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Unidade 1 - Metodologia Científica - como ela contribui para o conhecimento

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24/10/2023, 21:19 Metodologia Científica
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_METOCI_19/unidade_1/ebook/index.html 1/27
Autoria: Dr. Antonio Marcos Feliciano / Dra. Ana Celeste da Cruz David
Revisão técnica: Dra. Karine Araujo Silveira
METODOLOGIA CIENTÍFICA
QUAL É A
CONTRIBUIÇÃO DA
METODOLOGIA
CIENTÍFICA PARA A
CRIAÇÃO DO
CONHECIMENTO?
24/10/2023, 21:19 Metodologia Científica
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Introdução
Houve um período da história humana em que o conhecimento religioso era
utilizado para explicar tudo o que acontecia na sociedade. Assim, aqueles que
apresentavam conhecimentos novos, contestando os religiosos, sofriam severas
punições, incluindo a pena de morte. Por isso, por um bom tempo, a sociedade
acreditou que a Terra não era redonda e que o horizonte era um grande abismo. 
Hoje em dia, as crianças aprendem nos primeiros anos escolares que a Terra é, de
fato, redonda, que gira em torno do sol e que precisa ser preservada, pois é o
ambiente de vida da espécie humana e de tantos outros seres vivos. Isso se deu
graças aos esforços de inúmeros estudiosos, em que, aos poucos, os
conhecimentos de senso comum, fortemente fundamentados pelos
conhecimentos religiosos, foram desmisti�cados. Dessa forma, a ciência tomou
as rédeas do processo de criação do conhecimento, tendo como sua principal
fonte a Terra em todos os seus eventos, sejam sociais, naturais, biológicos e
econômicos, que foram gradativamente sistematizados e amparados por modelos
metodológicos.
Contudo, há conhecimento fora da ciência? 
Essa pergunta possui uma resposta a�rmativa, sendo que a própria ciência
reconhece outros tipos de conhecimentos. No entanto, não devemos pensar esse
reconhecimento como sinônimo de conhecimento cientí�co. A�nal, o
conhecimento cientí�co, no sentido moderno do termo, surge no século XIX, e
como bem a�rma Burke (2016, p. 17), “[...] aplicar o termo a atividade de busca do
conhecimento em períodos anteriores a esse propicia o que há de mais odioso
para um historiador, o anacronismo”, ou seja, é inadequado a aplicação do termo
em um período histórico antecedente à sua formulação. 
O conhecimento, então, é cientí�co quando sua criação ocorre por meio da
aplicação de métodos cientí�cos. Mas quais são os diferentes tipos de
conhecimento? De que forma se organiza o método cientí�co?
Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo deste primeiro capítulo, em
que veremos que há diferenças entre o conhecimento popular e o conhecimento
cientí�co, assim como também entenderemos que existem tipos de
conhecimentos diferentes. Ainda observaremos que o conhecimento cientí�co é
criado a partir da existência de um problema, cabendo à metodologia cientí�ca e
seu cabedal de instrumentos sistematizar dados e informações, tornando-o, de
fato, um conhecimento cientí�co, provável e apresentado sob uma lógica do que o
torna compreensível pelas pessoas.
Bons estudos!
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Tempo estimado de leitura: 48 minutos.
Você deve conhecer alguém metódico, certo? Mas saberia dizer quais são os
atributos ou características de uma pessoa metódica? Ela pode ser identi�cada
por seu modo de agir, cuja cautela e sensatez são comuns em suas ações.
As pessoas precisam ser norteadas por regras, sejam elas sociais, como a ética,
que regula a conduta em sociedade; econômicas, que parametrizam as relações
no mercado; ou de legislação trabalhista, que regulamenta o ofício pro�ssional e
as relações de trabalho em empresas. Isso signi�ca que as regras são
onipresentes, importantes instrumentos para manter o equilíbrio das relações
entre as pessoas na sociedade.
O mesmo ocorre na execução de trabalhos de caráter cientí�co, em que as regras
estão presentes no método de pesquisa. Nesse sentido, podemos a�rmar que o
método ou a metodologia se con�gura como uma regra orientadora das práticas
investigativas da ciência. Por meio do método, o pesquisador indica os caminhos
trilhados para alcançar seus resultados. Assim, além de possibilitar o
reconhecimento cientí�co da sua pesquisa, é com o método que o pesquisador
conta a história do seu trabalho, as decisões tomadas, as limitações, entre outros
aspectos.
Dessa forma, também podemos a�rmar que o conhecimento é reconhecido como
cientí�co a partir da aplicação do método cientí�co, caracterizado como sendo
objetivo, racional, sistemático, geral e veri�cável. Devemos igualmente acentuar
que a ciência reconhece a existência de conhecimento fora dela, isto é,
conhecimentos criados sem o emprego de abordagem metodológica tal e qual
preconiza a ciência.
O conhecimento é o principal fator determinante no desenvolvimento da
sociedade, mas você sabe o que é conhecimento? 
Segundo Magalhães (2005, p. 13, grifos do autor), “A palavra ‘conhecimento’ em
nossa língua deriva do latim cognocere, cuja etimologia signi�ca ‘conhecer junto’
ou ‘procurar saber’ e que, por sua vez, se relaciona com o grego gnosis,
habitualmente traduzido com o próprio sentido de ‘conhecimento’”. O autor ainda
lembra que outra palavra que facilita o entendimento sobre o conhecimento é o
termo grego logos, que tem por signi�cado “fala”, “razão” ou “entendimento”.
1.1 Conhecimento e método científico
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Podemos pensar sobre o conhecimento para além da origem e da evolução
histórica do termo, ou seja, no contexto da sua história social, posto que diferentes
acontecimentos in�uenciem o que é considerado conhecimento em épocas e
lugares distintos. Na perspectiva marxista, por exemplo, a resposta para essa
questão é determinada pela classe social. No âmbito da sociologia do
conhecimento, evidencia-se o conhecimento como acontecimento localizado em
determinado tempo, lugar e comunidade (BURKE, 2016). Já no âmbito da biologia
do conhecimento, Matura e Varela (2011, p. 267) alertam que o conhecimento nos
obriga a assumirmos “[...] uma atitude de permanente vigília contra a tentação da
certeza”, desde que ele tanto revele quanto cumpra sua função de ocultação. 
Atualmente, muitas são as fontes de disseminação de informações e
conhecimentos. Podemos citar como exemplos os livros, as páginas da internet,
os pan�etos, os artigos, as revistas, os CDs e os DVDs. No entanto, sem as
conexões cognitivas, as informações contidas nesses meios de divulgação �cam
sem sentido, uma vez que é o cérebro humano que tem a capacidade de processar
e fazer as conexões, oferecendo sentido às informações e criando novos
conhecimentos, em um ciclo virtuoso, em que um conhecimento gera outros.
Para Maturana e Varela (2011), os fenômenos cognitivos relacionam dois mundos
singulares: a tradição biológica, comum entre os homens e suas heranças
linguísticas; e as culturais, diversas e plurais.
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Figura 1 - No mundo contemporâneo, o sentido social do conhecimento é poder.
Fonte: woaiss, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há escrito a frase "Conhecimento é
poder", na cor branca em um fundo escuro.
Assim, vimos até aqui o que é considerado conhecimento e o quanto isso pode
variar com relação à local, época e grupo social a ser estudado. Por exemplo, em
sociedades ocidentais modernas, o conhecimento das parteiras, antes valorizado
em suas práticas sociais tradicionais, passou por um período obscuro, fato que
vem sendo revisado e retomado em suas origens e valorização. Dessa forma,
entendemos que o conhecimento cientí�co em movimento dinâmico vai
continuamente estabelecendo rupturas na forma de conhecer, construir
tecnologias, elaborar métodos e se relacionar com outros tipos de conhecimento. 
Aciência provê seu arcabouço de conceitos e de�nições a partir do que acontece
na sociedade, constituindo-a em uma importante fonte para sua criação. No
entanto, vale ressaltar que nem tudo que acontece na sociedade é abordado pela
ciência. Apesar de relevantes, os conhecimentos sociais, de senso comum ou
popular, mantêm-se, mas, em muitos casos, não são objetos de investigações
cientí�cas.
1.1.1 O que é ciência? O que é conhecimento científico?
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Dessa forma, de�nir a ciência consiste em uma tarefa complexa, pois, já que a
sociedade é mutável, muitos de seus conceitos são efêmeros ou imprecisos.
Demo (1995) reconhece que na ciência nada é mais controverso do que sua
de�nição. Diante disso, o autor estabelece critérios possíveis para a condição
de�nidora do que se pode chamar de ciência: a coerência entre argumentação, o
corpo sistemático bem conduzido até suas conclusões congruentes entre si e
entre as premissas iniciais, a consistência argumentativa e sua atualidade, a
originalidade criativa e a objetivação como busca incessante da realidade (ainda
que parcial e provisória). Esses fatores, individualmente, mostram a complexidade
de de�nição do tema, e, quando se reúnem em um mesmo estudo, possuem o
poder de comprometer completamente qualquer pesquisa.
Apesar de apresentar os fatores limitantes à de�nição de ciência, é possível
encontrar entre pesquisadores e estudiosos um esforço autêntico no sentido de
encontrar parâmetros capazes de de�nirem esse termo. Assim, para Gil (2011, p.
02), a ciência pode ser considerada “[...] uma forma de conhecimento que tem por
objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada — se possível, com
auxílio da linguagem matemática —, leis que regem os fenômenos”. 
A de�nição supracitada indica claramente que a realidade não é ampla, profunda e
integralmente explicada em uma pesquisa, mas, sim, na sucessão de pesquisas,
pois são os diferentes e descontínuos enfoques que oferecem uma visão mais
ampla de compreensão da sociedade, sendo amparados por métodos que
robustecem a ciência.
Ainda sob o prisma conceitual, a história do conhecimento cientí�co reconhece o
pensamento cientí�co em suas diferentes e descontínuas formas, não como uma
evolução linear e um progresso sucessivo, mas “[...] como resultado de diferentes
Desde os avanços da cibernética, a ciência propôs a descrição do
funcionamento do sistema nervoso e do raciocínio humano mediante um
modelo de lógica matemática, uma vez que muitos são os campos
dedicados ao estudo das ciências cognitivas. A Neurociência, a Biologia do
Conhecimento e a Inteligência Arti�cial, por exemplo, utilizam-se do rigor da
metodologia cientí�ca para continuamente contribuir com a criação do
conhecimento.
VOCÊ SABIA?
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maneiras de conhecer e construir os objetos cientí�cos, de elaborar métodos e
inventar tecnologias” (CHAUI, 2010, p. 223).
Figura 2 - O desenvolvimento científico e o tecnológico transformam a sociedade e a vida no planeta.
Fonte: Wichy, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma pessoa com a mão esticada e
aberta para cima, mostrando um globo terrestre
com cadernos em volta do globo.
O fato é que podemos reiterar que a ciência evolui tal e qual a sociedade por não
haver sentido no afastamento da segunda em relação à primeira, uma vez que a
ciência in�uencia e é simultaneamente in�uenciada pela economia, pela política,
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pela moral e por tudo que acontece na sociedade. Assim, a ciência busca
elementos para a construção do conhecimento, o que ocorre em todas as áreas,
fazendo com que ele seja algo amplo e complexo, mas fundamental para o
desenvolvimento da espécie humana.
O quadro a seguir apresenta alguns exemplos de tipos de conhecimentos e suas
aplicações.
Quadro 1 - Tipos de conhecimentos e suas aplicações.
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em Feliciano, 2013, p. 44.
#PraCegoVer
Na imagem, há um quadro com três colunas e 11
linhas sobre os tipos de conhecimentos e suas
aplicações. Na primeira coluna, há o tipo de
conhecimento, na segunda coluna, há a definição
e na terceira coluna, há a aplicação/exemplo.
O quadro indica a íntima relação da ciência com a sociedade para a criação do
conhecimento cientí�co, oferecendo claros sinais da amplitude do conhecimento.
Além disso, podemos concluir que o conhecimento cientí�co não é o único
existente, além de não ser o único que depende de instrumentos metodológicos
para ser aferido.
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Magalhães (2005) considera que o Homem faz uso do conhecimento para
transformar o meio em que vive, mantendo-se dominante na natureza. Isso decorre
da sua capacidade intelectual de fazer uso do conhecimento para o
desenvolvimento da espécie.
Para reforçar a ideia de que há amplas relações entre a sociedade e a ciência — e
que o conhecimento popular ou de senso comum é relevante na constituição do
conhecimento cientí�co —, Francelin (2004, p. 30) a�rma que “[...] os conceitos
nascem do cotidiano, são apropriados pelo meio cientí�co e tornam-se cientí�cos
ao romperem com esse cotidiano, com esse senso comum”. Dessa forma, vale
destacar que, na relação entre sociedade e ciência, considerando situações
coloniais, os conhecimentos dos colonizadores se tornaram dominantes, ao passo
que os conhecimentos dos colonizados se tornaram subjugados, esquecidos ou
desprestigiados. 
Com isso, podemos a�rmar que o conhecimento cientí�co não é de�nitivo,
portanto, é provisório, podendo ligar um conhecimento ao outro, evidentemente, a
partir de novos estudos. Para os atores do senso comum, seus conceitos e
conhecimentos são de�nitivos, sendo que as modi�cações são difíceis de serem
percebidas, justamente pela ausência de aplicação de método que afere essas
mudanças.
Em ciências, os movimentos e as transformações se dão mediante a consistência
das questões formuladas, da curiosidade em conhecer, da incerteza diante dos
fenômenos, da lucidez em propor aos problemas naturais, físicos ou sociais outras
possibilidades de investigação. Dessa forma, ciência e conhecimento cientí�co se
utilizam de processos metodológicos para a expansão das fronteiras da ciência,
acolhendo todas as oportunidades para o avanço cientí�co. 
A aventura cibernética Matrix, de Lana Wachowski e Lilly Wachowski, é um
clássico do cinema na abordagem de temas como conhecimento e ciência.
Matrix, nesse caso, representa um sistema inteligente e arti�cial (criatura)
que destrói a inteligência criadora (criador) e, assim, instaura a dúvida entre
a realidade e a ilusão de um mundo real.
VOCÊ QUER VER?
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Você já imaginou como é complexo estudar a cultura de diferentes povos, o
melhoramento genético de plantas e animais ou o próprio comportamento
humano? Será que é possível desenvolver atividades sem registrá-las em
detalhes? 
Na verdade, não é possível para nós, seres humanos, executarmos tarefas
complexas sem entendermos sua lógica, e isso é proporcionado ou facilitado pela
aplicação de métodos. O registro das atividades de pesquisa são requisitos
importantes em qualquer abordagem metodológica, mas, antecipadamente, é
comum não registrarmos tudo, e isso não é feito de má fé, mas porque o ser
humano possui uma grande di�culdade de colocar no papel o que está pensando
ou o que testemunha, sendo este um fator limitador mitigado pelo método
cientí�co. Entre seus objetivos,ele facilita a estruturação, o planejamento, o
desenvolvimento, a execução e a análise em uma pesquisa. 
Antes de evoluirmos na discussão conceitual sobre o método, é importante saber
o que é pesquisa. Segundo Magalhães (2005), pesquisar signi�ca “buscar”,
“inquirir”, consistindo em uma atividade que necessita de trabalho manual e
mental. Assim, se por meio do método é criado o conhecimento cientí�co, este,
por sua vez, é fundamentado por teorias, que, na visão de Magalhães (2005, p. 34)
signi�ca “ver”, ou seja, “A teoria é uma visão generalizada de fenômeno de
qualquer natureza, que possa ser comprovado de alguma forma [...]”. Essa forma
de comprovação das visões generalizadas ocorre por meio do emprego do
método.
Todo método requer registros que identi�quem o passo a passo de uma pesquisa
em suas diferentes etapas, por isso, muitos autores de�nem método como o
caminho trilhado em uma pesquisa. Segundo o Houaiss (2004, p. 494), método
signi�ca “[...] procedimentos, técnica ou meio para atingir um objetivo; processo
organizado de ensino, pesquisa, apresentação, etc.”.
1.2 Metodologia como processo de pesquisa
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A aplicação do método nas pesquisas também objetiva sistematizar dados e
informações por meio de processos cienti�camente reconhecimentos, visando a
criação de um conhecimento novo, a partir do conhecimento existente. Não
estamos tratando de substituições de conhecimentos, mas de agregação e
contribuição da ciência à sociedade.
A meta de toda equipe esportiva é vencer, mas você sabe que para reunir um time
de vencedores é preciso criar condições para que sejam reunidas competências
que se complementam, não é? Além disso, se faz necessário o planejamento, a
estratégia, os planos e a tática. Ou seja, não é su�ciente jogar e ter sorte, uma vez
que é preciso ser metódico. Nesse sentido, Magalhães (2005, p. 19) a�rma que o
conhecimento não surge do nada, “[...] mas sim, do legado cultural que cada um de
nós recebe na vida”. Por isso, é possível a�rmar que cada pessoa é dotada de
conhecimentos, mas, para torná-los cienti�camente reconhecidos, é necessário o
domínio de instrumentos metodológicos e do entendimento das técnicas de
pesquisa, bem como da pesquisa por si como um processo de criação do
conhecimento.
Sem dúvida alguma, mesmo considerando e reconhecendo a existência de
conhecimento fora do âmbito cientí�co, deve-se destacar dois aspectos: o
primeiro diz respeito a necessidade precípua da aplicação de um método para que
o conhecimento resultante de uma pesquisa tenha reconhecimento cientí�co; em
segundo lugar, na academia, produz-se conhecimento cientí�co, portanto, há a
necessidade de conhecimento e aplicação de métodos para as pesquisas nas
diversas áreas.
O método é uma ordem que você deve dispor para que tenha seu curso
natural. Destaca-se que quando o pesquisador tem segurança de que os
objetivos especí�cos atendem o objetivo geral, respondendo à pergunta ou
ao problema de pesquisa, há condições de se iniciar a pesquisa. Dessa
forma, uma pesquisa bem elaborada pode contribuir e revolucionar a ciência
(são raras). Contudo, uma pesquisa em que os elementos metodológicos
não mantêm interação, tende a marcar a vida do pesquisador como seu
grande fracasso.
VOCÊ SABIA?
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Dessa forma, a metodologia cientí�ca aplicada exige dos pesquisadores, mais do
que conhecimentos sobre o método e a área, temas ou assuntos pesquisados,
muita disciplina para não extrapolar os limites, não ser prolixo ou sintético nos
registros. Isto é, na pesquisa, o método facilita a compreensão do pesquisador
sobre o fenômeno ou o evento investigado.
Sem o método, há di�culdades de compreensão ampla e profunda dos fenômenos
ou eventos que ocorrem na sociedade, e isso acontece por vários motivos, desde a
falta de conhecimento de causas e efeitos, passando pela falta de argumentos e
chegando, por exemplo, à não percepção de relações entre eventos ou fenômenos.
Nesse sentido, podemos a�rmar que a aplicação de métodos cientí�cos amplia a
capacidade de visão do pesquisador sobre o objeto de pesquisa, facilita a
compreensão e a análise dos resultados da pesquisa, amplia a compreensão
sobre o tema, permite a descoberta de novos assuntos e campos de pesquisa e
amplia a visão de mundo dos pesquisadores e leitores. O método cientí�co,
portanto, torna-se essencial para o desenvolvimento de qualquer pesquisa, sendo
fundamental na criação do conhecimento.
Gareth Morgan possui uma biogra�a interessante, cujas contribuições para
as re�exões sobre métodos de pesquisa são amplamente reconhecidas na
academia. Em sua obra “Imagens da Organização”, de 2002, o professor faz
uma abordagem pragmática da aplicação de diferentes escolas do método
cientí�co, como o materialismo histórico, o positivismo e a fenomenologia.
Vale a pena conferir!
VOCÊ O CONHECE?
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Figura 3 - A disponibilidade de dados contribui para o avanço do conhecimento científico.
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma pessoa e um ambiente mais
escuro, com as duas mãos viradas para cima
mostrando alguns desenhos de gráficos, nesses
desenhos, há uma luminosidade como se fosse
para dar destaque aos desenhos dos gráficos.
Podemos entender, então, que não importa se a pesquisa é de caráter qualitativo
ou quantitativo, se terá uso de bancos de dados para o processamento, se os
dados serão coletados por meio de modernos instrumentos tecnológicos ou se em
um caderno ou prancheta. O importante mesmo é a escolha correta do método, a
aplicação adequada de seus instrumentos e a postura ética do pesquisador, bem
como a congregação de aspectos que levam ao desenvolvimento suave, natural e
sem percalços de uma pesquisa. 
Atualmente, os conhecimentos retratam com maior �delidade a realidade da
sociedade, que, por sua vez, consegue perceber com mais clareza sua
aplicabilidade para o seu próprio desenvolvimento. A pesquisa baseada em
métodos fez evoluir consideravelmente a ciência, afastando o empirismo
exacerbado de outros tempos. 
Inspirado em Magalhães (2005), consideramos que a ciência e a pesquisa devem
muito ao empírico, à observação do fato ou evento em sua essência. No entanto, o
perigo do empirismo consiste em tornar uma verdade absoluta naquilo que se
experimenta pelos sentidos, que faz parte da percepção individual: “Os sentidos
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são nossa interface com a realidade, mas são também a origem dos enganos para
nosso conhecimento, e que não há tantas realidades quanto existem diferentes
olhares” (MAGALHÃES, 2005, p. 30). 
No atual momento, o rigor metodológico nas pesquisas afasta esse perigo típico
do empirismo, qual seja a verdade universal a partir do olhar individual.
Respeitados os elementos, a pesquisa tende a gerar conhecimentos relevantes por
meio de resultados atraentes, permitindo o surgimento de novas relações de
conhecimentos e campos de atuação para a pesquisa com o emprego do método.
A metodologia como processo cientí�co é múltipla e diversi�cada, a ponto de
abranger todos os procedimentos considerados úteis pelos cientistas. Exige,
então, disciplina, clareza, atenção e domínio do campo de investigação para a
escolha da metodologia mais adequada às condições da pesquisa a ser realizada.
Assim, desde o pesquisador iniciante ao mais experiente, percorrer as etapas da
pesquisa cientí�ca se torna fundamental. 
Ver um �lho entrar para uma universidade é o sonho da maioria dos pais, certo? Os
jovens fecundam essa ideia duranteo Ensino Médio, sendo que, após isso, surgem
os vestibulares, as tensões, as festas e as alegrias. Ou seja, diversos sentimentos
a�oram quando esses indivíduos são aprovados para entrarem no Ensino Superior,
quando fazem a matrícula na primeira fase de um curso de graduação. Contudo,
muitos estudantes não sabem sobre qual tema e problema de pesquisa devem
escrever em seus trabalhos de conclusão de curso (TCC). Para falar a verdade, a
maioria não conhece a metodologia cientí�ca, mas os perseverantes que
chegarem ao �nal do curso terão que escrever um trabalho baseado em uma
pesquisa acadêmica, com aplicação de método, orientação e defesa.
No mundo acadêmico, especialmente na graduação, o professor orientador
precisa ser paciente para compreender que os estudantes não possuem o preparo
su�ciente para entender teoricamente o método. Além disso, muitos professores
conhecem os procedimentos metodológicos, mas poucos conhecem os métodos
cientí�cos, sendo que esse aspecto é muito importante quando ocorre o processo
de orientação de TCC, em que o professor precisa compreender o tema e o
problema propostos pelo estudante para identi�car a melhor abordagem
metodológica para a pesquisa a ser feita.
1.3 Etapas da pesquisa científica: escolha do
tema e problema
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O tema e o problema de pesquisa podem até parecer fáceis de serem idealizados,
mas a di�culdade está em escrevê-los e, principalmente, descrevê-los. Por isso,
quanto mais bem preparado for o professor orientador, menos conturbada será a
passagem do estudante pela fase de pesquisa para o TCC. Contudo, é lógico que o
estudante orientando, apesar de inúmeros autores a�rmarem que precisam agir
com independência, por atividade e maturidade na relação com os orientadores,
isso, na verdade pouco acontece. Por certo, há uma saudável relação de
dependência, e isso não ocorre apenas em termos de conhecimentos. Isso
signi�ca que o professor é possuidor de um espectro de conhecimento mais
robusto que o aluno. 
A relação entre orientador e orientando durante o processo de pesquisa
precisa ser transparente, honesta e ética, ou seja, uma cumplicidade que
possui data de início e término no relacionamento. Sem dúvida, essa relação
e o próprio processo de orientação possui di�culdades. O texto
“Di�culdades do processo de orientação em trabalhos de conclusão de
curso (TCC): um estudo com os docentes do curso de Administração de
uma instituição privada de Ensino Superior” traz algumas das di�culdades
que podem ser resolvidas nesse processo. Você pode ler clicando no botão
a seguir. 
Acesse
(http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/1011/1147)
VOCÊ QUER LER?
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/1011/1147
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/1011/1147
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Com pouca experiência e sem grandes estímulos institucionais, isso acaba por
limitar a visão de mundo do estudante, sendo aspectos determinantes para
equívocos na de�nição do tema e problema de pesquisa. A compreensão mais
ampla e profunda do método cientí�co requer tempo de maturação, esforço e
dedicação aos estudos, condições facilitadoras à árdua tarefa da pesquisa. Esses
aspectos agem, por outro lado, como facilitadores para o robustecimento da visão
de mundo, que consiste em um importante fator nas decisões a serem tomadas.
Jovens estudantes podem até implicitamente saber o querem pesquisar, mas, para
terem certeza, sobretudo da viabilidade da pesquisa, no amplo sentido do termo,
Magalhães (2005, p. 33) sugere que pensem em quatro perguntas: “O que vai ser
observado? Que técnicas serão usadas na observação? Como será registrada a
observação? Como evitar erros gerados pela observação e interpretação da
observação?”. Dessa forma, no dizer de Tunes, Melo e Menezes (2000, p. 98), é
“[...] necessário que o pesquisador saiba escolher o problema de pesquisa, aja com
iniciativa e independência do orientador, tenha imaginação criativa e outras
qualidades semelhantes”.
Essas perguntas nos permitem a�rmar que a boa escolha do método tende a
respondê-las com certa facilidade, mas, antes do método, é fundamental o
conhecimento amplo e aprofundado sobre o tema da pesquisa, pois é dessa forma
que se de�ne com clareza o problema.
A seguir, vejamos o relato de experiência do professor Macêdo (2004) sobre os
estudos apresentados em sua tese de doutorado no Departamento de Ciências da
Educação da Universidade de Paris VIII.
O �lme Sociedade dos Poetas Mortos, de Peter Weir, lançado em 1989, exibe
uma crítica poética e bem ilustrada sobre a educação tradicional nos
Estados Unidos, na década de 1950; a educação centrada na autoridade do
professor, sendo repetitiva e mecânica; e uma visão de educação para a
liberdade de pensamento, para o estímulo à curiosidade investigativa. Vale a
pena conhecer melhor o enredo.
VOCÊ QUER VER?
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Com isso, podemos entender que o problema precisa ser bem de�nido e
delimitado, necessitando de objetividade para ser estruturado metodologicamente.
O conhecimento profundo do tema permite ao pesquisador navegar em águas
calmas. Contudo, um problema de�nido sem critérios tende a gerar confusões
conceituais e equívocos teóricos, limitações de ordem para a pesquisa, levando,
comumente, o pesquisador a desistir do trabalho.
Bonin (2010, p. 06) considera que, no processo de construção da problemática, 
O objetivo principal da tese de Macêdo foi a análise de dois programas de
educação infantil públicos, em instituições localizadas em bairros
periféricos de Salvador, na Bahia, sendo um de concepção compensatória e
outro de concepção comunitária.
Mas como ele fez para chegar a esse objetivo?
O professor relata que após discutir em sua dissertação de mestrado a
temática da educação infantil pública, cuja concepção supõe a educação
como forma de compensar possíveis de�ciências intelectuais, afetivas e
culturais; foi instigado a aprofundar o estudo acerca das pedagogias
compensatórias, re�etindo sobre a natureza dessa concepção em sua
própria formação e prática.
Esse aprofundamento de estudos o levou a conhecer diferentes programas
de educação pré-escolar, oferecidos por organizações comunitárias em
bairros da periferia de Salvador. Assim, o professor chegou à questão
norteadora do estudo do doutorado “[...] através da análise de programas
pré-escolares públicos concretos, como emergem e se dinamizam as
perspectivas compensatória e comunitária em educação pré-escolar
pública” (MACÊDO, 2004, p. 236).
ESTUDO DE CASO
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Figura 4 - Etapas do processo de desenvolvimento do método científico.
Fonte: Andrea Danti, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um quadro de cor verde, com as
palavras hipótese, experimento, resultado e
conclusão na cor branca, formando um círculo. A
palavra hipótese tem uma seta que está na
direção da palavra experimento, com uma seta na
direção da palavra resultado, com uma seta na
direção da palavra conclusão, com uma seta na
direção da palavra hipótese. Na imagem, também
há um braço de uma pessoa com uma vareta na
mão apontando para o quadro.
[...] é preciso trabalhar o olhar para operar com sensibilidade e
abertura para o concreto investigado. O olhar atento, aberto e
reflexivo capacita a perceber que os objetos concretos podem
oferecer resistências, “restos” que não se deixam enquadrar nas
proposições explicativas com as quais vamos operando.
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A escolha do problema de pesquisa não é neutra, nem desinteressada, uma vez
que se relaciona com condições práticas de produção, fontes de �nanciamento e
condições institucionais. Isso porque muitas dessas pesquisas respondem a
demandas de empresas, órgãos governamentais, institutos de pesquisa, centros
de tecnologia ou instituições educacionais. 
A formulação do problema de pesquisa é sempre um desa�o
que se impõe ao pesquisador. É recomendado fazer a
formulação do problema na forma interrogativa, sendo que essa
estrutura poderá favorecer a �nalização do trabalho no
momento de apresentação das conclusões, mediante a
resposta ao questionamento inicial. Contudo, outras formas de
enunciado do problema são encontradas na literatura cientí�ca
também. 
O problema de pesquisa em si deve ser viável e adequado a
investigação, dentro das condições práticas de sua execução,
como tempo, recursos materiais, humanos e �nanceiros.
Características relevantes são a clareza e a precisão com que
são empregados os termos na formulação do problema,
devendo guardar coerência e coesão dentro do campo de
conhecimento delimitado, além de informar os limites de sua
aplicabilidade. Os cuidados com os princípios éticos devem ser
observados na formulação da pesquisa cientí�ca em todas as
suas etapas.
Ter a real percepção de um problema é bem mais complexo do
que “achar” que sabe da existência dele. Para o pesquisador, o
problema precisa ser relevante cienti�camente, socialmente,
economicamente ou ambientalmente, isto é, ter relevância para
a sociedade. Mas, também, dependendo do tipo de
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Na construção metodológica da pesquisa, a articulação entre escolha do tema e a
formulação do problema são o substrato necessário às etapas seguintes de
de�nição dos objetivos geral e especí�cos.  
conhecimento criado sobre o problema, o pesquisador poderá
optar em descrever aspectos relacionados e possíveis
soluções. 
Assim, a pesquisa poderá ampliar as discussões sobre o
problema, sem efetivamente resolvê-lo. Por isso, lembre-se de
que o conhecimento é construído e que, muitas vezes, propor a
resolução de um problema pode trazer frustrações. Dessa
forma, tema e problema assumem importância no escopo de
uma pesquisa, pois oferecem notoriedade à própria pesquisa e
ao pesquisador, encontram reconhecimento e relevância por
parte da sociedade, possuem escopo metodológico que os
fundamentam e reúnem elementos para a viabilidade de uma
pesquisa. 
Você já pensou sobre o motivo de de�nirmos objetivos em uma pesquisa cientí�ca
ou em um trabalho acadêmico? 
Ao de�nir os objetivos de um trabalho, você pode apresentar uma abordagem
histórica, ser descritivo ou trazer um propósito para o objeto geral, que possui
intimidade com o problema e com o tema. Pense, também, que os objetivos
especí�cos são de�nidos para estabelecerem etapas e nortearem procedimentos
de pesquisa, a �m de alcançar o objetivo geral.
1.4 Etapas da pesquisa científica: objetivos
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Além disso, vale ressaltar que não se concebe projetos de pesquisa cientí�ca ou
acadêmica apenas para vermos seus objetivos comprovados, mas, sim, para que
demonstre a relevância do tema, a potencialidade do problema para novas
investigações e a possibilidade de novos conhecimentos que podem ser criados.
Com isso, na pesquisa cientí�ca, é de fundamental importância relacionar o
objetivo ao problema e às hipóteses, posto que, no �nal, o pesquisador constata
que cada um desses elementos responde o outro. Sobretudo, quando se trata de
pesquisadores com pouca experiência, convém ao orientador o papel de
efetivamente debater e atuar, visando a evitar um dos erros mais comuns nos
trabalhos acadêmicos: transcrever o problema no objetivo, fazendo o famoso jogo
de palavras por meio de sinônimos. Esse é um risco que, se não for percebido,
tende a colocar em cheque qualquer pesquisa.
Você deve ter claro, também, que a relação entre o problema e o objetivo será
mantida durante todo o processo de pesquisa, por isso, são complementares. Essa
complementariedade �ca evidente na di�culdade em formular os objetivos.
Conforme apresenta Minayo, Deslandes e Gomes (1994, p. 42), em uma pesquisa
cientí�ca, é possível a formulação de um objetivo geral “[...] de dimensões amplas”,
complementados por outros objetivos especí�cos. 
Os métodos de veri�cação do conhecimento possuem uma história ao longo
do tempo. Além disso, os instrumentos de validação do conhecimento
sofreram e sofrem mudanças em cada época. A posição ocupada pela
tradição oral na validação e na con�abilidade do conhecimento foi
substituída pela escrita, contudo, essa transição foi lenta e gradual. Burke
(2016, p. 101) apresenta como exemplo uma disputa entre o rei Henrique I e
o arcebispo Canterbury, no século XII, em que os defensores do rei se
referem a uma carta enviada pelo papa em apoio ao arcebispo como “[...]
nada mais do que um pergaminho de pele de ovelha marcado com tinta
preta”, indigno de comparação com as falas de três bispos. Atualmente,
escrita e tradição oral ocupam espaço como instrumentos de validação e
con�abilidade do conhecimento.
VOCÊ SABIA?
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Figura 5 - Características dos tipos de objetivos geral e específicos aplicados em pesquisa científica.
Fonte: MINAYO, DESLANDES e GOMES, 1994, p. 42.
#PraCegoVer
Na imagem, há um esquema com as
características dos tipos de objetivos geral e
específicos aplicados em pesquisa científica. No
esquema, há dois retângulos na cor laranja e duas
"lacunas" na cor cinza. O retângulo do lado
esquerdo mostra o objetivo geral e o retângulo do
lado direito mostra os objetivos específicos.
Ademais, vale dizer que o exercício de elaboração dos objetivos é complexo, por
isso, o pesquisador deve ter sempre em mente o problema de pesquisa, caso
contrário, tende a cometer outro erro comum: dividir o objetivo geral entre os
objetivos especí�cos, enquanto que, conforme caracterizado, os objetivos
especí�cos são etapas para se alcançar o objetivo geral. Aliás, não pense que esse
tipo de erro é cometido apenas por pesquisadores inexperientes, uma vez que
ocorre com estudantes de graduação, especialização, mestrado e doutorado.
Objetivos realistas não são de�nidos de forma displicente ou apenas escritos para
satisfazer uma etapa do projeto de pesquisa, por isso, também é importante
dimensionar a contribuição do trabalho de pesquisa para a ciência. Isso signi�ca
que, de forma geral, todas as pesquisas oferecem contribuições, mas
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pouquíssimas revolucionam a ciência, pois esse não é o objetivo máximo da
pesquisa, mas, sim, o primeiro, que é robustecer a ciência e criar conhecimento
novo.
Como você sabe, os objetivos de uma pesquisa podem oferecer possibilidades
interessantes para a pesquisa, mas, também, podem signi�car uma cilada, ou seja,
tornar o trabalho sem efeito e genérico, cujo desdobramento é perceptível na
vulnerabilidade das conclusões. Nesse contexto, Larocca, Rosso e Souza (2005, p.
126-127) apresentam categorias de objetivos de pesquisa, conforme identi�cados
no quadro a seguir.
Você pode aprender um pouco mais sobre a complexidade, os requisitos e a
importância do processo de elaboração de objetivos para uma pesquisa
com a leitura do texto “Como Elaborar Objetivos de Pesquisa”, de Sandra
Mattos. Ele está disponível no botão a seguir.
Acesse (https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-
pesquisa-sandra-mattos.html)
VOCÊ QUER LER?
https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.htmlhttps://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.html
https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.html
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Quadro 2 - Classificação geral das categorias de objetivos de pesquisa.
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em LAROCCA, ROSSO e SOUZA, 2005.
#PraCegoVer
Na imagem, há um quadro sobre a classificação
geral das categorias de objetivos de pesquisa. No
quadro, há quatro retângulos na cor laranja e
quatro colunas na cor cinza. O primeiro retângulo
mostra os objetivos compreensivos, o segundo
retângulo mostra os objetivos avaliativos, o
terceiro retângulo mostra os objetivos
propositivos e o quarto retângulo mostra os
objetivos descritivos.
O objetivo de um projeto de pesquisa enfatiza a verdadeira expressão do
signi�cado da pesquisa, contudo, ele não é determinante para o êxito, mas, de
forma isolada, pode fragilizar signi�cativamente uma pesquisa.
Sendo assim, a metodologia cientí�ca, desde sua criação histórica e social, tem
contribuído de forma signi�cativa para a criação do conhecimento de maneira
sistemática, rigorosa e racional, desenvolvendo e aplicando métodos e tecnologias
capazes de proporem soluções a problemas e questões emergentes e
contemporâneos. 
Você concluiu os estudos sobre a contribuição da metodologia cientí�ca para a
criação do conhecimento. Com essa discussão, esperamos que você se sinta
competente para de�nir um projeto de pesquisa, distinguir os diferentes tipos de
CONCLUSÃO
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conhecimento, re�etir sobre as etapas da pesquisa e compreender a relação
estabelecida entre tema, problema e objetivos na pesquisa cientí�ca. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
entender os princípios da ciência e do conhecimento
cientí�co;
analisar as relações do conhecimento cientí�co com a
sociedade;
entender a metodologia cientí�ca como um processo de
pesquisa;
compreender o que são tema e problema de pesquisa;
compreender o que são os objetivos de uma pesquisa;
identi�car temas, problema e objetivos de pesquisa.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
BONIN, J. A. Delineamentos para pensar a metodologia como práxis na
pesquisa em comunicação. 2010. Disponível em: <
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Rastros-
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