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Trabalho 4- micro

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Curso/Campus: Medicina/Caxias / Barra
	TA Unidade 4
	Nome da disciplina: Microbiologia Médica
	
	Professor: Tulio Queto
	Data: 05/05/2023
	Aluno(a)s e Matrículas: - 4509836 / Letícia Rodrigues - 4509439 / Mariana Rodrigues - 4509380 / Stella Panuci - 4509270
Atividade, Concluir a Tabela Abaixo.
	Tabela 1 – DSTs Bacteriana e Fungica
	
	Agente causador
	Fatores de Virulência
	Doença e sintomas.
	Diagnóstico
	Tratamento
	Sífilis
	Bactéria Treponema pallidum
	Não tem. O T. pallidum não apresenta fatores de virulência, como toxinas, mas produzem muitas lipoproteínas que provocam uma resposta imune inflamatória. A infecção ocorre pela penetração da bactéria nas pequenas abrasões proveniente do ato sexual.
	Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e adenomegalias. Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
	Somente é recomendado o uso de testes treponêmicos que detectam anticorpos totais (IgG e IgM).
	Preventivo - de camisinha; curativo - uso de penicilinas.
	Gonorréia
	Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram negativo
	Apresenta como fator de virulência a cápsula e as proteínas pilina, Por, Opa, Proteína III, Tbp1 e Tbp2, Lbp, LOS e β-lactamase.
	Nos homens, os sintomas podem variar de disúria a corrimento uretral, dor nos testículos e inflamação do epidídimo. Nas mulheres, os sintomas mais presentes são disúria, corrimento vaginal, hemorragias vaginais e dor pélvica.
	Examemicroscópico de uma secreção com a coloração de Gram.
	Os esquemas recomendados são a doxiciclina 100mg 12/12h VO diariamente por 7 dias, ou dose única de azitromicina 1g VO. Mulheres grávidas com gonorréia não complicada devem ser tratadas com ceftriaxona em dose única de 250mg IM.
	Cranco Mole
	Haemophilus ducrey
	Um dos fatores de mais importantes da virulência do gonococo é a existência de uma proteína que permite a adesão da bactéria à mucosa do trato urinário.
	Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue. Nos pacientes do sexo masculino, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Já no sexo feminino, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.
	Quando existe suspeita de cancro mole em pessoas com uma ou mais feridas genitais dolorosas (úlceras) sem causa óbvia, especialmente se estiveram em regiões do mundo onde a infecção é comum, retira-se uma amostra de pus ou líquido de uma ulceração e a enviam a um laboratório para ser cultivada. Não há testes específicos para cancro mole prontamente disponíveis, mas podem ser feitos exames de sangue para excluir outras causas, como sífilis e infecção por HIV.
	O tratamento usa medicamentos que ajudam a combater a bactéria causadora do cancro mole e alívio dos sintomas. 
O tratamento de cancro mole deve ser orientado por um médico ginecologista ou urologista, devendo ser seguido à risca, para evitar que a bactéria retorne ou cause outros problemas de saúde.
De modo geral, pacientes com cancro mole devem se abster de relações sexuais desprotegidas para evitar a transmissão da doença para outras pessoas.
	Clamídia
	Chlamydia trachomatis
	Os principais fatores de risco para infecção por C. trachomatis são a idade igual ou inferior a 24 anos, renda familiar, idade da primeira relação sexual, escolaridade e portabilidade do vírus HIV.
	A maioria dos casos da clamídia não apresenta sintomas (em torno de 70% a 80% das situações). 
Quando presentes, os sintomas mais comuns no sexo feminino são: corrimento amarelado ou claro; sangramento espontâneo ou durante as relações sexuais; dor ao urinar e/ou durante as relações sexuais e/ou no baixo ventre (pé da barriga). Já no sexo masculino, os sintomas mais comuns da clamídia são: disúria; corrimento uretral com a presença de pus; dor nos testículos.
	A infecção por clamídia pode ser confirmada por meio de exames de sangue e urina, assim como pela análise das células epiteliais do colo uterino (na mulher) e do canal uretral ou retal (no homem).
	O tratamento da clamídia é feito com o uso de antibióticos, como por exemplo azitromicina ou doxiciclina, receitados pelo médico conforme cada caso. Com o tratamento adequado é possível erradicar completamente a bactéria.
No caso das gestantes com clamídia, o tratamento com antibiótico adequado será indicado pela equipe de saúde conforme cada caso. Desta forma, a gestante deve fazer o acompanhamento pré-natal regular, com a realização dos exames prescritos. A clamídia, se não tratada adequadamente, aumenta os riscos de contaminação e transmissão do HIV.
	Vaginose bacteriana
	Gardnerella vaginalis
	A formação de biofilmes vaginais desempenham papel fundamental na patogenicidade da vaginose bacteriana.
	Na vaginose bacteriana, o corrimento vaginal pode ser cinza ou branco, ralo e abundante. Geralmente, o corrimento tem odor fétido. É possível que o odor fique mais intenso após a relação sexual e durante a menstruação. Coceira, vermelhidão e inchaço não são comuns.
	O diagnóstico vem de uma avaliação médica ou análise de uma amostra do corrimento e/ou do líquido do colo do útero. Com a suspeita da presença de vaginose bacteriana com base nos sintomas, como corrimento cinza com odor fétido. É realizado exame pélvico para confirmar o diagnóstico. Ao examinar a vagina, coleta-se uma amostra do corrimento com um cotonete. A amostra é examinada por microscopia. Munido das informações geradas por esse exame, geralmente consegue-se identificar o micro-organismo causador dos sintomas.
	A vaginose bacteriana é tratada com um antibiótico (por exemplo, metronidazol ou clindamicina). Metronidazol tomado por via oral durante 7 dias é o tratamento preferido para mulheres que não estão grávidas. Contudo, ele pode causar efeitos colaterais que afetam todo o organismo. Por isso, prefere-se administrar metronidazol a gestantes na forma de gel ou creme vaginal (que é inserido na vagina com um aplicador, uma vez ao dia, durante sete dias).
	Donovanose
	Klebsiella pneumoniae e a K. oxytoca ( Klebsiella granulomatis são extremamente raras)
	Produção de lipopolissacarídeos (LPS), cápsulas polissacarídicas (CPS), e a expressão de fímbrias adesivas do tipo 1 ou 3. Tanto o LPS quanto a CPS conferem proteção contra a fagocitose e a ação bactericida do soro humano. 
	O primeiro sintoma é um nódulo indolor, vermelho, que evolui para uma placa elevada, aveludada, com mau odor, granulada e ulcerada. A massa então se desintegra para formar uma ulceração de odor fétido próxima ao local da infecção inicial que pode ser no pênis, escroto, virilha e coxas nos homens ou vulva, vagina e pele que rodeia a área vaginal nas mulheres. Além disso, pode acometer o rosto em ambos os sexos, e ânus e nádegas em pessoas que fazem coito anal. As lesões podem se espelhar para estruturas vizinhas ou que tiveram contato. Sem tratamento ocorrem anemia, desgaste e, raramente, morte.
	Exame de líquido da ulceração para relevar no microscópico corpos de Donovan (demonstrados por coloração de Giemsa ou de Wright) ou, caso incerto, uma biópsia do tecido.
	Antibióticos como azitromicina, doxiciclina, eritromicina, tetraciclinas, macrolídeos e sulfametoxazol-trimetoprima são extremamente eficazes, mas outros como ceftriaxona, aminoglicosídios, fluoroquinolonas e cloranfenicol, podem ter uso terapêutico também. 
A resposta ao tratamento deve ser iniciada dentro de 7 dias, porém a cura para a doença extensa pode ser lenta e as lesões podem recidivar, necessitando de terapia mais prolongada.Candidíase
	Candida albicans é a principal espécie, mas há outros como C. glabrata; C. parapsilosis; C. tropicalis; e C. krusei
	Produção e secreção de enzimas hidrolíticas, expressão de adesinas e invasinas, tigmotropismo, bomba de efluxo, formação de biofilme e morfologia celular. 
	O tipo mais comum de candidíase é uma infecção superficial da boca, vagina ou pele.
Candidíase sistêmica que gera sintomas clínicos não específicos, e que variam desde febre, fadiga, confusão mental, ansiedade, taquicardia, calafrios, hipotensão, entre outros.
Candidíase vaginal gera sintomas como Ardência, Coceira, Dor ao urinar, Vermelhidão e Corrimento branco.
Candidíase na boca gera sintomas como Manchas brancas cremosas e dolorosas dentro da boca, Rachaduras nas comissuras da boca (queilite), Língua vermelha, dolorida e lisa.
Candidíase no esôfago pode levar à dor ou dificuldade em engolir.
Candidíase de pele pode causar erupção cutânea com queimação
Por fim, se a infecção se espalhar para outras porções do corpo, ela pode ocasionar quadros mais sérios, chegando a causar febre, sopro cardíaco, aumento do baço, pressão arterial perigosamente baixa (choque) e menor produção de urina. Uma infecção da retina e das partes internas do olho é capaz de causar cegueira. Se a infecção for grave, vários órgãos podem parar de funcionar e causar a morte.
	Cultura de uma amostra de sangue ou tecido infectado; amostra da pele observada ao microscópio; PCR.
importante lembrar que caso seja diagnosticado candidemia, é necessário examinar os olhos para determinar se eles estão infectados.
	Medicamentos antifúngicos como por exemplo clotrimazol e nistatina na área afetada. Além disso, é possível administração via oral de antifúngicos como o fluconazol ou itraconazol.
Em caso de infecção grave ou ineficiência dos medicamentos supracitados é possível iniciar terapia com outros medicamentos de alternativa como anidulafungina, caspofungina, micafungina ou anfotericina B administradas por veia (via intravenosa), voriconazol administrado por via oral ou intravenosa, isavuconazol administrado por via oral e posaconazol administrado por via oral.