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Terapêutica medicamentosa na gestação

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Terapêutica medicamentosa na gestação 
Teratogênese 
➜ Teratógeno: 
↳ Qualquer agente que provoque uma 
anomalia congênita ou aumente a incidência 
de anomalias em uma população 
➜ Lesões celulares que podem resultar em: 
↳ Óbito intrauterino 
↳ Anomalias no desenvolvimento 
↳ CIUR 
↳ Distúrbio funcional 
➜ O potencial teratogênico depende da dose 
ou magnitude da exposição, do período do 
desenvolvimento (IG) e do genótipo do 
embrião 
➜ Período crítico do desenvolvimento: quando 
a divisão e diferenciação celular e a 
morfogênese estão no seus picos 
↳ 2 primeiras semanas: 
↪ Todas ou quase todas as células 
danificadas → Morte celular e a paciente irá 
abortar 
↪ Pouco dano → Embrião se recupera e 
desenvolve sem defeitos. 
↳ Organogênese (3ª a 8ª semana de 
gestação) 
↪ Período de maior dano 
➤ O pior período para uma droga ser 
teratogênica é durante a organogênese 
↳ Período fetal (> 8 semanas): atuação dos 
teratogênicos é menor, mas dependendo do 
agente ou da exposição pode levar a defeitos 
funcionais (retardo mental) ou anomalias 
congênitas menores 
Classificação 
➜ Há uma classificação pelo FDA, sendo um 
órgão que estuda nos EUA 
➜ É muito difícil classificar as dorgas, pois 
fere o código de ética médica testar em 
gestantes e ai, faz-se os testes em animais e 
levam em consideração o ser humano 
Drogas na gravidez. Classificação do 
Food and Drug Administration
Categoria Interpretação
A
Estudos controlados mostram 
risco ausente 
Estudos bem controlados, 
adequados, em mulheres grávidas, 
não demonstram risco para o feto
B
Nenhuma evidência de risco em 
humanos 
Achados em animais mostram 
risco, mas em humanos não ou, se 
estudos em humanos adequados 
não foram feitos, os achados em 
animais foram negativos
C
Risco não pode ser excluído 
Não existem estudos positivos em 
humanos e em animais para risco 
fetal ou inexistem estudos. 
Contudo, os benefícios potenciais 
justificam o risco potencial
D
Evidência positiva de risco
Dados de investigação ou após 
liberação no mercado mostram 
risco para o feto.
Mesmo assim, os benefícios 
potenciais podem sobrepujar o 
risco
X
Contra-indicado na gravidez
Estudos em animais e humanos, ou 
relatos de investigação ou após 
liberação no mercado, mostraram 
risco fetal que claramente é maior 
que os benefícios potenciais
Classificação das drogas na lactação
Categoria Interpretação
S Segura
NS Não Segura
U Sem estudos
S? Estudos conflitantes, não permitem 
conclusão
Teratógenos 
Anticonvulsivantes 
➜ 0,3 a 0,5% das gestantes utilizam 
➜ Fatores de risco: Doses diárias elevadas e 
politerapia 
↳ O grande problema é que são pacientes 
que precisam dessas drogas todos os dias, 
em doses a l tas e normalmente tem 
associação de mais de uma 
➜ Malformações mais comuns: defeitos 
faciais e cardíacos 
➜ Mecanismo da teratogênese: 
↳ Efeito direto na membrana celular, no 
acúmulo de radicais livres, no metabolismo do 
folato e da vitamina K 
➜ Fenitoína: 
↳ Síndrome da fenitoína fetal 
↪ Consiste em um conjunto de disrupturas 
por vezes observadas em fetos expostos à 
fenitoína ou outros anticonvulsivos no período 
pré-natal 
↪ CIUR, atraso no desevolvimento, defeitos 
ca rd íacos , a l t e rações c ran io fac ia i s , 
dismorfismo facial, hipoplasia de unhas ou 
falanges distais 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
↪ Assim, durante a gestação deve-se 
suspender e ao nascer pode retornar o uso 
➜ Carbamazepina: 
↳ Mesmas alterações da Síndrome da 
fenitoína fetal, podendo apresentar também 
anoftalmia, espinha bífida e pé torto 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
↪ Assim, durante a gestação deve-se 
suspender e ao nascer pode retornar o uso 
➜ Ácido Valpróico: 
↳ Defeito aberto do tubo neural, anomalias 
cardíacas, defeitos da face e dismorfismo 
facial, microcefalia, hidrocefalia, anomalias 
genitur inárias e esquelét icas, atresia 
duodenal, retardo mental e autismo 
↳ Risco dos defeitos é potencializado pela 
deficiência de folato 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
↪ Assim, durante a gestação deve-se 
suspender e ao nascer pode retornar o uso 
➜ Fenobarbital: 
↳ Fenda labiopalatina, malformações 
cardíacas e urinárias, hemorragias e 
dependência do RN e al terações do 
desenvolvimento e comportamento 
↳ Categoria D na gestação e S? na lactação 
➜ Assim, faz-se a troca dos medicamentos 
acima para a Lamotrigina e Topiramato, por 
serem fármacos de categoria C na gestação 
↳ Lamotrigina 
↪ Diminui os níveis de folato 
↪ Estudos com doses baixas sugerem 
baixo risco 
↪ Experiência limitada em humanos 
↪ Categoria C na gestação 
↳ Topiramato 
↪ Em animais, foram observadas alterações 
dose-dependentes como malformações cranio 
- faciais e de extremidades e restrição do 
crescimento 
↪ Experiência muito limitada em gestações 
humanas 
↪ Categoria C na gestação e S na lactação 
Retinoides 
➜ Essenciais para o crescimento normal, 
diferenciação dos tecidos, reprodução e a 
visão (especialmente a Vitamina A). A vitamina 
A é classe A na gravidez dependendo da dose 
Devem ser usados somente se não 
existir outra alternativa para controle 
das convulsões
➜ C o n g ê n e r e s d a V i t a m i n a A s ã o 
teratogênicos, ou seja, os isômeros da 
vitamina A são o problema (retinol, tretinoína, 
isotretinoína, etretinato) 
➜ Vitamina A: 
↳ Altas doses de suplementação (> 25.000UI/
dia) foram associadas a malformações 
↳ Dose recomendada (ACOG): 5.000 UI/dia 
↳ Categoria A na gestação e S na lactação 
➜ Isotretinoína - Roacutan® 
↳ Isômero da vitamina A 
↳ Tratamento de acne 
↳ 1º Trimestre: Alta taxa de abortamento e 
malformação fetal 
↪ Para iniciar Roacutan® em uma paciente, é 
preciso mostrar um βhCG negativo para que 
possa iniciar o tratamento 
 
↳ Malformações: 
↪ Anomalias do SNC 
↪ Defeitos craniofaciais 
↪ Defeitos cardiovasculares 
↪ Defeitos no timo 
↪ Redução de membros 
↪ Diminuição do tônus muscular 
↪ Anomalias de comportamento 
↳ Uso contraindicado na gestação e lactação 
(Categoria X na gestação e NS na lactação) 
Hormônios 
➜ Exposição exógena a hormônios sexuais 
antes de 7 semanas geralmente não tem 
efeito nas estruturas externas 
➜ Andrógenos: 
↳ O acúmulo provoca masculinização da 
genitália externa feminina e o crescimento 
anormal da masculina 
↳ 1º Trimestre: Hipertrofia do clitóris, fusão 
completa ou parcial dos lábios e agenesia de 
vagina 
↳ Em qualquer IG: hipertrofia do clitóris 
↳ Categoria X na gestação e NS na lactação 
➜ Estrógenos: 
↳ A maioria não afeta o desenvolvimento 
embrionário (ex: ACHO) 
↳ Dietilestilbestrol: 
↪ Era um fármaco utilizado para tratamento 
de reprodução em casos de falência ovariano. 
Quando a paciente engravidava tinham efeitos 
↪ Hoje utilizado apenas para câncer de 
mama na na pós-menopausa e para 
tratamento na próstata, não sendo uma 
preocupação já que a gestante não irá usar 
↪ Efeitos: 
➤ Malformações do corpo e colo uterino, 
➤ Adenose vaginal 
➤ Defeito das tubas uterinas 
➤ Hipospádia 
➤ Criptorquidia 
➤ Hipoplasia testicular 
↳ Categoria X na gestação e NS na lactação 
➜ Progestágeno: 
↳ Progesterona e muitos de seus análogos 
não tem o potencial de masculinizar ou 
feminilizar o feto por seus efeitos andróginos 
↳ Norgestrel, noretinodrel, levonorgestrel, e 
med rox i p roges te rona (de r i vados da 
testosterona): podem levar à masculinização 
da genitália feminina ( efeito androngênico). 
↳ Genitália ambígua de fetos do sexo F e M e 
mudanças no comportamento psicossexual de 
meninos expostos foram descritas 
↳ Categoria X na gestação e NS na lactação 
Antineoplásicos 
➜ Ciclofosfamida: 
↳ 1º Trimestre: 
↪ Hipoplasia de dígitos de mãos e pés 
↪ Fenda palatina 
↪ Artéria coronária única 
↪ Ânus imperfurado 
↪ Restrição de crescimento 
↪ Microcefalia 
↳ Categoria D na gestação e NS na lactação 
➜ Metotrexato: 
↳ Período crítico da exposição: entre 6 a 8 
sem pós concepção↳ Dose crítica: 10 mg ou mais por sem 
↳ 1º Trimestre: 
↪ Síndrome do metotrexato fetal 
➤ Restrição de crescimento 
➤ Diminuição ossificação do crânio 
➤ Implantação baixa de orelhas 
➤ Micrognatia 
➤ Anomalia de membros 
➤ Retardo mental 
↳ 2º Trimestre: 
↪ Toxicidade 
↪ Óbito fetal 
↳ Categoria X na gestação e NS na lactação 
Antibióticos 
➜ Tetraciclinas: 
↳ Atravessam a barreira placentária e se 
depositam nos ossos e dentes, nos locais de 
ativação da calcificação 
↳ 1g/dia no 2º e 3º Trimestre: 
↪ Descoloração marrom-amarelada dos 
dentes 
↪ Diminuição do crescimento dos osso longos 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
➜ Aminoglicosídeo: 
↳ Ototoxidade e nefrotoxicidade não foram 
descritas em fetos expostos 
↳ Gentamicina: categoria C na gestação e S 
na lactação 
↳ Estreptomicina: categoria D 
➜ Sulfonamidas: 
↳ Hiperbilirrubinemia se utilizadas próximo ao 
termo 
↳ Trimetoprim: evitar uso no 1º Trimestre 
devido efeito teratogênico 
↳ Malformações cardiovasculares, do sistema 
urinário e do tubo neural 
↳ Categoria C na gestação e U na lactação 
Antifúngicos 
➜ Fluconazol: 
↳ Utiliza-se mais uso tópico do que via oral, 
por efeitos de má formação 
↳ Dados são limitados e demonstraram 
teratogênese associada ao uso contínuo de 
400mg ou mais diariamente no 1º Trimestre 
↳ Malformações observadas: anomalias do 
crânio, alterações faciais, esqueléticas e 
cardíacas 
↳ Categoria C na gestação e NS na lactação 
➜ Itraconazol: 
↳ Dados disponíveis não apontam que a 
droga cause malformações maiores mas 
m a l f o r m a ç õ e s m e n o r e s n ã o f o r a m 
adequadamente investigadas 
↳ Categoria C na gestação e U na lactação 
Talidomida 
➜ Efeito sedativo e antiemético e usava-se 
muito para gestantes 
➜ Malformações: 
↳ Redução de membros 
↳ Hemangioma facial 
↳ Atresia esofágica ou duodenal 
↳ Anomalias da orelha externa 
↳ Surdez 
↳ Malformação do aparelho genitourinário 
↳ Malformações do sistema cardiovascular 
➜ Período crítico de exposição: 20 a 36 dias 
após a concepção 
➜ Dose materna crítica: pelo menos 100mg 
➜ Risco de malformações após a exposição 
no período crítico: 20 a 50 % 
➜ Categoria X na gestação e U na lactação 
➜ Hoje é utilizada apenas para hanseníase 
Anti-hipertensivos 
➜ Inibidores da enzima conversora da 
angiotensina 
↳ Captopril, Enalapril 
↳ 2º e 3º Trimestre: 
↪ Efeito hipotensor e de hipoperfusão no feto 
➤ Hipoperfusão renal com anúria 
➤ Oligoâmnio 
➤ Hipoplasia pulmonar 
➤ Restrição de crescimento 
➤ Membros curtos 
➤ Mau desenvolvimento do crânio 
↳ Trabalhos mais recentes mostram aumento 
de malformações se usados no 1º Trimestre 
(principalmente no SNC e cardiovascular) 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
➜ Bloqueadores dos receptores da 
angiotensina 
↳ Ex.: Losartana 
↳ Levas às mesmas malformações dos IECA 
↳ Categoria C (1º Trimestre), D (2º e 3º 
Trimestre) e U na lactação 
Misoprostol 
➜ 1º Trimestre: induz abortamento ou causa 
malformações 
➜ Associado a Síndrome de Mobius no 1º 
Trimestre quando não há aborto 
↳ Paralisia facial congênita com ou sem 
anomalia dos membros 
➜ Assoc iado a a l t e rações no SNC 
(hidrocefalia) no 1º Trimestre quando não há 
aborto 
➜ 2º e 3º Trimestre: Causa contrações 
uterinas 
➜ Via vaginal em baixas doses possui boa 
ação para maturação cervical e na indução do 
parto no 2º e 3º Trimestre 
➜ Categoria X na gestação e U na lactação 
➜ Síndrome da Banda Amniótica 
↳ Desordem congênita rara que pode resultar 
em defeitos corporais diversos (bandas de 
constr ição, amputação, deformidades 
craniofaciais, anomalias viscerais etc). Sua 
incidência é estimada em cerca de 1:1.200 a 
1:15.000 nascidos vivos. 
↳ A etiologia proposta parte de dois 
mecanismos: um é a via extrínseca (ruptura 
precoce do âmnio), e o outro é a via 
intrínseca, a qual aparece intimamente ligada 
ao efeito teratogênico dos medicamentos, em 
que exposição gestacional a substâncias 
vasoativas, principalmente vasoconstritores, 
tem sido apontada como fator causal na 
formação de defeitos vasculares. Os principais 
medicamentos representantes desse grupo 
são an t i -h ipe r tens ivos , m isopros to l , 
ergotamina e pseudoefedrina. 
↳ Faz-se rupturas no âmnion fazendo fibrose 
dentro da cavidade amniótica, fazendo 
constrição no feto (cabeça, abdome, mmii, 
mmss) 
↳ A criança nasce amputada, constrita 
Medicações de uso comum na 
população em geral 
➜ Analgésicos 
↳ Paracetamol: 
↪ Categoria B na gestação 
↳ Dipirona: 
↪ Categoria ???? 
➤ Não há categoria, pois o órgão que fez foi o 
FDA e nos EUA não é feito uso de dipirona, 
devido a um possível efeito colateral, a 
agranulocitose, que é uma diminuição da 
produção das células que formam o sangue 
na medula óssea. 
↪ Estudos não evidenciam malformações 
maiores ou menores no feto. Seu uso deve ser 
limitado a menores doses e tempo de uso 
possíveis. 
↳ AAS 
↪ 1º e 2º Trimestre: em doses baixas (40 a 
150 mg) parece ser seguro 
➤ Alguns estudos sugerem associação com 
gastrosquise e atresia de intestino delgado (1º 
Trimestre) 
↪ 3º Trimestre (próximo ao termo): 
sangramento excessivo na mãe e no feto e 
doses altas podem levar ao fechamento do 
ducto arterial 
↪ Pode ser usados como inibidor da 
agregação plaquetária e analgésico 
↪ Categoria D na gestação (quando dose 
completa no 1º e 3º Trimestre) e S na lactação 
↳ Antiinflamatórios não hormonais 
(Ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno) 
↪ Não são considerados teratogênicos 
↪ Uso no 3º Trimestre: Fechamento 
precoce do ducto arterial 
↪ Devem ser evitados a partir da 34ª 
semana 
↪ Categoria B na gestação e S na lactação 
↪ Inibidores da cicloxigenase (Indometacina e 
celecoxibe) 
↪ Categoria C na gestação e S na lactação 
↪ Indometacina é categoria B mas deve ser 
evitada após 34 semanas devido ao risco de 
fechamento precoce do ducto arterial, 
hemorragia intraventicular, enterocolite 
necrosante e efeitos no rim fetal 
↳ Opioides 
↪ Meperidina, morfina, codeína 
↪ Categoria B na gestação e S na lactação 
↪ Não foram associados a anomalias 
congênitas 
↪ São seguras, o problema está no uso 
crônico delas 
➤ Maioria dos neonatos nascidos de mães em 
uso crônico dessas drogas apresentam 
síndrome da abstinência: iritabilidade, tremor, 
d is função gas t r in tes t ina l , depressão 
respiratória, febre, sucção pobre e convulsões 
↪ Evitar uso crônico e em altas doses no 3º 
trimestre 
↳ Anestesia geral 
↪ Todos os agentes utilizados atravessam a 
barreira placentária 
↪ Não demonstraram teratogênese 
↪ Categoria C: 
➤ Óxido nitroso, etomidato, tiopental (para 
exposição desses agentes, o recomendado 
seria postergar procedimentos cirúrgicos 
eletivos) 
↪ Categoria B: 
➤ Halotano, enflurano, desflurano, isoflurano, 
cetamina 
↪ Mulheres que desejam engravidar e 
trabalham em CC onde ficam expostas aos 
gases anestésicos devem ser afastadas da 
exposição de óxido nitroso e outros gases 
anestésicos 
↪ Anestesia locorregional (lidocaína, 
bupivacaína) 
➤ Não foram descritas malformações 
associadas 
➤ Categoria B na gestação e S na lactação 
➜ Anticoagulantes 
↳ Heparina 
↪ Não teratogênico (alto peso molecular: não 
atravessa placenta) 
↪ HBP (enoxaparina, dalteparina) também 
não atravessam a placenta 
↪ Heparina: categoria C; Enoxaparina: 
categoria B / Categoria S na lactação 
↳ Agentes trombolíticos 
↪ Uroquinase: Categoria B 
↪ Estreptoquinase e alteplase: Categoria C 
↪ Requer monitorização materna adequada 
(não se pode descartar a interferência na 
implantação placentária levando a hematomas 
ou deslocamentos e hemorragias) 
➜ Antieméticos 
↳ Categoria A: Doxilamina 
↳ Categoria B: Ciclizina, dimenidrinato 
( D r a m i n ) , m e c l i z i n a , d o l a s e t r o n a , 
metoclopramida, ondansetrona, alosetrona 
(Vonau) 
↪ Ondansetrona quase saiu do mercado, pois 
estava associada a lábio leporino e fenda 
palatina, mas a FREBASGO desmentiu,ao 
observar que não fazia diferença e não havia 
correlação 
↳ Categoria C: domperidona, droperidol, 
prometazina 
↳ Lactação: categoria S 
➜ Metformina 
↳ Categoria B na gestação e S na lactação 
↳ Estudos em mulheres com SOP que 
usaram a medicação para auxiliar na 
fertilidade demonstraram: 
↳ Diminuição das taxas de abortamentos 
espontâneos 
↳ Redução do risco de desenvolver diabetes 
mellitus gestacional durante a gestação 
↳ Crescimento normal sem evidência de 
teratogênese 
➜ Anti-hipertensivos 
↳ Metildopa (anti-hipertensivo mais utilizado) 
↪ Não demonstrou prejuízo materno ou fetal 
↪ Categoria B 
↳ Hidralazina 
↪ Relativamente segura quando utilizada nas 
emergências hipertensivas por curto tempo 
➤ Usada apenas em urgências hipertensivas 
↪ Categoria C 
↳ Nitroprussiato de sódio 
↪ Quando utilizado por pouco tempo, não 
permitindo acúmulo excessivo de cianeto no 
fígado fetal é considerado categoria C 
↳ Clonidina 
↪ Categoria C 
↳ Antagonistas β-adrenérgicos 
↪ Há possível associação com restrição de 
crescimento fetal (2 e 3o T), hipotensão leve e 
hipoglicemia neonatal 
↪ Categoria B: Pindolol 
↪ Propanolol, labetalol, metoprolol, nodolol e 
timolol: Categoria C no 2º Trimestre e D no 3º 
Trimestre 
↪ Categoria D: Atenolol 
↳ Bloqueadores dos canais de cálcio (ex: 
Nifedipino) 
↪ Categoria C 
↪ Utilizada para inibir parto prematuro 
↪ Reações adversas graves (bloqueio 
neuromuscular) foram descritas quando 
nifedipino foi associado ao MgSO4 
↳ Diuréticos 
↪ Podem causar hipovolemia e repercutir no 
crescimento fetal 
↪ Tiazídicos: não foram associados a 
malformações mas próximo ao parto podem 
p rovoca r t r omboc i t open ia neona ta l , 
sangramento e distúrbio eletrolítico 
↪ HCTZ : categoria B 
↪ Clorotiazida e furosemida: categoria C 
↪ Espironolactona: categoria D 
➜ Antimicrobianos 
↳ Todo agente antimicrobiano atravessa a 
barreira placentária e pode provocar efeitos 
adversos no feto 
↳ Muitos não foram adequadamente testados 
na gestação, mas outros foram utilizados 
durante muitos anos em gestantes sem que 
fossem observados efeitos adversos 
↳ Divididos em antibacterianos, antifúngicos, 
antivirais e antiparasitários 
↳ Antifúngicos 
↪ Tópicos: 
↪ Clotrimazol e Nistatina: Categoria B na 
gestação e S na lactação 
↪ Miconazol: Categoria C na gestação e U na 
lactação Sistêmicos: 
↪ Anfotericina B: Categoria B na gestação e S 
na lactação. É a droga sistêmica de escolha 
para infecções micóticas. No entanto, é muito 
cara 
↪ Cetoconazol (precisam de mais estudos – 
relatos conflitantes): categoria C na gestação 
e S na lactação 
↳ Agentes antivirais 
↪ Inibidores da transcriptase reversa 
➤ Zidovudina, Nevirapina, Lamivudina, 
Adenofovir: Categoria C 
➤ Didanosina e tenovir: Categoria B 
↪ Inibidores das proteases 
➤ Categoria C: Efavirenz, Amprenavir, 
Indinavir, Lopinavir 
➤ Categoria B: Nelfinavir, Ritonavir e 
Saquinavir 
↪ Inibidores da ligação ou da fusão do vírus 
do HIV das células hospedeiras: 
➤ Enfuvirtida: categoria B 
↪ Efavirenz 
➤ Contraindicado (teratogênese em 
primatas) 
Em pacientes HIV+, apenas o Efavirenz 
será suspenso, pois ele tem forte poder 
teratogênico 
 
Classificação dos diferentes antibacterianos, drogas pertencentes aos grupos, categoria 
de risco segundo o Food and Drug Administration (FDA) e classificação quanto ao uso na 
lactação
Agente antibacteriano Drogas FDA Lactação
Penicilinas
Amoxacilina, ampicilina, 
carbenicilina, 
dicloxacilina, oxacilina, 
cloxacilina, penicilina G, 
penicilina G benzatina, 
penicilina G procaina, 
penicilina V
Todas as drogas B Todas as drogas S
Cefalosporinas
Cefaclor, cefazolina, 
cefametazol, cefoxitina, 
ceftriaxona, cefalexina, 
cefalotina, cefadroxila, 
cefoperazona, 
cefonicida, cefotaxime
Todas as drogas B Todas as drogas S
Estearato de 
eritromicina, 
azitromicina
B S
Claritromicina*, 
diritromicina*
C U
Bacitracina, 
cloroexidina, clavulanato 
de potássio, 
clindamicina, 
nitrofurantoina, 
hexacloropene, 
lincomicina, 
metronidazol, 
vancomicina
B S
Cloranfenicol*, 
novobiocina
C U
Quinolonas*** Ácido nalidíxico, 
moxifloxacina
Todas as drogas C Todas as drogas S
Fluoroquinolonas***
Ciprofloxacina, 
enoxacina, 
levofloxacina, 
lomefloxacina, 
norfloxacina, ofloxacina, 
esparfloxacina
Todas as drogas C Todas as drogas S
Etambutol B Todas as drogas S
Acido 
paraminossalicílico, 
isoniazida
C Todas as drogas S
Apreomicina, 
cicloserina, etionamida, 
pirazinamida, 
rifampicina, rifapentina
C* Todas as drogas S
Macrolídeos
Outros
Antibióticos
Antituberculose
↪ Aciclovir e Valaciclovir: categoria B / 
categoria S 
↪ Ganciclovir: categoria C / categoria S? 
↳ Agentes antiparasitários 
↪ Tricomoníase e vaginose bacteriana: 
Metronidazol (Categoria B / Categoria S) 
↪ Escabiose e pediculose: Lindano e 
Permetrina (Categoria B / Categoria S?) 
↪ Anti-helmínticos 
➤ O tratamento de parasitoses intestinais, na 
gestação, somente é recomendado quando o 
parasita está causando doença clínica ou 
problema de saúde pública 
➤ Mebendazol e Albendazol: categoria C / 
categoria S 
➤ Praziquantel: categoria B / categoria S? 
↪ Antiprotozoários 
➤ Espiramicina: Macrolídeo indicado nas 
infecções por toxoplasmose Categoria C na 
gestação e S? na lactação. 
➜ Medicamentos cardíacos 
↳ Maioria dos medicamentos tem relativa 
segu rança em re l ação ao r i s co de 
malformação fetal 
↳ Digoxina 
↪ Antiarrítmico mais seguro para ser usado 
na gestação 
↪ Indicados na IC e arritmias (fibrilação atrial, 
taquicardia paroxística) e na taquicardia 
supraventricular fetal 
↪ Categoria C 
↳ Amiodarona 
↪ Usada em arritmias refratárias a outros 
tratamentos 
↪ Pode provocar hipotireoidismo fetal e 
neonatal (com bócio) 
↪ Categoria D 
➜ Antitireoidianos 
↳ Tratamento da tireotoxicose na gravidez 
↳ Propiltiouracil, Metimazol/Tiamazol e 
Carbamizol 
↳ Categoria D na gestação e S na lactação 
↳ Anomalias congênitas como aplasia cutis 
foram associadas à utilização de Metimazol e 
Carbamizol 
↳ Metimazol/ Tiamazol: conceptos expostos 
durante as 7 semanas embr ionár ias 
apresentaram embriopatia do Metimazol 
(cabelos ralos, atresia de coanas, atresia 
esofágica com fístula, mamilos hipoplasicos 
ou ausentes, atraso no desenvolvimento) 
↳ Propiltiouracil: droga de escolha na 
gestação e lactação 
➜ Agentes tireoidianos 
↳ Drogas utilizadas no tratamento do 
hipotireoidismo 
↳ Levotiroxina: Droga de escolha na 
gestação 
↳ Categoria A na gestação e S na lactação 
➜ Psicotrópicos 
↳ Benzodiazepínicos 
↪ Diazepam, clonazepam, alprazolam 
↪ Categoria D 
↪ 1º Trimestre: Evitar devido ao risco de 
teratogênese 
➤ Malformações de extremidades, fenda 
l a b i o p a l a t i n a e a l t e r a ç õ e s f a c i a i s 
(comprometimento do VI e VII pares 
cranianos) 
↪ 3º Trimestre: doses > 30/40mg de 
diazepam pode provocar: 
➤ Hipotonia, letargia e dificuldade de sucção 
do RN, além da síndrome da abstinência 
(tremores, irritabilidade, hipertonicidade, 
diarreia, vômito e sucção vigorosa) 
↪ Se necessário utilizar: manipular a 
menor dose possível para atingir o efeito 
desejado 
↳ Antidepressivos 
↪ Maioria são drogas da categoria C 
↪ Bupropiona: Categoria B 
↪ Paroxetina: categoria D (associação com 
defeitos cardíacos) 
↪ Inibidores da recaptação de serotonina 
(fluoxetina, sertralina) e Tricíclos (amitriptilina, 
imipramina) 
➤ Não demonstraram teratogênese e podem 
ser utilizados durante a gestação 
➤ 3º Trimestre: cautela (reduzir dose), risco 
de complicações neonatais 
➔ Hipoglicemia, taquipnéia, hipotermia, choro 
fácil ou ausente e síndrome da abstinência 
↳ Antipsicóticos 
↪ Maioria pertence à categoria C 
↪ Lítio: Categoria D na gestação e S? na 
lactação 
➤ 1º Trimestre: Evitada (malformações 
cardiovasculares, polidrâmnio, bócio e espinha 
bífida) 
➤ Utilização próxima ao termo: toxicidade no 
neonato (cianose, hipotonia, bradicardia,convulsões, diabetes insipidus, depressão da 
tireóide e bócio) 
↪ Haloperidol: Categoria C na gestação e U 
na lactação 
↪ Clozapina: Categoria B na gestação e S? 
na lactação 
↪ Clorpromazina: Categoria C na gestação e 
S? na lactação 
➤ Não foi associada a malformações em 
baixas doses

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