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Unisa – Campus Guarulhos Regulação Orgânica II Fisiologia Renal Exercício de Verificação de Aprendizagem em Fisiologia Renal: Mecanismo de Concentração de Urina: a. Explique o papel da alça de Henle na concentração de urina. ● A alça de Henle é composta por três segmentos de função distinta – o segmento descendente delgado, o segmento ascendente delgado e o segmento ascendente espesso. ● A porção descendente do segmento delgado é altamente permeável à água e moderadamente permeável à maioria dos solutos, incluindo ureia e sódio. A função desse segmento do néfron é, principalmente, permitir a simples difusão de substâncias através de suas paredes. Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na alça de Henle, sendo que quase toda essa reabsorção ocorre no segmento descendente delgado. ● O segmento ascendente, tanto sua porção delgada quanto a espessa, é praticamente impermeável à água, uma característica importante para a concentração da urina. O segmento espesso da alça de Henle, que se inicia na metade superior do segmento ascendente, possui células epiteliais espessas com alta atividade metabólica, capazes de reabsorver ativamente sódio, cloreto e potássio. Aproximadamente 25% da carga filtrada de sódio, cloreto e potássio é reabsorvida na alça de Henle, principalmente em seu segmento ascendente espesso. Quantidades consideráveis de outros íons, como cálcio, bicarbonato e magnésio, também sofrem reabsorção nesse segmento da alça de Henle. ● A capacidade de reabsorção de segmento ascendente delgado é muito menor comparada ao espesso, não ocorrendo reabsorção significativa de nenhum desses solutos nesta região. ● O segmento ascendente espesso da alça de Henle é praticamente impermeável à água. Portanto, a maior parte da água que chega até esse segmento permanece no túbulo, mesmo diante da reabsorção de grandes quantidades de soluto. O líquido tubular do segmento ascendente torna-se muito diluído à medida que flui em direção ao túbulo distal, uma importante característica para permitir que os rins concentrem ou diluam a urina sob diferentes condições. b. Descreva o papel dos canais de água aquaporinas nas células tubulares renais durante a concentração de urina. No túbulo proximal e segmento descendente da alça de Henle, a permeabilidade à água sempre é alta e ela sempre é altamente reabsorvida até atingir o equilíbrio osmótico com o líquido intersticial circunjacente. Essa alta permeabilidade se deve à abundante expressão do canal de água aquaporina-1 (AQP-1) nas membranas apical e basolateral. No segmento ascendente da alça de Henle, a permeabilidade à água sempre é baixa, ou seja, quase nenhuma água é reabsorvida apesar do alto gradiente osmótico. Já a permeabilidade nas porções distais dos túbulos – túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores – ocorre através das aquaporinas, podendo ser alta ou baixa, dependendo da presença ou ausência de ADH. Regulação do Equilíbrio Ácido-Base: a. Explique como os rins mantêm o equilíbrio ácido-base no corpo. ● Os rins controlam o equilíbrio acidobásico por meio da excreção de urina ácida ou básica. A excreção de urina ácida reduz a quantidade de ácidos no líquido extracelular, enquanto a excreção de urina básica remove bases do líquido extracelular. ● Grandes quantidades de HCO3– são filtradas continuamente para os túbulos e, se forem excretadas na urina, removerão bases do sangue. Grandes quantidades de H+ também são secretadas no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, removendo ácidos do sangue. ● Se ocorrer maior secreção de H+ do que filtração de HCO3–, haverá perda resultante de ácidos do líquido extracelular. Da mesma forma, se ocorrer maior filtração de HCO3– do que secreção de H+, haverá perda resultante de bases. ● Tanto a reabsorção de HCO3– quanto a excreção de H+ são realizadas por meio do processo de secreção de H+ pelos túbulos. Visto que o HCO3– necessita reagir com um H+ secretado para formar H2CO3 antes de ser reabsorvido. ● Quando ocorre redução da concentração de H+ do líquido extracelular (alcalose), os rins normalmente secretam menos H+ e deixam de reabsorver todo o HCO3– filtrado, o que aumenta a excreção de HCO3–. ● Já na acidose, os rins secretam H+ adicional e não excretam HCO3– na urina, reabsorvendo todo o HCO3– filtrado e produzindo novo HCO3–, que é devolvido ao líquido extracelular. Essa ação diminui a concentração de H+ do líquido extracelular em direção ao normal. ● Portanto, os rins regulam a concentração de H+ do líquido extracelular por meio de três mecanismos fundamentais: (1) secreção de H+; (2) reabsorção do HCO3– filtrado; e (3) produção de novo HCO3–. b. Descreva o papel dos túbulos renais na excreção de íons H+ e HCO3- para regular o pH sanguíneo. ● A secreção do íon H+ e a reabsorção do íon HCO3– ocorrem em praticamente todas as partes dos túbulos, exceto nos segmentos delgados ascendente e descendente da alça de Henle. ● Aproximadamente 80 a 90% da reabsorção de HCO3– (e secreção de H+) ocorrem no túbulo proximal, de forma que somente uma pequena quantidade de HCO3– flui para os túbulos distais e ductos coletores. ● No túbulo proximal, assim como no segmento ascendente espesso da alça de Henle e na porção inicial do túbulo distal, a secreção de H+ ocorre por meio da proteína contratransportadora sódio-hidrogênio. Essa proteína realiza o transporte ativo secundário, trocando Na+ absorvido para dentro da célula por H+ secretado para o lúmen tubular. ● Além disso, o HCO3- filtrado reage com o H+ no lúmen tubular para formar H2CO3, que se decompõe em CO2 e H2O. O CO2, por ser uma molécula pequena e apolar, atravessa livremente as membranas celulares, permitindo que o processo continue. ● Nas células intercaladas, localizadas na porção final do túbulo distal e no túbulo coletor, o íon H+ é secretado para o lúmen tubular por transporte ativo primário, impulsionado pela ATPase de hidrogênio. Em condições normais, os túbulos renais secretam H+ suficiente para reabsorver quase todo o HCO3- filtrado e também para eliminar o excesso de H+ na forma de NH4+ ou outros ácidos. ● Esses processos ajudam a manter o equilíbrio ácido-básico do corpo, garantindo que o pH do sangue permaneça dentro de uma faixa saudável. Controle da Pressão Sanguínea: a. Como os rins contribuem para a regulação da pressão sanguínea? Os rins contribuem para a regulação da pressão sanguínea através do sistema renina-angiotensina- aldosterona, controle da natriurese (excreção de sódio) e da diurese (excreção de água). b. Explique a relação entre o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e a regulação da pressão arterial pelos rins. ● Além da capacidade renal de controlar a pressão arterial por meio de alterações no volume de líquido extracelular, os rins também possuem outro potente mecanismo de controle, o sistema renina-angiotensina. ● A renina é liberada pelos rins quando a pressão arterial cai muito. ● A renina é sintetizada e armazenada nas células justaglomerulares (células JG) dos rins. ● Quando a pressão arterial cai, as células JG liberam renina por meio de pelo menos três mecanismos principais: 1. Os barorreceptores sensíveis à pressão nas células JG respondem à diminuição da pressão arterial com o aumento da liberação de renina. 2. A diminuição da oferta de cloreto de sódio para as células da mácula densa no início do túbulo distal estimula a liberação de renina. 3. O aumento da atividade do sistema nervoso simpático estimula a liberação de renina ao ativar os receptores beta-adrenérgicos nas células JG. ● A renina atua enzimaticamente sobre outra proteína plasmática > angiotensinogênio, para liberar a angiotensina I. ● A angiotensina I tem algumas propriedades vasoconstritoras, mas não fortes o suficiente para provocar alterações significativas na função circulatória. ● A renina persiste no sangue por 30 a 60 minutos e continua a provocar a formação de quantidades adicionais de angiotensina I durante todo o período.● Angiotensina I > angiotensina II. Essa conversão ocorre em grande parte nos pulmões por uma enzima chamada enzima conversora de angiotensina (ECA), presente no endotélio da vasculatura pulmonar. Outros tecidos, como os rins e os vasos sanguíneos, também contêm ECA e, portanto, conseguem formar a angiotensina II localmente. ● A angiotensina II é um vasoconstritor extremamente potente. Dois mecanismos: ● O primeiro, a vasoconstrição em muitas áreas do corpo, ocorre rapidamente. A constrição das arteríolas aumenta a resistência vascular periférica total, elevando a pressão arterial. ● O segundo meio principal pelo qual a angiotensina II aumenta a pressão arterial é pela diminuição da excreção de sal e água pelos rins, devido tanto à estimulação da secreção de aldosterona, como de efeitos diretos. ● A retenção de sal e água pelos rins aumenta lentamente o volume de líquido extracelular, que então aumenta a pressão arterial durante as horas e os dias subsequentes. Função do Néfron: a. Descreva a função de cada parte do néfron: corpúsculo renal, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor. ● Corpúsculo renal: Composto pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman, é onde ocorre a filtração do sangue. A pressão sanguínea força a água e a maioria dos solutos no plasma sanguíneo através da parede dos vasos capilares glomerulares, formando o filtrado glomerular. ● Túbulo proximal: É responsável pela reabsorção de substâncias úteis como água, glicose, aminoácidos, vitaminas e a maior parte dos sais do filtrado glomerular, que retornam ao sangue. ● Alça de Henle: Tem um papel importante na concentração da urina. O segmento descendente é permeável à água, permitindo sua reabsorção, enquanto o segmento ascendente é impermeável à água e ativamente transporta íons para fora do lúmen tubular. ● Túbulo distal: Continua o processo de reabsorção e inicia a secreção de substâncias para o filtrado. Também ajusta a composição da urina antes de ser excretada. ● Ducto coletor: Conduz a urina finalizada até o ureter. Durante o trajeto pelo ducto coletor, ainda pode ocorrer mais reabsorção de água e íons, dependendo das necessidades do corpo. b. Explique como os diferentes segmentos do néfron contribuem para a formação da urina final. Os diferentes segmentos do néfron trabalham juntos em um processo coordenado para formar a urina final. Aqui está como cada segmento contribui: 1. Corpúsculo renal: A filtração glomerular ocorre aqui, onde a pressão sanguínea força a água e solutos pequenos do plasma sanguíneo através dos capilares glomerulares para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular. 2. Túbulo proximal: Este segmento reabsorve a maior parte da água, íons, glicose e aminoácidos do filtrado glomerular de volta para o sangue. Também é onde ocorre a secreção de substâncias como íons H+ e compostos orgânicos. 3. Alça de Henle: A alça desce para a medula renal e retorna ao córtex. O segmento descendente é permeável à água, que é reabsorvida pelo interstício hipertônico. O segmento ascendente é impermeável à água e ativamente transporta íons para fora do filtrado, contribuindo para a concentração da urina. 4. Túbulo distal: Continua a reabsorção de água e íons e a secreção de substâncias indesejadas. A composição da urina é finamente ajustada aqui, com a ajuda de hormônios como a aldosterona, que aumenta a reabsorção de sódio. 5. Ducto coletor: A urina passa por este ducto antes de ser conduzida para o ureter. O ducto coletor finaliza a concentração da urina, reabsorvendo mais água sob a influência do hormônio antidiurético (ADH) e ajustando a reabsorção ou secreção de íons para manter o equilíbrio eletrolítico e o pH do sangue. Processo de Filtração Glomerular: a. Explique o que é filtração glomerular e onde ela ocorre no rim. A filtração glomerular ocorre nos rins, mais especificamente no corpúsculo renal, que é composto pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. Durante a filtração glomerular, a pressão sanguínea força a água e solutos pequenos do plasma sanguíneo através dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular. Este processo é seletivo e eficiente, permitindo que substâncias como água, íons, glicose e aminoácidos passem para o filtrado, enquanto proteínas maiores e células sanguíneas são retidas no sangue b. Quais são os fatores que influenciam na taxa de filtração glomerular? ● Alteração da resistência renal: comprimir ou relaxar o vaso. Exemplo: alta resistência da arteríola aferente - redução da TFG. ● Pressão hidrostática glomerular: É a pressão do sangue dentro dos capilares glomerulares. Um aumento nesta pressão eleva a TFG, enquanto uma diminuição a reduz. ● Pressão coloidosmótica dos capilares glomerulares: Refere-se à pressão exercida pelas proteínas plasmáticas. Se essa pressão aumenta, pode contrabalançar a pressão hidrostática e diminuir a TFG. ● Resposta miogênica: As arteríolas aferentes e eferentes dos rins podem se contrair ou relaxar em resposta a mudanças na pressão arterial, afetando assim a TFG. ● Feedback túbulo-glomerular: O mecanismo de feedback entre o túbulo distal e o glomérulo que ajusta a TFG para evitar a sobrecarga ou subutilização do néfron. ● Hormônios e autacóides: Substâncias como norepinefrina, epinefrina e endotelina podem diminuir a TFG ao provocar a constrição dos vasos sanguíneos renais. Desordens Renais: a. Descreva as causas e os sintomas da insuficiência renal aguda. Causas: Desidratação grave; Choque hipovolêmico (perda de grande volume de sangue ou fluido); Choque distributivo (como na sepse); Obstrução das artérias renais; Obstrução pós-renal da bexiga, ureteres ou uretra; Pedras nos rins; Lesão renal direta, que compromete o fluxo sanguíneo renal; Hemorragias ou queimaduras graves. Sintomas: Diminuição da produção de urina; Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés; Cansaço excessivo; Falta de ar; Náuseas ou vômitos; Confusão mental; Arritmias cardíacas. b. Como a insuficiência renal crônica difere da insuficiência renal aguda em termos de causa e progressão? ● A insuficiência renal crônica (IRC) e a insuficiência renal aguda (IRA) diferem principalmente em termos de causa, progressão e reversibilidade: ● Insuficiência Renal Crônica (IRC): É caracterizada por uma perda lenta, progressiva e geralmente irreversível da função renal. As causas comuns incluem doenças de longo prazo como diabetes, hipertensão arterial e glomerulonefrite crônica. A IRC pode levar meses ou anos para se desenvolver e muitas vezes é detectada em estágios avançados devido à natureza gradual da doença. ● Insuficiência Renal Aguda (IRA): Ocorre quando há uma perda súbita e rápida da função renal. Pode ser causada por eventos agudos como choque, desidratação grave, obstrução do trato urinário ou danos diretos aos rins por toxinas ou medicamentos. A IRA pode se desenvolver em questão de horas ou dias e, ao contrário da IRC, muitas vezes é reversível se a causa subjacente for tratada rapidamente. Regulação do Volume e Composição do Sangue: a. Como os rins contribuem para a regulação do volume sanguíneo? ● Filtragem e Reabsorção: Diariamente, os rins filtram cerca de 180 litros de plasma, mas reabsorvem aproximadamente 99% desse volume, permitindo que apenas cerca de 1 a 2 litros de urina sejam excretados. ● Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA): Quando a pressão arterial cai, os rins secretam renina, que inicia uma cascata de reações resultando na formação de angiotensina II, um potente vasoconstritor. A angiotensina II também estimula a liberação de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água, aumentando o volume sanguíneo e, por consequência, a pressão arterial. ● Natriurese e Diurese: Os rins podem ajustar a excreção de sódio e água para aumentar ou diminuir o volume sanguíneo. Se a pressão arterial está alta, os rins excretam mais sódio e água, reduzindo o volume sanguíneo e a pressão.Se a pressão arterial está baixa, os rins reabsorvem mais sódio e água, aumentando o volume sanguíneo e elevando a pressão. ● Hormônio Antidiurético (ADH): Em resposta à desidratação ou alta osmolalidade sanguínea, o ADH é liberado, promovendo a reabsorção de água nos túbulos renais, o que contribui para o aumento do volume sanguíneo. b. Explique como os rins regulam os níveis de eletrólitos, como sódio, potássio e cálcio, no sangue. ● Sódio (Na+): Os rins filtram o sódio do sangue e reabsorvem a quantidade necessária para manter o equilíbrio eletrolítico. A quantidade de sódio reabsorvida ou excretada é ajustada por hormônios como a aldosterona, que aumenta a reabsorção de sódio, e o peptídeo natriurético atrial, que promove a excreção de sódio. ● Potássio (K+): O potássio é filtrado pelos rins e uma grande parte é reabsorvida no túbulo proximal e na alça de Henle. A regulação fina da excreção de potássio ocorre no túbulo distal e no ducto coletor, onde pode ser secretado ou reabsorvido dependendo das necessidades do corpo. ● Cálcio (Ca2+): O cálcio é filtrado e reabsorvido nos rins. A reabsorção de cálcio é influenciada pela vitamina D e pelo PTH, que aumentam a reabsorção de cálcio quando necessário para manter os níveis adequados no sangue. Reabsorção Tubular: a. O que é reabsorção tubular e onde ela ocorre no néfron? A reabsorção tubular é um processo pelo qual os néfrons dos rins recuperam água e moléculas essenciais do filtrado glomerular e os devolvem à circulação sanguínea. Esse processo ocorre principalmente no túbulo proximal do néfron, onde substâncias como aminoácidos, glicose, uréia, sódio e água são reabsorvidas. Além disso, a reabsorção também acontece em outras partes do néfron, como na alça de Henle, no túbulo contorcido distal e no ducto coletor, mas o túbulo proximal é onde a maior parte da reabsorção ocorre. b. Descreva os mecanismos pelos quais os túbulos renais reabsorvem glicose, sódio e água de volta para a corrente sanguínea. ● Glicose: A reabsorção de glicose ocorre principalmente no túbulo contorcido proximal através de co-transportadores denominados "Sodium Glucose Transporters" (SGLTs), que utilizam o gradiente de sódio gerado pela bomba Na+/K+ - ATPase para transportar glicose contra o seu gradiente de concentração. ● Sódio: A reabsorção de sódio é um processo ativo que ocorre em todos os segmentos do néfron. A bomba Na+/K+ - ATPase na membrana basolateral das células tubulares mantém uma baixa concentração intracelular de sódio, permitindo a reabsorção de sódio do filtrado glomerular. Além disso, existem cotransportadores e canais de sódio na membrana apical que facilitam a entrada de sódio na célula. ● Água: A reabsorção de água ocorre por osmose, seguindo o gradiente osmótico criado pela reabsorção ativa de solutos, principalmente sódio. No túbulo contorcido distal e no ducto coletor, a permeabilidade à água é regulada pelo hormônio antidiurético (ADH), que aumenta a reabsorção de água de volta para a corrente sanguínea. Doença Renal Crônica (DRC): a. Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica? DM, HAS, idade avançada, obesidade, doenças cardiovasculares, histórico familiar, tabagismo, uso prolongado de medicamentos nefrotóxicos. b. Explique como a DRC pode afetar o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base no corpo. Equilíbrio Hidroeletrolítico: Na DRC, os rins perdem a capacidade de filtrar e reabsorver eletrólitos adequadamente, levando a desequilíbrios como hipercalemia (excesso de potássio) e hiponatremia (baixo nível de sódio). Além disso, a retenção de líquidos pode ocorrer, resultando em edema e hipertensão. Equilíbrio Ácido-Base: Os rins ajudam a manter o pH sanguíneo ao excretar íons hidrogênio (H+) e reabsorver bicarbonato (HCO3-). Na DRC, essa função é comprometida, o que pode levar à acidose metabólica. Essas alterações podem ter várias consequências, como distúrbios cardíacos, ósseos e musculares, e exigem manejo cuidadoso para evitar complicações graves. Regulação da Osmolaridade: a. Como os rins mantêm a osmolaridade do corpo dentro de limites estreitos? Os rins mantêm a osmolaridade do corpo dentro de limites estreitos por meio de um equilíbrio preciso entre a reabsorção e excreção de água e solutos. ● Filtragem glomerular ● Reabsorção seletiva ● Alça de Henle: A parte descendente da alça é permeável à água, permitindo sua reabsorção, o que aumenta a osmolaridade do fluido tubular. A parte ascendente é impermeável à água e ativamente transporta íons para fora do lúmen, contribuindo para a geração de um gradiente osmótico na medula renal. ● Regulação Hormonal: O hormônio antidiurético (ADH) é liberado em resposta a um aumento na osmolaridade plasmática. O ADH aumenta a permeabilidade das células tubulares dos rins à água, promovendo maior reabsorção de água e produzindo uma urina mais concentrada, o que ajuda a reduzir a osmolaridade do plasma. ● Feedback Sensível à Osmolaridade: Os osmorreceptores no hipotálamo monitoram a osmolaridade do plasma. Quando detectam um aumento, desencadeiam a liberação de ADH; quando detectam uma diminuição, reduzem a liberação de ADH. b. Explique o papel do hormônio antidiurético (ADH) na regulação da osmolaridade e do volume de água corporal. Quando ocorre o estímulo para produção de ADH pelo hipotálamo e secreção pela neuro-hipófise, o ADH chega até os túbulos renais para desempenhar sua ação. Ao chegar nos túbulos distais finais e túbulos coletores, ele se liga ao receptor V2. Essa ligação promove uma sequência de eventos no interior das células, que compõem os túbulos, a fim de expor as aquaporinas, proteínas que são canais de água, na membrana luminal. Essa membrana na ausência de ADH é impermeável, pois as aquaporinas estão “guardadas” em vesículas no interior das células. Na presença do ADH, a membrana luminal se torna permeável à água, e com isso ocorre reabsorção de água, ou seja, a água é reabsorvida para o sangue. Sendo assim, uma menor quantidade de líquido é excretada na urina, pois houve a reabsorção. Quando o efeito do ADH acaba, as aquaporinas retornam para o interior das células, e a membrana luminal torna-se novamente impermeável.