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Fontes Alternativas de Energia Aluno: Luiz Felipe Monteiro Mattos Matrícula:1-1813545 Vitória 2022 Principais fontes de geração de energia elétrica Entre as diversas formas de energia, a elétrica é a grandeza fundamental para a existência e manutenção da vida nos dias de hoje. Quase que a totalidade das nossas atividades diárias envolve energia elétrica. As fontes de geração de energia podem ser classificadas em Primárias e Secundárias, as energias em Renováveis ou não Renováveis. Segue abaixo definição e exemplos de cada uma delas. Fontes Primárias - São originadas das riquezas encontradas na natureza em estado bruto, que podem ser aproveitadas economicamente. Essas fontes primárias são convertidas em energias secundárias em centros de transformação. São exemplos dessa fonte – a água, o sol, o vento, o petróleo, o carvão, o urânio dentre outros. Energias Renováveis - São aquelas que se regeneram espontaneamente ou através da intervenção humana. São consideradas energias limpas: Hidrelétrica - obtida pela força da água dos rios. Solar - obtida da energia do sol Eólica - obtida pela força dos ventos Geotérmica - provém do calor do interior da terra Biomassa - obtida de matérias orgânicas. Oceanos - obtida pela força das ondas – Maré Motriz Hidrogênio - provém da reação entre hidrogênio e oxigênio que libera energia Energias Não Renováveis - São aquelas que se encontram na natureza em grandes quantidades, mas uma vez esgotadas não podem ser regeneradas. Têm reservas finitas, uma vez que é necessário muito tempo para sua formação na natureza. São consideradas energias poluentes, já que sua utilização causa danos para a natureza. Os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão mineral, o xisto e o gás natural, bem como aqueles usados como matéria-prima para produzir a energia nuclear, o urânio e o tório são exemplos de fontes de energia não renováveis. Sistema de geração no Brasil A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta o setor elétrico brasileiro por meio das Leis e Decretos. Através dos dados disponibilizados no site, podemos inferir que a Matriz Elétrica Brasileira é composta pelas energias CGH (Central Geradora Hidrelétrica), EOL (Central Geradora Eólica), PCH (Pequena Central Hidrelétrica), UFV (Central Geradora Solar Fotovoltaica), UHE (Usina Hidrelétrica), UTE (Usina Termelétrica) e UTN (Usina Termonuclear). Na liderança de empreendimentos com construção não iniciada encontra-se a UFV (Central Geradora Solar Fotovoltaica). A energia eólica está atualmente em destaque, representando 35,89% das matrizes em construção no Brasil. Dos empreendimentos em operação, sobressai-se a UHE (Usina Hidrelétrica) com 54,24%. A análise dos dados da matriz por origem do combustível indica que a maior fonte geradora de energia elétrica no Brasil é a hídrica (57,65%), seguida da fóssil, eólica, biomassa, solar e nuclear, respectivamente. Na matriz por tipo e combustível final podemos observar que o Estado do Pará apresenta o maior potencial hídrico, seguido do Paraná e São Paulo, respectivamente. O Rio Grande do Norte vem se destacando na cinética dos ventos e o Rio de Janeiro no gás natural. A comparação entre a matriz renovável e não renovável demonstra superioridade na elevada utilização dos recursos renováveis (83,14%) contra 16,86% dos recursos não renováveis. A partir das análises desses dados podemos inferir que a principal fonte geradora de energia elétrica brasileira é a hídrica, com destaque para a região norte, sul e sudeste onde podemos encontrar volumosos rios. A energia eólica encontra se em expansão no nordeste, aproveitando o grande potencial eólico da região. A busca por recursos renováveis vem ganhando destaque no Brasil em uma provável busca pela redução dos impactos ambientais e busca pela sustentabilidade do setor. Energia Geotérmica e Usinas Geotérmicas A energia geotérmica é oriunda do calor proveniente do interior da Terra e surge na tentativa de produzir-se energia elétrica de forma mais limpa e em quantidades cada vez maiores. Nessa energia foi desenvolvido um modo de usufruir do calor para a geração de eletricidade, de forma que esse processo pode ocorrer de duas maneiras diferentes, direta e indiretamente. A geotermia é armazenada como calor sensível ou latente, convertida em energia mecânica e posteriormente em energia elétrica, com grande diversidade de aplicações. Métodos avançados de perfuração encontram-se em desenvolvimento, visando aumentar a exploração dessa fonte e reduzir os custos provenientes das perdas de maquinários. Com esses adventos, as fontes geotermais poderão competir nos mercados globais de energia, atualmente controlados pela utilização de combustíveis fósseis de baixo custo e em larga escala. Em comparação com outras fontes renováveis, o calor geotérmico é vantajoso, uma vez que está disponível diariamente e em todas as estações do ano. Este fato torna a energia geotérmica uma opção atraente para fornecimento de energia sustentável. Somado a esta ideia, corrobora o fato da energia geotérmica ser considerada uma forma limpa e ecológica de energia, ao permitir a geração e a venda de eletricidade com baixa emissão de poluentes nocivos na atmosfera. O hidrogênio e as células a combustível Desde o final da década de 70 vem sendo realizadas algumas atividades na área de células a combustível no Brasil. Várias instituições, como a Universidade Federal do Ceará; a Universidade Federal do Rio de Janeiro; o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo e o grupo de Eletroquímica de São Carlos (USP). O hidrogênio pode ser produzido através da água e da eletricidade. Quando queimado com oxigênio, o hidrogênio não gera poluente: libera somente água, que pode facilmente ser retornada para a natureza. Contudo, há alguns problemas: o hidrogênio não é encontrado livremente na natureza. É necessário que se realizem algumas transformações químicas para que, consequentemente, se consiga o hidrogênio como elemento final; e há o problema de logística, uma vez que é preciso pensar numa forma viável de armazenamento e distribuição do hidrogênio. A célula a combustível é uma tecnologia que utiliza a combinação química dos gases oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) para gerar energia elétrica e térmica, sendo seu resíduo principal a eliminação de água. São, em princípio, baterias de funcionamento contínuo, que produzem corrente contínua pela combustão eletroquímica a frio de um combustível gasoso. Assim, hidrogênio é oxidado a prótons num eletrodo de difusão gasosa, liberando elétrons. No eletrodo oposto, também de difusão gasosa, considerando-se as células a membrana trocadora de prótons. A reação global, que é acompanhada de liberação de calor. Podemos comparar uma célula de combustível a um sanduíche: ela é dividida em fatias, onde cada fatia tem uma função. Os eletrodos constituem duas destas fatias. São porosos para que possa ocorrer a passagem dos gases até a fatia do meio, o eletrólito. A utilização da célula pode ser aplicada em motores de carro e trazer benefícios para o condutor do carro, como: produz baixo impacto ambiental, sem vibrações, sem ruídos, sem combustão, sem emissão de particulados e, dependendo da tecnologia, sem emissão de gases de efeito estufa. Além disso, no atual estágio de desenvolvimento, não há emissão de gases ácidos, com baixa poluição. Atualmente, o desenvolvimento de células procura a não dependência das mesmas de gases puros para o combustível, mas sim de, por exemplo, gás natural ou mesmo metanol. Por sua vez, para o agente oxidante, o uso de ar atmosférico é preferível a oxigênio puro.Energia solar e painéis solares O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 5,445 1024 joules ou 1,5125 1018 kWh de energia. Trata-se de um valor considerável comparado, por exemplo, com o total de energia produzido em 1970 por todos os sistemas desenvolvidos pelo homem, que foi igual a 2 1020 joules ou 0,004% da energia recebida do Sol. Ao longo do século, uma atenção crescente está sendo dada ao estudo das possibilidades de aproveitamento desta forma de energia. Isto requer um conhecimento detalhado da mesma, de quanta energia está realmente disponível e em que frequência e comprimento de onda. A energia solar pode ser convertida diretamente em eletricidade utilizando-se das tecnologias de células fotovoltaicas. É vista como uma tecnologia do futuro, visto que se utiliza uma fonte limpa e inesgotável que é o Sol. No atual estado da arte desta tecnologia, ela só encontra viabilidade econômica em aplicações de pequeno porte em sistemas rurais isolados (Iluminação, bombeamento de água etc), serviços profissionais (retransmissores de sinais, aplicações marítimas) e produtos de consumo (relógio, calculadoras). Porém, sabe-se que o mercado fotovoltaico é ainda uma fração do que poderia ser, visto que existe uma parcela significativa da população mundial, cerca de 1 bilhão de habitantes ou aproximadamente 20% da população mundial, localizadas principalmente nas áreas rurais, que não têm acesso a eletricidade . A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade através do efeito fotovoltaico. Existem na natureza materiais classificados como semicondutores, que se caracterizam por possuírem uma banda de valência totalmente preenchida por elétrons e uma banda de condução totalmente vazia à temperaturas muito baixas. A separação entre as duas bandas de energia permitida nos semicondutores (gap de energia) é da ordem de 1eV, o que os diferencia dos isolantes onde o gap é de vários eVs. Isto faz com que os semicondutores apresentem várias características interessantes. Uma delas é o aumento de sua condutividade com a temperatura, devido à excitação térmica de portadores da banda de valência para a banda de condução. Uma propriedade fundamental para as células fotovoltaicas é a possibilidade de fótons, na faixa do visível, com energia superior ao gap do material, excitarem elétrons à banda de condução. Este efeito, que pode ser observado em semicondutores puros, também chamados de intrínsecos, não garante por si só o funcionamento de células fotovoltaicas. Para obtê-las é necessária uma estrutura apropriada para que os elétrons excitados possam ser coletados, gerando uma corrente útil. Energia Eólica E Turbinas Eólicas A forma mais antiga de utilização dos ventos para a obtenção de energia mecânica ainda é feita através de moinhos, cata-ventos e barcos a vela. Porém, atualmente, a energia eólica representa uma fonte alternativa e renovável para geração de energia elétrica. A conversão da energia cinética dos ventos em eletricidade é feita através de aerogeradores, que são constituídos, basicamente, por: turbina ou rotor eólico; sistemas integrados ou auxiliares, como o sistema de orientação, a caixa de multiplicação de velocidade, e o sistema de segurança; e um gerador elétrico. O rotor, responsável por transformar a energia cinética em energia mecânica, é o primeiro estágio da conversão. Os outros dois são: transmissão mecânica e multiplicação de velocidade; e, por fim, o próprio gerador, responsável por converter a energia mecânica em energia elétrica. O sistema de segurança, composto basicamente por freios, é um sistema auxiliar necessário para controlar o giro da turbina em condições adversas de operação. O regime de ventos não é constante e a conexão da turbina à rede elétrica pode provocar oscilações e sobre tensões. A quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende de quatro fatores: da quantidade de vento que passa pela hélice, do diâmetro da hélice, da dimensão do gerador e do rendimento de todo o sistema. Existe uma grande variedade de máquinas para o aproveitamento da energia do vento. O Horizontal é eixo de rotação alinhado com a direção do vento; o vertical é eixo de rotação perpendicular à direção do vento. As turbinas de eixo horizontal podem ter 2 ou 3 pás, mas também podem ter múltiplas pás. Tem um uso mais doméstico (fazendas). As turbinas mais comuns atualmente têm design que evolui dos moinhos de vento e da aerodinâmica das aeronaves. Tendo uma aparência leve. Já as turbinas de eixo vertical podem aproveitar o vento em qualquer direção sem necessidade de redirecionar o rotor. Apesar disso, eles têm obtido pouco sucesso comercialmente devido à qualidade de potência e menor eficiência. REFERÊNCIAS BONDARIK, Roberto; PILATTI, Luiz Alberto; HORST, Diogo José. Uma visão geral sobre o potencial de geração de energias renováveis no Brasil. Interciencia, v. 43, n. 10, p. 680-688, 2018. CAMPOS, Adriana Fiorotti, SCARPATI, Cynthia de Barros Lima , SANTOS L, uan Tolentino dos, PAGEL, Uonis Raasch, SOUZA, Victor Hugo Alves de. Um panorama sobre a energia geotérmica no Brasil e no mundo: Aspectos ambientais e econômicos. Revista Espacios, v. 38, n. 1, p. 8-25, 2017. https://santamarcelina.org.br/admin/__ef__arquivos_carregamento_dinamico/pdfs/fonte s_de_energia_material_externo.pdf. Acessado em 18 de nov. 2022. LINARDI, MARCELO. Hidrogênio e células a combustível. Revista-Economia e Energia, 2014. WENDT, Hartmut; GÖTZ, Michael; LINARDI, Marcelo. Tecnologia de células a combustível. Química Nova, v. 23, p. 538-546, 2000. https://santamarcelina.org.br/admin/__ef__arquivos_carregamento_dinamico/pdfs/fontes_de_energia_material_externo.pdf https://santamarcelina.org.br/admin/__ef__arquivos_carregamento_dinamico/pdfs/fontes_de_energia_material_externo.pdf
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