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CONTESTAÇÃO - DANOS MORAIS - NPJ IV-1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE FORTALEZA/CE
Processo nº xxxxxx.xx.xxxx.xx.xxx
EMPRESA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ XX.XXX.XXX/XX, estabelecida na rua xxx, nº xx, bairro xxx, na cidade de xxx, CEP: xxxx-xxx, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência apresentar 
CONTESTAÇÃO
em face da ação que o AUTOR, já qualificado nos autos, lhe move uma ação de indenização por danos morais que, nos termos do artigo 335 e seguintes de Código de Processo Civil, pelas razoes de fato e de direito que passa a expor:
1. DOS FATOS 
O Requerente moveu ação em desfavor da empresa Contestante solicitando pagamento de indenização de danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) face à indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes.
Em 18 de abril foi juntado AR de citação, sendo que vieram os autos para Contestação, o que se faz tempestivamente.
Considerando que não seja considerada a preliminar de ilegitimidade passiva, o que se menciona somente a título de debate, cabe à Contestante produzir sua defesa, o que faz alegando que, no momento em que o Requerente manteve contato para saber da dívida, foi informado da pendência.
Tão logo tomou conhecimento da situação do Requerente, a empresa tomou as providências necessárias no sentido de verificar a regularidade do pagamento efetuado erealizar o devido processamento, para que nenhum prejuízo fosse causado ao mesmo.
Diante disto, procedeu à imediata baixa da fatura, para que não constasse mais nenhuma pendência, e promoveu a sustação da solicitação operada ao Serviço de Proteção ao Crédito para que negativasse o nome do requerente (documento anexo).
Diante disto, está claro que nenhum dano moral sofrido pelo Requerente pode ser imputado à Requerida, pois está se cercou de todo o cuidado necessário para barrar prejuízos ao mesmo, agindo de forma totalmente diligente.
Assim, estão refutados todos os frágeis e infundados argumentos suscitados pelo requerente em face desta Contestante.
2. DAS PRELIMINARES
2.1. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
De acordo com o Código Civil, a parte requerida numa ação deve alegar a ausência de legitimidade antes de discutir o mérito da demanda:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Nessa ação em questão, há a ausência de legitimidade da Requerida como polo passivo, pois diante do exposto nas provas que serão anexadas e nos fatos, no momento em que o Requerente manteve contato para saber da dívida, foi informado da pendência.
Desde o momento que tomou conhecimento da situação do Requerente, a empresa tomou as providências necessárias no sentido de verificar a regularidade do pagamento efetuado e realizar o devido processamento, para que nenhum prejuízo fosse causado ao mesmo.
Diante disto, procedeu à imediata baixa da fatura, para que não constasse mais nenhuma pendência, e promoveu a sustação da solicitação operada ao Serviço de Proteção ao Crédito para que negativasse o nome do requerente (documento anexo).
Diante disto, está claro que nenhum dano moral sofrido pelo Requerente pode ser imputado à Requerida, pois está se cercou de todo o cuidado necessário para barrar prejuízos ao mesmo, agindo de forma totalmente diligente.
2.2. DA INEXISTENCIA DO DANO MORAL 
Diante disto dos fatos apresentados na presente peça, fica claro que nenhum dano moral que o Requerente alega ter sofrido pode ser imputado à Requerida, pois está teve todo o cuidado necessário para barrar possíveis prejuízos, agindo de forma totalmente diligente. Assim, estão refutados todos os frágeis e infundados argumentos suscitados pelo Requerente em face desta Contestante.
Portanto não há qualquer motivo para que se caracterize o ato disposto no Art. 186 do Código de Civil, que determina que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
3. DO DIREITO
3.1. DA INEXITENCIA DE DANOS MORAIS 
Narra o Autor que teria sofrido danos morais devido à inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes, e que em decorrência desse dano teria direito a receber uma indenização de danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DEMORA NO CANCELAMENTO DO REGISTRO. PRÉVIA ANOTAÇÃO REGULAR. DANOS MORAIS. NÃO ACOLHIMENTO. RECURSO DESPROVIDO.  1. A presente hipótese consiste em examinar a legitimidade da manutenção do nome do devedor em cadastro de proteção ao crédito e a respectiva possibilidade de reparação dos alegados danos morais. 2. O credor tem o dever de efetuar o cancelamento do registro negativo do nome do devedor após o efetivo ingresso do numerário na esfera de disponibilidade do credor.  3. Em relação à condenação ao pagamento dos danos morais já se encontra consolidado o entendimento segundo o qual, ressalvada a preexistência de inscrição legítima, é possível a condenação, por dano moral, em favor de quem procedeu à indevida anotação do nome da parte nos cadastros de proteção ao crédito. Enunciado nº 385 da Súmula do Colendo Superior Tribunal de Justiça. 4. No presente caso o nome do devedor permaneceu inscrito em cadastro de proteção ao crédito, após o transcurso do prazo de 5 (cinco) dias úteis para a exclusão, em razão de prévia anotação regular promovida por credor diverso do demandado. Por essa razão não está caracterizado o alegado danos moral experimentado pela demandante. 5. Recurso conhecido e desprovido.    
 Portanto, manifesta-se totalmente improcedentes os pedidos requeridos na inicial por ficar evidente a inexistência de qualquer dano moral decorrente da cobrança indevida, visto que a mesma foi corrigida imediatamente após a empresa tomar conhecimento de que tal cobrança não era devida.
3.2. DA INDENIZAÇÃO REQUERIDA
Os danos morais in re ipsa são aqueles que não dependem de comprovação, justamente porque a demonstração da situação que gerou o dano já é suficiente para presumir a existência de um abalo aos direitos individuais da vítima.
O entendimento é ratificado pelo STJ. Vejamos:
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR    DANOS    MORAIS. INSCRIÇÃO    INDEVIDA    EM CADASTRO DEINADIMPLENTES. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM ARBITRADO. VALOR RAZOÁVEL. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
2. O valor arbitrado pelas instâncias ordinárias a título de danos morais somente pode ser revisado em sede de recurso especial quando irrisório ou exorbitante. No caso, o montante fixado em R$ 8.000,00 (oito mil reais) não se mostra exorbitante nem desproporcional aos danos causados à vítima, que teve seu nome inscrito em órgão de proteção ao crédito em razão de cobrança indevida. 3. Agravo interno a que se nega provimento." (AgInt no AREsp 1501927/GO, Rel. ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 12/11/19, DJe 09/12/19.                                                    
Neste ponto, vale destacar uma exceção ao supramencionado. Caso a o cadastro seja irregular, mas o negativado já possua inscrição de dívida legítima nos órgãos de proteção ao crédito, a nova inscrição, mesmo que indevida, não ensejará a condenação por danos morais. Apesar de haver divergência jurisprudencial sobre o tema, o entendimento foi concretizado a partir da súmula 385 do STJ.
Deste modo, diante do exposto, conclui-se que além do pedido relativo à declaração de inexigibilidade do débito, o consumidor pode e deve requerer em juízo a condenação da Ré ao pagamento de danos morais, com exceção da hipótese de cadastro anterior legítimo, conforme mencionado.
Sobretudo, ainda que a Excelência não aceite os fatos articulados pela Requerida e julgue procedente o dano moral, deve-se ponderar que o valor pleiteado pelo Requerente foi majorado absurdamente, sendo logico a redução desse valor para um valormais razoável e conforme o já admitido pelo STJ, que não ultrapasse a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
3.3. DO MÉRITO
A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial que se contrapõe com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos motivos anteriormente citados.
4. DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto, em sede desta CONTESTAÇÃO, requer: 
a) Que seja reconhecida a preliminar de ilegitimidade passiva quanto a Requerida, e atribuída legitimidade passiva ao Serviço de Proteção ao Crédito, julgando a imediata extinção do processo sem resolução de mérito;
b) O acolhimento das preliminares arguidas com a imediata extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 354 e 485 do Código de Processo Civil; 
c) A total improcedência da presente demanda, com a condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil; 
d) Que seja o Autor condenado ao pagamento de todas as custas do processo; 
e) Caso o juízo entenda, que seja definido o valor da causa em R$ 8.000,00 reais (oito mil reais), de acordo com o entendimento do STJ. 
 Nestes termos, pede deferimento.
Fortaleza/ CE, 18 de abril de 2024.
Advogado 
OAB/ UF- XXX
Estagiários:
Marcia Américo de Melo – 202309155532
Rafael Gomes Figueiredo	- 202007309782

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