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MOLDAGEM FUNCIONAL: MOLDEIRA INDIVIDUAL Graduado em Odontologia - Universidade Nilton Lins – AM; Especialista em Prótese Dentária – ABCD- AM; Especialista em Implantodontia – Ceproeducar AM; Mestrando em Periodontia – São Leopoldo Mandic – Campinas SP. Prof. Esp. Igor George da Silva Vasconcelos 1 Após o recorte dos modelos de estudo, dá-se início a confecção da moldeira individual para realização da moldagem funcional. Dessa forma, obtém-se um vedamento em toda a periferia da base da prótese, que promove o confinamento de uma película de saliva, gerando a retenção da prótese à mucosa por ação das formas de coesão, adesão e pressão atmosférica. As moldeiras INDIVIDUAIS são aquelas feitas manualmente, geralmente de resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ), sobre um modelo obtido preliminarmente. Portanto ela é especifica para cada individuo, daí seu nome. O principal objetivo do uso da moldeira individual está na determinação dos limites da área chapeável, de acordo com a fisiologia dos elementos anatômicos aí presentes. Área chapeável: É a região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando toda a crista do rebordo alveolar de uma extremidade à outra. MAXILA Freio labial superior (contorna excluindo) Linha do fundo do saco do vestíbulo labial freio labial superior - que é uma das inserções do músculo Bucinador também ser aliviado(contorna excluindo) Linha do fundo do saco do vestíbulo bucal Passa pelo sulco hamular e atinge a região do palato; na porção posterior, Linha entre o palato duro e palato mole a frente das fóveas palatinas e assim por diante pelo lado contrário e pelas mesmas estruturas MANDÍBULA Freio do Lábio Inferior(contorna excluindo) Fundo de saco do vestíbulo labial Freio labial inferior (inserção no Bucinador) (contorna excluindo) Linha do fundo do saco do vestíbulo bucal Linha oblíqua externa Papila piriforme (fica em cima trígono-retro-molar) Linha oblíqua interna ou linha milo-hioidea A importância da delimitação correta é porque a retenção e o conforto da prótese total estão diretamente ligados à extensão da área chapeável. Contornos aquém do limite trarão problemas de retenção pela perda das 04 forças de sustentação (Adesão, coesão, pressão atmosférica e tensão superficial), assim como a sobre extensão, a qual além da quebra das forças causará injúrias aos tecidos moles e musculatura para-protética levando o paciente a lesões Passo a Passo Inicialmente devemos realizar um exame do modelo para determinar a presença de áreas retentivas. Retenções são alterações da superfície do modelo que poderão impedir a remoção da moldeira após sua confecção. Assim, sempre que encontrarmos áreas retentivas, elas deverão ser ALIVIADAS com a deposição de cera rosa no 7, transformando-as em áreas expulsivas O passo seguinte consiste no isolamento do modelo. Ele é necessário para evitar que a resina acrílica penetre nos poros do gesso e impeça a sua remoção. Normalmente o isolamento é feito com um material à base de alginato, denominado Cel-Lac e aplicado com um pincel em camadas. O material, ao secar, forma uma película protetora, evitando a aderência da RAAQ. Os materiais e instrumentais necessários para a construção das moldeiras individuais são: O preparo da RAAQ se faz proporcionando corretamente o monômero e o polímero de acordo com as instruções do fabricante. Para a resina da marca Clássico (normalmente utilizada no laboratório) a proporção é de 3/1, ou seja, três partes de pó para uma de líquido. Coloca-se inicialmente o monômero no pote e a seguir, o polímero. O conteúdo é espatulado até que ocorra a saturação de todo pó́, com uma mistura totalmente homogênea. Em seguida o pote de vidro é imediatamente fechado com tampa para evitar a evaporação do monômero. 13 15 16 Enquanto aguarda-se a fase plástica da resina, sobre o modelo isolado demarcam-se os limites das bordas da moldeira, que deverão ser aproximadamente 2 mm aquém do fórnix do vestíbulo. Para tal, marcaremos com um lápis cópia o fundo do sulco que servirá de referência para o estabelecimento do limite Além disso, também devem ser isoladas as duas placas de vidro e em suas extremidades adaptar um tira de lâmina de cera n° 7 dobrada, que determinará a espessura da moldeira individual (+ ou – 2mm). Ao atingir a fase plástica, ou ligeiramente antes, a resina é removida do pote, manipulada formando uma esfera, colocada sobre uma das placas e com a outra, executar compressão até que haja o contato com as tiras de cera. Após a prensagem a manta será levada sobre o modelo e sutilmente adaptada com pressão digital até seu perfeito assentamento. Os excessos serão recortados com a espátula Le Cron e reservados para a confecção do cabo que deverá ter um tamanho de aproximadamente 1x1cm, posicionado centralmente e com angulação aproximada de 45° para vestibular, sobre a crista do rebordo alveolar O recorte da borda dentro do limite estabelecido (2mm aquém do fórnix do vestíbulo) poderá ser realizado neste momento, recortando a resina no local demarcado com lápis cópia ou, desgastando-se a resina após sua polimerização. Clinicamente, a região posterior da moldeira deverá ser desgastada ao nível da linha do palato duro e mole. Em fase laboratorial, desgasta-se observando uma linha imaginária que passe atrás das tuberosidades palatinas e espinha nasal posterior. A moldeira será finalizada com o lixamento de suas bordas, evitando dessa maneira que quando levada à boca do paciente, não cause ferimentos decorrentes de asperezas Para a confecção das moldeiras individuais inferiores a sequência de construção é a mesma das executadas para as superiores, tendo em mente o recorte da porção lingual. image1.jpg image2.jpeg image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.jpeg image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png media1.mp4 image29.png