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P1 HEMATOPOESE


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1 Definir a composição sanguinea, elencando as proporções.
Sangue é o tecido conjuntivo liquido que circula pelo sistema cardiovascular. É cerca de 5-6l ou a 7a
8% do peso corporal. Tem função de transporte de nutrientes e o2 (direta ou indiretamente) para
células, residuos metalicos e co2 para fora das células, hormônios e outras substâncias reguladoras
para as celulas e os tecidos, manutenção da homeostasia (tamponamento, termorregulação,
coagulação) e função imunologica (transporte de celulas imunologicos).
A composição do sangue possui 2 componentes:
◆ Plasma (cerca de 55% do volume sanguíneo) e “elementos figurados do sangue”que são cerca
de 45% do volume sanguíneo.
Elementos do sangue:◆ Eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos).
● Ressaltando: o volume de eritrócitos concentrados em uma amostra de sangue é o hematócrito
(Ht).
○ Medido por centrifugação de uma amostra misturada com anticoagulantes.
◆ Nos homens → 39-50% do volume do sangue.
◆ Nas mulheres → 35-45% do volume do sangue.
Porcentagem de hemácias no sangue.
◆ Leucócitos (glóbulos brancos).
◆ Plaquetas (trombócitos).
● Junto aos leucócitos constituem menos de 1% do sangue.
● Ressaltando: em uma amostra de sangue centrifugada, os leucócitos e as plaquetas ficam em uma
estreita camada de coloração clara entre os eritrócitos e o plasma, denominada creme leucocitário.
Em suma, o que são os eritrócitos?
➔ São as hemácias.
➔ Ou glóbulos vermelhos.
Quais as características celulares dos eritrócitos?
➔ Anucleados.
➔ Sem organelas típicas.
➔ Atuam somente na corrente sanguínea.
➔ Dimensões:
◆ Diâmetro de 7,8 μm.
◆ Borda com espessura de 2,6 μm.
◆ Espessura central de 0,8 μm.
➔ Formato discóide e bicôncavos.
◆ Proporciona grande superfície em relação ao volume
● Área de superfície:
○ Cerca de 140 μm2.
● Volume capsular médio (VCM):
○ Entre 80 a 99 fl (1 fl = 10–15 l).
● Facilita as trocas de gases.
Do que o eritrócito é constituído?
➔ A forma é mantida por proteínas estruturais do citoesqueleto e ligadas à membrana da hemácia.
◆ P. ex., espectrina, anquirina, actina, proteína 4.1 e banda 3.
◆ Dão flexibilidade à membrana do eritrócito.
● Ressaltando: anormalidades ou deficiências dessas proteínas levam à formação de eritrócitos
deformados.
○ P. ex, na esferocitose e eliptocitose hereditária.
➔ Com grande quantidade da proteína hemoglobina.
◆ Cerca de 40% do volume do eritrócito.
➔ O restante constitui as proteínas, substâncias gordurosas, fosfato, cloro e íons de sódio.
Qual a função da hemoglobina?
➔ É uma proteína transportadora de O2 e CO2.
➔ Ressaltando: por serem ricos em hemoglobina, uma proteína básica, os eritrócitos são acidófilos,
corando-se pela
eosina.
◆ A alta quantidade é responsável pela sua coloração uniforme e pela granulação citoplasmática
observada à MET.
Quais os tipos de hemoglobinas que existem?
➔ 3 tipos principais no adulto:
◆ Hemoglobina HbA1.
◆ Hemoglobina HbA2.
◆ Hemoglobina HbF.
Qual a importância da existência desses 3 tipos de hemoglobinas?
➔ Existem em proporções diferentes em diferentes estágios da vida.
◆ Fetal, neonatal e na fase adulta..
➔ Além disso, proporcionam uma alternativa de transporte de gases caso haja deficiência na síntese
de alguma delas,
principalmente no caso de defeitos na HbA1 que podem ocorrer na talassemia, por exemplo.
Qual a distribuição dos tipos de hemoglobinas no sangue de um adulto?
➔ Hemoglobina HbA1.
◆ Mais prevalente nos adultos.
◆ Cerca de 96% da hemoglobina total.
➔ Hemoglobina HbA2.
◆ 1,5 a 3% da hemoglobina total nos adultos.
➔ Hemoglobina HbF.
◆ Menos de 1% da hemoglobina total nos adultos.
◆ Principal forma de hemoglobina no feto.
● Sua produção cai drasticamente após o nascimento.
◆ Ressaltando: alguns indivíduos produzem HbF durante toda a vida.
● Embora a HbF persista em uma porcentagem ligeiramente mais alta que o normal nos indivíduos
com
doença falciforme e talassemia, ela não parece desempenhar uma função patológica.
Quais as funções dos eritrócitos?
➔ Transportar O2 dos tecidos pulmonares para os tecidos do corpo.
◆ Após a hematose.
➔ Transportar CO2 dos tecidos do corpo para os tecidos pulmonares.
◆ Para que seja realizada a hematose.
Qual o tempo de vida de um eritrócito?
➔ Cerca de 120 dias.
◆ Cerca de 1% dos eritrócitos é removido a cada dia da circulação.
● Devido ao processo de senescência (envelhecimento).
O que ocorre com os eritrócitos senescentes?
➔ Cerca de 90% deles são fagocitados por macrófagos em 3 possíveis locais.
◆ Baço.
◆ Medula óssea.
◆ Fígado.
➔ 10% são degradados no meio intravascular.
◆ Liberando hemoglobina no sangue.
● Em quantidades insignificantes.
Onde os eritrócitos são produzidos?
➔ Na medula óssea.
◆ Produz continuamente novos eritrócitos para repor os perdidos.
➔ Ressaltando: na hipóxia renal:
◆ Ocorre um estímulo para a liberação de um fator eritropoético.
● Que modifica uma proteína do plasma transformando-a em eritropoetina.
○ Que estimula a produção de glóbulos vermelhos.
◆ Durante a maturação as hemácias perdem o núcleo e algumas organelas.
Leucócitos
Em suma, o que são os leucócitos?
➔ Ou glóbulos brancos.
➔ “Leucócitos” é um termo geral para uma categoria de células destinadas à proteção do organismo
contra corpos
invasores.
◆ Ou seja, células que compõem o sistema imunológico.
Quais as características dos leucócitos?
➔ No geral, são células um pouco maiores que os eritrócitos.
➔ Com diversas funções e locais de ação.
➔ São classificados em 2 grandes grupos:
◆ Granulócitos.
◆ Agranulócitos.
Qual o critério de classificação dos leucócitos?
➔ A existência ou não de grânulos específicos.
◆ Contudo, tanto os agranulócitos quanto os granulócitos contêm um pequeno número de grânulos
azurófilos
inespecíficos.
Quais são os granulócitos?
➔ Neutrófilos.
➔ Eosinófilos.
➔ Basófilos.
Quais são os agranulócitos?
➔ Linfócitos.
◆ Que ainda podem ser subdivididos em vários outros tipos.
● P. ex., células B, T e NK.
◆ Onde as células T também podem ser subdivididas utilizando alguns critérios, como a existência
ou não de
proteínas de superfície específicas (CD4 e CD8).
➔ Monócitos.
Neutrófilos
Em suma, o que são os neutrófilos?
➔ São os leucócitos mais numerosos e mais comuns por serem, em geral, a primeira linha de defesa
do organismo contra
corpos invasores.
Quais as características celulares dos neutrófilos?
➔ São chamados assim devido a ausência de coloração citoplasmática no MET.
➔ São maiores que os eritrócitos.
➔ Tem núcleo multilobulado.
◆ Também chamados de “neutrófilos polimorfonucleares” ou “polimorfos”.
◆ Os núcleos dos neutrófilos maduros contêm 2 a 4 lobos unidos por filamentos nucleares mais
finos.
● Ressaltando: esses lobos podem mudar de posição e formato.
➔ Presença de grânulos específicos e 3 grânulos diferentes ao todo (o que o diferencia dos demais
granulócitos, que
possuem apenas 2).
➔ Quanto ao arranjo das cromatinas:
◆ Heterocromatina → adjacente ao envoltório nuclear.
◆ Eucromatina → no centro do núcleo.
◆ Ressaltando: nas mulheres o corpúsculo de Barr (o cromossomo X inativo único condensado)
forma um apêndice
em formato de baqueta de tambor em um dos lobos nucleares.
Quantos tipos de grânulos os neutrófilos possuem?
➔ Tem 3 tipos de grânulos:
◆ Grânulos azurófilos (grânulos primários).
◆ Grânulos específicos (grânulos secundários).
◆ Grânulos terciários.
➔ Ressaltando: a existência de 3 invés de 2 tipos de grânulos é condizente com a alta gama de
funções fagocitárias que os
neutrófilos possuem.
Onde os neutrófilos são produzidos?
➔ Na medula óssea vermelha.
◆ É originado da linhagem mielóide.
Eosinófilos
Em suma, o que são os eosinófilos?
➔ São os granulócitos assim denominados devido aos grandes grânulos eosinofílicos em seu
citoplasma.
➔ São, em geral, responsáveis pela defesa contra parasitas e estão relacionados a alergias.
Quais são as características celulares dos eosinófilos?
➔ São células globulares.
➔ Com dimensões semelhantes às dos neutrófilos.
➔ Com grânulos com coloração avermelhada (acidófilos).
➔ Tem cromatinas com arranjo semelhante a dos neutrófilos.
◆ Heterocromatina → adjacenteao envoltório nuclear.
◆ Eucromatina → no centro do núcleo.
➔ Poucas e esparsas organelas membranosas.
Quantos tipos de grânulos os eosinófilos possuem?
➔ Tem 2 tipos de grânulos:
◆ Grânulos azurófilos (grânulos primários).
◆ Grânulos específicos (grânulos secundários).
● Aqui eles são alongados.
Onde os eosinófilos são produzidos?
➔ Na medula óssea vermelha.
Basófilos
Em suma, o que são os basófilos?
➔ São as células mais raras dentre os leucócitos (menos de 0,5% do total).
➔ São as relacionadas com reações de hipersensibilidade e anafilaxia.
Quais as características celulares dos basófilos?
➔ São células globulares.
➔ Com grânulos com coloração arroxeada (basófilos).
➔ Com dimensões semelhantes às dos neutrófilos.
➔ Recebem esse nome devido aos numerosos grânulos grandes no seu citoplasma que são corados
por corantes básicos.
◆ O núcleo lobular do basófilo costuma ser obscurecido pelos grânulos nos esfregaços sanguíneos
corados.
➔ Mesmas dimensões dos neutrófilos.
➔ Organelas citoplasmáticas são esparsas.
➔ Tem cromatinas com arranjo semelhante a dos neutrófilos.
◆ Heterocromatina → adjacente ao envoltório nuclear.
◆ Eucromatina → no centro do núcleo.
Quantos tipos de grânulos os basófilos possuem?
➔ Tem 2 tipos de grânulos:
◆ Grânulos azurófilos (grânulos primários).
◆ Grânulos específicos (grânulos secundários).
Onde os basófilos são produzidos?
➔ Na medula óssea vermelha da célula progenitora de basófilos-mastócitos.
que também origina os mastócitos.
Linfócitos
Em suma, o que são os linfócitos?
➔ São os agranulócitos mais comuns (cerca de 30% do total de leucócitos).
➔ Em geral, são células imunocompetentes recirculantes com as funções mais diversas dentre os
leucócitos.
Quais são as características celulares dos linfócitos?
➔ São células com baixa relação núcleo-citoplasma.
◆ Ou seja, seu núcleo ocupa cerca de 90% da área da célula.
● Logo, seu citoplasma é escasso.
➔ Não são células totalmente diferenciadas.
◆ P. ex., linfócitos B podem se diferenciar em plasmócitos ao entrarem em contato com um corpo
invasor e
produzirem anticorpos contra eles, no geral, quando estimuladas, essas células podem se dividir e se
diferenciar
em outros tipos de linfócitos efetores.
➔ Podem sair da circulação e ir para outros tecidos.
◆ E depois retornar para a circulação.
➔ Apesar de ser classificado como agranulócitos, ocasionalmente pode conter grânulos azurófilos
finos.
➔ Divididos em 3 grupos:
◆ Linfócitos T (células T).
● Tem esse nome por sofrerem maturação no Timo.
◆ Linfócitos B (células B).
● Tem esse nome por terem sido identificados pela primeira vez como uma população isolada na
bursa de
Fabricius em aves.
◆ Linfócitos NK.
● Tem esse nome por serem programadas para destruir certos tipos de células transformadas.
➔ Ressaltando: são divididos baseado em sua função, e não em seu tamanho ou morfologia.
Qual a proporção desses grupos de linfócitos?
➔ As células T maduras são a maioria (considerando que possuem funções regulatórias da resposta
imune e de
patrulhamento).
◆ Com cerca de 65 a 80%.
➔ Seguidas das células B maduras, que recebem antígenos e produzem anticorpos específicos
contra eles.
◆ Com cerca de 20 a 30%.
➔ E por último, células NK, responsáveis pelo patrulhamento e destruição de células defeituosas ou
infectadas.
◆ Com cerca de 5 a 15%.
Onde os linfócitos são produzidos?
➔ Na medula óssea vermelha.
◆ Também são capazes de se desenvolver fora da medula óssea, em tecidos associados ao sistema
imune.
➔ Todos os grupos são derivados da mesma célula precursora.
➔ Ressaltando: os linfócitos T completam sua maturação no timo.
Onde os linfócitos atuam?
➔ Os linfócitos B e T, após completarem sua maturação em órgãos linfóides primários (timo e
medula óssea), caem
corrente sanguínea e vão para órgãos linfóides secundários (linfonodos e baço).
◆ Processo de ectotaxia.
➔ Os linfócitos ativados por antígenos ou linfócitos de memória vão para os tecidos linfóides
terciários.
◆ Locais onde o antígeno é encontrado.
➔ Os linfócitos B maduros se diferenciam em plasmócitos.
◆ Encontrados primordialmente na medula óssea, linfonodos e no baço.
◆ Eles são responsáveis pela síntese de imunoglobulinas.
Monócitos
Em suma, o que são os monócitos?
➔ São células que compõem o sistema fagocitário mononuclear.
◆ Ou seja, são responsáveis por fagocitar e destruir outras células, moléculas, corpos invasores e
outros
compostos.
● Além de, quando diferenciadas e macrófagos, atuarem como apresentadoras de antígenos para as
células T.
Quais são as características celulares dos monócitos?
➔ São os maiores leucócitos identificados em um esfregaço sanguíneo.
➔ Tem o núcleo mais endentado que o dos linfócitos.
◆ Devido a existência de:
● Complexo de Golgi bem desenvolvido.
● Centríolos.
➔ Apesar de serem classificados como agranulócitos, possuem grânulos azurófilos densos.
Onde os monócitos são produzidos?
➔ Na medula óssea vermelha.
Onde os monócitos atuam?
➔ Na circulação e, também, migram para outros tecidos conjuntivos, onde se diferenciam em
macrófagos.
Plaquetas
➔ São os trombócitos.
➔ São pedaços de citoplasma derivados dos megacariócitos.
Quais as características principais das plaquetas?
➔ Por serem fragmentos citoplasmáticos, são anucleadas.
➔ Possuem granulações.
◆ Porém, são diferentes das encontradas nos granulócitos (relacionadas a sua função de
coagulação).
Qual a função das plaquetas?
➔ Estão envolvidas em vários aspectos da hemostasia (controle do sangramento):
◆ Atuam na:
● Vigilância contínua dos vasos sanguíneos.
○ Vigiam continuamente o revestimento endotelial dos vasos sanguíneos à procura de lacunas ou
rupturas.
● Formação de coágulo sanguíneo.
○ Quando a parede de um vaso sanguíneo sofre lesão ou ruptura, o tecido conjuntivo exposto no
local lesionado promove a adesão plaquetária.
● Reparo do tecido lesionado.
○ A adesão das plaquetas ao local lesionado desencadeia a sua desgranulação e a liberação de
serotonina, difosfato de adenosina (ADP) e tromboxano A2.
Onde as plaquetas são produzidas?
➔ Na medula óssea vermelha.
◆ Novamente, são fragmentos do citoplasma separados das regiões periféricas dos megacariócitos.
● Grandes células poliplóides (com múltiplos conjuntos de cromossomos).
Onde as plaquetas atuam?
➔ Exclusivamente na circulação intravascular.
Qual o tempo de vida de uma plaqueta? 8-10 dias
1.1 Destacar as principais proteinas e suas funções (albumina, globulinas e subgrupos das
globulinas)
O que é o plasma sanguíneo?
➔ É a parte extracelular líquida do sangue.
◆ Responsável pela característica líquida do sangue.
➔ Novamente, cerca de 55% do volume total do sangue.
Componentes do plasma sanguíneo
Qual a composição do plasma sanguíneo?
➔ Em suma, é um líquido composto por 7 tipos de substâncias:
◆ Água.
● Mais de 90%.
◆ Grandes proteínas.
● 7-8%.
◆ 5 outros solutos.
● 1-2%.
Quais as grandes proteínas presentes no plasma sanguíneo?
➔ São 3 principalmente:
◆ Albuminas.
◆ Alfa, beta e gamaglobulinas (imunoglobulinas).
◆ Fibrinogênio.
Albumina
A albumina é o principal constituinte proteico do plasma, representando aproximadamente metade
das proteínas plasmáticas totais (50%) – trata-se da menor proteína plasmática. Produzida no fígado,
a albumina é responsável por exercer o gradiente de concentração entre o sangue e o líquido
extracelular tecidual. Essa pressão osmótica importante sobre a parede do vaso sanguíneo,
denominada pressão coloidosmótica, mantém a proporção
correta entre sangue e volume de líquido tecidual. Se uma quantidade significativa de albumina
extravasar dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo frouxo ou for perdida
do sangue para a urina nos rins, a pressão coloidosmótica do sangue diminui, e ocorre acúmulo de
líquido nos tecidos, observado como um edema (tal aumento no líquido tecidual é mais facilmente
observado pelo edema dos tornozelos no final do dia). A albumina também atua como proteína
carreadora; liga-se a hormônios (tiroxina), metabólitos (bilirrubina) e fármacos (barbitúricos) e os
transporta.
➔ Menor proteína plasmática (70 kDa).
Onde aalbumina é produzida?
➔ Nos hepatócitos do fígado.
Qual a função da albumina no plasma sanguíneo?
➔ Exercem pressão coloidosmótica no sangue.
◆ Isso mantém a proporção de líquidos entre o sangue e os tecidos.
➔ Atua como proteína carreadora.
◆ Transporta hormônios, metabólicos e fármacos.
● P. ex., tiroxina, bilirrubina e AGs, e barbitúricos, respectivamente.
Globulinas
Em suma, o que é a globulina?
➔ Em suma, são proteínas globulares.
➔ Chamadas assim simplesmente pelo seu formato. Portanto, compõem diversos tipos com as mais
variadas funções e
tamanhos.
Quais as características da globulina?
➔ Sua característica mais marcante é sua divisão em 2 tipos:
◆ Imunoglobulinas (gamaglobulinas).
● Maiores globulinas.
◆ Globulinas não imunes (alfa e beta-globulina).
Imunoglobulinas/gamaglobulinas
Em suma, o que são as imunoglobulinas?
➔ São anticorpos.
➔ São a maior parte das globulinas.
Onde as imunoglobulinas são produzidas?
➔ Nos plasmócitos.
◆ Ou seja, são derivados dos linfócitos B.
➔ Nos órgãos linfóides periféricos (secundários - gânglios linfáticos e baço), nos tecidos inflamados
e na medula óssea, e realizam suas funções efetoras em locais distantes de onde são produzidos.
◆ Em órgãos de mucosa (p. ex., intestino e as vias respiratórias), são produzidos na lâmina própria e
transportados através dos epitélios para o lúmen desses órgãos, onde bloqueiam a entrada de
microrganismos ingeridos ou inalados.
◆ Também são transportados através da placenta para a circulação do feto em desenvolvimento.
◆ Em estados de doença, os anticorpos podem ser produzidos em tecidos periféricos não linfóides,
em sítios de infecção ou de inflamação crônica, algumas vezes chamados de órgãos linfóides
terciária
Qual a função das imunoglobulinas?
➔ Neutralizar e eliminar microorganismos infecciosos e toxinas microbianas.
◆ Anticorpo → a partir do momento que entram em contato com o antígeno.
Em suma, o que é um antígeno?
➔ É um “corpo estranho” ao organismo.
◆ Algo que esteja na superfície de um microorganismo invasor.
Globulinas não imunes/alfa e betaglobulinas
As globulinas não imunes (α-globulina e β-globulina) são secretadas pelo fígado. Ajudam a manter a
pressão osmótica dentro do sistema circulatório e também atuam como proteínas carreadoras para
várias substâncias, tais como cobre (pela ceruplasmina), ferro (pela transferrina) e a proteína
hemoglobina (pela haptoglobina). As globulinas não imunes também incluem lipoproteínas, fatores de
coagulação e outras moléculas que podem ser trocadas entre o sangue e o tecido conjuntivo
extravascular.
Globulinas e lipoproteínas de destaque:
Transferrina (b globulina): Transporta ferro, principalmente para a medula óssea, onde será
reaproveitado pelos eritoblastos que estão sendo formados.
Haptoglobina (a-2 globulina):
Se liga a hemoglobina para formar um composto molecular de peso maior, impedindo a passagem
desse pelo filtro renal. Esse mecanismo impede a excreção da
hemoglobina pela urina.
Transcobalamina (b globulina): Transporta B12 dos enterócitos para o tecido
Lipoproteínas:
- Quilomícron: transporta TAG para o fígado;
- VLDL: transporte de TAG para as células do corpo;
- LDL: transporte de colesterol do fígado para o corpo;
- HDL: transporte do colesterol do corpo para o fígado
para a eliminação.
Há também: Plasminogênio, Ceruloplasmina, Lipoproteínas, Alfa-1-antitripsina, Alfa-1-glicoproteína,
Transcobalamina (transporta B12 dos eritrócitos para o
tecido).
Fibrinogênio
Em suma, o que é o fibrinogênio?
➔ Maior das proteínas plasmáticas (cerca de 340 kDa).
Onde o fibrinogênio é produzido?
➔ No fígado.
Qual a função do fibrinogênio?
➔ Participa da cascata de coagulação.
◆ É convertido em fibrina durante a cascata de coagulação.
● Deixa de ser solúvel e passa a ser insolúvel e mais “leve” (323 kDa).
Em suma, qual a função da fibrina?
➔ Formar redes impermeáveis no local de lesão dos vasos sanguíneos impedindo a perda de
sangue.
Como essas redes são formadas?
➔ Durante a conversão do fibrinogênio em fibrina, as cadeias de fibrinogênio são clivadas em
monômeros de fibrina.
◆ Esses monômeros se polimerizam e formam fibras longas.
● Que por meio da formação de ligações cruzadas criam as redes.
Outros solutos do plasma sanguíneo
Quais são os outros solutos do plasma sanguíneo?
➔ Eletrólitos.
◆ P. ex., Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3-, PO43-, SO42-, etc.
➔ Substâncias nitrogenadas não proteicas.
◆ P. ex., uréia, ácido úrico, creatina, creatinina, sais de amônio etc.
➔ Nutrientes.
◆ P. ex., glicose, lipídeos, AA, etc.
➔ Gases sanguíneos.
◆ P. ex., O2, CO2, N2, etc.
➔ Substâncias reguladoras.
◆ P. ex., hormônios e enzimas.
Qual o diferencial desses solutos para as grandes proteínas?
➔ Com exceção das grandes proteínas e das substâncias reguladoras (que são proteínas ou
polipeptídeos), os outros constituintes plasmáticos são pequenos o suficiente para atravessar a
parede dos vasos sanguíneos e entrar nos tecidos conjuntivos adjacentes.
1.3 Diferenciar Soro de plasma
Em suma, o que é o soro sanguíneo? Basicamente, é equivalente ao plasma sanguíneo. Porém,
sem a presença dos fatores e proteínas de coagulação.
Qual a importância do soro sanguíneo?
➔ Importante para fins laboratoriais.
◆ Para muitos exames bioquímicos laboratoriais, tanto o plasma quanto o soro sanguíneo podem
ser igualmente
usados.
● Porém, o soro é mais recomendado para exames específicos.
○ Pois, os anticoagulantes contidos no plasma podem interferir nos resultados.
◆ O sangue é, geralmente, coletado de uma veia (venipuntura).
● Assim que coletado, ele coagula imediatamente.
○ Para impedir a coagulação, acrescenta-se um anticoagulante.◆ P.ex., citrato ou heparina.
2 - Descrever os sistemas ABO e RH
Um importante fator na transfusão de sangue é o sistema de grupo sanguíneo ABO, que
essencialmente envolve três antígenos, denominados A, B e O. Esses antígenos
consistem em glicoproteínas e glicolipídios e diferem apenas ligeiramente quanto à sua composição.
Estão presentes na superfície dos eritrócitos e estão ligados aos domínios extracelulares de
proteínas integrais da membrana, denominadas glicoforinas e proteínas de banda 3. A existência de
antígenos A, B ou O determina os quatro grupos sanguíneos principais: A, B, AB e O.
Antígenos = Aglutinogênio = Está presente na membrana da hemácia
Anticorpo = Aglutinina = Células de defesa
Todos os humanos apresentam enzimas que catalisam a síntese do antígeno O. Os indivíduos do
grupo sanguíneo A contêm uma enzima adicional (N-acetilgalactosamina transferase ou
A-glicosiltransferase), que acrescenta a N-acetilgalactosamina ao antígeno O. Os indivíduos de grupo
sanguíneo B contêm uma enzima (galactose
transferase ou B-glicosiltransferase), que adiciona galactose ao antígeno O. Os indivíduos de grupo
sanguíneo. AB expressam ambas as enzimas, enquanto os indivíduos
de grupo sanguíneo tipo 0 não contêm essas enzimas. Nos humanos, os genes ABO consistem em
pelo menos sete éxons, que estão localizados no cromossomo 9. O
alelo O é recessivo, enquanto os alelos A e B são codominantes.
As diferenças nas moléculas de carboidrato desses antígenos são detectadas por anticorpos
específicos dirigidos contra os antígenos A ou B. Os indivíduos com
antígenos A contêm anticorpos anti-B séricos, que são dirigidos contra o antígeno B. Os indivíduos
com antígenos B têm anticorpos anti-A séricos, que são dirigidos contra o
antígeno A. Os indivíduos com grupo sanguíneo AB não apresentam anticorpos dirigidos contra os
antígenos A ou B; por esse motivo, são receptores universais de qualquer
tipo sanguíneo. Os indivíduos do grupo O apresentam ambos os anticorpos anti-A e anti-B no soro e
nenhum antígeno A ou B nos eritrócitos. Por consequinte, esses
indivíduos são doadores universais de sangue. Se um indivíduo receber uma transfusão de sangue
de tipo incompatível, os anticorpos do receptor irão atacar os eritrócitos do doador, causando uma
reação transfusional hemolítica com destruição dos eritrócitos transfundidos.
Para evitar essa complicação que inclui risco à vida, o sangue paratransfusão precisa ser sempre
submetido à prova cruzada com o sangue do receptor. Nesse procedimento, o soro do receptor é
testado contra os eritrócitos do doador. Se não houver reação a essa prova
cruzada, o sangue do doador pode ser usado para transfusão.
Sistema Rh: Costuma ser complementar ao sistema AB0. Classifica o sangue em 2 tipos: Se baseia
na existência ou não do antígeno rhesus (Rh). Mais especificamente o antígeno Rh(D).
Rh+ e Rh-.
O que determina a existência desses 2 tipos sanguíneos?
➔ A existência de 2 genes.
◆ RhD e RhCE.
● Que codificam proteínas de membrana que têm os antígenos D, Cc e Ee.
○ Sendo que é o antígeno D determina o fator Rh.
O que é o antígeno/aglutinogênio D?
➔ Nos seres humanos, é:
◆ Um polipeptídeo chamado Rh30.
◆ Não glicosilado transmembrana.
◆ De 40 kDa.
◆ Que compartilha locais antigênicos com os eritrócitos do macaco rhesus.
➔ O polipeptídio Rh30 é um componente de um complexo de proteína integral da membrana do
eritrócito maior (90 kDa),
que inclui a glicoproteína Rh50.
◆ Embora o polipeptídio Rh30 expresse muitos locais antigênicos em seu domínio extracelular,
apenas cinco deles
– os antígenos D, C, c, E e e – são importantes do ponto de vista clínico.
Como os genes RhD definem os tipos sanguíneos?
➔ Em suma, estando ou não presente.
◆ Caso esteja presente:
● Codifica o antígeno D.
● O indivíduo é Rh(D+).
◆ Caso esteja ausente:
● Ausência do antígeno D.
● O indivíduo é Rh(D-).
Como os anticorpos/aglutininas definem os tipos sanguíneos?
➔ Recapitulando:
◆ Os anticorpos Rh são anticorpos imunes.
● Ou seja, raramente ocorrem de forma natural.
○ Resultam de sensibilização por transfusão ou gravidez anterior.
◆ O antígeno Anti-D é o responsável pela maior parte dos problemas clínicos associados ao
sistema.
➔ O indivíduo Rh+:
◆ Não possui o anticorpo Anti-D.
➔ O indivíduo Rh-:
◆ Possui o anticorpo Anti-D.
● Em geral da classe IgG.
○ Por isso conseguem atravessar a barreira placentária e causar problemas hemolíticos ao feto.
◆ Como na eritroblastose fetal.
O que ocorre quando o indivíduo não possui os antígenos D, C ou E?
➔ É o que chamam de sangue dourado.
2.1 Caracterizar a eritroblastose fetal e o falso O
A eritroblastose fetal é a doença do feto e do recém-nascido, caracterizada pela aglutinação e
fagocitose das hemácias do feto. Na maioria dos casos de eritroblastose fetal, a mãe é Rh negativa e
o pai é Rh positivo. O recém-nascido herda o antígeno Rh-positivo do pai e a mãe desenvolve
aglutininas anti-Rh pela exposição ao antígeno Rh do feto. Por sua vez, as aglutininas da mãe se
difundem através da placenta para o feto, causando a aglutinação das hemácias. O segundo filho de
uma mãe Rh negativa sensibilizada tem 3% de exibir sinais da doença, o terceiro filho tem 10% de
chance de apresentar sinais da doença;
a incidência aumenta progressivamente com as gestações subsequentes.
A exposição inicial do antígeno D, como na primeira gestação, não causa a eritroblastose, pois é
produzida a IGM, que não atravessa a placenta devido ao tamanho dessa molécula. A 2a exposição
produz IgG que atravessa a placenta. Os anticorpos anti-Rh se difundem através da membrana
placentária para o sangue do feto. No feto, causam aglutinação do sangue fetal. As hemácias
aglutinadas em seguida sofrem hemólise, liberando hemoglobina no sangue. Os macrófagos do feto
convertem essa hemoglobina em bilirrubina, fazendo com que a pele do neonato fique amarela
(icterícia). Efeitos da doença no recém-nascido: anemia, icterícia, hepatoesplenomegalia, produção
acelerada de hemácias com a consequente liberação de hemácias imaturas. Apesar da grave
anemia em geral levar a morte, muitas crianças que sobrevivem a essa anemia apresentam retardo
mental permanente ou lesões das áreas motoras do cérebro devido a precipitação da bilirrubina nas
célulasneuronais, causando a destruição de muitas delas.
QUADRO CLÍNICO DA ERITROBLASTOSE
O recém-nascido ictérico e eritroblástico em geral é anêmico ao nascer, e as aglutininas anti-Rh da
mãe usualmente circulam pelo sangue do neonato durante 1 a 2 meses após o nascimento,
destruindo cada vez mais hemácias. Os tecidos hematopoiéticos do recém-nascido tentam repor as
hemácias hemolisadas. O fígado e o baço se dilatam e produzem hemácias do mesmo modo como
faziam durante o meio da gestação. Devido a produção muito acelerada de hemácias, muitas formas
precoces de hemácias, incluindo diversas formas blásticas nucleadas, passam da medula óssea para
o sistema circulatório. Muitas crianças que sobrevivem a essa anemia apresentam retardo mental
permanente ou lesões das áreas motoras do cérebro.
TRATAMENTO DO NEONATO ERITROBLÁSTICO
Substituição do sangue (por transfusão) do neonato por sangue Rh-negativo, enquanto o próprio
sangue Rh-positivo do neonato é removido (exotransfusão sanguínea).
PREVENÇÃO DA ERITROBLASTOSE FETAL
O antígeno D é o culpado primário pela imunização da mãe Rh-negativa contra um feto Rh-positivo.
A mãe deve administrar a imunoglobulina Rh globina, um anticorpo anti-D após 28 a 30 semanas de
gestação. Principalmente se for primeira gestação para impedir a sensibilização das mães contra o
antígeno D. Mecanismo do anticorpo anti-D: inibe a produção de anticorpos pelos linfócitos B
induzida pelo antígeno na gestante. Ou pela fixação nos locais antigênicos das hemácias
Rh-positivas fetais.
Falso O
Um paciente com sangue tipo A: deveria produzir aglutinogênios do tipo A na membrana de suas
hemácias e também produzir anticorpos anti-B. Porém, devido à uma mutação, seus aglutinogênios
de membrana não vão ser modificados para o tipo A. Dessa maneira, em um teste comum, usando
anticorpos anti-A e anti-B, não acontecerá nenhuma reação e facilmente pode-se dizer,
erroneamente, que o paciente é do sangue tipo O.
Se esse paciente receber sangue do tipo B, por exemplo, uma cadeia de reações é disparada: as
hemácias do paciente falso O continuam produzindo os anticorpos para
o tipo sanguíneo determinado geneticamente. Isso acontece, pois, antes de produzir os
aglutinogênios, existem precursores que são transformados devido à presença de alelos A e B.
Então, se um indivíduo com sangue A, por exemplo, com alelos em homozigose (IAIA) produz o
antígeno H normalmente que é induzido a se transformar em antígeno A.
Já o indivíduo que tem sangue O, tem alelos ii, que não causam mudança no antígeno H e, por isso,
não apresenta diferenciação de tipagem por causa do antígeno na
membrana das hemácias. O falso O (portador do Efeito Bombaim) tem um problema
na hora de formar este antígeno H. Existe um outro alelo, o alelo H, que produz uma enzima especial
que é a qual modifica uma substância precursora em antígeno H. O indivíduo falso O, portanto, não
produz nenhum antígeno: nem A, nem B e nem H.
3. Citar os locais da formação do sangue do embriao ao adulto
No embrião, durante as primeiras semanas de gestação, o saco vitelinico é um local transitório de
formação do sangue. Isso ocorre até o segundo mês de gestação.
A partir das 6 semanas de idade até 6 a 7 meses de vida fetal, o fígado e o baço são os principais
órgãos formadores de sangue e continuam fazendo hematopoese até cerca de 2 semanas após o
nascimento. Alias, a placenta tambem contribui para a hematopoese do feto.
A partir dos 6 a 7 meses de vida fetal e durante a infancia e a vida adulta, a medula óssea é o sitio
hematopoiético mais importante e a única fonte de novas celulas sanguíneas. As células em
desenvolvimento situam-se fora dos seios da medula óssea, as maduras são liberadas nos espaços
sinusais, na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral.
Lembrando que nos dois primeiros anos toda a medula óssea é hematopoética porém no resto da
infancia há substituição progressiva da medula dos ossos longos por gordura, de modo que a medula
hematopoética no adulto é confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do
úmero. Mesmo nessas regiões hematopoéticas, cerca de 50% da medula é composta de gordura. A
medula óssea gordurosa remanescente é capaz de reverterpara a hematopoética e em muitas
doenças tambem pode haver expansão da hematopoese aos ossos longos (seriam em casos de
anemias hemoliticas). Além disso, o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoiético fetal
(hematopoese extramedular ).
Em adultos, os locais de formação do sangue são as vértebras, costelas, crânio, esterno, sacro e
pelve, extremidades proximais do fêmur
adulto:
● A medula hematopoética no adulto vai diminuindo progressivamente ou seja, a celularidade
(porcentagem de tecido hematopoético) vai diminuindo ficando restrita ao esqueleto central (crânio,
vértebras, esterno, costelas, sacro e pelve).e às extremidades proximais do fêmur e do úmero.
Ressaltando: a celularidade começa alta e decresce progressivamente por toda a vida.
○ Ela varia com a idade:
◆ Nas crianças → Varia entre 60 e 100%.
◆ Após os 20 anos → Varia entre 64 e 80%.
◆ Após os 60 anos → 40%.
◆ Após os 80 anos → Varia entre 20 e 30%.
○ Também varia com o tipo de osso.
◆ Maior nas vértebras.
◆ Sendo o valor mínimo considerado normal, de 30%.
● Com possíveis exceções para crianças e idosos.
A presença de tecido hematopoético ativo fora da medula óssea é denominada metaplasia mieloide,
que pode ser um fenômeno compensatório ou indicar uma proliferação primária (neoplásica). Em
crianças a metaplasia mieloide compensatória (ou reacional)
é mais comum, mas em adultos a observação de tecido mieloide fora da medula óssea é geralmente
indicativa de processo neoplásico.
Na vida pós-natal a formação primária de linfócitos (na ausência de estímulo antigênico) ocorre na
medula óssea e no timo. Existem evidências recentes de que o timo mantém esta função durante
toda a vida, mesmo em indivíduos idosos em que está bastante hipotrofiado. Os órgãos linfopoéticos
secundários ou periféricos (que respondem aos estímulos antigênicos) são constituídos pelo baço,
pelos linfonodos e pelo tecido linfoide associado aos tratos digestivo e respiratório.
4. Diferencias células-tronco mesenquimais e hematopoiéticas e caracterizá-las quanto a origem e
potência.
Células-tronco hematopoiéticas: as CTH (CTPP) são capazes de se diferenciarem em todas as
linhagens sanguíneas e também têm a capacidade de se autorrenovarem. Alguns estudos apontam
que as CTH também têm o potencial de se diferenciarem em linhagens não sanguíneas.São as
precursoras de todas as células sanguíneas. Também conhecidas como células-tronco pluripotentes
(CTPP). Ressaltando: únicas pluripotentes adultas. São capazes de se diferenciarem em todas as
linhagens sanguíneas e também têm a capacidade de se autorrenovarem. Alguns estudos apontam
que as CTH também têm o potencial de se diferenciarem em linhagens não sanguíneas.
Células-tronco mesenquimais: dão origem a células diferenciadas que funcionam no reparo e na
formação de novo tecido, como ocorre na cicatrização de feridas e na formação de novos vasos
sanguíneos. São aquelas encontradas no tecido conjuntivo frouxo de adultos. Encontrados nichos de
células-tronco adultas.
Qual a classificação das células-tronco mesenquimais quanto a potência? Em geral, são
células-tronco multipotentes.P. ex., na cicatrização de feridas e na formação de novos vasos
sanguíneos (neovascularização).
Lembrando que:
Células-tronco totipotentes: Tem potencial de diferenciação ilimitado.ou seja, podem se diferenciar
em qualquer tipo de tecido do corpo inclusive placenta e anexos embrionários. Sao encontradas do
zigoto até o estágio de mórula. quando o embrião tem até 16 células. (pode originar todos os tecidos
do corpo inclusive placenta e anexos embrionários)
Células-tronco pluripotentes: podem se diferenciar em qualquer tipo de tecido, exceto anexos
embrionários (incluindo a placenta). Encontradas no estágio de blástula., ou seja, as totipotentes e as
pluripotentes são células-tronco embrionárias (potencial de diferenciamento de quase todos os
tecidos exceto anexos embrionários)
Células-tronco multipotentes: podem se diferenciar em qualquer célula do seu pŕoprio tecido. São as
encontradas no indivíduo adulto.
Células-tronco unipotentes: Podem se diferenciar em apenas um tipo específico de
tecido.Encontradas em alguns tecidos adultos, ou seja, as unipotentes e as multipotentes são
células-tronco adultas.
4.1 Aplicações clínicas das células-tronco
As primeiras aplicações terapêuticas de CT ocorreram com o uso de células multipotentes derivadas
de tecidos adultos, tanto em transplantes autólogos como em alogênicos, enquanto o uso de CTE
ainda está limitado aos experimentos com modelos animais. A maior experiência está no uso de
células-tronco derivadas do tecido hematopoético, as CTH, que já são largamente empregadas como
alternativa ao transplante de medula óssea no tratamento de leucemia aguda e leucemia mielóide
crônica
A terapia com células-tronco, também conhecida como medicina regenerativa, promove a resposta
de reparo de qualquer tecido doente, disfuncional ou ferido usando células-tronco ou seus derivados.
É o próximo capítulo do transplante de órgãos e usa células em vez de órgãos de doadores, cujo
suprimento é limitado. Os pesquisadores cultivam células-tronco em um laboratório. Essas
células-tronco são manipuladas para se especializar em tipos específicos de células, como células do
músculo cardíaco, células do sangue ou células nervosas.
Pessoas que podem se beneficiar das terapias com células-tronco incluem aquelas com lesões na
medula espinhal, diabetes tipo 1, doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, doença de
Alzheimer, doenças do coração, derrame, queimaduras, câncer e osteoartrite.
As pesquisas realizadas com o uso dessas células têm demonstrado a sua eficácia no tratamento de
diversas doenças, a exemplo da leucemia, doenças cardíacas e doenças hematológicas.
5 Descrever os tipos de transplante de medula óssea
Autólogo: No transplante autólogo, as próprias células-tronco hematopoiéticas do paciente são
removidas antes que a quimioterapia ou radioterapia de alta dose seja administrada, e, então, são
armazenadas para posterior
uso. Após a quimioterapia ou a radiação estar finalizada, as células colhidas são infundidas no
paciente.Como regra geral, o transplante autólogo está associado a menos efeitos colaterais graves,
uma vez que o paciente
recebe células do seu próprio corpo.
Alogênico: As células-tronco hematopoiéticas vêm de um doador, idealmente um irmão ou irmã com
uma composição genética semelhante. Se o paciente não tem um doador aparentado compatível,
medula óssea de uma pessoa não aparentada e com uma composição genética semelhante pode ser
usada. Em algumas circunstâncias, um pai ou filho que tenha apenas metade da correspondência
também pode ser usado; isso é chamado de transplante haploidêntico. O sangue de cordão umbilical
também pode ser usado, uma vez que ele é rico em células-tronco hematopoiéticas. Em um
transplante alogênico, o sistema imunológico do doador pode reconhecer as células do paciente
receptor, incluindo as células tumorais, como estranhas, e as rejeitam. Essa reação benéfica é
chamada de efeito enxerto versus tumor. Em muitos tipos de câncer, a resposta imune causada pelas
células transplantadas melhora a eficácia geral do tratamento. Esta resposta imune ajuda a matar
quaisquer células cancerosas residuais remanescentes. Uma grande preocupação é que também
pode ocorrer uma resposta imune contra os tecidos normais, chamada doença do enxerto contra o
hospedeiro.
Singênico: O transplante singênico é aquele onde o doador é o irmão gêmeo do paciente, gêmeos
idênticos, da mesma placenta
Haploidêntico: É aquele onde o doador é um parente próximo. Extremamente arriscado, pois a
compatibilidade mínima é por volta de 50%. Usado em casos onde não há outras opções. Nesse tipo
de transplante, o doador e o receptor compartilham metade dos genes HLA (antígenos leucocitários
humanos), o que significa que há uma diferença significativa na compatibilidade em comparação com
os transplantes de doador completamente compatível, como os transplantes de irmãos compatíveis
ou de doadores não aparentadoscompatíveis.
5.1. Descrever os métodos de analise (punção/biopsia, mielograma, citometria de fluxo e
imunofenotipagem).
Punção: É uma técnica de coleta de material. Objetivo: é um procedimento que envolve a inserção de
uma agulha em uma área específica do corpo para a coleta de líquidos. P. ex., sangue, líquido
sinovial (nas articulações), líquido pleural (nos pulmões), líquor (no sistema nervoso central) ou
outros fluidos.
Fluido alvo: é usada principalmente para obter amostras de fluidos corporais para análise
laboratorial. Ela pode ser usada para diagnóstico de várias condições (infecções, inflamações,
distúrbios metabólicos e etc).
➔ Técnica: varia dependendo do fluido a ser coletado e da área do corpo em que o procedimento é
realizado.
◆ P. ex., a punção venosa é usada para coletar sangue, enquanto a punção lombar é usada para
coletar líquor.
Como é feita a coleta por punção?
➔ P. ex., punção do esterno.
◆ Durante a punção do esterno:
● Uma agulha de grande calibre é inserida através do fino osso cortical (parte externa dura) até
chegar
ao osso esponjoso.
● Como está localizado logo abaixo da pele (e subcutâneo) e é facilmente acessível.
○ O esterno é um local usado com frequência para coleta de medula óssea.
Para que serve a punção?
➔ Para exame laboratorial.
➔ Para transplante.
◆ O transplante de medula óssea é usado às vezes no tratamento da leucemia.
Biópsia: Biópsia
O que é a técnica de biópsia? Também é uma técnica de coleta de material. Objetivo: é um
procedimento usado para coletar uma pequena amostra de tecido ou células de uma área suspeita
para análise laboratorial. O principal objetivo da biópsia é diagnosticar doenças, como câncer,
infecções, doenças autoimunes e outras
condições médicas.
Tecido alvo: o tecido alvo pode ser retirado de várias partes do corpo, como pele, mama, próstata,
pulmões, fígado, entre outros.
➔ Técnica: existem diferentes técnicas de biópsia:
◆ P. ex., biópsia por agulha, biópsia cirúrgica e biópsia por aspiração, dependendo da área e do tipo
de tecido a
ser coletado.
Como é feita a coleta por biópsia?
➔ P. ex., biópsia do esterno.
◆ O corpo do esterno é usado com frequência para biópsia por agulha da medula óssea.
● Por causa da sua largura e posição subcutânea.
◆ A agulha perfura primeiro o osso fino cortical.
● Em seguida, penetra no osso esponjoso vascularizado.
Para que serve a biópsia?
➔ Muitas vezes a biópsia do esterno é usada para coletar amostras de medula óssea para
transplante e detecção de câncer metastático e discrasias (anormalidades) sanguíneas.
Mielograma: em suma, é uma técnica de análise de medula óssea.
◆ Feita no esterno, crista ilíaca e tíbia.
Como é feito o mielograma?
➔ Em 2 etapas:
◆ 1a: é realizada a punção aspirativa da medula, com uma agulha de maior calibre para alcançar a
parte interna
do osso onde se encontra a medula óssea.
● P. ex., osso esterno, crista ilíaca e tíbia.
● Antes disso, é administrado anestésico no local do acesso.
◆ 2a: o material recolhido passará por etapas de coloração e o profissional analisará a amostra da
medula em
microscopia.
Para que serve o mielograma?
➔ Serve para verificar o funcionamento da medula óssea.
◆ A partir da análise das células sanguíneas precursoras produzidas na medula óssea.
● Para ajudar no diagnóstico e no tratamento de alterações apresentadas nos hemogramas.
○ P. ex., anemias, leucopenias, leucocitoses, trombocitopenias ou trombocitose, presença de
células imaturas (blastos), doenças infecciosas e até suspeitas de metástases.
Quando o mielograma deve ser solicitado?
➔ Quando outro o hemograma aponta algum tipo de alteração.
◆ P. ex., como poucas células sanguíneas ou grande quantidade de células imaturas.
➔ Nesses casos, o mielograma entra com o objetivo de entender a causa da alteração.:
Imunofenotipagem: Em suma, é uma técnica de análise que permite observar quais tipos de células
estão presentes no material coletado e qual a porcentagem de cada grupo.
◆ Pode ser feito em sangue periférico, na medula óssea ou em algum tecido.
Como é feita a imunotipagem?
➔ P. ex., Imunofenotipagem de sangue periférico.
◆ 1o: é feita uma coleta do sangue da mesma forma como se fosse para um hemograma.
● Se for na medula óssea, a coleta é similar ao mielograma (por punção), porém menos invasiva.
○ Nesses casos, o teste é chamado de imunofenotipagem por citometria de fluxo.
◆ 2o: depois de coletado, o material é analisado em uma máquina que compara as células com uma
série de
marcadores (fluoróforo ou fluorocromo) relacionados às doenças investigadas.
● Conforme as células reagem aos marcadores, é possível identificar de que tipo de anticorpos são,
para
se identificar o tipo de doença ou se são saudáveis.
Para que serve a imunotipagem?
➔ É utilizado para diagnosticar diversas doenças hematológicas tanto benignas, quanto malignas.
◆ Além de também ser fundamental para planejar o tratamento e acompanhar como o paciente está
respondendo
à terapia.
◆ Já durante o tratamento, o exame é importante para acompanhar a doença residual mínima
(DRM).
● Que é um fator que os médicos levam em consideração para saber quando administrar um
tratamento
mais intenso.
◆ Além do resultado também trazer algumas informações sobre o melhor momento para fazer o
transplante de
medula óssea.
➔ “É definida como a presença de células neoplásicas por métodos mais sensíveis de procura, como
biologia molecular ou imunofenotipagem”.
Citometria de fluxo: É uma técnica que analisa as características físicas e químicas de células
isoladas, de partículas biológicas e não biológicas.
As células são introduzidas em um fluido que passa por um tubo fino para que possam ser
analisadas individualmente à medida que o fluido passa por um feixe de luz de um aparelho medidos
(o citômetro de fluxo).
◆ Alguns citômetros de fluxo podem separar fisicamente subconjuntos de células (classificação) com
base em
suas características citométricas (classificadores de células).
Para que serve a citometria de fluxo?
➔ Pode ser usada para contar grande número de células ou partículas baseadas em seu tamanho,
complexidade interna, fenótipo, estado celular, função celular, conteúdo do DNA, expressão genética
e para quantificar essas mesmas propriedades celulares em um nível de célula única.
◆ Isso permite avaliar:
● Se as células estão presentes em uma amostra.
● Quantas são.
● Que tipos de células são.
● Quais podem ser suas características funcionais.
➔ Tem sido o método preferencial para a determinação da linhagem celular e análise da maturação
das células nas neoplasias hematológicas.
◆ Através dela é possível definir se um paciente é portador de uma leucemia e seu tipo específico.