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MÓDULO DE HIDROLOGIA 2022_compressed

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Prévia do material em texto

CURSO DE LICENCIATURA EM 
ENSINO DE GEOGRAFIA 
 
MANUAL DE HIDROLOGIA 
 2022 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO 
DE GEOGRAFIA 
 
MANUAL DE HIDROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
2º ANO 
CÓDIGO 
TOTAL HORAS/1º SEMESTRE 100 
CRÉDITOS (SNATCA) 4 
NÚMERO DE TEMAS 6 
 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 
 1 
 
Direitos de autor (copyright) 
 
Este manual é propriedade da Universidade Aberta ISCED, e contém todos os direitos. É 
proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou 
por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão 
expressa de entidade editora (Universidade Aberta ISCED (UnISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Aberta ISCED 
Vice-reitoria Académica 
Rua Paiva Couceiro, Macuti 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
Email: suporte@unisced.edu.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
mailto:suporte@isced.ac.mz
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 
 2 
 
Agradecimentos 
A Universidade Aberta (UnISCED) e o autor do presente manual agradecem a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
 
Autor: Luís Deixa Joaquim – Mestrado em Ciências e Sistemas de Informação Geográfica, 
pela Universidade Católica de Moçambique 
Pela Coordenação 
 
Pelo design 
Vice-Reitor Académica do ISCED 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância 
(IAPED) 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão Mário Silva Uacane 
Ano de publicação 
Ano de actualização 
Local de Publicação 
2018 
2022 
Beira ISCED 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 
 3 
 
Índice 
Visão geral 1 
 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Hidrografia ................................................................. 1 
Objectivos do Módulo...................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 1 
Como está estruturado este módulo ............................................................................... 2 
Ícones de actividade ........................................................................................................ 3 
Habilidades de estudo ..................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? ............................................................................................................. 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6 
Avaliação .......................................................................................................................... 6 
TEMA – I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HIDROGRAFIA 9 
 
UNIDADE Temática 1.1. O conceito e perfil histórico da hidrografia ............................... 9 
Introdução ....................................................................................................................... 9 
Sumário .......................................................................................................................... 11 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 11 
UNIDADE Temática 1.1. Objectos aquáticos e noção da hidrosfera ............................... 13 
Introução ....................................................................................................................... 13 
Sumário .......................................................................................................................... 16 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 16 
TEMA – I: CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS NATURAIS 17 
 
UNIDADE Temática 2.1. Características Físicas das Águas: Cor, Turbidez, Sólidos, 
Temperatura, Sabor e Odor. ........................................................................................... 17 
Introdução ..................................................................................................................... 17 
Sumário .......................................................................................................................... 30 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 30 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 
 4 
 
UNIDADE Temática.2.2: Características Químicas das Águas Naturais .......................... 33 
Introdução ..................................................................................................................... 33 
Sumário .......................................................................................................................... 42 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 42 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO DO TEMA 2 ................................................................. 45 
TEMA – III: CICLO HIDROLÓGICO 47 
 
UNIDADE Temática 3.1: Conceito do ciclo hidrológico e as suas diferentes fases ........ 47 
Introdução ..................................................................................................................... 47 
Sumário .......................................................................................................................... 50 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 51 
TEMA IV: ÁGUAS SUPERFICIAIS 53 
 
UNIDADE Temática 1.1.4.1. Hidrografia dos oceanos .................................................... 53 
Introdução ..................................................................................................................... 53 
Sumário .......................................................................................................................... 67 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 67 
UNIDADE Temática. 4.2: Rios ......................................................................................... 69 
Introdução ..................................................................................................................... 69 
Sumário ......................................................................................................................... 79 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 80 
UNIDADE Temática.4.3: Hidrografia dos Lagos e Pântanos ........................................... 82 
Introdução ..................................................................................................................... 82 
Sumário .......................................................................................................................... 89 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 89 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO DO TEMA 4 ................................................................. 91TEMA V: ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS. 92 
 
UNIDADE Temática 5.1. Águas Subterrâneas ................................................................. 92 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 
 5 
 
Introdução ..................................................................................................................... 92 
 Sumário ......................................................................................................................... 99 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................................... 99 
UNIDADE Temática.5.2. Aquíferos ............................................................................... 101 
Introdução ................................................................................................................... 101 
Sumário ........................................................................................................................ 111 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 112 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO DO TEMA V ............................................................... 113 
TEMA VI: GLACIARES 115 
 
UNIDADE Temática 6.1. Glaciares, sua formação, crescimento e destruição .............. 115 
Introdução ................................................................................................................... 115 
Sumário ........................................................................................................................ 131 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 131 
TEMA VII: HIDROGRAMA 134 
 
UNIDADE Temática 7.1. Hidrograma ............................................................................ 134 
Introdução ................................................................................................................... 134 
Sumário ........................................................................................................................ 139 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 139 
TEMA VIII: RECURSOS HÍDRICOS 142 
 
UNIDADE Temática 8.1: Recursos Hídricos, seus impactos e usos ............................... 142 
Introdução ................................................................................................................... 142 
Sumário ........................................................................................................................ 156 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 156 
 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 1 
 
Visão geral 
 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Hidrografia 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Hidrologia deverá ser capaz 
de: conhecer a origem e ocorrência das águas superficiais, 
subterrâneas e glaciares, identificar as características físicas e 
químicas das águas naturais, conhecer o ciclo hidrológico e a sua 
importância na manutenção da vida no planeta. 
objetivos 
Específicos 
jec 
Descrever os mecanismos de poluição dos 
oceanos; 
Caracterizar as águas subterrâneas; 
Explicar o processo de contaminação das 
águas subterrâneas; 
Caracterizar os glaciares; 
Descrever a importância dos glaciares na 
manutenção do equilíbrio térmico. 
▪ Sobre a circulação da água na natureza; 
▪ Caracterizar os oceanos; 
▪ Demonstrar a importância económica dos oceanos; 
 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Ensino de Geografia e Gestão Ambiental da 
UnISCED. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram 
se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, 
esses serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. 
Mas poderá adquirir o manual. 
 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 2 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Hidrografia, para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em ensino de Geografia e Gestão Ambiental, à 
semelhança dos restantes da UnISCED, está estruturado como se 
segue: 
 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
▪ Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática, são incorporados antes o 
sumário, exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os 
exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algunas incluindo estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos da UnISCED, pensando em si, 
num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal a UnISCED disponibiliza na biblioteca do seu 
centro de recursos mais material de estudos relacionado com o seu 
curso como: Livros e/ou módulos, CD, CDROOM, DVD. Para além 
deste material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode 
ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 3 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: a) apresentam 
exercícios resolvidos com detalhes; b) exercícios que mostram 
apenas respostas. 
As tarefas de avaliação são semelhantes às de auto-avaliação mas 
sem mostrar os passos, devendo obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/doceentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico 
pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em de confiança, 
classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. 
 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar/aprender a 
aprender.Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 4 
 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso, se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si. 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor 
à noite/de manhã/de tarde/fins de semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja, que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 5 
 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto, mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
SMS, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 6 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central da UnISCED 
indigetada para acompanhar as suas sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). 
Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um 
autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante da UnISCED). 
 
 
 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, 
sem prévia autorização. 
 UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 7 
 
 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Como é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e concistente. 
Você será avaliadodurante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentada de 
avaliação. 
1.Avaliação formativa: Serão observados os trabalhos de campo 
e as participações nos fóruns de discussões. Para cada actividade 
a média pesa em 40% sobre a avaliação final. 
2. Avaliação sumativa: Ao final do semestre haverá uma prova 
presencial de avaliação e o valor da prova pesa 60% da pontuação 
total. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 3 (três) 
avaliações e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 8 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HIDROGRAFIA 
 
UNIDADE Temática 1.1. O conceito e perfil histórico da hidrografia 
 
Introdução 
Caro estudante, nessa primeira unidade temática, terá como enfoque 
principal, a definição do termo hidrografia, seu objecto de estudo. E também 
poderá se apresentar o caminho percorrido pela hidrografia desde passado 
até a actualidade. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 ▪ Definir os conceitos “Hidrografia e Hidrologia” 
▪ Identificar o objecto de estudo da Hidrografia 
Objectivos ▪ Explicar o percurso histórico da Hidrografia 
específicos 
Desenvolvimento 
De acordo com Húo (2009), o objecto de estudo da hidrografia é a Hidrosfera. 
 A hidrosfera corresponde a parte líquida da geosfera. Vemos então que os 
fenómenos hidrográficos serão os correspondentes, tanto a águas 
continentais superficiais ou subterrâneas, como as dos oceanos. Para Lagem 
(1996), a Hidrografia divide-se em Hidrologia, o estudo das águas superficiais 
e subterrâneas; e a Oceanografia, o estudo das águas dos mares e oceanos, 
essas últimas constituem-se por si só um conhecimento específico. Alguns 
autores colocam a Liminologia (águas lacustres) como uma subdivisão 
especial da Hidrologia. 
 
Assim sendo, Hidrologia é a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e 
movimentação da água no planeta Terra. A definição actual deve ser ampliada 
para incluir aspectos de qualidade da água, ecologia, poluição e 
descontaminação 
 
“Os mais antigos trabalhos de drenagem e irrigação em larga escala são 
atribuídos ao Faraó Menés, fundador da primeira dinastia egípcia, que barrou 
o rio Nilo próximo a Mênphis, com uma barragem de 15m e extensão de 
aproximadamente 500 metros, para alimentar o canal de irrigação. 
Também no Egipto encontram-se os primeiros registos sistemáticos de níveis 
de enchentes. Estes registos datam de 3.500 a.C. e indicavam aos agricultores 
a época oportuna de romper os diques para inundar e fertilizar as terras 
agricultáveis. Nota-se que, aos egípcios, pouco importavam o estudo da 
Hidrologia como ciência, mas sim a sua utilização. 
 
UNISCED CURSO: Licenciatura em Ensino de Geografia; 10 Ano Módulo: Hidrologia 
 9 
 
Muitos conceitos erróneos e falhas de compreensão atravessaram o 
desenvolvimento da engenharia no seu sentido actual. 
 Os gregos foram os primeiros filósofos que estudaram seriamente a 
Hidrologia, com Aristóteles sugerindo que os rios eram alimentados pelas 
chuvas. Sua maior dificuldade era explicar a origem da água subterrânea. 
Somente na época de Leonardo da Vinci (por volta de 1.500 d.C.) a ideia da 
alimentação dos rios pela precipitação começou a ser aceite. No entanto, foi 
apenas no ano de 1694 que Perrault, através de medidas pluviométricas na 
bacia do rio Sena, demonstrou, quantitativamente, que o volume precipitado 
ao longo do ano era suficiente para manter o volume escoado. 
O astrónomo inglês Halley, em 1693, provou que a evaporação da água do 
mar era suficiente para responder por todas as nascentes e fluxos de água. 
Mariotte, em 1686, mediu a velocidade do rio Sena. Estes primeiros 
conhecimentos de Hidrologia permitiram inúmeros avanços no Século XVIII, 
incluindo o teorema de Bernoulli, o Tubo Pitot e a Fórmula de Chèzy, que 
formam a base da Hidráulica e da Mecânica dos Fluidos. 
Durante o Século XIX, foram feitos significantes avanços na teoria da água 
subterrânea, incluindo a Lei de Darcy. No que se refere à Hidrologia de águas 
superficiais, muitas fórmulas e instrumentos de medição foram criados. 
Chow (1954) chamou o período compreendido entre 1900 e 1930 como o 
Período do Empirismo. O período de 1930 a 1950 seria o Período da 
Racionalização. Datam desta época o Hidrograma Unitário de Sherman (1932) 
e a Teoria da Infiltração de Horton (1933). Entre 1940 a 1950 foram feitos 
significantes avanços no entendimento do processo de evaporação. 
 
Em 1958, Gumbel lança as bases da moderna hidrologia estocástica. A partir 
da década de 70, a Hidrologia passa a contar com os avanços computacionais, 
o que levaram ao desenvolvimento de muitos 
modelos de simulação” (Húo:2009) 
 
 
 
Sumário 
A Hidrografia trata das águas continentais superficiais ou subterrâneas, 
como as dos oceanos, sua ocorrência em diversos estados (sólido, 
líquido e gasoso), sua distribuição ao longo do planeta terra. 
 
A Hidrologia é a ciência que estuda a ocorrência, distribuição e 
movimentação da água no planeta Terra. A definição actual deve ser 
ampliada para incluir aspectos de qualidade da água, ecologia, 
poluição e descontaminação. 
 
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O objecto de estudo da hidrografia é a água da Terra, abrange por 
isso Oceanos, Mares, gelo, água do subsolo, lagos, água da atmosfera 
e rios 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Qual é o objecto de estudo da hidrogafia 
a) Oceanografia; 
b) Hidrologia; 
c) Liminologia; 
d) águas continentais superficiais; 
e) água da Terra, abrangendo oceanos, mares, geleiras, água do subsolo, lagos, água 
da atmosfera e rios 
 
2. A ciência que se dedica ao estudo dos lagos chama se 
a) Oceanografia; 
b) Hidrologia; 
c)Liminologia; 
d) águas continentais superficiais 
 
3. A Oceanografia, trata de: 
a) Águas superficiais continentais; 
b) águas lacustres; 
c)águas oceânicas; 
d) águas dos oceanos e mares 
 
4. Em 1958, são lançadas as bases da moderna hidrologia estocástica, pelo 
a) Halley; 
b) Leonardo da Vinci; 
c) Mariotte; 
d) Gumbel 
 
5. O astrónomo que em 1693, provou que a evaporação da água do mar era 
suficiente para responder por todas as nascentes e fluxos de água, foi 
a) Halley; 
b) Leonardo da Vinci; 
c) Mariotte; 
d) Gumbel 
6. Em 1686, foi medida a velocidade do rio Sena pelo 
a) Halley; 
b) Leonardo da Vinci; 
c) Mariotte; 
d) Gumbel 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
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7. Somente na época de (----------), por volta de 1.500 d.C., a ideia da alimentação 
dos rios pela precipitação começou a ser aceite. Preencha o espaço vazio, entre 
parenteses, com a expressão mais certa das indicadas abaixo 
a) Halley; 
b) Leonardo da Vinci; 
c) Mariotte; 
d) Gumbel 
 
 
Respostas: 1e); 2c); 3d); 4d); 5a); 6c);7b)Exercícios 
 
1. Defina o conceito Hidrografia 
2. Qual é objecto de Estudo da Hidrografia 
3. Qual é subdivisão da Hidrografia 
4. Que relação existe entre a Hidrogafia e a Hidrologia 
5. Quais são os momentos mais marcantes no percurso histórico da 
Hidrografia 
 
 
 
 
 UNIDADE Temática 1.1. Objectos aquáticos e noção da hidrosfera 
 
Introdução 
Caro estudante, esta unidade temática tratará de objectos aquáticos e 
a sua ligação com a hidrosfera. E também serão discutidas as várias 
hipóteses e teorias que sustentam ou explicam o surgimento da 
hidrosfera. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 ▪ Identificar os objectos aquáticos; 
 ▪ Diferenciar os objectos aquáticos; 
Objectivos ▪ Interpretar as leis que sustentam o surgimento da Hidrosfera 
específicos 
 
Desenvolvimento 
O recurso aquático predominante na hidrosfera é o oceano se seguindo 
restantes ambientes aquáticos, como rios, lagos, lagoas e mares e todas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar
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as águas subterrâneas, bem como as águas marinhas, águas glaciais e 
lençóis de gelo, vapor de água. 
É pertinente que ao falarmos da hidrosfera nos restringíssemos em 
primeira mão sobre as teorias que explicam a sua origem. 
O surgimento da Hidrosfera é discutível. Existem várias hipóteses e 
teorias, de acordo com Húo (2009), que explicam este acontecimento e 
todas elas estão em conexão com a origem da Terra. A primeira teoria 
de E. Zuss, a evaporação do magma, defende que a hidrosfera resultou 
das emanações do magma em fusão, no processo do vulcanismo, tendo 
alimentado a atmosfera em vapor de água, gases e poeiras. 
As poeiras teriam contribuído para a formação de núcleos de 
condensação e consolidado a crusta terrestre, o que poderia ter 
facilitado a consolidação e a retenção da água; a segunda foi defendida 
por Vinogradov por volta do ano 1959, onde segundo o autor, a 
hidrosfera terá resultado da actividade vulcânica através do qual foi 
emitido o magma e as substâncias voláteis e infusíveis como amoníaco, 
cloro, oxigénio, hidrogénio, dióxido de carbono que ter-seiam 
deslocado por convecções à superfície da Terra, local pelo qual 
processou-se a refrigeração e cristalização da massa fundida. 
A água ter-se-ia sintetizado a partir do oxigénio e hidrogénio que se 
deslocavam à atmosfera em forma de vapor de água. 
Tendo o vapor de água se refrescado e condensado à elevadas altitudes 
da atmosfera, as gotas de água submetidas à força de gravidade, caiam 
em direcção à superfície da Terra que de novo evaporavam-se, 
elevando-se às camadas superiores da atmosfera para transmitir o calor 
terrestre ao espaço cósmico frio. Como resultado deste mecanismo de 
troca de energia entre os espaços cósmico frio e terrestre quente, as 
primeiras gotas de chuva teriam atingido a superfície da Terra; e 
finalmente tem – se a teoria catastrófica que defende que a hidrosfera 
ter-se-ia formado a partir dos fragmentos resultantes da colisão de duas 
estrelas. 
Os fragmentos dispersos pelo universo foram colidindo durante longo 
período de tempo. A Terra foi recebendo os meteoritos e planetóides 
que nela colidia devido a sua maior força de atracção. Estes meteoritos 
continham muita água. 
Os meteoritos incandescentes ao colidirem com a Terra, tornaram-se 
num oceano de magma. A contínua queda dos meteoritos sobre o 
oceano de magma, fez com que os materiais mais pesados (ferrosos) se 
afundassem e o vapor de água contido neles se evaporasse para alta 
atmosfera, tendo-se condensado e criado aí nuvens espessas. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gelo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor
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À 
medida que a queda dos planetóides foi diminuindo, a temperatura do 
oceano do magma foi baixando e consequentemente a temperatura do 
ar, o que condicionou a descida das espessas nuvens que provocaram 
chuvas intensas que reduziram cada vez mais a temperatura da terra, o 
que favoreceu a que a água da chuva atingisse a superfície da Terra e, 
assim, se formasse a Hidrosfera. 
Actualmente, tem lugar a transferência de água a partir das rochas em 
fusão, do manto para os oceanos – água juvenil (que se origina nas altas 
profundidades e supõe-se estar relacionada com a actividade 
magmática). Contudo, este acréscimo é compensado pelo equilíbrio 
mantido através da perda de uma parte de água sob efeito do 
bombardeamento de raios solares sobre as gotas de água (vapor de 
água) o que concorre para que uma parte de hidrogénio liberto escape 
do efeito gravitacional para o espaço cósmico. 
A hidrosfera será neste caso a esfera que compõe todas as águas do 
planeta, as quais formam uma camada descontínua sobre a superfície 
da Terra. 
O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da água a qual 
corresponde a 71% de toda a superfície terrestre. Esta esfera 
compreende todos os rios, lagos, lagoas, as águas subterrâneas e as 
águas glaciais, bem como as águas marinhas onde esta última perfaz 
cerca de 97%, ocupando o maior espaço. 
Para cada um dos componentes da hidrosfera podemos encontrar 
algumas ciências específicas que se dedicam ao estudo de cada uma 
delas, nomeadamente, a oceanografia, estuda os oceanos e mares no 
que respeita as suas propriedades físicas e químicas, bacias oceânicas 
entre outros aspectos; a potamologia, estuda o comportamento dos 
cursos de água, tanto superficiais como subterrâneas (rios e águas 
subterrâneas), a sua localização e 
utilização relacionado com o resto dos fenómenos físico – geográficos 
em especial com os climatológicos, geomorfológicos, pedológicos, 
entre outros; e a limnologia, estuda os lagos e pântanos. 
 
 
Sumário 
O recurso aquático predominante na hidrosfera é o oceano se seguindo 
restantes ambientes aquáticos, como rios, lagos, lagoas e mares e todas 
as águas subterrâneas, águas glaciais e lençóis de gelo, vapor de água. 
O estudo de cada um dos recursos aquáticos possui um nome 
específico, como por exemplo a oceanografia que se dedica ao estudo 
de oceanos e mares. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lago
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gelo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor
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Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1.A Hidrosfera teria se formado a partir dos fragmentos resultantes da 
colisão de duas estrelas. Esta teoria é pertencente: 
a) Zuss; 
b) Vinogradov; 
c) teoria catastrófica; 
d)Davis 
 
2. A Hidrosfera resultou das emanações do magma em fusão, no 
processo do vulcanismo, tendo alimentado a atmosfera em 
vapor de água, gases e poeiras. Esta constitui teoria de: 
a) Zuss; 
b) Vinogradov; 
c) teoria catastrófica; 
d) Davis 
 
3. A Hidrosfera terá resultado da actividade vulcânica através do qual foi 
emitido o magma e as substâncias voláteis e infusíveis como amoníaco, 
cloro, oxigénio, hidrogénio, dióxido de carbono que se teria deslocado 
por convecções à superfície da Terra, local pelo qual processou-se a 
refrigeração e cristalização da massa fundida. Essa é a teoria de 
a) Zuss; 
b) Vinogradov; 
c) teoria catastrófica; 
d) Davis 
 
4. Constituem objectos aquáticos 
a) Rios,lagoas, oceanos, potamologia. 
B) Oceanografia, potamologia, limnologia; 
c) rios, lagoas, oceanos 
d) Oceanografia, limnologia, potamologia 
 
5. Constituem ciências que estudam os oceanos e mares, rios e águas 
subterrâneas, lagos e pântanos, respetivamente 
a) Rios, lagoas, oceanos, potamologia. 
b) Oceanografia, potamologia, limnologia 
c) Rios, lagoas, oceanos 
d) Oceanografia, limnologia, potamologia 
 
 
Respostas: 1c); 2a);3b);4c);5b 
 
Exercícios 
1.De acordo com Vinogradov, como surgiu a Hidrosfera? 
2. Qual o recurso aquático mais predominante na hidrosfera 
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3. Como se chama a ciência que se dedica ao estudo do recurso aquático 
mais predominante na hidrosfera? 
4. Faz a subdivisão da hidrosfera 
5. Mencione pelo menos quatro recursos aquáticos por si estudados. 
 
 
 
TEMA – II: CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS NATURAIS 
 
UNIDADE Temática 2.1. Características Físicas das Águas: Cor, Turbidez, Sólidos, Temperatura, 
Sabor e Odor. 
 
Introdução 
Esta unidade temática irá explicar com mais detalhe cada característica 
física das águas naturais, isto é, a cor, turbidez, sólidos, temperatura, 
sabor e odor. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
▪ Identificar as características físicas das águas naturais; 
Objectivos ▪ Diferenciar as características físicas das águas naturais; 
específicos ▪ Esclarecer a importância do estudo das características físicas das águas naturais. 
 
Desenvolvimento 
 
2. 1.1. Cor das Águas 
 
 Definição 
A cor de uma amostra de água está associada ao grau de redução de 
intensidade que a luz sofre ao atravessá-la (e esta redução dá-se por 
absorção de parte da radiação eletromagnética), devido à presença de 
sólidos dissolvidos, principalmente material em estado coloidal 
orgânico e inorgânico. 
 
Dentre os colóides orgânicos pode-se mencionar os ácidos húmicos e 
fúlvico, substâncias naturais resultantes da decomposição parcial de 
compostos orgânicos presentes em folhas, dentre outros substratos. 
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Também os esgotos sanitários se caracterizam por apresentarem 
predominantemente matéria em estado coloidal, além de diversos 
efluentes industriais contendo taninos (efluentes de curtumes, por 
exemplo), anilinas (efluentes de indústrias têxteis, indústrias de 
pigmentos, etc), lignina e celulose (efluentes de indústrias de celulose e 
papel, da madeira, etc.). 
 
Há também compostos inorgânicos capazes de possuir as propriedades 
e provocar os efeitos de matéria em estado coloidal. Os principais são 
os óxidos de ferro e manganês, que são abundantes em diversos tipos 
de solo. Alguns outros metais presentes em efluentes industriais 
conferem-lhes cor mas, em geral, íons dissolvidos pouco ou quase nada 
interferem na passagem da luz. (Piveli:2004) 
 
Importância nos estudos de controlo de qualidade de águas 
 
Com relação ao abastecimento público de água, a cor, embora seja um 
atributo estético da água, não se relacionando necessariamente com 
problemas de contaminação, é padrão de potabilidade (valor máximo 
permissível 5 uHazen pela portaria n° 36, de 1990, do Ministério da 
Saúde de Brasil). A presença de cor provoca repulsa psicológica pelo 
consumidor, pela associação com a descarga de esgotos. 
 
Também a Resolução n° 20 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – 
CONAMA, do mesmo país, que dispõe sobre os níveis de qualidade das 
águas naturais do território brasileiro, inclui a cor como parâmetro de 
classificação. Esta limitação é importante, pois nas águas naturais 
associa-se a problemas de estética, às dificuldades na penetração da luz 
e à presença de compostos recalcitrantes (não biodegradáveis, isto é, 
de taxas de decomposição muito baixas) que em geral são tóxicos aos 
organismos aquáticos. 
 
Embora existam técnicas mais específicas para a identificação de 
substâncias tóxicas na água, a presença de cor verdadeira na água pode 
ser indicadora dessa possibilidade. 
 
No entanto, a não inclusão como padrão de emissão (artigo n° 21 da 
resolução n° 20 do CONAMA/Brasil) permite que determinadas 
indústrias contem com as diluições sofridas no corpo receptor e não 
necessitem de tratamento adicional específico para a remoção da cor 
residual de efluentes tratados por processos biológicos, por exemplo. 
 
 
O tratamento físico-químico em nível terciário, à base do emprego de 
coagulantes, apresenta custo elevado devido ao grande consumo do 
produto e à grande produção de lodo a ser desidratado e disposto em 
aterro. 
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No controle da qualidade das águas nas estações de tratamento, a cor 
é um parâmetro fundamental, não só por tratar-se de padrão de 
potabilidade como também por ser parâmetro operacional de controlo 
da qualidade da água bruta, da água decantada e da água filtrada, 
servindo como base para a determinação das dosagens de produtos 
químicos a serem adicionados, dos graus de mistura, dos tempos de 
contacto e de sedimentação das partículas floculadas. 
 
Por serem parâmetros de rápida determinação, a cor e a turbidez são 
muito úteis nos ensaios de floculação das águas e nos ensaios de 
sedimentação em colunas e de filtração em leitos granulares. 
 
Para os problemas de lançamento de efluentes industriais, deverá ser 
levada em consideração a necessidade de atendimento aos padrões 
de cor do corpo receptor. (Piveli:2004) 
 
Determinação da cor 
A cor das águas tem sido historicamente medida através de comparação 
visual, empregando-se soluções padrão de cor e fonte de luz. 
 
Para estudos envolvendo necessidades de medidas com maior grau de 
precisão, o método de determinação da cor por espectrofotometria é 
recomendado. Para os controles rotineiros de estações de tratamento 
de água e em estudos limnológicos, o uso do comparador visual é 
bastante razoável. 
 
Neste, a amostra é disposta em um tubo de Nessler enquanto no outro 
adiciona-se água destilada. Ligando-se a lâmpada do aparelho, vai-se 
observar uma mancha escura no campo referente à amostra, devida à 
absorção de parte da radiação luminosa, enquanto no campo da água 
destilada a imagem é bastante clara. 
 
Em seguida, deverá ser pesquisada no disco de cor qual a posição que 
leva à coincidência entre as manchas. O disco de cor contém uma 
solução sólida de cloroplatinato de potássio (K2PtCl6) em cloreto de 
cobalto (CoCl2), daí o nome de método platina-cobalto. Esta solução 
tem uma tonalidade esverdeada, tal como as águas do rio europeu que 
era estudado quando o parâmetro foi introduzido. Assim, uma água 
com cor 5, apresentará sombreamento semelhante ao produzido pela 
água destilada quando se posiciona sobre ela o disco na posição 5, que 
contém a solução com 5 mg/L de platina. 
 
Quando os valores da cor são muito elevados, como é o caso de 
efluentes industriais, devem ser preparadas diluições prévias da 
amostra até reduzir a cor abaixo do alcance do disco; mas, para este 
caso, o método espectrofotométrico é mais recomendado. 
 
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Deve ser observado que este método de comparação visual é de certa 
forma subjectivo, dependendo da sensibilidade do operador. Além 
disso, as diversas águas apresentam colorações muito diferentes da 
solução de cloroplatinato, dificultando a comparação. 
 
Quanto ao resultado da cor, cinco unidades de cor ou 5 UC representa o 
mesmo que 5 mg/L Pt, ou 5 uHazen.É importante fornecer o pH da amostra quando se utiliza este método 
para a avaliação da cor de águas naturais, não sendo apropriado para 
águas contaminadas por resíduos industriais. 
 
A cor pode ser determinada por espectrofotometria visível, quando esta 
propriedade é expressa pelo comprimento de onda (λ) dominante na 
transmissão da luz em um equipamento apropriado a tais medidas 
(espectrofotômetro). Dessa forma, cobre se todo o espectro luminoso 
e não apenas tons amarelos e marrons. 
 
Águas naturais possuem intensidade de cor que varia entre 0 e 200 
unidades pois, acima disso, já seriam águas de brejo e pântano com 
elevada concentração de matéria orgânica dissolvida. Coloração abaixo 
de 10 unidades quase não é perceptível. No Brasil, aceita-se para água 
bruta, isto é, antes do seu tratamento e distribuição em sistemas 
urbanos, valores de até 75 unidades de cor (Resolução 
CONAMA nº 20, de 18/06/86). (idem) 
 
Cor real e cor aparente 
 
Na determinação da cor, a turbidez da amostra causa interferência, 
absorvendo também parte da radiação eletromagnética. Esta coloração 
é dita aparente pois é como o ser humano a vê, mas é, na verdade, em 
parte resultado da reflexão e dispersão da luz nas partículas em 
suspensão. 
 
A diferenciação entre a cor verdadeira e a cor aparente, que é 
incrementada pela turbidez, é dada pelo tamanho das partículas, isto é, 
pode ser generalizado que partículas com diâmetro superior a 1,2 μm 
causam turbidez, já que partículas coloidais e dissolvidas causam cor. 
Para a obtenção da cor real ou verdadeira há a necessidade de se 
eliminar previamente a turbidez através de centrifugação, filtração ou 
sedimentação. 
 
 
A centrifugação é o método mais aconselhável porque na filtração 
ocorre absorção de cor da amostra no papel de filtro e, na 
sedimentação, existem sólidos em suspensão que se sedimentam 
muito lentamente e não são removidos. (Piveli:2004) 
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Remoção de cor 
Os métodos tradicionais de remoção de cor de águas para 
abastecimento público e residuárias industriais são à base de 
coagulação e floculação. Os tipos e as dosagens de coagulantes, bem 
como os efeitos dos auxiliares de floculação (polieletrólitos), variam de 
acordo com as características das águas. 
 
No tratamento de águas para abastecimento, as dificuldades na 
floculação ocorrem quando a água apresenta cor elevada e turbidez 
baixa. Neste caso, a falta de partículas maiores que possibilitem a 
ocorrência de nucleação, torna-os pequenos e de baixa velocidade de 
sedimentação. Isto tem sido motivo frequente do uso da pré-cloração 
das águas para abastecimento público, isto é, a aplicação de cloro na 
etapa de coagulação e floculação para a oxidação de compostos 
coloidais e consequente melhora na floculação. 
 
Devido à possibilidade de formação de trihalometanos (THMs) durante 
este processo, outros processos oxidativos têm sido estudados, como 
por exemplo o emprego da ozonização da água. Neste caso, a formação 
de aldeídos é que pode ser problemática. 
 
Os THMs são compostos orgânicos halogenados, neste caso clorados, 
associados ao sério problema de saúde pública que é o 
desenvolvimento do câncer no organismo humano. Estudos de 
remoção de cor à base de outros agentes oxidantes ou através de 
radiações, também têm sido desenvolvidos. (Piveli:2004) 
 
2.1.2. Turbidez das águas 
Definição 
Turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade 
que um feixe de luz sofre ao atravessá-la (e esta redução se dá por 
absorção e espalhamento, uma vez que as partículas que provocam 
turbidez nas águas são maiores que o comprimento de onda da luz 
branca), devido à presença de sólidos em suspensão, tais como 
partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos orgânicos, algas 
e bactérias, plâncton em geral, etc.. 
 
A erosão das margens dos rios em estações chuvosas é um exemplo de 
fenómeno que resulta em aumento da turbidez das águas e que exige 
manobras operacionais, como alterações nas dosagens de coagulantes 
e auxiliares, nas estações de tratamento de águas. 
 
 
A erosão pode decorrer do mau uso do solo, em que se impede a fixação 
da vegetação. Este exemplo mostra também o carácter sistémico da 
poluição, ocorrendo interrelações ou transferência de problemas de um 
ambiente (água, ar ou solo) para outro. 
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Os esgotos sanitários e diversos efluentes industriais também provocam 
elevações na turbidez das águas. Um exemplo típico deste facto ocorre em 
consequência das actividades de mineração, onde os aumentos excessivos 
de turbidez têm provocado formação de grandes bancos de lodo em rios e 
alterações no ecossistema aquático. (ENI: 2015) 
 
Importância nos estudos de controlo de qualidade das águas A turbidez 
também é um parâmetro que indica a qualidade estética das águas para 
abastecimento público. O padrão de potabilidade (portaria n° 36 de 
Janeiro de 1990) é de 1,0 UNT. 
 
Nas estações de tratamento de água, a turbidez, conjuntamente com a 
cor, é um parâmetro operacional de extrema importância para o 
controle dos processos de coagulação-floculação, sedimentação e 
filtração. 
 
Há uma preocupação adicional que se refere à presença de turbidez nas 
águas submetidas à desinfecção pelo cloro. Estas partículas grandes 
podem abrigar microrganismos, protegendo-os contra a acção deste 
agente desinfetante. Daí a importância das fases iniciais do tratamento 
para que a qualidade biológica da água a ser distribuída possa ser 
garantida. E é por isso também que a cloração de esgotos sanitários tem 
seus efeitos limitados. 
 
Nas águas naturais, a presença da turbidez provoca a redução de 
intensidade dos raios luminosos que penetram no corpo da água, 
influindo decisivamente nas características do ecossistema presente. 
Quando sedimentadas, estas partículas formam bancos de lodo onde a 
digestão anaeróbia leva à formação de gases metano e gás carbónico, 
principalmente, além de nitrogénio gasoso e do gás sulfídrico, que é 
malcheiroso. 
 
O movimento ascencional das bolhas de gás ocasiona o arraste de 
partículas orgânicas não totalmente degradadas, aumentando a 
demanda de oxigénio na massa líquida (demanda bentônica). 
 
Nos problemas relativos às águas residuárias, os parâmetros cor e 
turbidez não são normalmente utilizados, dando-se preferência às 
medidas directas dos valores de sólidos em suspensão e sólidos 
dissolvidos. Este fato é possível porque as faixas de concentração de 
sólidos são elevadas, permitindo obter uma precisão significativa na 
análise gravimétrica. Em águas de abastecimento, por outro lado, o uso 
da turbidez é muito mais expressivo do que a concentração de sólidos 
em suspensão medida directamente. 
 
Embora não seja muito frequente o emprego da turbidez na 
caracterização de esgotos, é comum dizer-se, por exemplo, que uma 
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 21 
 
água residuária tratada por processo anaeróbio apresenta turbidez 
mais elevada do que se o fosse por processo aeróbio, devido 
principalmente ao arraste de sólidos provocado pela subida das bolhas 
de gases resultantes da fermentação. Também para os processos 
aeróbios, um aumento na turbidez do esgoto tratado é indicativo de 
problemas no reactor biológico onde ocorre a floculação. (Piveli:2004). 
 
Determinação da turbidez 
 
A determinação da turbidez em águas iniciou-se com o turbidímetro de 
vela de Jackson. Este turbidímetro é constituído de um tubo de vidro 
graduado sob o qual se posiciona uma velaacesa. 
 
À medida que se adiciona amostra ao tubo e se observa pela outra 
extremidade em relação à vela, a chama reduz de intensidade 
progressivamente até desaparacer por completo, quando deverá ser 
efectuada a leitura na escala. Este método obedece ao princípio da 
“turbidimetria”, ou seja, a fonte de luz e o observador encontram-se em 
posições opostas (ângulo de 180°) e os resultados são expressos em UJT 
(Unidade Jackson de Turbidez). 
 
Este método, no entanto, apresenta a limitação de não determinar valores 
baixos de turbidez (abaixo de 25 UNT), como é o caso da água tratada, 
porque partículas muito pequenas não dispersam a luz na faixa amarelo-
vermelho do espectro electromagnético, que corresponde 
à chama da vela. 
 
Assim, foi necessário desenvolver outros métodos, que são chamados 
de nefelométricos, mais sensíveis, que consistem em um equipamento 
dotado com uma fonte de luz (filamento de tungsténio), que incide na 
amostra, e um detector fotoeléctrico capaz de medir a luz que é 
dispersa em um ângulo de 90o em relação à luz incidente. A turbidez 
assim medida é fornecida em unidades nefelométricas de turbidez 
(UNT), comparável à UJT. 
 
Antes da determinação do valor da turbidez da amostra, a escala 
apropriada deverá ser escolhida e calibrada. Para esta calibração, são 
utilizadas suspensões-padrão de formazina (contém sulfato de hidrazina e 
hexametilenotetramina) ou de sílica. 
 
Desta forma, os resultados de turbidez podem também ser expressos 
em termos de mg/L de formazina ou sílica, dependendo do padrão 
utilizado na calibração. Os resultados expressos desta forma são 
equivalentes àqueles representados por UNT. (Piveli:2004) 
 
Remoção da turbidez 
 
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 22 
 
As partículas que provocam turbidez nas águas são as mais fáceis de 
serem separadas, por tratar-se de sólidos em suspensão sobre os quais, 
devido às baixas relações área superficial/volume apresentadas, ocorre 
a predominância de fenómenos gravitacionais. 
 
Assim, a turbidez pode ser removida através de sedimentação simples, 
utilizando-se decantadores, sendo também possível e interessante em 
alguns casos o emprego da flotação por ar dissolvido. A filtração pode 
ser entendida como um processo complementar aos anteriores, ou ser 
empregada directamente em casos de águas de baixa cor e turbidez. 
 
Nos projectos dos decantadores, um dos parâmetros mais importantes 
a ser definido é a taxa de escoamento superficial (vazão aplicada por 
área em planta do decantador). Para esta finalidade, são conduzidos 
ensaios em colunas de sedimentação, onde o principal parâmetro de 
controlo é a turbidez remanescente (residual) em função do tempo. 
(Piveli:2004) 
 
2.1.3. Sólidos em águas 
Em saneamento, sólidos nas águas correspondem a toda matéria que 
permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da 
amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante um tempo 
fixado. Em linhas gerais, as operações de secagem, calcinação e filtração 
são as que definem as diversas fracções de sólidos presentes na água 
(sólidos totais, em suspensão, dissolvidos, fixos e voláteis). 
 
Os métodos empregados para a determinação de sólidos são 
gravimétricos (utilizando-se balança analítica ou de precisão), com 
excepção dos sólidos sedimentáveis, cujo método mais comum é o 
volumétrico (uso do cone Imhoff). (Piveli:2004) 
 
 Importância nos estudos de controlo de qualidade das águas 
Nos estudos de controlo de poluição das águas naturais e 
principalmente nos estudos de caracterização de esgotos sanitários e 
de efluentes industriais, as determinações dos níveis de concentração 
das diversas fracções de sólidos resultam em um quadro geral da 
distribuição das partículas com relação ao tamanho (sólidos em 
suspensão e dissolvidos) e com relação à natureza (fixos ou minerais e 
voláteis ou orgânicos). Este quadro não é definitivo para se entender o 
comportamento da água em questão, mas constitui-se em uma 
informação preliminar importante. 
 
Deve ser destacado que, embora a concentração de sólidos voláteis seja 
associada à presença de compostos orgânicos na água, não propicia 
qualquer informação sobre a natureza específica das diferentes 
moléculas orgânicas eventualmente presentes que, inclusive, iniciam o 
processo de volatilização em temperaturas diferentes, sendo a faixa 
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 23 
 
compreendida entre 550-600°C uma faixa de referência. Alguns 
compostos orgânicos volatilizam-se a partir de 250°C, enquanto que 
outros exigem, por exemplo, temperaturas superiores a 1000°C. 
 
No controle operacional de sistemas de tratamento de esgotos, 
algumas fracções de sólidos assumem grande importância. Em 
processos biológicos aeróbios, como os sistemas de lodos activados e 
de lagoas aeradas mecanicamente, bem como em processos 
anaeróbios, as concentrações de sólidos em suspensão voláteis nos 
lodos dos reactores têm sido utilizadas para se estimar a concentração 
de microrganismos decompositores da matéria orgânica, isto porque as 
células vivas são, em última análise, compostos orgânicos e estão 
presentes formando flocos em grandes quantidades relativamente à 
matéria orgânica “morta” nos tanques de tratamento biológico de 
esgotos. 
 
Embora não representem exactamente a fracção activa da biomassa 
presente, os sólidos voláteis têm sido utilizados de forma a atender as 
necessidades práticas do controle de rotina. Imagine-se as dificuldades 
que se teria, se fosse utilizada, por exemplo, a concentração de DNA 
para a identificação da biomassa activa nos reactores biológicos! 
Algumas fracções de sólidos podem ser inter-relacionadas, produzindo 
informações importantes. 
 
É o caso da relação SSV/SST que representa o grau de mineralização de 
lodos. Por exemplo, determinado lodo biológico pode ter relação 
SSV/SST = 0,8 e, depois de sofrer processo de digestão bioquímica, ter 
esse valor reduzido abaixo de 0,4. 
 
Os níveis de concentração de sólidos sedimentáveis e de sólidos em 
suspensão são relacionadas entre si, constituindo-se em outro 
parâmetro prático de grande importância no controle operacional dos 
sistemas de tratamento biológico de esgotos, conhecido por índice 
volumétrico de lodo (IVL). O IVL representa o volume ocupado por 
unidade de massa de lodo. 
 
IVL (ml/g) = ((sólidos sedimentáveis (mlL) /sólidos em suspensão 
(mg/L)) x1000 
 
Os lodos que se apresentam em boas condições de sedimentabilidade 
apresentam valores de IVL baixos. Por exemplo, os processos de lodos 
activados convencionais apresentam IVL em torno de 100 quando em 
boas condições de funcionamento, sendo este valor ainda menor 
quando se utiliza oxigénio puro. 
 
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 24 
 
Os processos com aeração prolongada apresentam valores de IVL 
maiores, uma vez que a ocorrência em maior extensão de fase 
endógena no sistema leva à formação de flocos menores e mais leves. 
 
O nível de sólidos sedimentáveis nos efluentes finais descarregados pelas 
indústrias é também extremamente importante por se tratar de Parâmetro 
da legislação. 
 
As concentrações de sólidos em suspensão são medidas importantes no 
controle de decantadores e outras unidades de separação de sólidos. 
Constituem parâmetro utilizado em análises de balanço de massa. Isto 
vale também para águas de irrigação, uma vez que excesso de sólidos 
dissolvidos pode levar a graves problemas de salinização do solo. A 
presença de sólidos dissolvidos relaciona-se também com a 
condutividade eléctrica da água. 
 
Deve-se salientarque a determinação das fracções de sólidos é muito 
mais recomendada para águas fortemente poluídas e esgotos do que 
para águas limpas. Pouco são usadas nas estações de tratamento de 
água para abastecimento público, excepto as mais modernas que 
recuperam águas de lavagem de filtros e tratam e destinam 
adequadamente os lodos separados nos decantadores. 
 
Nas ETAs, parâmetros indirectos como a cor e a turbidez devem ser 
preferivelmente usados, uma vez que a análise gravimétrica apresenta 
baixa precisão para níveis reduzidos de sólidos, além do tempo 
relativamente longo necessário para a execução da mesma. 
(Piveli:2004) 
 
Remoção de sólidos 
 
Embora os sólidos, sob o ponto de vista de tamanho, sejam classificados 
apenas em sólidos em suspensão e sólidos dissolvidos, existem três 
faixas de tamanho com comportamentos distintos sob o ponto de vista 
do tratamento. 
 
Os sólidos em suspensão (partículas com diâmetro médio superior a 
1μ), são os mais fáceis de serem separados da água. Prevalecem sobre 
eles fenómenos de massa (gravitacionais), e geralmente são removidos 
por sedimentação simples. 
 
Intermediariamente, os sólidos presentes no estado coloidal (diâmetro 
médio na faixa 1mμ - 1μ), já são suficientemente pequenos de forma a 
apresentar relações área superficial/volume que os tornam estáveis na água 
devido aos campos eletrostáticos desenvolvidos. 
 
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 25 
 
Desta forma, são removíveis por sedimentação, desde que precedida 
de processo de coagulação e floculação. Os flocos que apresentam 
baixas velocidades de sedimentação nos decantadores podem ser 
separados em filtros de areia ou filtros de camada dupla de areia e 
carvão antracito. 
 
A dificuldade maior sob o ponto de vista de tratamento consiste na 
separação de moléculas muito pequenas e íons dissolvidos na água. Nestes 
casos, apenas processos especiais de tratamento apresentam boa 
capacidade de remoção. Dentre estes processos, destacam-se aqueles que 
têm como princípio os fenómenos de adsorção, troca iônica, precipitação 
química e osmose reversa. 
 
Nas estações de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes 
industriais predominantemente orgânicos, ocorrem reduções nas 
concentrações de sólidos voláteis dos despejos que são tratados por 
processos biológicos. (Piveli:2004) 
 
2.1.4. Temperatura 
A temperatura é uma condição ambiental muito importante em 
diversos estudos relacionados ao monitoramento da qualidade de 
águas. Sob o aspecto referente à biota aquática, a maior parte dos 
organismos possui faixas de temperatura "óptimas" para a sua 
reprodução. 
 
Por um lado, o aumento da temperatura provoca o aumento da 
velocidade das reacções, em particular as de natureza bioquímica de 
decomposição de compostos orgânicos. 
 
Por outro lado, diminui a solubilidade de gases dissolvidos na água, em 
particular o oxigénio, base para a decomposição aeróbia. 
 
Esses dois factores se superpõem, fazendo com que nos meses quentes 
de verão os níveis de oxigénio dissolvido nas águas poluídas sejam 
mínimos, frequentemente provocando mortandade de peixes e, em 
casos extremos, exalação de maus odores devido ao esgotamento total 
do oxigénio e consequente decomposição anaeróbia dos compostos 
orgânicos sulfatados, produzindo o gás sulfídrico, H2S. 
 
Desta forma, a definição da temperatura de trabalho nos estudos de 
autodepuração natural faz-se necessária para a correcção das taxas de 
desoxigenação e de reaeração, normalmente obtidas para a 
temperatura de referência de 20°C. 
 
No campo do tratamento biológico de esgotos, as temperaturas mais 
elevadas registradas nos países do hemisfério sul levam a 
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 26 
 
comportamentos diferentes dos registrados em sistemas existentes no 
hemisfério norte. 
 
Os modernos reactores utilizados no tratamento anaeróbio de 
efluentes industriais podem, no Brasil, operar à temperatura ambiente, 
enquanto na Europa necessitam de controle a 35°C. Os sistemas de 
lagoas de estabilização são também bastante favorecidos por este 
aspecto. 
 
Até mesmo entre as diferentes regiões do território brasileiro, as cargas 
orgânicas admissíveis nos sistemas de lagoas variam de acordo com as 
temperaturas médias registradas. 
 
Os processos físico-químicos em que ocorre equilíbrio, como por 
exemplo a dissociação do cloro e os processos de precipitação química, 
são também dependentes da temperatura, mas o efeito não é tão 
significativo como nos processos biológicos. 
 
A temperatura da água é normalmente superior à temperatura do ar, uma 
vez que o calor específico da água é bem maior do que o do ar. 
 
Devido às importantes influências da temperatura sobre a configuração 
dos ambientes aquáticos, normalmente este parâmetro é incluído nas 
legislações referentes ao controle da poluição das águas. 
 
No Estado de São Paulo, é imposto como padrão de emissão de 
efluentes a temperatura máxima de 40oC, lançados tanto na rede 
pública coletora de esgotos como directamente nas águas naturais. 
 
 Além disso, nestas últimas não poderá ocorrer variação superior a 3oC 
com relação à temperatura de equilíbrio. Isto é importante para 
efluentes industriais produzidos a quente, como os de tinturarias, 
galvanoplastias, indústrias de celulose, etc. 
 
A temperatura das águas é medida de maneira bastante simples através 
de termómetros de mercúrio. A temperatura do ar, variável controlada 
em diversos estudos ambientais, pode também ser medida através dos 
termómetros de máximas e mínimas, que registram as temperaturas 
limites durante determinado período, por exemplo, 24 horas. 
 
A temperatura de efluentes industriais pode ser reduzida através do 
emprego de torres de resfriamento. Qualquer outro processo que 
provoque aumento da superfície de contato ar/água pode ser usado, 
como aspersores, cascateamento, etc.. 
 
 
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 27 
 
Em 
muitos casos, apenas o tempo de detenção hidráulico dos efluentes em 
tanques de equalização é suficiente para promover a 
redução desejada de temperatura. (Piveli:2004) 
 
2.1.5. Sabor e odor 
A água pura não produz sensação de odor ou sabor nos sentidos 
humanos. Uma das principais fontes de odor nas águas naturais é a 
decomposição biológica da matéria orgânica. 
 
No meio anaeróbio, isto é, no lodo de fundo de rios e de represas e, em 
situações críticas, em toda a massa líquida, ocorre a formação do gás 
sulfídrico, H2S, que apresenta odor típico de ovo podre, de mercaptanas e 
amônia, esta última ocorrendo também em meio aeróbio. 
 
Águas eutrofizadas, isto é, águas em que ocorre a floração excessiva de 
algas devido à presença de grandes concentrações de nutrientes 
liberados de compostos orgânicos biodegradados, podem também 
manifestar sabor e odor. 
 
Sabe-se que certos gêneros de algas cianofíceas (algas azuis, resistentes 
às condições de severa poluição) produzem compostos odoríficos, em 
alguns casos até mesmo tóxicos. 
 
Outra fonte que causa problemas de sabor e odor nas águas para 
abastecimento público refere-se à presença de fenóis. Esses compostos, 
mesmo quando presentes em quantidades diminutas reagem com o 
cloro residual livre formando clorofenóis que apresentam odor 
característico e intenso. 
 
Além destas fontes principais, existe ainda o gosto na água proveniente 
de metais, acidez ou alcalinidade pronunciadas, cloreto (sabor salgado), 
etc.. 
 
Na legislação brasileira aparece apenas a designação “não objectável” 
para sabor e odor, o que representacerta subjectividade. A legislação 
paulista é talvez rigorosa demais, condenando a presença de qualquer 
tipo de odor senão o de cloro. 
 
Nos Estados Unidos é utilizada a técnica do odor limite para quantificar 
o problema, que consiste em proceder-se a diluições da amostra até 
que o odor não seja mais detectado. 
 
Se, por exemplo, apenas com diluições superiores a 1:5 os odores não 
podem mais ser percebidos, diz-se que aquela amostra de água 
apresenta odor limite 5. 
 
 
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 28 
 
 
É óbvio que é uma técnica que também envolve subjectividade e 
imprecisões, mas é uma maneira de se aproximar melhor à questão, 
que pode ser interessante em diversos estudos. 
 
Para uma identificação precisa das concentrações dos compostos 
aromáticos presentes na água, técnicas analíticas sofisticadas como a 
cromatografia gasosa ou cromatografia/ espectrometria de massa 
podem ser necessárias. 
 
A adsorção em carvão activado granular ou em pó é a técnica mais 
empregada e eficiente no controle de odor. Em casos particulares, 
como no importante problema da liberação de H2S de processos 
anaeróbios, perceptível pelo olfato humano em concentrações da 
ordem de apenas 1 ppb, técnicas oxidativas empregando-se cloro, 
peróxido de hidrogénio e ozonização, entre outras, ou técnicas de 
precipitação química com sais de ferro, podem ser testadas. 
 
Essa medida, no entanto, deverá ser bem planeada, devendo ser 
primeiramente testada em menor escala para a verificação da eficiência 
real e para a identificação de problemas operacionais como a descarga 
de oxidante residual que possa resultar em efeito tóxico ao meio. 
 
A inibição da proliferação de odores intervindo-se na actividade 
biológica tem sido aplicada com sucesso. Muitas cidades, 
principalmente as de clima quente, sofrem com o problema da exalação 
de maus odores pela rede colectora de esgotos. 
 
A origem desse problema é a redução anaeróbia do sulfato para sulfeto, 
com consequente liberação do H2S. Aplicada continuamente uma 
solução de nitrato de sódio, ocorre preferencialmente a redução do 
nitrato em nitrogénio gasoso, inibindo-se o crescimento das bactérias 
redutoras de sulfato e a exalação do gás sulfídrico. (Piveli:2004) 
 
 
Sumário 
Os principais parâmetros utilizados para caracterizar fisicamente as 
águas naturais são a cor, a turbidez, os níveis de sólidos nas suas 
diversas fracções, a temperatura, o sabor e o odor. 
 
Embora tais parâmetros sejam físicos, fornecem indicações 
preliminares importantes para a caracterização da qualidade química 
da água como, por exemplo, os níveis de sólidos em suspensão 
(associados à turbidez) e as concentrações de sólidos dissolvidos 
(associados à cor), os sólidos orgânicos (voláteis) e os sólidos minerais 
(fixos), os compostos que produzem odor, etc.. 
 
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Para além dos parâmetros utilizados para caracterizar fisicamente a 
água, também existem outros que são utilizados para caracterizar 
quimicamente a água que são: dureza, acidez, alcanidade, 
condutibilidade eléctrica, os seguintes apectos: 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1.A cor de uma amostra de água está associada ao grau de redução de 
intensidade que a luz sofre ao atravessá-la. Esta redução dá se por 
a) Coagulação 
b) Absorção de parte da radiação electromagnética 
c) Cor elevada e turbidez baixa 
d) Absorção e espalhamento 
 2. Um dos métodos tradicionais de remoção de cor de águas para 
abastecimento público e residuárias industriais é 
a) Coagulação 
b) Absorção de parte da radiação electromagnética 
c) Cor elevada e turbidez baixa 
d) Absorção e espalhamento 
3. No tratamento de águas para abastecimento, as dificuldades na 
floculação ocorrem quando a água apresenta 
a) Coagulação 
b) Absorção de parte da radiação electromagnética 
c) Cor elevada e turbidez baixa 
d) Absorção e espalhamento 
4. Turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de 
intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la. Esta redução se 
dá por 
a) Coagulação 
b) Absorção de parte da radiação electromagnética 
c) Cor elevada e turbidez baixa 
d) Absorção e espalhamento 
5. Os decantadores são utilizados para a remoção de 
a) turbidez; 
b) cor; 
c) temperatura; 
d) sabor 
6. A água pura 
a) produz sensação de odor e sabor nos sentidos humanos 
b) produz sensação de sabor nos sentidos humanos 
c) produz sensação de odor nos sentidos humanos 
d) não produz sensação de odor nem sabor nos sentidos humanos 
 
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7. Em águas superficiais é mais comum a presença de 
a) ácido sulfúrico derivado da presença de sulfetos metálicos 
b) ácidos orgânicos 
c) alcanidade 
d) sólidos incorporados ao seu meio 
8. Os sólidos, sob o ponto de vista de tamanho, são classificados apenas em 
sólidos 
a) em suspensão e dissolvidos 
b) em suspensão 
c) dissolvidos 
d) nenhuma das anteriores 
9) As partículas com diâmetro médio superior a 1μ, são as mais fáceis de 
serem separadas da água, e essas se designam se de sólidos 
a) em suspensão e dissolvidos 
b) em suspensão 
c) dissolvidos 
d) nenhuma das anteriores 
10. A decomposição biológica da matéria orgânica, faz com que 
a) a água não tenha odor 
b) a água tenha odor 
c) a água tenha temperaturas mais baixas 
c) a água tenha temperaturas mais altas 
 
Respostas: 1b);2a); 3c);4d); 5a); 6d); 7b); 8a); 9b); 10b. 
 
Exercícios 
1. Como que é feita a determinação da cor das águas? 
2. O que entende por turbidez das águas? 
3. Sobre a dureza da água, diferencie a dureza temporária 
da dureza permanente? 
4. Água pura não possui odor nem sabor. Comente a 
afirmação 
5. De onde provem o odor que sentimos nas águas que 
correm em certos recursos aquáticos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE Temática.2.2: Características Químicas das Águas Naturais 
 
Introdução 
Esta unidade temática vai tratar das características químicas das águas 
naturais, em que cada característica será detalhada isoladamente. 
 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
▪ Distinguir as características químicas das águas naturais; 
Objectivos ▪ Diferenciar das características químicas das águas naturais; 
 específicos ▪ Explicar a importância do estudo das características químicas das águas naturais 
 
 
Desenvolvimento 
2.2.1. Dureza 
Definição 
Dureza é um parâmetro característico da qualidade de águas de 
abastecimento industrial e doméstico sendo que do ponto de vista da 
potabilização são admitidos valores máximos relativamente altos, 
típicos de águas duras ou muito duras. 
Quase toda a dureza da água é provocada pela presença de sais de 
cálcio e de magnésio (bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos) 
encontrados em solução. 
Assim, os principais íons causadores de dureza são cálcio e magnésio 
tendo um papel secundário o zinco e o estrôncio. Algumas vezes, 
alumínio e ferro férrico são considerados como contribuintes da dureza. 
(ENI: 2015) 
Classificação 
A dureza total da água compõe-se de duas partes: dureza temporária e 
dureza permanente. 
 
 
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A dureza é dita temporária, quando desaparece com o calor, e 
permanente, quando não desaparece com o calor, ou seja, a dureza 
permanente

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