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Vacinas

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- A vacina BCG é preparada com bacilos vivos de Calmette-Guérin, a partir de 
cepas atenuadas por sucessivas passagens em meios de cultura do 
Mycobacterium bovis. A vacina apresenta, no primeiro ano de vida, eficácia de 
84,5 a 99,5% para a proteção das formas de tuberculose que dependem da 
disseminação hematogênica e suas manifestações mais graves, como a 
meningoencefalite e a tuberculose miliar. Diversos estudos realizados para 
avaliar a proteção da vacina BCG contra a tuberculose pulmonar têm demonstrado 
resultados que variam de 0-80%. 
- É aplicada em dose única por via intradérmica na inserção do músculo deltoide 
do braço direito, preferencialmente ainda na maternidade, logo ao nascer, desde 
que o recém-nascido tenha pelo menos 2.000 gramas. Em geral, não provoca 
eventos sistêmicos. Complicações e reações anafiláticas são raras. 
- Cicatrização mais lenta, com evolução de mais de 6 meses de duração, ou 
enfartamento e supuração de gânglios linfáticos podem ocorrer. O 
acompanhamento de lesão vacinal incomum e a avaliação da necessidade de 
investigar a presença de tuberculose ou de utilizar quimioprofilaxia devem ser 
realizados pela Secretaria de Saúde local. 
- Crianças menores de 5 anos, comprovadamente não vacinadas previamente, 
devem receber a vacina. A repetição da vacina BCG nas crianças que não 
apresentaram cicatriz não é mais recomendada. 
- Em casos de histórico familiar ou suspeita de imunodeficiência, ou recém-
nascidos cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacinação 
poderá ser postergada ou contraindicada. 
- Esquema: administrar dose única, o mais precocemente possível logo após o 
nascimento, de preferência na maternidade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: atualmente, o produto 
disponibilizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) é produzido pelo 
Serum Institute of India -> 0,05 mL em crianças recém-nascidas até 11 meses e 
29 dias e 0,1 mL para pessoas a partir de 1 ano de idade, via intradérmica. 
Giovanna Lopes 
- Particularidades: a comprovação da vacinação com BCG é feita por meio do 
registro no cartão ou caderneta de vacinação, da identificação da cicatriz vacinal 
ou da palpação de nódulo no deltoide direito, na ausência de cicatriz. Em crianças 
nascidas com peso inferior a 2 Kg, adiar a vacinação até que atinjam este peso. 
Em pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral, a vacinação 
deve ser adiada até a resolução do quadro clínico. Na rotina dos serviços de 
saúde, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias, 
ainda não vacinadas. Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não 
apresentam cicatriz vacinal, não devem ser revacinadas. 
- Esta vacina é contraindicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas. 
Contatos prolongados de portadores de hanseníase: vacinação seletiva, nas 
seguintes situações: 
o Menores de 1 ano de idade: 
- Não vacinados: administrar 1 dose de BCG; 
- Comprovadamente vacinados que apresentem cicatriz vacinal: não 
administrar outra dose de BCG. 
- Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: 
administrar 1 dose de BCG 6 meses após a última dose. 
o A partir de 1 ano de idade: 
- Sem cicatriz: administrar 1 dose; 
- Vacinados com 1 dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo 
mínimo de 6 meses após a dose anterior; 
- Vacinados com 2 doses: não administrar outra dose de BCG. 
o Pessoas expostas ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): 
- Criança que chega ao serviço de saúde, não vacinada, poderá receber a 
vacina BCG se assintomática e sem sinais de imunodepressão. 
- A partir dos 5 anos de idade, pessoas portadoras de HIV não devem ser 
vacinadas, mesmo que assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência. 
 
- A hepatite B é uma doença cujo único reservatório do vírus é o ser humano e, 
portanto, com potencial de erradicação. A aquisição do vírus no período neonatal 
eleva consideravelmente o risco de cronificação. A vacinação do neonato tem 
como principal objetivo impedir a transmissão materno-fetal do vírus e deve ser 
realizada logo ao nascer, ainda na maternidade, nas primeiras 24 horas de vida. 
- O esquema é de três doses aos 0, 2 e 6 meses. Quando utilizada a vacina 
pentavalente na rede pública (que contém o componente hepatite B na 
vacina), o esquema de quatro doses é administrado sem prejuízos (0, 2, 4 e 
6 meses). A terceira dose deve ser aplicada após os 6 meses de idade. 
- São raríssimos os eventos adversos a ela associada, como os locais (dor no local 
da aplicação) e sistêmicos (febre e irritabilidade). 
 
- São vacinas de uso oral, compostas por vírus vivos atenuados. Duas vacinas 
estão licenciadas no Brasil: vacina monovalente VR1 (G1P[8]), utilizada pelo 
Programa Nacional de Imunizações (PNI), e a vacina pentavalente VR5 (G1, G2, 
G3, G4 e P1A[8]), utilizada na rede privada. 
- Protegem contra diarreia causada pelo rotavírus, principalmente suas 
formas graves. Eficácia para gastroenterite grave, de 68,5 a 90% com a VR1 e 
74 a 98% com a VR5. 
- A vacina monovalente é administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses de 
idade. O limite de idade para administrar a primeira dose é 3 meses e 15 
dias, e para a segunda, de 7 meses e 29 dias. A vacina rotavírus 
pentavalente é administrada em três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade. A 
idade máxima para iniciar a vacinação é de 3 meses e 15 dias, e a terceira 
dose deve ser aplicada no máximo até 8 meses e 0 dia de vida. O intervalo 
mínimo entre doses de ambas as vacinas é de 4 semanas. 
- Em caso de vômitos ou regurgitação, não é recomendado repetir a vacina. Caso a 
vacina administrada em uma das doses tenha sido a pentavalente, ou o produto 
utilizado para qualquer dose seja desconhecido, um total de três doses deve ser 
administrado. 
- Eventos adversos: podem ocorrer irritabilidade, febre, fadiga, choro, perda 
de apetite, diarreia e vômitos e raramente sangramento intestinal. Nas pesquisas 
clínicas realizadas, não há relato de aumento de casos de intussuscepção com o 
uso das vacinas. 
- Contraindicações: reação anafilática prévia a qualquer componente da vacina. 
A vacina é contraindicada para crianças com história de doença gastrintestinal 
crônica, inclusive malformação congênita do trato gastrintestinal e portadores 
de imunodepressão. 
- Precaução: postergar a vacina se a criança apresentar alguma doença grave, 
vômitos ou diarreia. 
 
- Existem três vacinas licenciadas no Brasil para a prevenção das infecções 
pneumocócicas. As vacinas são indicadas para a prevenção das infecções 
pneumocócicas causadas pelos sorotipos incluídos nas vacinas em lactentes, 
crianças e adolescentes. 
- Elas têm potencial de prevenir doenças invasivas (DPI) como: meningite, 
bacteriemia e outras, além de doenças pneumocócicas não invasivas como 
pneumonias não bacteriêmicas e otite média (OM) causadas pelo 
Streptococcus pneumoniae. 
- Crianças saudáveis devem receber vacinas conjugadas no primeiro ano de vida, a 
partir de 2 meses de idade. O PNI utiliza a VPC10 no esquema de duas doses, 
administradas aos 2 e 4 meses, seguidas de um reforço aos 12 meses, podendo 
ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade. A SBP recomenda, sempre que 
possível, o uso da VPC13, pelo seu maior espectro de proteção, no esquema de 
três doses no primeiro ano de vida (2, 4, e 6 meses) e uma dose de reforço entre 
12 e 15 meses. 
- Crianças com esquema completo com a VPC10 podem receber dose(s) 
adicional(is) da VPC13, até os 5 anos de idade, com o intuito de ampliar a 
proteção para os sorotipos adicionais. Nos CRIE as crianças e adolescentes com 
risco aumentado para doença pneumocócica invasiva devem receber também. 
Acima de 2 anos de idade, a VPP23, com intervalo mínimo de 2 meses entre a 
última dose de VPC recebida. Acima de 5 anos com imunossupressão grave e que 
apresentem as seguintes condições clínicas: transplantados de órgãos sólidos, 
transplantados de células-tronco hematopoiéticas, indivíduos vivendo com 
HIV/Aidse pacientes oncológicos recebem a VPC13, sendo importante 
complementar a proteção com a VPP23. 
- As vacinas pneumocócicas são consideradas muito seguras. A maioria dos 
eventos reportados são locais: dor, inchaço ou vermelhidão. Os eventos 
sistêmicos mais associados são: febre, irritabilidade, perda de apetite e choro 
intenso. Usualmente, os eventos adversos são autolimitados em até 3 a 5 dias. 
- As vacinas pneumocócicas são prioritárias até 5 anos de idade, 
especialmente nos lactentes até 24 meses de idade, considerado um dos 
períodos de maior vulnerabilidade para a infecção e desenvolvimento de suas 
manifestações clínicas. As crianças apresentam altas taxas de portador de 
pneumococo na comunidade; em geral estima-se uma taxa de 40-60% com pico 
aos 2 anos e declínio com o aumento da idade. Dessa maneira, o uso de vacinas 
conjugadas na infância reduz as taxas de colonização e promove efeito indireto 
em outras faixas etárias não vacinadas. 
 
- Existem distintas vacinas para a prevenção da doença meningocócica, todas são 
inativadas e administradas por via intramuscular. 
- As vacinas meningocócicas previnem a doença invasiva causada pela 
Neisseria meningitidis dos sorogrupos ao qual estão contempladas em sua 
formulação em crianças, adolescentes e adultos. 
- As vacinas conjugadas (C e ACWY) possuem a capacidade de induzir a produção 
de níveis elevados de anticorpos, inclusive em lactentes jovens, com maior avidez 
e maior atividade bacteriana sérica. Induzem ainda a formação de populações de 
linfócitos B de memória, de duração prolongada, proporcionando uma resposta 
anamnéstica (efeito booster) na reexposição. Além disso, essas vacinas têm a 
capacidade de reduzir a colonização em nasofaringe, diminuindo o número de 
portadores entre os vacinados e a transmissão da doença na população (proteção 
indireta). 
- Já a vacina proteica contra o meningococo B apresenta excelentes resultados 
de efetividade após sua implantação em programas de imunização em massa. 
- A SBP recomenda o uso rotineiro das vacinas meningocócicas conjugadas para 
lactentes maiores de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. Sempre que 
possível, utilizar preferencialmente a vacina MenACWY pelo maior espectro de 
proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente vacinadas com 
MenC. 
- O PNI fornece a vacina MenC aos 3 e 5 meses com um reforço aos 12 meses, 
portanto, crianças com esquema vacinal completo do serviço público podem se 
beneficiar com dose(s) adicional(is) da vacina MenACWY do serviço privado, a 
qualquer momento, respeitando-se um intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. 
Para adolescentes entre 11 e 12 anos, o PNI disponibiliza a vacina MenACWY. A 
SBP recomenda vacinas MenACWY aos 3 meses, 5 meses como esquema primário 
com primeiro reforço aos 12 meses e segundo reforço entre 4 e 6 anos. Para 
adolescentes recomenda realizar a vacinação entre 10 e 15 anos e reforço após 5 
anos. Entre 16 e 18 anos administrar somente uma dose da vacina. Existem 
diferenças de posologias das vacinas quadrivalentes ACWY a depender do 
laboratório produtor. 
- Já a vacina MenB não está disponível no PNI e é recomendada pela SBP no 
esquema de duas doses aos 3 e 5 meses com reforço aos 12 meses. Crianças de 
12 a 23 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas 
com uma dose de reforço entre 12 e 23 meses após esquema primário. Crianças a 
partir de 24 meses e adolescentes não vacinados devem receber duas doses com 
intervalo entre 1 e 2 meses. Não se conhece, até o momento, a duração da 
proteção conferida pela vacina e a eventual necessidade de doses adicionais de 
reforço. 
- Os eventos adversos locais mais comumente relatados são dor, edema e 
hiperemia. Sintomas sistêmicos comumente relatados são cefaleia, sonolência, 
febre, irritabilidade, inapetência, fadiga e sintomas gastrointestinais (náusea, 
vômito, diarreia, dor abdominal). As reações são autolimitadas com tendência a 
desaparecer em até 72 horas. 
- As vacinas meningocócicas são prioritárias para crianças, especialmente em 
lactentes até 12 meses de idade, considerado um dos períodos de maior 
vulnerabilidade para a infecção. Os adolescentes também são outro grupo de 
risco aumentado e são os principais portadores da bactéria em nasofaringe. 
Pessoas portadoras de alguma condição que aumente a suscetibilidade às 
bactérias são outro grupo importante para a prevenção. Por fim, não se deve 
menosprezar o grupo de pessoas que se deslocam para áreas com risco 
epidemiológico aumentado para a doença. 
 
- As vacinas combinadas Difteria, Tétano e Coqueluche (Tríplice Bacteriana) 
devem ser administradas no calendário da criança no esquema de cinco doses, aos 
2, 4 e 6 meses com reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. 
- O componente pertussis da vacina está associado a maior reatogenicidade, 
especialmente febre, irritabilidade, sonolência e eventos adversos locais. 
Eventos graves como a síndrome hipotônica hiporresponsiva, convulsão febril e 
choro persistente podem ocorrer. As vacinas Coqueluche acelulares têm risco 
reduzido de eventos adversos e eficácia semelhante às de células inteiras e, por 
isso, sempre que possível, devem ser preferíveis. 
- Crianças com 7 anos ou mais, nunca imunizadas, ou com histórico vacinal 
desconhecido, devem receber três doses da vacina contendo o componente 
tetânico, sendo uma delas preferencialmente com a vacina tríplice acelular com 
intervalo de 2 meses entre elas (0, 2 e 4 meses – intervalo mínimo de 4 semanas). 
 
- O Hib era o principal agente etiológico das meningites bacterianas na era pré-
vacinal. Após a introdução da vacinação no calendário infantil, hoje são raros os 
casos de doença invasiva por este agente. 
- A vacina conjugada foi capaz de prevenir a doença entre os vacinados e, ao 
eliminar o estado de portador assintomático da bactéria em nasofaringe, foi 
capaz de reduzir a circulação do agente na comunidade em países que 
implantaram programas com altas coberturas vacinais. 
- A vacina Hib, em geral, é combinada à vacina tríplice bacteriana na formulação 
penta ou hexavalente. 
- Extremamente segura, é administrada no esquema de três doses aos 2, 4 e 6 
meses. a SBP recomenda uma dose de reforço aos 15 meses de vida, 
especialmente se, no esquema primário, forem utilizadas em combinação com 
vacinas tríplices bacterianas acelulares. 
 
- Existem duas diferentes vacinas contra a poliomielite licenciadas no Brasil. 
Vacina de vírus vivo, oral (VOP), bivalente, contendo os poliovírus tipo 1 e 3 
e a vacina inativada, injetável (VIP), trivalente, contendo os tipos 1, 2 e 3. 
- O esquema vacinal no Brasil é de cinco doses, administradas 2, 4 e 6 
meses (esquema primário), com reforços aos 15 meses e aos 4 anos de 
idade. 
- As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, devem ser feitas obrigatoriamente 
com a VIP. Pelo potencial de reversão da virulência da vacina oral atenuada, 
causando surtos de pólio derivado da vacina, a Organização Mundial da Saúde 
(OMS) recomenda aos países que substituam, na medida do possível, a VOP pela 
VIP. Portanto, a recomendação para as doses de reforço é que sejam feitas 
preferencialmente também com a vacina inativada VIP. Nesta fase de transição 
da vacina pólio oral atenuada (VOP) para a vacina pólio inativada (VIP) é aceitável 
o esquema atual recomendado pelo PNI que oferece três doses iniciais de VIP (2, 
4 e 6 meses de idade) seguidas de duas doses de VOP (15 meses e 4 anos de 
idade). 
- Desde 2016, a vacina VOP é bivalente, contendo os tipos 1 e 3 do poliovírus, 
podendo ser utilizada nas doses de reforço ou nas campanhas nacionais de 
vacinação. 
- A VOP está contraindicada para crianças imunocomprometidas e para seus 
contatos domiciliares. Nestas circunstâncias, utilizar a VIP. 
- Tratam-se de vacinas seguras, com raros eventos adversos associados a elas. 
 
- São vacinas subunitárias, compostas por fragmentos de vírus inativados. Como 
os subtipos virais circulantes mudam,a vacina é atualizada a cada ano 
conforme orientação da OMS. 
- No Brasil, dispomos de vacinas trivalentes, com um subtipo A/H1N1, um 
A/H3N2 e um B (linhagem Yamagata ou Victoria) e vacinas tetravalentes, que 
contemplam, além desses três subtipos, uma segunda linhagem B, ampliando a 
possibilidade de proteção. 
- A vacinação contra a gripe é o método mais efetivo de prevenir a infecção e 
suas complicações potencialmente graves. A eficácia e a efetividade da vacina 
dependem principalmente da idade e da imunocompetência dos vacinados e do 
grau de similaridade entre os vírus vacinais e os circulantes. 
- A efetividade em adultos com mais de 65 anos com comorbidades em geral é 
menor do que a verificada em adultos saudáveis. Em menores de 9 anos de idade, 
no primeiro ano de vacinação, devem ser administradas duas doses com 30 dias 
de intervalo. Nos anos posteriores, dose única anual, aplicada por via 
intramuscular. 
- Os eventos adversos mais comuns são: dor local, febre, mialgias, cefaleia, 
sonolência e sensação de cansaço, que podem ocorrer nas primeiras 48 horas. 
Reações alérgicas imediatas (urticária, angioedema, asma alérgica, anafilaxia) são 
extremamente raras. 
- A vacina trivalente é a utilizada pelo PNI e disponibilizada nos postos de saúde 
durante a campanha anual da gripe para crianças entre 6 meses e 6 anos 
incompletos, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades, profissionais da 
saúde, indígenas, professores, pessoas privadas de liberdade ou que trabalhem 
nessas instituições, pessoas que trabalham nas forças de segurança e salvamento 
e pessoas com 60 anos ou mais. A SBP e a SBIm recomendam o uso da vacina de 
forma universal, a partir dos 6 meses de idade, sempre que possível com a 
formulação quadrivalente. 
- Vacina combinada Tríplice (sarampo, rubéola e caxumba) ou Tetra viral 
(sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Composta por vírus vivos atenuados. 
Deve ser aplicada por via subcutânea. 
- Protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. Em relação ao sarampo e à 
rubéola, com as duas doses recomendadas e aplicadas após 1ano de idade, a 
eficácia chega a 99%. Em situações de surtos de sarampo, uma dose adicional da 
vacina pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade, quando a eficácia é 
diminuída por interferência de anticorpos maternos, sendo chamada de dose 
“zero”. Para caxumba, a eficácia é de aproximadamente 86% com as duas doses. 
Na apresentação tetra viral, protege também contra a varicela. 
- O PNI recomenda a vacinação de rotina na infância com duas doses, sendo a 
primeira aos 12 meses com a tríplice viral e a segunda aos 15 meses de idade com 
a tetra viral. Para crianças, adolescentes e adultos até 29 anos, suscetíveis, são 
recomendadas duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 
dias entre elas; dos 30 aos 59 anos em dose única. Pessoas com mais de 60 anos 
não necessitam ser vacinadas pois são consideradas imunes pela alta possibilidade 
de ter tido a doença no passado. Profissionais da saúde devem receber duas 
doses, independentemente da idade. A SBP e SBIm recomendam a vacina tetra 
viral (ou separadamente tríplice viral e varicela) em duas doses aos 12 e 15 meses 
de idade. 
- Os eventos adversos, em geral, são leves e transitórios. Dor no local da injeção 
pode ocorrer por 2 a 3 dias. Eventos sistêmicos, quando ocorrem, são mais 
tardios, 5 a 12 dias após a vacinação, com febre (5-15%) acima de 39°C por 1 a 2 
dias e exantema transitório (2%). Podem causar convulsões febris e 
trombocitopenia transitória, que é rara. Sintomas característicos de rubéola, 
sarampo, caxumba ou varicela (vacina tetra) podem ser observados. Os eventos 
adversos são menos comuns após a segunda dose da vacina. 
- Está indicada, ainda, em situações de pós-exposição para pessoas não 
imunizadas ou insuficientemente imunizadas contra o sarampo, devendo ser 
aplicada o mais precocemente possível, em até 72 horas após a exposição, a fim 
de se obter proteção contra a doença, em especial suas formas graves. 
- Está contraindicada para gestantes, pessoas com anafilaxia a dose prévia 
da vacina e que tenham reações alérgicas graves à gelatina, neomicina e 
indivíduos imunocomprometidos. 
- Reações alérgicas ao ingerir ovo de galinha não são contraindicação para o uso 
da vacina. 
 
- A varicela é uma infecção aguda, altamente contagiosa causada pelo vírus 
varicela-zóster (VVZ), da família Herpetoviridae. Clinicamente caracteriza-se 
pelo surgimento de lesões de pele maculopapulares, que em algumas horas 
tornam-se vesículas, das quais algumas se rompem e evoluem para a formação de 
pústulas e posteriormente crostas; todo o processo é acompanhado por prurido. 
Frequentemente, os diferentes estágios evolutivos das lesões cutâneas (pápulas, 
vesículas, pústulas e crostas) ocorrem simultaneamente. 
- A evolução para a cura geralmente ocorre em até uma semana. O quadro clínico 
pode vir acompanhado de febre moderada, prostração, cefaleia, anorexia e dor 
de garganta. Em crianças, a evolução geralmente é benigna e autolimitada. No 
entanto, em adolescentes e adultos, o quadro clínico tende a ser mais grave. 
- A vacinação é a forma mais eficiente de prevenir a ocorrência da doença na 
população. No Brasil, a vacina está disponível no PNI em duas doses: aos 15 
meses na formulação tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e aos 
4 anos de idade, na apresentação monovalente. 
- A eficácia global da vacina é de aproximadamente 70% contra a infecção e de 
mais de 95% contra as formas graves da doença. A SBP recomenda que a segunda 
dose seja aplicada ainda no segundo ano de vida, com intervalo mínimo de 3 meses 
após a primeira dose, idealmente aos 12 e 15 meses de vida, prevenindo assim 
falhas primárias. Deve ser aplicada por via subcutânea e são raros os eventos 
adversos associados a ela. Está contraindicada para gestantes, pessoas com 
anafilaxia à dose prévia da vacina e indivíduos imunocomprometidos. 
 
- A hepatite A é uma doença habitualmente benigna, podendo raramente evoluir 
para a forma grave (aguda e fulminante), levando à hospitalização e ao óbito em 2 
a 7% dos casos. As crianças menores de 13 anos eram responsáveis, na era pré-
vacinal, por 68,7% dos casos confirmados e constituíam o grupo etário com as 
maiores taxas de incidência da doença. 
- A prevenção por meio da vacinação continua a ser a arma mais importante para 
seu controle, pois não existem medicamentos antivirais específicos contra a 
doença. 
- As diferentes vacinas licenciadas no país são inativadas, de vírus inteiros 
purificados. 
- O esquema vacinal é de duas doses, a partir de 1 ano de vida, com 
intervalo de 6 meses entre elas. Pode ser aplicada simultaneamente com 
qualquer outra vacina do calendário infantil. 
- Extremamente segura, deve ser administrada por via intramuscular, sendo 
raros os eventos adversos. Em função de sua alta imunogenicidade após a 
primeira dose, o PNI oferece a vacina, até o momento, em dose única, aos 12 
meses de idade. 
- Esquema: deve ser administrada uma dose aos 15 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5mL, intramuscular. 
- Particularidades: para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, que tenham 
perdido a oportunidade de se vacinar, administrar uma dose da vacina hepatite 
A. Para crianças com imunodepressão e para os suscetíveis, fora da faixa etária 
preconizada no Calendário Nacional de Vacinação, deverão ser avaliadas e 
vacinadas segundo orientações do Manual dos Centros de Referência para 
Imunobiológicos Especiais (CRIE). 
- Precaução: Excepcionalmente, pode ser utilizada pela via subcutânea (SC) em 
pessoas com coagulopatias. 
 
- A vacina Febre Amarela é composta de vírus vivos atenuados, cultivados em 
embrião de galinha. Deve ser aplicada por via subcutânea e está indicada para a 
prevenção da febre amarela, doença causada por um arbovírus da família 
Flaviviridae, do gênero Flavivírus. 
- A vacina é altamente eficaz na proteção contra a doença, comimunogenicidade 
de 90 a 98%. Os anticorpos protetores aparecem entre o 7o e o 10o dia após a 
aplicação da vacina, razão pela qual a vacinação deve ocorrer ao menos 10 dias 
antes do indivíduo ingressar em área de risco da doença. 
- No Brasil, são indicadas duas doses da vacina para crianças menores de 5 anos 
de idade, aos 9 meses e 4 anos. Acima de 5 anos o esquema preconizado é de 
dose única no PNI. Entretanto, a aplicação de uma segunda dose para crianças e 
adolescentes que iniciaram o esquema acima desta idade é desejável, com o 
intuito de prevenir eventuais falhas vacinais. 
- A vacina Febre Amarela é, em geral, bem tolerada e raramente associada a 
eventos adversos graves. Os sintomas gerais relatados do 3º ao 10º dia são leves 
e desaparecem espontaneamente. Estes incluem: cefaleia, mialgia e febre. 
Manifestações locais como dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos 
vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura 1 ou 2 dias, na 
forma leve ou moderada. 
- Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, 
doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento 
do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus 
vacinal, causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 
2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por 100 mil vacinados. 
- Crianças e adolescentes portadores de doenças crônicas sem imunossupressão 
devem ser vacinados na rotina. 
- São contraindicações para o uso da vacina: 
o Crianças menores de 6 meses de idade. 
o Imunodeficiência congênita ou secundária por doença (neoplasias, Aids e 
infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou por tratamento 
(drogas imunossupressoras, radioterapia, pacientes submetidos a 
transplante de órgãos, etc.). 
o Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no 
período de 6 semanas após a aplicação de dose anterior da vacina. 
o Gestantes, salvo em situações de alto risco de infecção, que devem ser 
avaliadas pelo médico. 
o Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder 
ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. 
o Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias 
presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou 
outras). 
o Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, 
timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica). 
- Em crianças menores de 2 anos de idade, a vacina febre amarela não deve 
ser aplicada simultaneamente com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba, 
rubéola) ou a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Um intervalo 
mínimo de 30 dias deve ser respeitado, porém, em situações de risco 
epidemiológico, podem ser aplicadas no mesmo dia ou com qualquer intervalo. A 
partir de 2 anos de idade, não há esta restrição: elas podem ser aplicadas 
simultaneamente. 
- Esquema Vacinal: crianças entre 9 meses de vida a menores de 5 cinco anos 
de idade (4 anos 11 meses e 29 dias) -> Administrar 1 dose aos 9 meses de vida, e 
uma dose de reforço aos 4 anos de idade. Pessoas a partir de 5 anos de idade, 
que receberam apenas uma dose da vacina antes de completarem 5 anos -> 
administrar 1 dose de reforço. Respeitar o intervalo mínimo de 30 dias. Pessoas 
de 5 a 59 anos de idade, não vacinadas -> administrar 1 dose única. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, exclusivamente por via 
subcutânea. 
- Vacinação Simultânea: a vacina febre amarela pode ser administrada 
simultaneamente com a maioria das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. 
Entretanto, é importante observar as seguintes situações: 
a) Administração simultânea com a vacina varicela: Pode ser administrada 
simultaneamente em qualquer idade. Porém, se não administradas 
simultaneamente, deve-se respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses, mínimo 
de 15 dias. 
b) Administração simultânea com as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e 
rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): 
o Crianças menores de 2 (dois) anos de idade: 
- Não administrar simultaneamente as vacinas febre amarela e tríplice viral. 
Deve-se respeitar o intervalo de 30 dias entre as vacinas, mínimo de 15 
dias. Em situações de emergência epidemiológica, com a circulação 
concomitante dos vírus da febre amarela e do sarampo ou da caxumba ou da 
rubéola, as duas vacinas poderão ser administradas simultaneamente, 
considerando a relação risco-benefício. Deve-se manter a continuidade do 
esquema vacinal preconizado pelo calendário nacional de vacinação. 
o Pessoas a partir de 2 anos (dois) de idade: 
- As vacinas febre amarela e tríplice viral ou tetraviral podem ser 
administradas simultaneamente. Porém, se não administradas 
simultaneamente, deve-se respeitar o intervalo de 30 dias entre as vacinas, 
mínimo de 15 dias. 
- NOTA: As doses da vacina febre amarela administradas simultaneamente com 
outras vacinas serão válidas para fins de cobertura vacinal, não havendo 
indicação de revacinação, dando-se continuidade ao esquema indicado no 
Calendário Nacional de Vacinação. 
- Precauções: 
o Casos de doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se 
adiar a vacinação até a resolução do quadro clínico, com o intuito de não se 
atribuir à vacina as manifestações da doença; 
o Indivíduos com doenças de etiologia potencialmente autoimune: devem 
ser avaliados caso a caso, pois há indicações de maior risco de ESAVI nesse 
grupo; 
o Pacientes com histórico pessoal de doença neurológica de natureza 
desmielinizante (Síndrome de Guillain-Barré, encefalomielite aguda 
disseminada e esclerose múltipla): avaliar caso a caso anteriormente à 
vacinação; 
o História de ESAVI grave após a vacina febre amarela em familiares 
próximos (pais, irmãos, filhos): avaliar caso a caso anteriormente à 
vacinação, pois há indicações de maior risco de eventos adversos nesse 
grupo; 
o Indivíduos com história de reação anafilática grave relacionada às 
substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina 
bovina ou outras): a vacina febre amarela está contraindicada para as 
pessoas nesta condição, salvo em situações de elevado risco epidemiológico 
e quando a avaliação médica especializada estiver disponível; e 
o Pessoas vivendo com HIV/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
(AIDS): A indicação da vacina febre amarela em pessoas vivendo com 
HIV/AIDS deverá ser realizada conforme avaliação clínica e imunológica. 
Os níveis de línfócitos T CD4+ no sangue serão utilizados como parâmetro 
imunológico nesta situação. Caso não haja alteração na contagem dos LT 
CD4+ proceder a vacinação. Para as alterações moderadas, considerar o 
risco e o benefício da vacinação. A vacina está contraindicada para pessoas 
com alteração imunológica grave. 
o Outrostipos de imunossupressão: A vacina febre amarela é habitualmente 
contraindicada em pacientes imunossuprimidos (doenças reumatológicas, 
neoplasias malignas, transplantados de órgão sólidos, transplantados de 
células-tronco hematopoiéticas), no entanto, a depender do grau de 
imunossupressão e do risco epidemiológico ela poderá ser considerada em 
certas situações, sendo necessário nesses casos avaliação médica criteriosa. 
referencia-para-imunobiologicos-especiais_6a-edicao_2023.pdf/view 
- Contraindicações: 
o Crianças menores de 6 (seis) meses de idade; 
o Pacientes em tratamento com imunobiológicos (Infliximabe, Etarnecepte, 
Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, 
Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe, inibidores de CCR5 como 
Maraviroc), em pacientes que interromperam o uso dessa medicação é 
necessária avaliação médica para se definir o intervalo para vacinação, 
conforme manual dos CRIE; 
o Pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos; 
o Pacientes com erros Inatos da Imunidade (imunodeficiências primárias); 
o Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miasteniagravis, 
timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica); 
o Pacientes portadores de doença falciforme em uso de hidroxiureia e 
contagem de neutrófilos menor de 1500 cels/mm3; e 
o Pacientes recebendo corticosteroides em doses imunossupressoras 
(prednisona 2mg/kg por dia nas crianças até 10 kg por mais de 14 dias ou 20 
mg por dia por mais de 14 dias em adultos). 
 
- Em 2014, o PNI introduziu a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos 
no esquema de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Em 2017, o 
programa passou a contemplar também os meninos de 11 a 14 anos, igualmente no 
esquema de duas doses. 
- Para alguns grupos especiais, incluindo transplantados de medula óssea ou órgão 
sólidos, pacientes oncológicos e pacientes vivendo com HIV/Aids, a vacina está 
disponível para ambos os sexos, na idade de 9 a 26 anos, no esquema de três 
doses (0, 2 e 6 meses). A SBP recomenda também a vacinação de meninas e 
mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais 
precocemente possível. 
- A vacina HPV utilizada no Brasil é a quadrivalente, contendo partículas 
semelhantes ao vírus (VLP) dos HPV 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 são de baixo 
risco, responsáveis por cerca de 90% dos condilomas acuminados (verrugas 
genitais) e papilomatoses recorrentes de laringe. Já os tipos 16 e 18 são 
considerados de alto risco (oncogênicos), associados a 70% dos cânceres 
uterinos. O HPV está associado, ainda, a cânceres vaginais, vulvares, anais, 
penianos e de orofaringe, trazendo benefícios adicionais para a vacinação. 
- Inúmeros estudos demonstraram a importância da vacinação na adolescência, 
fase de melhor imunogenicidade da vacina e que precede a iniciação sexual, época 
de maior exposição ao vírus. Além disso, em menores de 15 anos de idade, duas 
doses da vacina com intervalo mínimo de 6 meses entre elas são suficientes para 
estabelecer uma proteção robusta e duradoura. Não há intervalo máximo entre 
as doses e, em caso de atraso vacinal, não há necessidade de reiniciar o esquema. 
Os dados de efetividade após a introdução da vacina em programas públicos 
demonstram uma importante redução no número de casos de verrugas genitais, 
lesões precursoras do câncer e do câncer cervical propriamente dito. São 
raríssimos os casos de falha vacinal (breakthrough) pelos tipos contidos na 
vacina. Extremamente segura, apresenta raramente eventos adversos locais (dor, 
vermelhidão e edema) e sistêmicos (febre, mal-estar e cefaleia) em cerca de 5-
10% dos vacinados. 
- Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) – Vacina HPV4. 
- Esquema: administrar dose única para meninas e meninos NÃO vacinados, na 
faixa etária entre 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias). Pessoas de 
9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e 
de medula óssea e pacientes oncológicos, administrar 3 doses da vacina com 
intervalo de 2 meses entre a primeira e segunda dose e 6 meses entre a primeira 
e terceira dose (0, 2 e 6 meses). Para a vacinação deste grupo, faz-se necessária 
a prescrição médica. 
- Vítimas de abuso sexual (homens e mulheres), na faixa etária de 9 a 45 anos de 
idade, possuem recomendação de vacinação contra HPV, conforme os seguintes 
esquemas vacinais: 
 Pessoas na faixa etária ente 09 a 14 anos, 11 meses e 29 dias: 2 doses da 
vacina HPV4 (0 e 6 meses); 
 Pessoas na faixa etária ente 15 a 45 anos de idade: 3 doses da vacina 
HPV4 (0, 2, 6 meses). Aqueles que possuem histórico vacinal contra HPV 
deverão receber, se necessário, o número de doses subsequentes para 
completar o esquema recomendado para cada faixa etária, respeitando o 
intervalo indicado entre doses. 
- Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR) CID 10 
(B97.7), possui recomendação da vacinação contra HPV, a partir de 1 ano de 
idade. Administrar 3 doses da vacina com intervalo de 2 meses entre a primeira e 
segunda dose e 6 meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses). A 
vacina deverá ser realizada mediante apresentação de prescrição médica. 
- Pessoas de 9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de 
órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos, administrar 3 doses da 
vacina com intervalo de 2 meses entre a primeira e segunda dose e 6 meses entre 
a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses). Para a vacinação destes grupos, 
mantém-se a necessidade de prescrição médica. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, intramuscular. 
- Observações: 
o Crianças e adolescentes de 09 a 14 anos, que apresentarem o esquema 
vacinal com dose única da vacina HPV4, serão considerados vacinados. 
o Para os adolescentes NÃO vacinados (dose zero de vacina HPV), na faixa 
etária de 15 a 19 anos, 11 meses e 29 dias, deve-se realizar estratégias de 
resgate para vacinação de uma única dose da vacina HPV. 
o Reitera-se que vacinação dos grupos imunocompetentes, vítimas de abuso 
sexual e portadores de papilomatose respiratória recorrente (PPR), deverá 
ser realizada mediante prescrição/indicação médica. 
o Vítimas de abuso sexual com recomendação de duas doses, que 
receberam a 2ª dose com menos de seis meses após terem recebido a 
primeira, devem receber uma terceira dose para completar o esquema 
(respeitando o intervalo indicado entre as doses), visto que a resposta 
imune está comprometida pelo espaço de tempo entre a primeira e a 
segunda dose. 
o Aqueles que já completaram o esquema vacinal com a vacina bivalente ou 
quadrivalente não necessitam ser revacinadas. 
o Esta vacina é contraindicada durante a gestação. Caso a mulher engravide 
após a primeira dose da vacina HPV ou receba a vacina inadvertidamente 
durante a gravidez, suspender a dose subsequente e completar o esquema 
vacinal, preferencialmente em até 45 dias após o parto. Nestes casos 
nenhuma intervenção adicional é necessária, somente o acompanhamento do 
pré-natal. 
o Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas com a vacina 
HPV4. 
 
- As vacinas Covid-19 em pediatria vêm sendo avaliadas, especialmente em 
relação à sua segurança. Praticamente todas as vacinas já em uso em adultos têm 
potencial de emprego em crianças e adolescentes. Como a frequência dos 
desfechos graves em pediatria é baixa, os estudos de extensão de licenciamento 
devem se basear na resposta imune e segurança, correlacionando níveis de 
imunidade não inferiores àqueles alcançados na vacinação de adultos. 
- A vacina de RNA mensageiro do laboratório Pfizer já obteve registro em nosso 
país para uso em adolescentes acima de 12 anos, em função dos dados obtidos nos 
estudos de fase 3. A vacina inativada do laboratório Sinovac/Butantan 
(Coronavac) demonstrou, em estudo realizado na China, segurança e 
imunogenicidade em estudos de fase 1 e 2 em crianças e adolescentes de 3 a 17 
anos e submeteu para a agência regulatória brasileira o pedido de extensão de 
faixa etária em bula. 
- Até o momento ainda não se conhece o esquema vacinal ideal para crianças de 
cada vacina, porém, a inclusão de crianças e adolescentes no programa de 
vacinação é uma necessidade, especialmente naqueles com fatores de risco 
(obesidade, gravidez, doenças crônicas, imunossupressão entre outros). 
- Esquema: administrar 3 doses, aos 6, 7 e 9 meses de idade, (1ª DOSE + 2ª 
DOSE + 3ª DOSE) do imunizante Comirnaty® (Pfizer), frasco de tampa vinho. O 
intervalo recomendado é de 4 semanas entre a primeira e a segunda doses e 8 
semanas entre a segunda e a terceira doses. 
- Volume da Dose: cada dose da vacina diluída (0,2 mL). 
- Via de Administração: em indivíduos de 6 meses a menos de 12 meses de 
idade, a vacina deverá ser administrada de modo injetável por via intramuscular 
na face anterolateral da coxa. Em indivíduos com idade igual ou superior a 1 ano, 
a vacina deverá ser administrada de modo injetável por via intramuscular na face 
anterolateral da coxa ou no músculo da parte superior do braço (deltoide). 
- Particularidades: na rotinados serviços de saúde, a vacina COVID-19 está 
disponível para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Crianças 
menores de 5 anos, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, 
poderão iniciar ou complementar esquema vacinal antes de 5 anos completos. 
Crianças imunocomprometidas com idade entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 
dias, não tem no momento indicação de doses adicionais ao esquema primário. 
- Vacinação de crianças de 3 a 4 anos: a vacina adsorvida covid-19 inativada, 
conhecida como CoronaVac (Butantan), pode ser administrada em crianças de 3 a 
4 anos, 11 meses e 29 dias. Deverá, portanto, ser utilizada somente para resgate, 
nas seguintes situações: 1) crianças que não foram vacinadas contra a covid-19 na 
idade recomendada ou 2) na falta do imunizante recomendado na localidade ou 3) 
contraindicações à Pfizer pediátrica em crianças de 3 e 4 anos de idade. 
- Vacinação simultânea: a vacina COVID-19 pode ser administrada na mesma 
ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação e com outros 
medicamentos, procedendo-se às administrações com seringas e agulhas 
diferentes em locais anatômicos distintos. 
- Contraindicações: 
o Anafilaxia: história de reação de hipersensibilidade grave a quaisquer 
componentes das vacinas contraindicam a vacinação com aquele produto. Se 
ocorrer anafilaxia após a vacinação contra a covid-19, as doses 
subsequentes para aquela vacina não devem ser administradas. 
o Pacientes com febre, doença aguda e início agudo de doenças crônicas. 
 
- Esquema: administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 
60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. A terceira dose não deverá ser 
administrada antes dos 6 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, por via intramuscular. 
- Particularidades: na rotina dos serviços de saúde, a vacina penta está 
disponível para crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Crianças até 6 anos, 11 
meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar ou 
complementar esquema com penta. 
- Esta vacina está contraindicada para crianças a partir de 7 anos de idade. 
- São necessárias doses de reforço com a vacina adsorvida difteria, tétano e 
pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses (1º reforço) e aos 4 
anos de idade (2º reforço), em crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias, 
conforme estabelecido pelo Calendário Nacional de Vacinação da Criança. 
- Para os grupos com indicação clínica especial, incluindo as crianças com riscos 
aumentado de desenvolver ou que tenham desenvolvido eventos adversos graves à 
vacina de cúlas inteiras, também estão disponíveis as vacinas tríplice bacteriana 
acelular (DTPa) e hexa acelular. 
 
- Reforço: administrar 2 reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o 
segundo aos 4 anos de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, por via intramuscular. 
- Particularidades: criança a partir dos 15 meses de idade a menor de 7 anos de 
idade (6 anos, 11 meses e 29 dias) deve receber 2 (dois) reforços. 
- Administrar o primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a última 
dose do esquema primário (três doses de penta). 
- Criança a partir de 15 meses e menor de 7 anos de idade, sem dose de reforço: 
administrar o 1º reforço, e agendar o 2º reforço. Atentar para o intervalo mínimo 
de 6 meses entre os reforços. 
- Criança com 6 anos sem nenhuma dose de reforço, administrar o 1º reforço. Na 
impossibilidade de manter o intervalo de 6 meses entre as doses de reforços, 
agendar dT para 10 anos após esse primeiro reforço. Neste caso, estas crianças 
ficam liberadas do segundo reforço da DTP. 
- Nos comunicantes domiciliares e escolares de casos de difteria ou coqueluche 
menores de 7 anos de idade, não vacinados ou com esquema incompleto ou com 
situação vacinal desconhecida, atualizar esquema, seguindo orientações do 
esquema da vacina penta ou da DTP. 
- A vacina DTP é contraindicada para crianças a partir de 7 anos de idade. 
Na indisponibilidade da vacina DTP, como reforço administrar a vacina penta. 
 
- Esquema: administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 
60 dias entre as doses. O intervalo mínimo é de 30 dias entre as doses. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, via intramuscular. 
- Particularidades: crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias -> sem comprovação 
vacinal: administrar 3 doses da VIP, com intervalo de 60 dias entre as doses, 
mínimo de 30 dias. 
 
- Reforço: administrar o primeiro reforço aos 15 meses e o segundo aos 4 anos 
de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: duas gotas, exclusivamente por via 
oral. 
- Particularidades: administrar o primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 
meses após a última dose do esquema primário (três doses). Administrar o 
segundo reforço com intervalo mínimo de 6 meses após o primeiro reforço. Na 
rotina dos serviços de saúde, a vacina é recomendada para crianças até 4 anos 11 
meses e 29 dias. Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou 
vomitar após a administração da vacina. 
- Esta vacina é contraindicada para pessoas imunodeprimidas, contatos de 
pessoa HIV positiva ou com imunodeficiência, bem como aqueles que tenham 
histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP. 
 
- Esquema: administrar 2 doses aos 2 e 4 meses de idade, com intervalo de 60 
dias entre as doses, mínimo de 30 dias. 
- Reforço: administrar 1 reforço aos 12 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL,via intramuscular. 
- Particularidades: crianças que iniciaram o esquema primário após 4 meses de 
idade, devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as 
doses; administrar o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose. 
O reforço deve ser administrado entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
- Criança entre 1 e 4 anos de idade com esquema completo de 2 ou 3 doses, mas 
sem a dose de reforço, administrar o reforço. 
- Crianças sem comprovação vacinal, entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, 
administrar dose única. 
- Para as crianças de 2 meses a menores de 5 anos de idade, com indicação clínica 
especial manter esquema de 3 doses e reforço. 
 
- Esquema: administrar 2 doses, aos 2 e 4 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 1,5 mL - administrar todo o 
conteúdo da bisnaga exclusivamente por via oral. 
- Particularidades: a primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 
dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 
meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Manter intervalo mínimo de 30 dias entre 
as doses. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir 
a dose. 
- Esta vacina é contraindicada para crianças com histórico de invaginação 
intestinal ou com malformação congênita não corrigida do trato gastrointestinal. 
- Crianças com quadro agudo de gastroenterite (vômitos, diarreia e febre), adiar 
a vacinação até a resolução do quadro. 
- Crianças com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas mediante 
prescrição médica. 
 
- Esquema: administrar 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 
dias entre as doses, mínimo de 30 dias. 
- Reforço: administrar o reforço aos 12 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, via intramuscular. 
- Particularidades: crianças que iniciaram o esquema primário após 5 meses de 
idade, devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as 
doses; administrar o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose. 
- Criança entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, com esquema completo de 
2 doses, mas sem a dose de reforço, administrar o reforço. O reforço deve ser 
administrado entre 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
- Criança entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação vacinal, 
administrar 1 única dose. 
- Criança entre 12 meses e 4 anos 11 mesese 29 dias, com comprovação vacinal 
de 1 dose, administrar 1 dose de reforço. 
 
- Adolescentes de 11 a 14 anos, administrar 1 reforço ou 1 dose, conforme 
situação vacinal. 
- Particularidades: pode ser administrada simultaneamente (ou com qualquer 
intervalo) com outras vacinas do calendário. A vacina deve ser adiada em 
adolescentes que estejam com doenças agudas febris moderadas ou graves. 
Resfriados ou quadros de menor gravidade não contraindicam a vacinação. 
- A vacinação de bloqueio está indicada nas situações em que haja a 
caracterização de um surto de doença meningocócica, para o qual seja conhecido 
o sorogrupo responsável por meio de confirmação laboratorial específica (cultura 
e/ou PCR) e haja vacina disponível. A vacinação somente será utilizada a partir de 
decisão conjunta das três esferas de gestão. A estratégia de vacinação 
(campanha indiscriminada ou seletiva) será definida considerando a análise 
epidemiológica, as características da população e a área geográfica de ocorrência 
dos casos. 
- Na rotina dos serviços de saúde, a vacina meningocócica C (conjugada) ou 
ACWY não está indicada para gestantes e para mulheres no período de 
amamentação. No entanto, diante do risco de contrair a doença, a relação risco-
benefício deve ser avaliada. 
 
- Esquema: administrar a primeira dose aos 12 meses de idade. Completar o 
esquema de vacinação contra o sarampo, a caxumba e a rubéola com a vacina 
tetraviral aos 15 meses de idade (corresponde à segunda dose da vacina tríplice 
viral e à primeira dose da vacina varicela). 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, via subcutânea. 
- Particularidades: a vacina tetraviral está disponível na rotina de vacinação 
para crianças com idade entre 15 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias. Pessoas de 
5 a 29 anos de idade não vacinadas ou com esquema incompleto devem receber ou 
completar o esquema de duas doses de tríplice viral, conforme situação 
encontrada, considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. 
Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina contendo os 
componentes sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral ou tetraviral). Pessoas 
de 30 a 59 anos de idade não vacinadas devem receber uma dose de tríplice viral. 
Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de vacina tríplice viral. 
- Quando houver indicação, a vacina dupla viral (sarampo, rubéola – atenuada) 
poderá ser utilizada para vacinação de pessoas a partir dos 30 anos de idade ou 
outras faixas etárias, de acordo com as estratégias definidas pelo Ministério da 
Saúde. 
- Trabalhadores da saúde independentemente da idade devem receber 2 doses 
de tríplice viral, conforme situação vacinal encontrada, observando o intervalo 
mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinado o trabalhador da saúde 
que comprovar 2 doses de vacina tríplice viral. 
- Vacinação Simultânea: A vacina tríplice viral pode ser administrada 
simultaneamente com a maioria das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. 
Entretanto, é importante observar as seguintes situações: 
a) administração simultânea com a vacina varicela. Pode ser feita em qualquer 
idade. Porém, se não administradas simultaneamente, deve-se respeitar o 
intervalo de 30 dias entre as doses, mínimo de 15 dias. 
b) administração simultânea com a vacina febre amarela. 
o Crianças menores de 2 anos de idade: 
- Não administrar simultaneamente as vacinas tríplice viral e febre amarela. 
Deve-se respeitar o intervalo de 30 dias entre as vacinas, mínimo de 15 
dias. 
- Em situações de emergência epidemiológica, com a circulação concomitante 
dos vírus da febre amarela e do sarampo ou da caxumba ou da rubéola, as 
duas vacinas poderão ser administradas simultaneamente, considerando a 
relação risco-benefício. Deve-se manter a continuidade do esquema vacinal 
preconizado no Calendário Nacional de Vacinação. 
o Pessoas a partir de 2 anos de idade: 
- As vacinas tríplice viral e febre amarela podem ser administradas 
simultaneamente. Porém, se não administradas simultaneamente, deve-se 
respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses, mínimo de 15 dias. 
o Vacinação com dose zero de tríplice viral em crianças de seis a 11 meses 
de idade: 
- Em situação epidemiológica de risco para o sarampo ou a rubéola, a 
vacinação de crianças entre 6 a 11 meses de idade pode ser 
temporariamente indicada, devendo-se administrar a dose zero da vacina 
tríplice viral. A dose zero não é considerada válida para cobertura vacinal 
de rotina. Após a administração da dose zero de tríplice viral, deve-se 
manter o esquema vacinal recomendado no Calendário Nacional de Vacinação. 
- Precauções: pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas 
segundo orientações do manual do CRIE. Mulheres em idade fértil devem evitar 
a gravidez por pelo menos 1 mês após a vacinação. Pessoas comprovadamente 
portadoras de alergia à proteína do leite de vaca (APLV) devem receber a vacina 
tríplice viral de outro fabricante diferente do Serum Institute of India. 
- Contraindicações: a vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes e 
crianças abaixo dos 6 meses de idade, mesmo em situações de surto de sarampo, 
caxumba ou rubéola. Em gestantes vacinadas inadvertidamente com a vacina 
tríplice viral, não interromper a gravidez. Essas gestantes deverão ser 
acompanhadas no pré-natal para identificar possíveis intercorrências. Vale 
ressaltar que, até o momento, os estudos de acompanhamento de vacinação 
inadvertida em gestantes não demonstraram risco aumentado de complicações, 
sendo que a contraindicação é feita como uma precaução por se tratar de vacinas 
contendo vírus vivo atenuado. Pessoas com suspeita de sarampo ou caxumba ou 
rubéola. 
o Bloqueio vacinal dos contatos de casos suspeitos ou confirmados de 
sarampo ou rubéola: 
- Vacinação seletiva mediante avaliação do cartão ou caderneta de vacinação 
de todos os contatos a partir dos seis meses de idade, sendo: 
 Dose zero de tríplice viral em crianças de seis a 11 meses de idade, 
mantendo o esquema recomendado no Calendário Nacional de Vacinação. 
 Vacinação de pessoas de 12 meses a 59 anos de idade de acordo com o 
Calendário Nacional de Vacinação. 
 Indicação de uma dose da vacina tríplice viral em pessoas a partir dos 
60 anos de idade, não vacinadas ou sem comprovante de vacinação para o 
sarampo e a rubéola. 
 
o Vacinação de contatos de casos suspeitos ou confirmados de caxumba: 
- A vacinação dos contatos dos casos suspeitos ou confirmados da doença 
deve ser realizada em conformidade com as indicações do Calendário 
Nacional de Vacinação. 
 
- Esquema: administrar 1 dose aos 15 meses de idade em crianças que já tenham 
recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, subcutânea. 
- Particularidades: crianças não vacinadas oportunamente aos 15 meses de 
idade, poderão ser vacinadas até 4 anos e 11 meses e 29 dias. Em situações 
emergenciais e na indisponibilidade da vacina tetraviral, as vacinas tríplice viral 
(sarampo, caxumba, rubéola - atenuada) e varicela (atenuada) poderão ser 
utilizadas. 
- Vacinação Simultânea: a vacina tetraviral pode ser administrada 
simultaneamente com a maioria das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. 
Entretanto, é importante observar a seguinte situação: 
o Administração simultânea com a vacina febre amarela. 
o Crianças menores de 2 anos de idade: 
- Não administrar simultaneamente as vacinas tetraviral e febre amarela. 
Deve-se respeitar o intervalo de 30 dias entre as vacinas, mínimo de 15 
dias. 
- Em situações de emergência epidemiológica, com a circulação concomitante 
dos vírus da febre amarela e do sarampo ou da caxumba ou da rubéola, as 
duas vacinas poderão ser administradas simultaneamente, considerando a 
relação risco-benefício. Deve-se manter a continuidade do esquema vacinal 
preconizado no Calendário Nacional de Vacinação. 
 
o Crianças a partir de 2 anos de idade: 
- As vacinas tetraviral e febre amarelapodem ser administradas 
simultaneamente. Porém, se não administradas simultaneamente, deve-se 
respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses, mínimo de 15 dias. 
- Contraindicações: 
o Esta vacina é contraindicada para crianças expostas ao HIV. A vacinação 
destas crianças deve ser feita com as vacinas tríplice viral e varicela 
(atenuada). 
- Esquema: administrar uma dose aos 4 anos de idade. Corresponde à segunda 
dose da vacina varicela, considerando a dose de tetraviral aos 15 meses de idade. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5mL via subcutânea. 
- Particularidades: crianças não vacinadas oportunamente aos 4 anos de idade, 
poderão ser vacinadas com até 6 anos 11 meses e 29 dias, incluindo as crianças 
indígenas nessa faixa etária. Indígenas a partir dos 7 anos de idade não 
vacinados ou sem comprovação vacinal, administrar 1 ou duas doses de vacina 
varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor. 
- Trabalhadores da saúde não vacinados devem receber uma ou duas doses de 
vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor. Quando o 
fabricante indicar duas doses, respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses. 
- Vacinação Simultânea: A vacina varicela (atenuada) pode ser administrada 
simultaneamente com as demais vacinas do calendário, incluindo as vacinas 
tríplice viral e febre amarela. Na impossibilidade de realizar vacinação 
simultânea, adotar o intervalo mínimo de 30 dias entre as vacinas, mínimo de 15 
dias. 
- Precauções: Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez por pelo menos 
1 mês após a vacinação. 
- Contraindicações: A vacina varicela é contraindicada para gestantes, crianças 
menores de 9 meses de idade e indivíduos imunodeprimidos ou que apresentaram 
anafilaxia à dose anterior. Em gestantes vacinadas inadvertidamente com a 
vacina varicela, não interromper a gravidez. Essas gestantes deverão ser 
acompanhadas no pré-natal para identificar possíveis intercorrências. 
o Vacinação de contatos de casos suspeitos ou confirmados de varicela 
(catapora): 
- Em situações de surto de varicela em creche, em ambiente hospitalar e em 
áreas indígenas, adotar a seguinte conduta para os contatos de casos da 
doença: 
 Em crianças menores de 9 meses de idade, gestantes e pessoas 
imunodeprimidas, administrara imunoglobulina humana antivaricela até 96 
horas após o contato com o caso; 
 Crianças a partir de 9 meses até 11 meses e 29 dias administrar dose 
zero da vacina varicela (atenuada). Não considerar esta dose como válida 
para a rotina e manter o esquema vacinal aos 15 meses com a tetra viral e 
aos 4 anos com a varicela; 
 Em crianças entre 12 e 14 meses de idade antecipar a dose de tetra 
viral naquelas já vacinadas com a primeira dose (D1) da tríplice viral e 
considerar como dose válida para a rotina de vacinação; 
 Em crianças entre 12 e 14 meses de idade sem a primeira dose (D1) da 
vacina tríplice viral, administrar a D1 de tríplice viral e uma dose de 
varicela. Agendar a dose de tetraviral ou tríplice viral + varicela para os 
15 meses de idade, com intervalo de 30 dias; 
 Crianças entre 15 meses e menores de 7 (sete) anos de idade, vacinar 
conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação; 
 Pessoas a partir de 7 (sete) anos de idade, administrar 1 (uma) dose da 
vacina varicela; e 
 Os surtos de varicela registrados em outros ambientes poderão ser 
atendidos a depender da situação epidemiológica e avaliação de risco 
realizada pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), 
conforme autonomia de cada ente federativo. 
- Preferencialmente, o esquema vacinal deve ser realizado com vacinas do mesmo 
fabricante, porém, quando há indisponibilidade do produto, podem ser utilizadas 
vacinas similares de diferentes laboratórios produtores, sem prejuízo na 
resposta protetora. 
 
- Reforço: indivíduos a partir de 7 anos de idade, com esquema vacinal completo 
(3 doses) para difteria e tétano, administrar 1 dose a cada 10 anos após a última 
dose. Em todos os casos, após completar o esquema primário (DTP, tetra ou 
penta) e reforços. Administrar reforço com a dT a cada 10 anos, após a última 
dose. O esquema vacinal nunca deve ser reiniciado. 
- Em casos de ferimentos graves e comunicantes de casos de difteria, antecipar 
a dose nos casos em que a última dose tenha sido administrada há mais de 5 anos. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5 mL, via intramuscular. 
- Particularidades: criança a partir de 7 anos de idade ou adolescente não 
vacinado ou sem comprovação vacinal para difteria e tétano, administrar 3 doses 
com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias. Criança a partir de 7 
anos ou adolescente com esquema incompleto para difteria e tétano, completar 
esquema de 3 doses, considerando as doses anteriores, com intervalo de 60 dias 
entre doses, mínimo de 30 dias. 
- Na gestante, com objetivo de prevenir o tétano neonatal, a vacina dupla adulto 
(dT) pode ser administrada a partir da comprovação da gravidez, em qualquer 
período gestacional. Completar o esquema vacinal, preferencialmente antes da 
data provável do parto. Verificar o período da gestação e a indicação da vacina 
dTpa a partir da vigésima semana de gestação, considerando que toda gestante 
deve receber pelo menos 1 dose de dTpa durante a gestação e a cada gestação ou 
até 45 dias pós-parto. 
 
- Esquema (Gestante): 1 dose a cada gestação, a partir da vigésima semana de 
gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas 
durante a gestação, administrar 1 dose de dTpa no puerpério, o mais 
precocemente possível e até 45 dias pós-parto. 
- Volume da Dose e Via de Administração: 0,5mL, intramuscular. 
- Particularidades: Gestante NÃO vacinada previamente, administrar 3 doses 
de vacina contendo toxoide tetânico e diftérico com intervalo de 60 dias entre 
as doses. Sendo 2 doses de dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de 
dTpa, a partir da vigésima semana de gestação; Gestante vacinada com 1 dose de 
dT, administrar 1 dose de dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de dTpa 
a partir vigésima semana de gestação com intervalo de 60 dias entre as doses, 
mínimo de 30 dias; Gestante vacinada com 2 doses de dT, administrar 1 dose da 
dTpa a partir vigésima semana de gestação; Gestante vacinada com 3 doses de 
dT, administrar 1 dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação; Mesmo 
com esquema completo (3 doses de dT ou dTpa) e ou reforço com dT ou dTpa, a 
gestante deverá receber sempre 1 dose de dTpa a cada gestação. Se não 
aplicada, oportunamente, durante o período gestacional, a vacina dTpa deve ser 
administrada no puerpério até 45 dias. 
o Profissionais e estagiários da área da saúde e parteiras tradicionais: 
- Segundo o Ministério da Saúde, parteira tradicional é aquela que presta 
assistência ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais, 
sendo reconhecida pela comunidade como parteira. 
- Para fins da vacinação com a dTpa, deverão ser incluídos os estagiários da 
área da saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação 
neonatal (UTI/UCI convencional e UCI Canguru), atendendo recém-
nascidos. Tal justificativa, embasa-se no fato da coqueluche ainda ser uma 
doença de grande importância para a saúde pública, devido ao alto risco de 
vida para os lactentes menores de 1 ano de idade, considerado grupo etário 
com maior morbimortalidade. 
- Nesse contexto, administrar uma dose de dTpa para todos os profissionais 
de saúde, estagiários da área (nas condições acima recomendadas) e 
parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano: 
 Com esquema de vacinação primário completo de dT: 
- Administrar uma dose da dTpa, mesmo que a última dose recebida com 
os componentes difteria e tétano (dT) tenha ocorrido há menos de dez 
anos, observando o intervalo de 60 dias após a última dose administrada. 
Dose de reforço a cada dez anos com dTpa ou a cada 5 anos em caso de 
ferimentos graves. 
 Com esquemade vacinação primário incompleto: 
- Menos de 3 doses com a vacina dT: administrar 1 dose de dTpa e 
completar o esquema com 1 ou 2 doses de dT (dupla adulto), de forma a 
totalizar 3 doses da vacina contendo o componente tetânico. 
- Além dos públicos-alvo supramencionados, a vacina dTpa também está indicada 
para indivíduos transplantados de células tronco-hematopoiéticas (TMO), a 
partir de 4 anos de idade, conforme descrito no Manual dos Centros de 
Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

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