Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Novembro 2023 Química Inorgânica I (IC677) Prof. Gustavo B. da Silva AULA 9: Introdução à Química do Estado Sólido Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Química Departamento de Química Fundamental Química do estado sólido Materiais inorgânicos cristalinos Síntese Estruturas Propriedades Aplicações pigmentos inorgânicos ligas metálicas sais inorgânicos zeólitas Materiais inorgânicos de grande relevância: Química do estado sólido Materiais inorgânicos cristalinos Síntese Estruturas Propriedades Aplicações Materiais inorgânicos de grande relevância: Diamante Grafite Carbono amorfo Fulerita-C540 Nanotubo de carbonoGrafeno Fulereno-C60Londasleíta Química do estado sólido Materiais inorgânicos cristalinos Síntese Estruturas Propriedades Aplicações Materiais inorgânicos de grande relevância: Núcleos de Au Etapa 1 Etapa 2 Crescimento Crescimento Nanopartículas de ouro Química do estado sólido Materiais inorgânicos cristalinos Síntese Estruturas Propriedades Aplicações Materiais inorgânicos de grande relevância: Nanopartículas de óxido de ferro Por onde começamos o nosso estudo sobre o estado sólido? Estruturas cristalinas Química estrutural Informações sobre a célula uni- tária: • Dimensão; • Posição dos componentes; • Coordenadas atômicas Informações estruturais básicas: • Estado de oxidação formal; • Raios atômico e iônico; • Números de coordenação; • Tipo de ligação. Melhor descrição do estado sólido Por onde começamos o nosso estudo sobre o estado sólido? • Utilização de um modelo de esferas rígidas (cada átomo é representado por uma esfera densa); • A estrutura de diversos sólidos é o resultado do empilhamento compacto dessas esferas como, p. ex., ligas e metais; • Sólidos iônicos podem ser inicialmente estudados com o mesmo empilhamento compacto; • O caráter covalente deve ser levado em consideração pois afeta a estrutura, assim como a eletronegatividade (𝛘). Sólidos cristalinos e amorfos • Sólido cristalino – átomos, íons ou moléculas estão ordenados em arranjos bem definidos. Possuem faces bem definidas e são altamente regulares; Cristanilidade • Ex.: quartzo e Cdiamante. • Sólido amorfo (ou não cristalino) – as partí- culas não têm estrutura regular, ou seja, não possuem faces e for- mas definidas; • Ex.: borracha e vidro. Tipos de sólidos ZnS CaF2 • Formados pela combinação de um metal com baixa energia de ionização (EI) e um ametal com afinidade eletrônica exotérmica e com isso ocorre uma transfe- rência eletrônica à formação de cátions e ânions; • As forças que mantém os íons unidos na estrutura cristalina são as forças eletrostáticas não-direcionais (ligação iônica); • Exemplos: NaCl, CsCl, CaF2, KNO3 e NH4Cl Cristais Iônicos • Formados pelos elementos mais à esquerda da Tabela Periódica: metais. • Os átomos se ionizam formando cátions e elétrons, na qual, a estrutura cristalina metálica é composta pelos cátions e mantida pelos elétrons que se encontram deslocalizados (mar de elétrons ou mar de Fermi). Essa é a base da condutividade dos metais; • Exemplos: Cu, aço Cristais Metálicos • Átomos mantidos por uma rede de ligações covalentes (interações direcionais); Diamante (sp3) Grafite (sp2) • Alótropos do carbono: ambos apresentam uma rede tridimensional, po- rém o diamante é extre- mamente duro, enquan- to o grafite é um exce- lente condutor elétrico; • Exemplos: SiO2, Si, BN, Ppreto. Cristais Covalentes Tipos de sólidos Tabela 1. Tipos de sólidos cristalinos e suas propriedades Célula unitária • O cristal é formado por elementos estruturais que se repetem tridimensional- e regularmente, os quais podem ser átomos, íons ou moléculas; • Célula unitária – menor região imaginária de lados paralelos a partir da qual o cristal inteiro pode ser gerado por deslocamento translacional. • Exemplo: arranjo bidimensional do NaCl Célula unitária preferencial Célula unitária Exercício: Dentre as quatro células unitárias destacadas no retículo cristalino ao lado, indique quais são possíveis e impossíveis. E indique qual a melhor célula unitária. A (triângulo) – impossível; B (losan- go) e C (retângulo) – possíveis; D (hexágono) – possível e a célula unitária preferencial (reflete a simetria global do retículo). Célula unitária • A célula unitária pode ter sua forma e o seu tamanho definidos pelos parâmetros de rede ou parâmetros de célula unitária: a) Comprimentos de célula unitária: a, b e c; b) Ângulos de célula unitária: a, b e g; a b c Ângulos: a = ângulo entre bc b = ângulo entre ac g = ângulo entre ab Célula unitária genérica Redes cristalinas • Rede ou retículo cristalino é o padrão formado por pontos de rede (átomos, íons ou moléculas) que representa a estrutura do sólido e obtidos por simetria translacional Redes cristalinas Redes bidimensionais Redes cristalinas Sistemas cristalinos Redes de Bravais • Uma célula unitária possui uma das sete formas básicas (sete sistemas cristalinos) que são definidos de acordo com a simetria do cristal, • Cada sistema cristalino possui tamanhos de célula e ângulos distintos; • Dos sete sistemas cristalinos surgem as 14 redes de Bravais. Célula cúbica Célula tetragonal Primitivo (P) Corpo centrado (I) Face centrada (F) Redes de Bravais Célula ortorrômbica Célula monoclínica Célula triclínica Célula hexagonal Célula trigonal (romboédrica) Primitivo (P) Corpo centrado (I) Face centrada (F) Base centrada (C) Primitivo (P) Primitivo (P) Formuladas por M. A. Bravais em 1850 Coordenadas atômicas e projeções de células unitárias • A posição de um átomo em uma célula unitária é normal- mente descrita em termos de coordenadas atômicas fracio- nais; • Utilizam-se projeções das célu- las unitárias e suas respectivas coordenadas: (a, b, c) ⇒ (x, y, z), onde: 0 ≤ x, y, z ≤ 1 Coordenadas atômicas e projeções de células unitárias Vista de uma das faces Coordenadas atômicas e projeções de células unitárias Coordenadas atômicas e projeções de células unitárias • Célula unitária cúbica de face centrada (cfc) Solid State Chemistry and its Applications, Second Edition, Student Edition 12 (a) (b) A BNa Na Na Na Cl Cl Cl Cl Cl Cl Na Na Na Na Na Cl Na Na Cl Cl Cl Na Na Cl Cl F C a b c I (c) (d) (e) Figure 1.11 Representation of (a) the NaCl structure in two dimensions by (b) an array of lattice points; (c) face centred, (d) side centred and (e) body centred lattices. same environment and in the same orientation. The section of the NaCl structure shown in Fig. 1.11(a) may be represented by an array of points (b); each point represents one Na and one Cl but whether the point is located at Na, at Cl, or in between is irrelevant. The unit cell is constructed by linking the lattice points; two ways of doing this, A and B, are shown in Fig. 1.11(b). A cell such as B which has lattice points only at the corners is primitive, P, whereas a cell such as A which has additional lattice points is centred. Several types of centred lattice are possible. The face centred lattice, F, contains additional lattice points in the centre of each face [Fig. 1.11(c)]. An example of a face centred cubic, fcc, structure is Cu metal. A side centred lattice contains extra lattice points on only one pair of opposite faces. It is labelled a C-centred lattice if the extra lattice points are on the ab face of the unit cell, as in (d). Similarly, an A-centred lattice has lattice points on the bc face. A body centred lattice, I, has an extra lattice point at the body centre (e). α-Iron is body centred cubic, bcc, because it has a cubic unit cell with Fe atoms at the corner and body centre positions. CsCl is also cubic with Cs at corners and Cl at the body centre (or vice versa), but it is primitive, P. This is because, for a lattice to be body centred, the atom or group of atoms located at or near the corner must be identical with those at or near the body centre. In the simplest cases ofmonatomic metals such as Cu and α-Fe, mentioned above, the arrangement of metal atoms in the structure is simply the same as the arrangement of lattice points. In more complex structures such as NaCl, the lattice point represents an ion pair. This is still a very simple example, however, and in most inorganic structures the lattice point represents a considerable number of atoms. In crystals of organic molecules such as proteins, the lattice point represents an entire protein molecule. Obviously the lattice point gives no information whatsoever as to the atoms and their arrangements which it represents; what the lattice does show is how these species are packed together in 3D. The combination of crystal system and lattice type gives the Bravais lattice of a structure. There are 14 possible Bravais lattices. They are given in Table 1.1, and shown in Fig. 1.12, by combining crystal system, col- umn 1, and lattice type, column 4. For example, P-monoclinic, C-centred monoclinic and P-triclinic are three Coordenadas atômicas e projeções de células unitárias • Célula do SiS2 Ocupação das células unitárias • Retículo cúbico simples: célula cúbica primitiva Arranjo cúbico (quadrado) ü Camada de esferas bidimensional: átomo central (esfera) está em contato com outros quatro átomos adjacentes (esferas) à número de coordenação (N.C.) igual a 4. ü Número de coordenação (N.C.) – no de esferas em contato com uma esferas analisada. ü Célula unitárias quadrada que contém somente ¼ de cada esfera dentro da célula. ü Portanto, o número de pontos de rede dentro da célula é igual a 1: ¼ x 4 esferas = 1 esfera Ocupação das células unitárias • Retículo cúbico simples: célula cúbica primitiva ü Empilhando outra camada de esferas diretamente acima e alinhada com a primeira camada: formamos um retículo cúbico simples ou célula cúbica primitiva; ü O número de coordenação (N.C.) = 6; ü Há 8 esferas nos vértices do cubo em que somente 1/8 de cada esfera se encontra dentro da célula unitária. Portanto, o número de pontos de rede dentro da célula é igual a 1: 1/8 x 8 esferas = 1 esfera 1 2 3 5 4 6 Célula cúbico primitiva Redes de Bravais e pontos de rede Um ponto de rede Dois pontos de rede Quatro pontos de rede Redes de Bravais e pontos de rede Tabela 5. Contribuição dos pontos de rede na célula unitária
Compartilhar