rias nas empresas e tem por objetivo principal projetar o futuro da organização. Independentemente do seu tipo ou tamanho, muitos se utilizam de exemplos ou realidades encontradas no mercado e assim estabelecem objetivos adaptados a suas próprias atividades. Uma ferramenta bastante difundida e utilizada para a elaboração de um bom diagnóstico situacional é a Matriz SWOT (vindo do inglês strengths [forças], weaknesses [fraquezas], opportunities [oportunidades] e thre- ats [ameaças]. Também conhecida como análise de equilíbrio, ela visa confrontar os aspectos negativos e positivos com relação às condições internas e externas que podem afetar de alguma forma a organização. Essa ferramenta vem na área da Administração e se encaixa com bastante veracidade no processo de Gestão Escolar, sendo um eficiente recurso a ser usado no mapeamento das condições 26 socioeconômicas do ambiente onde está inserida e escola, bem como no levan- tamento dos acertos e dos pontos a melhorar no que diz respeito à própria forma de trabalho e funcionamento da instituição que está sendo gerenciada. Com o objetivo de ajudar no processo decisório das instituições e permitir uma ação mais rápida e uniforme das pessoas envolvidas, a Matriz SWOT (...) deve ser elaborada com total franqueza, honestidade e ousadia para que retrate o ambi- ente de funcionamento da escola da forma mais precisa e clara possível, ofere- cendo segurança àqueles que tomarão as decisões estratégicas da organização. Como demonstrado no quadro a seguir, é recomendado que se criem quatro quadrantes onde serão descritas, de forma resumida e clara, as variáveis que podem ser controladas e as que não podem ser controladas pela empresa, Deve-se tomar como referência os aspectos positivos e negativos de um produto ou serviço oferecido pela empresa. Pontos Fortes - são os aspectos mais positivos em relação ao seu ser- viço que oferece. Devem ser fatores que podem ser controlados pela própria organização e relevantes para o planejamento estratégico da mesma. Algumas questões que podem ajudar nesse levantamento são listadas abaixo • O que fazemos bem feito e como somos reconhecidos? • O que nossos clientes acreditam que fazemos bem feito? • Quais são nossos ativos e patrimônio? • Onde nossa organização é forte? • Cobramos preços compatíveis com nosso nicho de mercado? • Que forças temos em produtos, serviços e marcas? 27 • Que forças temos na comunicação e no relacionamento interno e ex- terno? • Que imagem nossa empresa, produtos e serviços possuem? • Qual é a nossa força em vendas? • Temos flexibilidade operacional? • Temos capacidade de reagir rapidamente às mudanças solicitadas por nossos clientes? • Nossa estrutura organizacional é voltada para a integração dos proces- sos? • Nossa cultura organizacional valoriza a participação do grupo e prioriza a comunicação interna? • Temos produtos ou serviços inovadores? • Oferecemos diferenciais em nossos produtos e serviços? Podemos tirar vantagens da nossa localização? • As pesquisas de mercado demonstram resultados positivos? • Existe motivação e co-autoria por parte dos funcionários? • Conseguimos manter nossa equipe atualizada e treinada? • Temos metas claras e toda a empresa sabe quais são? • Nossas ações são orientadas pelo planejamento estratégico Pontos Fracos (ou Pontos a Melhorar) - são os aspectos mais negati- vos em relação ao seu serviço. Devem ser fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. • Quais são nossas deficiências e onde devemos melhorar? • Onde devemos concentrar nossos esforços? • Onde atacaríamos nossa empresa se fôssemos os concorrentes? • Qual é a nossa eficiência em recrutar pessoas qualificadas? • Qual é a necessidade de substituição de gerentes e líderes? • Qual a necessidade de treinamento do nosso pessoal, ele está sendo permanentemente atualizado? • Qual é o tamanho da empresa frente aos concorrentes? • Que imagem da qualidade nossos clientes têm sobre nossos produtos e serviços? • Nossa estrutura organizacional é flexível ou ainda é hierárquica? • O nível de comunicação interna de nossa empresa é baixo? 28 • Ainda temos uma tendência à departamentalização? • Nossa cultura organizacional é pouco difundida internamente? • Possuímos baixa velocidade no atendimento das necessidades de nossos clientes, fornecedores e funcionários? • Qual é a condição da nossa concorrência em relação ao aspecto orga- nizacional? • Não promovemos a co-autoria e o incentivo à criatividade dos funcio- nários? • Há excesso de documentação e burocracia, provocando lentidão nas tomadas de decisão? • É baixa a capacidade de adaptação a novos cenários do mercado? • Sabemos realmente a que itens nossos clientes dão valor? • Ainda não praticamos a gestão estratégica? Oportunidades - são os aspectos mais positivos do serviço em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. Devem ser fatores que não podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. • A empresa tem conhecimento de onde existe espaço de crescimento de consumo? • A empresa tem conhecimento de onde existe espaço para aumento na participação de mercado? • É possível ampliar e melhorar a oferta de produtos e serviços que os concorrentes terão dificuldades para copiar rapidamente? • É possível melhorar a comunicação sobre os produtos ou serviços com os clientes, distribuidorese funcionários? • É possível reduzir os custos? • É possível aumentar os lucros? • Existem investimentos gerando vantagem competitiva para nossa em- presa com relação aos nossos concorrentes? • É possível comprar ou se fundir a outra empresa para ampliar o nosso potencial de vendas ou aumentar nossa oferta de produtos e serviços? • O governo está criando incentivos, novas linhas de crédito ou permi- tindo novos financiamentos em nossa área de atuação? • Nossas políticas de relacionamento e marketing realmente transferem valor para nossos clientes? 29 • Existem concorrentes diretos com produtos e serviços mal posiciona- dos no mercado? • Nossos concorrentes diretos não praticam gestão estratégica? • Nosso elevado nível de comunicação interna e flexibilidade operacio- nal reduziu nossa burocracia e nosso custo de produção? Ameaças - são os aspectos mais negativos dos serviços da escola em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. Devem ser fatores que não po- dem ser controlados pela própria escola e relevantes para o planejamento estra- tégico. • O que pode dificultar ou impedir que a nossa organização atinja os objetivos de lucro, participação de mercado e de segmentação que pretende- mos? • Como nossos principais clientes se relacionam com nossos concor- rentes diretos? • Nossos concorrentes diretos estão criando algum diferencial competi- tivo que seremos impossibilitados de copiar e/ou melhorar rapidamente? • Qual o volume de investimentos dos nossos concorrentes di retos? • Existe alguma tarifa, taxa ou serviço regulado pelo governo que pode vir a impactar nossos custos operacionais? • Podem surgir alterações na legislação que rege nosso negócio que venham a modificar nosso mercado e nos atrapalhar? • Quais são as condições da economia nacional e internacional? • O que nossos clientes, funcionários e fornecedores esperavam de nós e que não conseguimos cumprir? Notemos aqui que utilizamos o termo “em- presa” como genérico que pode indicar nossa escola, uma prefeitura, uma em- presa propriamente dita, uma cooperativa, enfim, todos os tipos de organização. É preciso apenas que tomemos o cuidado de sempre adaptarmos o modelo para o tipo de organização que estaremos analisando. É importante alertar ainda que os aspectos demonstrados aqui são meros exemplos, já que cada empresa deve determinar os seus, de maneira particular e de forma que estejam focados em sua visão, missão e negócio. Martins (2007) diz que boa parte desse “jogo” cha- mado estratégia também é a forma eficaz de seus gestores utilizarem os diver- sos aspectos que podem influenciar esses fatores da Matriz SWOT e aplicar corretamente estas ou outras tantas ferramentas visando reduzir as fraquezas, 30 potencializar as forças, inibir as ameaças e tirar o melhor proveito das oportuni- dades em favor da sua empresa, diante de seus concorrentes. Os gestores que praticam o conhecimento renovável acabam encontrando mais possibilidades para modificar os aspectos atuais e até criar novos diferenciais competitivos para a sua organização, proporcionando uma capacidade de reação ao ambiente de negócios muito mais rápida do que aqueles que simplesmente tendem a repetir hoje o que já funcionou bem anteriormente. Em decorrência da agressividade com a qual o mercado consumidor e a concorrência se apresentam hoje, essa atitude pode significar uma questão de vida ou morte para as empresas, ou de sucesso ou fracasso para a escola na sua missão de construir o modelo de so- ciedade desejado. Identificar corretamente quem somos, o que fazemos, quais as características sociais, políticas e econômicas do lugar onde está inserida a escola, bem como aquilo que se faz bem feito e aquilo que se precisa melhor é imprescindível para a adequada elaboração do Planejamento Estratégico. 2.7 Controle estratégico É a fase em que, de acordo com a ambição, com os fins, prioridades e objetivos, e atendendo a determinados critérios (consistência, adequação, grau de satisfação e de operacionalização, entre outros), se determina o grau de con- secução e de desvio face a padrões estabelecidos, no sentido da correção e do melhoramento de todo o processo estratégico. Este controle é, portanto, um tipo especial de controle organizacional que foca a monitorização e avaliação do pro- cesso de gestão estratégica em ordem a assegurar que tudo funcione adequa- damente. Visa tornar seguro que as estratégias se desenrolarão segundo o pre- visto, ou seja, que tudo acontecerá segundo o planejado. É este controle que fornece o feedback considerado crítico para determinar se todas as fases do processo de gestão estratégica são apropriadas e compatíveis. Esquematica- mente, poderíamos sintetizar a questão do processo de controle estratégico, ou do controle da estratégia organizacional. A seguir será demonstrado um modelo prático da utilização de um pla- nejamento. O Método 5 w 2 h – Forma de implementação de um Planejamento dentro de uma atividade escolar. O método é de simples utilização e o gestor deve responder as sete questões abaixo: O que será feito ? (What) 31 Quando será feito ? (When) Quem fará ? (Who) Onde será feito ? (Where) Porque será feito ? (Why) Como será feito ? (How) Quanto custará ? (How much) 32 REFERÊNCIAS CASTRO, L.T.; NEVES, M.F. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 2010. CAVALCANTI, M.F.; PAULA. V.A.F. Teoria Geral de Sistemas I. In. MARTI- NELLI, D.P.; VENTURA, C.A.A. Visão sistêmica e administração: conceitos, metodologias e aplicações. 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