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Conforme a pesquisa realizada pela advogada Samantha Stanco de Jesus em 2021 sobre a significância da
toxicologia forense na área da saúde, ressalta-se que esse segmento da toxicologia desempenha um papel
crucial no esclarecimento de crimes, casos de envenenamento e situações envolvendo superdosagem de drogas.
O estudo sublinha a distinção entre a ciência da toxicologia e a toxicologia forense. Enquanto a primeira se
destina à análise dos danos provocados por substâncias químicas nos seres vivos, a última é empregada
especificamente em situações relacionadas a infrações, crimes e contravenções.
A disciplina que investiga os efeitos prejudiciais de substâncias químicas ou agentes físicos, comumente
vinculada ao contexto legal e judicial, tem como propósito elucidar eventos por meio de evidências. Quando a
presença de substâncias nocivas é comprovada, essa ciência contribui para esclarecer acontecimentos
relacionados a um crime em investigação. Na revisão bibliográfica conduzida em 2023, a estudante de farmácia
Daiane Bezerra de Oliveira identificou que a toxicidade forense desempenha um papel significativo na
investigação de óbitos, comumente conhecida como post mortem. Este campo concentra-se principalmente em
vítimas fatais, onde há suspeita de que substâncias tóxicas possam ter contribuído para o falecimento do
indivíduo.
Para manter uma linha de raciocínio consistente, é essencial contar com evidências que confirmem
suspeitas de intoxicação. A elucidação de eventos requer pesquisas em materiais biológicos coletados do corpo
da vítima, variando conforme a natureza da investigação. Por exemplo, para intoxicações agudas, utilizam-se
amostras de sangue, urina e saliva, enquanto exposições crônicas preferem unhas e cabelos. A análise de
xenobióticos inclui amostras como cabelo, urina, sangue, plasma e saliva. Amostras comuns envolvem sangue
total, humor vítreo, fígado, conteúdo estomacal e urina, podendo ser estendidas a tecido muscular, cabelo, osso,
especialmente em corpos em decomposição avançada (BORDIN, et. al., 2015).
As amostras biológicas coletadas de possíveis vítimas frequentemente são escassas devido ao estado do
corpo, tornando crucial que o profissional responsável pela análise escolha a técnica mais apropriada. Conforme
o artigo do professor Eduardo Anderson dos Santos (2018), diversas opções de técnicas estão disponíveis,
sendo a escolha influenciada por critérios como custo, aplicabilidade, sensibilidade, precisão, exatidão e
seletividade. Técnicas como colorimétricos e imunoensaios são mencionadas, e em outras pesquisas,
identificou-se o uso da espectrometria de massa ( DE ALENCAR. et. al., 2021).
Referências
BORDIN, D. C. M., MONEDEIRO, F. F. S. S., CAMPOS, E. D., ALVES, M., BUENO, L., & MARTINIS, B.
Técnicas de preparo de amostras biológicas com interesse forense. Sci Chromatogr, v. 7, n. 2, p. 125-43, 2015.
DE ALENCAR, K., DE GOES SAMPAIO, C., & ALVES, F. D. A. F. Toxicologia forense: estudo bibliográfico
sobre as técnicas relacionadas à química analítica nas investigações criminais. Revista Brasileira de
Criminalística, v. 11, n. 1, p. 59-64, 2022.
DE JESUS, S. S., & SILVA, D. S. Toxicologia forense e sua importância na saúde pública. Revista
Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 7, p. 767-781, 2021.
DE OLIVEIRA, D. B., DE MEDEIROS JÚNIOR, J. C., JÚNIOR, M. A. G., & ANTUNES, Y. R. Toxicologia
forense: o estudo dos agentes tóxicos nas ciências forenses. Brazilian Journal of Development, v. 9, n. 1, p.
1475-1493, 2023.
DOS SANTOS, A. E. As principais linhas da biologia forense e como auxiliam na resolução de crimes.
Revista brasileira de criminalística, v. 7, n. 3, p. 12-20, 2018.