Buscar

Montano - Trabalho Perspectivas endogenista e histórico-crítica do Serviço Social

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Helena Kira
Expressões da Questão Social II 
Prof. Carlos Montano
Trabalho sobre as perspectivas endogenista e histórico-crítica do Serviço Social
Segundo Montaño (2009) e Netto (2011) há duas perspectivas distintas acerca da gênese do Serviço Social: a endogenista e a histórico-crítica. 
A primeira foi criada no final dos anos 70, com uma percepção conservadora, é a tese hegemônica tanto dos docentes e discentes do Serviço Social, quanto profissionais, usuários e contratantes. Refere-se a uma atividade transhistórica, à evolução, organização e profissionalização das formas anteriores de ajuda e caridade, vista como continuação da filantropia, desarticulada das Políticas Sociais.
Já a outra, com o movimento de reconceituação nos anos 60, adquira-se uma perceptiva crítica, mais questionadora, que rompe com a ideia de profissionalização da assistência. É uma perspectiva histórico-crítica na qual há a divisão sóciotécnica do trabalho no processo de desenvolvimento da sociedade. Dessa forma, o Serviço Social passa a ter como função o controle e o apaziguamento dos conflitos e tensões sociais para contribuir para a acumulação capitalista, via socialização dos custos da reprodução das forcas de trabalho.
Assim sendo, a perspectiva endogenista apresenta alguns problemas que são metodológicos e teoricamente equivocados, tais como: 1) não trata de autores coletivos, apenas do papel do Estado, ou seja, é fundamentada no individualismo; 2) desarticulação da história social com a história do Serviço Social; 3) visão equivocada para pensar no Serviço Social na atualidade; 4) parte do pressuposto de que o passado contém e é causa do presente.
Portanto, baseados nos autores de referência, Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Manrique Castro, Vicente de Paula Faleiros, Maria Lúcia Martinelli, José Paulo Netto, entre outros, o assistente social deve ser compreendido como um profissional integrante da divisão sociotécnica do trabalho que, sustentado pelo projeto societário e ético político, desempenha um papel político dentro de um amplo processo de trabalho, e não deve ser visto como executor terminal das políticas sociais.

Continue navegando