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ABA- AUTISMO 2 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 SUMÁRIO O Autismo .................................................................................................................... 3 Características Clínica: CID e DSM ............................................................................. 6 Critérios de Diagnóstico .............................................................................................. 7 Métodos de Tratamento .............................................................................................. 8 ABA – Análise Aplicada do Comportamento ............................................................... 9 Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? ......................................... 12 O que é DTT? ............................................................................................................ 13 Catherine Maurice ..................................................................................................... 15 Qual a maneira correta de usar a ABA? .................................................................... 16 PECS - Um caminho para a comunicação ................................................................ 19 FASES DO PECS ...................................................................................................... 24 Materiais para criar o PECS ...................................................................................... 32 Criando livros PECS .................................................................................................. 32 TEACCH .................................................................................................................... 33 Referências ............................................................................................................... 38 3 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 O Autismo O autismo, inicialmente, foi descrito por Leo Kanner (1943), como Síndrome Comportamental que se manifesta nos primeiros anos de vida. O primeiro paciente observado por Leo Kanner foi em 1938. Durante seu trabalho foram descritas onze crianças, entre meninas e meninos. A partir desse momento o autismo passou a ser estudado por diversos pesquisadores, com mais frequência. Tendo seu conceito ampliado e, atualmente, admitem-se diversos graus do autismo (SCHWARTZMAN, 2010). Inicialmente, o indivíduo era considerado autista pelo o grave comportamento para a vida cotidiana, devido as poucas pesquisas sobre o assunto. O autismo ficou, mundialmente, conhecido através do filme “meu filho, meu mundo”, em 1979, reprisado por diversas vezes na televisão. Com os anos o conceito de autismo sofreu diversas modificações. Mas, ainda recebe os mais variados diagnósticos médicos, indo desde o transtorno obsessivo compulsivo, personalidade esquizoide, esquizofrenia, transtornos de humor, até, deficiência mental isolada. Mesmo assim, hoje, o quadro clínico do autismo é bem definido e caracterizado como um conjunto de sintomas e dificuldades, manifestando-se comprometimento do relacionamento social, por comportamento repetitivo, por dificuldades de linguagem, além da persistência em determinadas rotinas não funcionais (STELZER, 2010). Wing e Gould (1979) classificaram esses sintomas em 3 grupos denominados como tripé dos sintomas autísticos. 4 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Tripé do Espectro Autístico Stelzer (2010, p. 7) explica que: O termo tem origem no grego: “autos” que significa “próprio” (ZAFEIRIOU et al., 2007). Clemens Benda (apud BENDER, 1959) destaca que o termo “idiotia”, de origem grega tem o mesmo significado de “autismo”, de origem latina, descrevendo uma pessoa que vive em seu próprio mundo, uma pessoa fechada ou reclusa. Anteriormente, o autismo estava ligado a fatores psicológicos e que os pais eram responsáveis por esse quadro clínico. Na época afirmava que o autismo era causado devido o comportamento frio e obsessivo dos pais em relação aos filhos. No entanto, essa hipótese foi afastada pela literatura médica, e como citado acima, atualmente, o autismo é considerado como uma desordem neurológica. Dessa forma, mesmo não existindo uma explicação completa, apenas evidências incontestáveis, o autismo é considerado um distúrbio de desenvolvimento, causado por condições genéticas e ambientais, que na verdade não é uma condição só, ou Falha na interação social recíproca Comprimento da imaginação Comportamento e interesse repetitivos Dificuldade na comunicação verbal e não verbal : 5 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 seja, a neurobiologia do autismo não está relacionada a um problema psicológico, mas sim biológico. Em entrevista realizada o Neuropediatra Salomão Schwartzman (2010) afirma que essas condições são bastante comuns e ao contrário do que se imagina estão presentes em vários locais, exemplificando a escola, o ambiente de trabalho, etc. Tendo em vista o leque de gravidade de conjunto de autismo, pela enorme variedade que ele tem, se você entrar numa sala cheia de pessoas portadores da síndrome do autista, ficará surpreso com a variedade de características que eles apresentam, muitas em diversos graus. Nesse sentido, Wing e Gould (1979) explicam que o comprometimento é de diferente intensidade para cada pessoa, ou seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais intenso de sociabilidade do que comunicação. No entanto, é necessário que exista o comprometimento nos três pés do tripé descrito por Wing e Gould (1979). Segundo Gauderer (1997) apud SANTOS (2015, p.13) define o autismo: Como sendo uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave, durante toda a vida. Atribui ao aparecimento do autismo aos três primeiros anos de vida, sendo uma enfermidade encontrada em todo mundo e em famílias de toda configuração racial, étnica e social. Assim, as características primordiais do autismo são o prejuízo na comunicação, prejuízo na interação social e comportamentos repetitivos, sem muitos significados, que muitos parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara. Exemplificando, pessoas com autismo têm atração por movimentos circulares, podem passar hora fascinada com o giro de um cata-vento ou de um ventilador. Assim, pode-se afirmar que o autista é um indivíduo metódico, o “mundo” do autista 6 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 é aquele que não se modifica, qualquer variação do seu “mundo” lhe traz ao extremo desconforto. Frequentemente são intolerantes à determinados sons, é uma reação desproporcional. O indivíduo com transtorno de desenvolvimento autista apresenta uma enorme dificuldade de interação social. Para ele o olhar dos outros, os sons, os movimentos e o “falatório” provocam um “curto circuito” que as vezes deixam inseguros e desorientados. No autismo existe uma dificuldade grande de perceber sutileza e linguagem, de decifrar gestos, movimentos e intenções nas expressões faciais das outras pessoas. Eles levam tudo ao pé da letra. Talvez, uma característica mais integrante do autista, nos mais variados aspectos, seja a questão do olhar, para demonstrar o afeto usa-se vários canais, exemplificando toque físico, tato visual, no entanto, o autista não tem essas habilidades, não gosta do contato, seja físico ou visual, o que lhe causa enorme desconforto. Características Clínica: CID e DSM Em termos de classificação, desde a descrição do autismo houve inúmeras categorias de classificação. Mundialmente, os sistemas utilizados para a classificaçãoe diagnóstico são CID (Classificação Internacional de Doenças) e DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria). As primeiras classificações do autismo foram psicose e esquizofrenia. A oitava revisão do CID incluía o autismo como esquizofrenia, sendo unificada a 7 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 categoria de psicose infantil na nona revisão. Atualmente, o CID está na sua décima edição (CID – 10), incluindo o autismo como Transtornos Globais do Desenvolvimento, havendo concordância com os DSM III e o DSM III-R., no entanto, o DSM-IV incluía o autismo como Transtorno integrante ao agrupamento de Transtorno Invasivos do Desenvolvimento (BOSA e COL, 2002). Bosa e Col. (2002 apud SANTOS, 2015, p. 15) afirmam que o Autismo hoje é visto como nos mostra dentro das classificações atuais, como comprometimento de três áreas principais: Alterações qualitativas das interações sociais recíprocas, modalidades de comunicação, interesses e atividades restritos, estereotipados e repetitivos. O autismo é caracterizado pelos desvios qualitativos de comprometimento dos três grupos do tripé, tais como interação, comunicação e uso imaginário, estando presente desde os primeiros anos de vida das crianças. Nesse sentido, Melo (2004 apud SANTOS, 2015, p. 15) explica que estas alterações surgem “[...] tipicamente antes dos três anos de idade”. Como mencionado, o comprometimento é de diferente intensidade para cada grupo, ou seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais interno de interação do que comunicação. No entanto, é necessário que exista o comprometimento nos três pés do tripé descrito por Wing e Gould (1979). Critérios de Diagnóstico Tendo em vista que o autismo é definido por um conjunto de comportamento que variam em grau e gravidade, não existe um exame complementar capaz de afirmar o diagnóstico do autismo, apenas dados clínicos, levando em consideração 8 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 histórias e observação do comportamento. Os exames disponíveis apenas permitem detectar doenças associadas ao autismo. Inicialmente, o diagnóstico parte da observação direta de comportamento feita pelos pais e família, encaminhando a criança a um especialista. Segundo AMA (2015) devido os sintomas estarem presentes antes dos 3 anos de idade, dependendo da gravidade do comprometimento, torna possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. O diagnóstico precoce do autismo torna-se importante para que haja um direcionamento do mesmo ao tratamento mais adequado as suas necessidades, fazendo toda a diferença. Para SANTOS (2015, p. 39) “[...] temos que pensar que o diagnóstico de autista está extremamente vinculado com o rótulo de incomunicabilidade, restringindo esse autista ao contato com o mundo, uma vez que esse não faz uso da linguagem verbal”. Atualmente, existem inúmeras técnicas e terapias para estimular o desenvolvimento da área afetada, as quais serão utilizadas durante toda a sua vida. Para tanto, faz-se necessário um diagnóstico correto para que o tratamento comece na fase inicial do transtorno. Métodos de Tratamento A manifestação do autismo exige tantos cuidados que os familiares chegam ao desespero, todos passam a viver em função da criança, e em tempo integral. Família nenhuma está preparada para enfrentar essa realidade sem receber orientação especializada. 9 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Cuidar de uma criança com autismo pode ser uma carga imensa, em certos casos o transtorno impõe certas limitações que um simples passeio no parque torna–se impraticável, ou seja, o dia a dia se torna sufocante. Os pais chegam a tomar atitudes super protetoras, sem querer começa a entrar na doença do filho e consequentemente, não aprende a forma correta de tentar evitar os comportamentos inadequados e inserir essa criança no mundo de maneira possível. As alterações neurológicas do autismo são mal conhecidas e ainda não existe cura para este transtorno, contudo, existem inúmeras terapias que promete resultados, algumas sem comprovação científica. Uma vez que o espectro do autismo vai daquele que nem consegue falar aos dotados de habilidades geniais, é necessário criar um sistema de comunicação em que participe especialistas de diversas áreas, tais como: psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional, além de psiquiatria e neuropediatra; familiarizados com o problema. A intervenção multidisciplinar se destaca por possibilitar, significativamente, a melhora na qualidade de vida do autista, respeitando o nível de desenvolvimento e particularidades de cada criança. Este tratamento consiste na orientação da família e no desenvolvimento da linguagem e comunicação da criança autista. Deste modo, pretende–se apresentar os principais métodos de tratamento do autismo, mostrando que é possível tornar o nosso mundo mais acessível à eles. ABA – Análise Aplicada do Comportamento O que é ABA? 1 0 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis; abreviando: ABA) é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo, que observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem. Uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação pode ser implementado para modificar aquele comportamento. O Behaviorismo concentra-se na análise objetiva do comportamento observável e mensurável em oposição, por exemplo, à abordagem psicanalítica, que assume que muito do nosso comportamento deve-se a processos inconscientes. (Lembre-se de Freud!). Ivan Pavlov, John B. Watson, Edward Thorndike e B.F. Skinner foram os pioneiros que pesquisaram e descobriram os princípios científicos do Behaviorismo. São considerados os “Pais do Behaviorismo”. O livro de B.F. Skinner, lançado em 1938, “The Behavior of Organisms” (O comportamento dos organismos), descrevia sua mais importante descoberta, o Condicionamento Operante, que é o que usamos atualmente para mudar ou modificar comportamentos e ajudar na aprendizagem. Condicionamento Operante significa que um comportamento seguido por um estímulo reforçador resulta em uma probabilidade aumentada de que aquele comportamento ocorra no futuro. Em português claro isso significa que, à medida que você vai levando a vida, vão lhe acontecendo coisas que vão aumentar ou diminuir a probabilidade de que você adote determinado comportamento no futuro. Por exemplo, se durante seu caminho para o trabalho você acena e sorri para o motorista do carro ao lado, e ele deixa que você atravesse na sua frente, você provavelmente vai tentar a mesma estratégia no 1 1 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 dia seguinte. Seu comportamento de acenar e sorrir ficará mais frequente, porque foi reforçado pelo outro motorista! Todos nós aprendemos através de associações e nosso comportamento é “modificado” através das consequências. Tentamos coisas e elas funcionam; então as fazemos novamente. Tentamos coisas e elas não funcionam; então é menos provável que as façamos novamente. Nosso comportamento foi “modificado” pelo resultado ou consequência. Ao lado do Condicionamento Operante, Skinner pesquisou e descreveu os termos: SD (Estímulo Discriminativo = Discriminative Stimulus), Reforçador (Reinforcer), Controle de Estímulo (Stimulus Control), Extinção (Extinction), Esquemas de Reforçamento (Schedules of Reinforcement) e Modelagem (Shaping). Todos esses conceitos podem ser aplicados para trabalhar com uma vasta gama de comportamentos humanos. Medos e Fobias Adição e DependênciaQuímica Transtornos Comportamentais... de sono, de alimentação Serviços de Proteção à Criança Parar de Fumar Desenvolvimento da Linguagem Treinamento de Animais Estresse e Relaxamento Educação/ Ed Especial Comportamento Organizacional Aconselhamento de Casal e Família 1 2 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 ABA é um termo “guarda-chuva”, descreve uma abordagem científica que pode ser usada para tratar muitas questões diferentes e cobrir muitos tipos diferentes de intervenções. Educação, especificamente Educação Especial para crianças com autismo, é uma das aplicações dessa ciência. Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? Para ensinar crianças com autismo, ABA é usada como base para instruções intensivas e estruturadas em situação de um-para-um. Embora ABA seja um termo “guarda-chuva” que englobe muitas aplicações, as pessoas usam o termo “ABA” como abreviação, para referir-se apenas à metodologia de ensino para crianças com autismo. Um programa de ABA frequentemente começa em casa, quando a criança é muito pequena. A intervenção precoce é importante, mas esse tipo de técnica também pode beneficiar crianças maiores e adultos. A metodologia, técnicas e currículo do programa também podem ser aplicados na escola. A sessão de ABA normalmente é individual, em situação de um-para-um, e a maioria das intervenções precoces seguem uma agenda de ensino em período integral – algo entre 30 a 40 horas semanais. O programa é não aversivo – rejeita punições, concentrando-se na premiação do comportamento desejado. O currículo a ser efetivamente seguido depende de cada criança em particular, mas geralmente é amplo; cobrindo as habilidades acadêmicas, de linguagem, sociais, de cuidados pessoais, motoras e de brincar. O intenso envolvimento da família no programa é uma grande contribuição para o seu sucesso. 1 3 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 O que é DTT? https://www.appliedbehavioranalysisedu.org/how-is-discrete-trial-training-used-in-aba-therapy/ O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das metodologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado pelo professor, e caracteriza-se por dividir sequências complicadas de aprendizado em passos muito pequenos ou “discretos” (separados) ensinados um de cada vez durante uma série de “tentativas” (trials), junto com o reforçamento positivo (prêmios) e o grau de “ajuda” (prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado. Pense em aprender a jogar futebol – você não começou colocando um uniforme do seu time e apresentando-se como centro-avante. Provavelmente, começou aprendendo como chutar e controlar a bola com os pés. Então, depois que desenvolveu essas habilidades, começou a chutar a gol. Se foi sortudo, teve alguém – pai, mãe, um irmão mais velho – que lhe proporcionou muitas oportunidades para praticar (“tentativas!”), muito encorajamento (“reforçamento positivo!”) e que lhe ajudou a se posicionar corretamente para chutar a bola quantas vezes fosse necessário (“dando ajudas!”). 1 4 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 É importante notar que apesar do termo “DTT” ser frequentemente usado como sinônimo de “ABA”, ele não o é. A ABA é muito mais abrangente e inclui muitos tipos diferentes de intervenções, estratégias de ensino e manejo comportamental. DTT é um método dentro do campo da ABA. Quem é Ivar Lovaas? Ivar Lovaas é um psicólogo que foi a primeira pessoa a aplicar os princípios da ABA e DTT para ensinar crianças com autismo. Por isso muitas pessoas falam do “método Lovaas” quando se referem sobre o ensino de crianças com autismo. Em 1987, Lovaas publicou os resultados de um estudo de longo prazo sobre o tratamento de modificação comportamental em crianças pequenas com autismo. Os resultados do seguimento destas crianças mostraram que, em um grupo de 19 crianças, 47% dos que receberam tratamento atingiram níveis normais de funcionamento intelectual e educacional, com QIs na faixa do normal e uma performance bem-sucedida na 1ª série de escolas públicas. 40% do grupo tratado foram depois diagnosticados como portadores de retardo leve e frequentaram classes especiais de linguagem, e os 10% remanescentes do grupo tratado foram diagnosticados como portadores de retardo severo. Comparativamente, em um grupo de 40 crianças, somente 2% do grupo controle (aqueles que não receberam o tratamento de ABA usado por Lovaas), atingiram funcionamento educacional e intelectuais normais, 45% foram 1 5 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 diagnosticados como portadores de retardo leve e 53% foram diagnosticados como portadores de retardo severo. Estudo de Lovaas – 1987: Resultados Recuperados Razoáveis Ruins Crianças tratadas com ABA 47% 40% 10% Crianças NÃO tratadas com ABA 2% 45% 53% Esta tabela mostra um resumo dos dados de seguimento de 19 crianças que receberam intervenção intensiva ABA desenvolvida por Lovaas versus dados de seguimento de 40 crianças de um grupo controle que não receberam a intervenção ABA desenvolvida por Lovaas. Behavioral treatment and normal and intellectual functioning in young autistic children. Ivar O. Lovaas, Journal of Consulting and Clinical Psychology, 1987, v. 55, n.1, p. 3-9. Catherine Maurice Em 1993, Catherine Maurice escreveu “Let Me Hear Your Voice: A Family Triumph Over Autism”, publicado pela Fawcett Columbine Books (“Quero escutar sua voz: a vitória de uma família sobre o autismo” – ainda sem tradução em português). O conhecimento público do método ABA deve-se ao relato da sua luta para encontrar um tratamento eficaz pra seus dois filhos com autismo. O sucesso do tratamento – seus filhos são considerados “recuperados” ou indistinguíveis dos seus colegas – inspirou muitos pais a considerar a ABA como 1 6 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 opção de tratamento para seus filhos. Vale a pena ler o livro para entender como ABA funciona dentro de uma família real. Também é uma boa maneira para ajudar amigos e parentes a entender o que você está se propondo fazer com um programa ABA. Qual a maneira correta de usar a ABA? Apesar de Lovaas ter sido o primeiro a usar as metodologias da ABA para ensinar crianças com autismo, desde então muitos psicólogos vêm fazendo muitas contribuições e refinamentos a essa abordagem. Como com qualquer ciência, a ABA continua a evoluir. Muitas técnicas têm sido descobertas e tornado o ensino de ABA mais eficiente e efetivo ainda. Essas “práticas melhoradas” serão incorporadas no Programa “Ajude-nos a aprender” (“Help Us Learn”). Há muitas escolas, organizações e indivíduos que usam ou oferecem consultoria em metodologias do tipo ABA e cada um tem seu jeito próprio de aplicá- las, mas todos usam os mesmos conceitos básicos (ou deveriam usar!). A ciência que apóia a intervenção – a Análise do Comportamento Aplicada – é a mesma; somente a maneira de aplicá-la varia! Pense em ABA fazendo uma analogia com tocar piano. Quando você aprende a tocar, pode tocar rock, música clássica, blues ou jingles. Os sons podem variar, mas todos eles usam a mesma metodologia básica e seguem convenções musicais aceitas por todos. PECS - Sistema de Comunicação através da troca de Figuras - é uma forma de comunicação alternativa e aumentativa que treina a criança com autismo a trocar símbolos para se comunicar. Há muitos benefícios do PECS: 1 7 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Aumento nem comunicação espontânea Aumento em comunicação verbal Diminuição em comportamentos inadequados Aumento em interação social Pesquisas estão sendo realizadas para comparar PECs a outras formas de AAC, incluindo sistemas como linguagem gestual. Aumente Consultores Educacionais, Inc. Foi estabelecida em 1992 por Andrew Bondy, Ph.D, Lori Geade , CCC/SLP. Eles e a equipe da Pirâmide, oferecem serviços consultivos em cenários do lar, escolas públicas/privadas que combinam a análise aplicada do comportamento (ABA) a uma comunicação funcional. A empresa oferece programas de treinamento altamente qualificado. A pirâmide é a fonte para o Quadro do sistema de Comunicação - PECS - o sistema dinâmico de alternativo/aumentativo que focaliza em iniciação de comunicação antes que o professor controle respostas O PECS escrito pela Sra Geada Bondy, vem ajudando milhares de pessoas no mundo inteiro, e é a base da pirâmide para aproximar a educação e desenvolver ambientes que mistura sistemas motivacionais com atividades funcionais e estratégias criativas de comunicação. Como pode ver o PECS pode ser um sistema de comunicação muito funcional para as crianças que não conseguiram adquirir a fala na maneira típica. O PECS imita o desenvolvimento de fala em crianças típicas, também pode ser usado como uma ponte a linguagem verbal para crianças com autismo. Como PECS pode ajudar crianças com autismo? A maneira que o PECS ajuda as crianças com autismo é fornecendo apoio para o ensina o de linguagem verbal. 1 8 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Muitas crianças com autismo têm dificuldades com a comunicação verbal, e parte destas crianças não desenvolvem a comunicação verbal. Os estudos mostram que o uso do PECS resulta em vocabulário aumentativo, comunicação espontânea e aumentada, e em alguns casos, fala verbal funcional. Temos que perceber que a incapacidade em se comunicar com o mundo frustra a criança autista e com isso geram explosões e comportamentos inadequados Funcionamento funcional é um déficit do típico do autismo (Pesquisa Conselho Nacional - 2001) CRIANDO O PECS Abaixo figuras PECS (boardmakers), imprimir ou recortar, plastificar ou usar papel contact Nome da criança Faixa seleta destacável Estrutura base para a colocação das figuras 1 9 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 PECS - Um caminho para a comunicação 2 0 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 A parte principal de muitas incapacidades Expressão: Como me comunico com outras pessoas? Compreensão: Entendo o que está sendo dito a mim? Linguagem: Onde ir? O que fazer? O que fazer depois? Como fazer? O que escolher? O que pode fazer? O que não pode fazer? Fala/ linguagem X comunicação: Articulação Expressão vocal Sintaxe Semântica A comunicação envolve: Estabelecer atenção Colher informação Processar informações Armazenar informação Cobrar informação Enviar informação Sintaxe: parte de gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso, bem como a relação lógica de frases entre si e a correta e a correta construção gramatical Semântica: estudo das mudanças ou translações sofridas ,no tempo e no espaço pela significação das palavras 2 1 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Comunicação Expressiva/ funções Pragmáticas Pragmática: que vem do pragmatismo Pragmatismo: doutrina de Charles Sanders Peirce, filósofo americano (1839- 1914) cuja tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é senão a soma de ideias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por nós e que possa ter um efeito prático qualquer. Formas de comunicação: fala, linguagem, língua de Sinais (libras), figuras, comunicação corporal/gestual, linguagem escrita... Comportamentos inadequados atribuídos a falta de comunicação: chutar, bater, gritar, birras, morder etc... Função da comunicação - Solicitar: alimentos, atenção, protestos, cumprimentos, fazer perguntas, interagir socialmente e etiqueta. - Pragmático - tornar a comunicação eficiente (linguagem social) - Atenção - Contato visual - Responder a iniciação com os outros - Retornar - Regras de diálogos: começar, parar - 2 2 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Parceiros receptiva - Frequentemente esquece - Não faz comparação - Recursos pobres de comunicação - Não a utiliza de forma funcional Observando alunos com habilidades de comunicação receptiva - Quais as formas de comunicação para que um aluno possa entender? - Gestos/ linguagem corporal, fala, sinais manuais/ libras, objetos Esta forma de comunicação se torna: -Eficiente, efetiva, fácil de usar, socialmente aceitável, promove independência, torna funcional, torna a comunicação agradável, Não importa se são alunos verbais ou não verbais. A maioria dos estudantes são: aprendizes visuais - Se eu posso ver ------ eu entendo Estratégias visuais tornam a comunicação eficiente. Ferramentas visuais são informação - O que está acontecendo - O que acontecerá - Posso escolher - Posso trocar - Quem irá chegar - O que posso fazer 2 3 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Noção de tempo - O que está acontecendo - O que irá acontecer - Qual a sequência dos acontecimentos Ferramentas que dão ORIENTAÇÃO - Dar atenção aos alunos - Utilização de formas de comunicação simples com figuras ou palavras escritas. Ferramentas visuais que estabelecem regras - Dizer o que fazer - Dizer o que não fazer - Definir recompensas - Definir consequências Ferramentas visuais para ensinar habilidades sociais - Utilização de figuras ou formas e desenhos em que os alunos possam entender de forma rápida e fácil. - Não use quadros ambíguos nem complexos parta evitar que ocorra um colapso Criando ferramentas visuais FAÇA: - Usar formas que o aluno entenda rapidamente e facilmente 2 4 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 - Crie ferramentas que são universalmente entendidas. - Observar como os alunos respondem - Ensinar o que você criou - Utilizar ferramentas visuais em todos os ambientes Estratégias visuais A nossa meta é descobrir como usar estratégias que possam apoiar uma comunicação visual que faça a diferença na vida do aluno. Este tipo de comunicação é significativo e altamente motivador. Os materiais podem ser feitos por nós mesmos. Com o PECs a criança terá um pool ilimitado de comunicação. Qualquer pessoa que receber a figura ou foto entenderá o objetivo. O PECS é um excelente meio de comunicação para indivíduos com dificuldade motoras e que não conseguem realizar sinais, quando utilizado de forma frequente a criança assimila rapidamente e também rapidamente são generalizados para a vida da criança sem ter que ensinar a equipe de funcionários da escola e familiares. A figura é o sinal mais importante de um discurso para atender uma criança não verbal, evitando comportamento inadequado; para o indivíduo verbal o pensamento é o sinal e o discurso é um formulário. FASES DO PECS 2 5 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Há 6 fases para se ensinar uma criança a utilizar o PECS. Estas fases devem ser ensinadas de forma sequencial onde o principal objetivo é aumentar a habilidade no aumento da comunicação. Fase 1: A primeira lição para iniciar o PECS é fazer com que a criança peça de forma espontânea artigos ou atividades. Esta primeira fase requer geralmente duas pessoas, professores ou membros da família para trabalhar com a criança. O primeiro adulto deverá estar à frente da criança e manter o contato visual, este adulto será a pessoa com que nósqueremos que a criança se dirija na maioria das vezes. O papel do segundo adulto é permanecer atrás da criança e ajudá-la fisicamente para alcançar a figura de seu desejo, retirar e entregar ao primeiro adulto. Quando o primeiro adulto recebe a figura imediatamente o item solicitado pela criança é junto reforçado verbalmente ( “ Oh! Você quer coca -cola! ”) O mais cedo possível o auxílio físico do segundo adulto dever ser retirado até que a criança consiga trocar de forma independente a figura pelo item. Objetivo da fase 1: O objetivo desta faze é que a criança inicie uma comunicação e também para que ela possa ser espontânea. 2 6 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Pais e profissionais devem resistir ao impulso - “ O que você quer?” Ou outros alertas verbais. A criança desde o início aprenderá a solicitar seu desejo de dentro para fora. Fase 2: Nesta fase a criança deverá de forma confiante e independente solicitar um item desejado, este item de grande valor (reforçador). A criança é incentivada a utilizar esta forma de comunicação durante o dia inteiro e o item deve ser colocado a uma distância mais longa. Nesta fase é inserida nova figura, ou seja, mais de um brinquedo, mais de um alimento, roupas etc... A criança também é incentivada a solicitar itens de sua preferência para os pais, familiares, professores, terapeutas, outras crianças etc. Nesta fase a criança já expandiu o vocabulário e aumentou os números de pessoas para que seus desejos sejam atendidos. Fase 3: Na terceira fase começamos a pedir que a criança discrimine entre um número de artigos em uma placa, fazendo escolhas a respeito de que item irá querer. O profissional ou pais, perguntam: “ o que você quer fazer? “Mostrando a placa, mas esta pergunta deverá ser desvanecida rapidamente assim que a criança consiga de forma espontânea fazer suas escolhas tão bem quanto responder uma pergunta. Deve-se iniciar esta fase com uma disposição pequena, geralmente 2 artigos. Quando a criança estiver mais segura para escolher um item de seu desejo, um terceiro deve ser adicionado e assim por diante até que a criança consiga encontrar 2 7 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 um item de seu desejo dentro de uma disposição com várias figuras (6 em cada placa). Fase 4: Nesta fase a criança consegue com facilidade fazer um pedido para uma variedade de artigos, há uma variedade de pessoas e uma variedade de locais. A criança é ensinada a usar tiras de sentença e a fazer um pedido mais longo. A criança combinará uma figura “eu quero” com outra figura de seu item de desejo ou atividade. As duas figuras deverão ser unidas a uma tira da sentença e a tira inteira será entregue a outra pessoa que a criança está se comunicando e esta deverá entregar pelo item solicitado . EX: Fase 5: As fases 5 e 6 ocorrem ao mesmo tempo, onde é focalizada extensão diferente da habilidade da criança pela troca do item. A fase 5 estende a estrutura da sentença começada na fase. Os adjetivos e outras podem ser adicionadas ao repertório da criança para ajudar que seu pedido se torne mais refinado. Exemplo: * quero 3 balas vermelhas Quero o tênis branco e azul 2 8 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Quero macarrão com queijo Quero passear no parque Fase 6: A fase 6 do sistema PECS é um objetivo previsto na comunicação e no resultado previsto da criança pelo professor]Agora é concluída na comunicação a figura: “ eu vejo” “ eu escuto” 2 9 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 “ eu sinto “ e etc... A criança será ensinada a comentar os elementos do ambiente que vive. Quando se ensina um determinado vocabulário para uma pessoa, há uma expectativa de que os termos aprendidos sejam utilizados. Quando a pessoa aprende a usar esse vocabulário constrói sua linguagem modificando sua forma de pensar e de se expressar. A modificação não depende exclusivamente da “ linguagem” na qual a interação é feita. Todas as modalidades são válidas: gestuais, verbais, exposições às experiências e etc. Baseado nestas conclusões podemos ajudar a criar mais fases aumentativas? Exemplos da fase 7 A fase 7 do sistema PECS é o resultado da continuidade do trabalho previsto em uma comunicação aumentativa. Agora é incluída na comunicação as figuras com perguntas e respostas e frases mais complexas, sendo elas: “O que____? ” “Onde ____? “ EU QUERO IR SHOPPING 3 0 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 “Quando ___? “ “Quem ____? “ “Porque que ___? “ EU VEJO UM 1 PÁSSARO AZUL Exemplos da fase 8 Dando continuidade à linguagem aumentativa e alternativa iniciamos neste momento a criança de textos simples e que são funcionais na vida diária. Esta também poderá ser a última fase para indivíduos que não conseguem chegar a fala. ? O QUE? VOCÊ VER 3 1 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Exemplos da fase 9 Nesta fase chega o momento de substituir figuras por palavras e colocar a fala junto com a palavra escrita da seguinte forma: Quando a criança sollicita: “ Eu quero bala” A pessoa que está junto deve ajudar a criança a verbalizar junto apontando o indicador para sua boca e repetindo “ Eu quero bala” Qualquer som produzido pela criança deve ser reforçado vrblamente “isso” “muito bem” e etc. Exemplos da fase 10 VOCÊ EU QUERO BRINCAR EU VEJO ÔNIBUS 3 2 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Este é o momento da retirada do PEC para indivíduo que contruíram uma linguagem verbal, visual e escrita. Este é um momento em que os profissionais / pais devem solicitar e verbalizar muito mais, mesmo que a criança procure o PECS. O PECS não deve ser retirado em sua totalidade mas de forma gradual. Materiais para criar o PECS Os símbolos usados em PECS possuem uma grande variedade de fontes. Bordmakers Desenho próprio Fotos e figuras de revistas, livros etc Fotografias: câmera, tradicionais e digitais Internet e cds cliparts Criando livros PECS Os livros de seleção dos símbolos utilizados no PECS apresenta, uma variedade enorme de finalidades. Os livros de figuras baseados em atividades. Assim uma criança pode ter um livro que organize todos os símbolos que precisar usar: no carro; na casa da vovó; na escola; no mercado; no shopping, no quarto, na cozinha; no quintal; no clube etc 3 3 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 TEACCH O programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communications Handicapped Children) foi especialmente concebido para trabalhar com crianças afetadas pelas Perturbações do Espetro do Autismo. O aglomerado de todos os défices nas Perturbações do Espetro do Autismo conduz a uma incapacidade de resolver problemas. Desta forma, torna-se necessário promover regras educativas que possibilitem essa aprendizagem, e o ensino estruturado possibilita essas aquisições. O Ensino Estruturado consiste num dos aspetos pedagógicos mais importantes do modelo TEACCH. Este modelo apareceu com o objetivo de facultar aos pais técnicas comportamentais para darem respostas ajustadas às necessidades dos seus filhos autistas. O principal objetivo é auxiliar a criança com PEA a crescer e aperfeiçoar as suas competências adaptativas para atingirem o máximo de autonomia. No programa TEACCH, a ênfase é colocada na ajuda a pessoas com autismo e nas suas famílias, de forma a atenuar os comportamentos mais usuais desta patologia. Segundo Marques (2000,p. 91)este programaassenta em sete princípios: 1) uma melhoria da adaptação, através do desenvolvimento de competências e da adaptação do meio às limitações dos indivíduos; 2) uma avaliação e intervenção individualizadas, mediante a elaboração de um programa de intervenção personalizado; 3 4 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 3) A estruturação do ensino, nomeadamente, das atividades, dos espaços e das tarefas; 4) uma aposta nas competências emergentes, identificadas na avaliação; 5) A abordagem terapêutica de natureza cognitivo-comportamental e as estratégias de intervenção assentam na ideia de que um comportamento inadequado pode resultar de um défice ou compromisso subjacente, ao nível da percepção ou compreensão; 6) O apelo ao técnico “generalista”, a fim de treinar os profissionais enquanto “generalistas”, trabalhando melhor com a criança e a família; 7) O apelo à colaboração parental, momento em que os pais trabalham com os profissionais, numa relação de estreita colaboração, mas permanecendo em casa. Entretanto o trabalho é iniciado nas estruturas de intervenção. O ensino estruturado é aplicado através do modelo TEACCH e em Portugal faz-se uso deste modelo desde 1996, tentando dar-se uma resposta alternativa aos alunos com Perturbações do Espetro do Autismo em escolas do ensino regular, promovendo desta forma a tão aclamada inclusão. Foi na década de setenta, na Carolina do Norte (Estados Unidos da América), que Eric Schopler e os seus colaboradores desenvolveram este modelo na sequência de algumas investigações. Tinham como objetivo ensinar aos pais algumas técnicas comportamentais e métodos de educação especial que fossem de encontro às necessidades dos seus filhos portadores das Perturbações do Espectro do Autismo. O Modelo TEACCH tem como base principal poder ajudar as crianças com autismo e proporcionar-lhes melhores condições de vida, a crescer, a melhorar os seus desempenhos e capacidades 3 5 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 adaptativas, de forma a atingir ao longo da vida mais autonomia. O Modelo TEACCH tem como objetivo incidir em áreas como: Ensino de capacidades de comunicação; Organização e prazer na partilha social. Tenta também centrar-se em áreas fortes que se encontram com frequência em indivíduos com Perturbações do Espetro do Autismo: Processamento visual; Memorização de rotinas funcionais; Interesses especiais. Este modelo pode adaptar-se às necessidades específicas de cada criança, bem como a diferentes níveis de funcionamento. O Modelo TEACCH, é um modelo flexível, pois adequa-se á maneira de pensar e de aprender destas crianças, e o professor tem a vantagem de poder encontrar as estratégias mais adequadas, podendo desta forma responder mais assertivamente às necessidades individuais, podendo desta forma minimizar muitos problemas que perseguem estas crianças, tornando o seu dia-a-dia mais previsível e confuso. Este programa permite modificar e organizar o meio a favor da deficiência deste tipo de alunos. Os indivíduos portadores das Perturbações do Espetro do Autismo padecem de falta de estrutura, o que por sua vez aumenta a falta de objetivo na ação e no comportamento estereotipado. Posto isto, é de primordial importância a interação entre pais, terapeutas e professores, com o propósito de, em conjunto, poderem determinar o 3 6 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 quê; onde; quando; como; e em que sequência as aprendizagens devem ser realizadas. A organização do Modelo TEACCH, tem vindo a facilitar os processos de aprendizagem de autonomia, e diminuiu a ocorrência de problemas de comportamento. PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIAS DO ENSINO ESTRUTURADO–MODELO TEACCH O Modelo TEACCH assenta num conjunto de princípios e estratégias, que passam pela estruturação externa do espaço, estruturação do tempo, estruturação dos materiais e atividades, permitindo que as crianças que frequentam este espaço se organizem internamente e facilita-lhes deste modo os processos de aprendizagem e de autonomia, o que por sua vez se traduz na diminuição de incidentes ao nível comportamental. O ensino estruturado faculta às crianças portadoras das Perturbações do Espetro do Autismo: O fornecimento de informação clara e objetiva das rotinas; Um ambiente calmo e previsível; O atendimento à sensibilidade do aluno aos estímulos sensoriais; Sugestão de tarefas diárias que a criança é capaz de realizar. Promoção da autonomia; Adequa-se às necessidades de cada criança; Centra-se nas áreas fortes de cada criança; Adapta-se à funcionalidade de cada criança; 3 7 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Envolve toda a família e os técnicos intervenientes no processo educativo. A criança autista não tem estrutura mental que lhe permita organizar-se, através deste modelo e de situações de ensino/aprendizagem estruturadas, as suas dificuldades são minoradas, a criança sente-se mais segura e confiante. Neste modelo também se trabalha no sentido de fomentar a independência, preparando assim as crianças autistas para a vida adulta, pois é feito um grande investimento na sua autonomia. A criança tem muitos ganhos ao nível da autoconfiança, resiliência e autoestima. Melhoria das capacidades adaptativas da criança; Colaboração entre pais e profissionais que estão envolvidos no processo ensino/aprendizagem; Avaliação individualizada para a intervenção; Reforço das capacidades; Teoria cognitiva e comportamental; Ensino estruturado. 3 8 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 Referências AMA. Associação Mão Amiga: Associação de Pais e Amigos de Pessoas Autistas. Tratamento. Disponível em:<http://www.ama.org.br/site/tratamento.html>. Acesso em: 13 mai. 2015. AMIRALIAN, M. L. T. M. Psicologia do excepcional. São Paulo: EPU, 1986. Classificação de Transtornos Mentais CID – X. Porto Alegre: Artmed, 1993. KANNER, L. Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, 2, 217150, 1943. Manual Diagnóstico e Estátistico de Transtornos Mentais: DSM- IV. Porto Alegre: Artmed, 2003. SANTIAGO, J. A.; TOLEZANI, M. Encorajando a criança a desenvolver habilidades sociais no Programa Son-Rise. In.: Revista Autismo: informação gerando ação. 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Acesso em 09 mai. 2015. http://www.ama.org.br/site/tratamento.html http://www.ama.org.br/site/tratamento.html http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0262.pdf http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0262.pdf http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0262.pdf http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/ 3 9 contato.iestudar@gmail.com Telefone (35) 3415-0840 O Autismo Características Clínica: CID e DSM Critérios de Diagnóstico Métodos de Tratamento ABA – Análise Aplicada do Comportamento Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? O que é DTT? Catherine Maurice Qual a maneira correta de usar a ABA? PECS - Um caminho para a comunicação FASES DO PECS Materiais para criar o PECS Criando livros PECS TEACCH Referências
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