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Relatórios de Seminários

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HISTÓRIA 5º SEMESTRE
MARILENE DA SILVA RIBEIRO
RELATÓRIOS
DE SEMINÁRIOS
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Nome: Luana Suely Dias Ferreira
1. Escravidão e pós abolição no Brasil
Alunos: Douglas e Rebeca
- O que é escravidão?
É o regime de trabalho no qual homens e mulheres têm suas liberdades retiradas sendo
forçados a trabalhar sem qualquer tipo de remuneração, sendo visto como um objeto que pode
ser vendido ou trocado como uma espécie de produto.
A escravidão no Brasil foi implantada no início do século XVI, escravizando, em
primeiro momento, os indígenas. Posteriormente, negros africanos foram capturados de Angola
e Moçambique, trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.
As condições de escravidão no Brasil eram as piores possíveis, onde as pessoas
escravizadas enfrentavam uma perigosa travessia da África para o Brasil nos porões dos navios
negreiros, onde muitos morriam antes de chegar ao destino.
Errar não era permitido e poderia ser punível com castigos dolorosos, em que muitos dos
escravos eram acorrentados e utilizavam máscaras de ferros, que impedia os escravos de engolir
diamantes, comunicar-se entre si e também de cometer suicídio por meio da ingestão de terra.
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- Revoltas
As revoltas escravas são parte importante da história social e política brasileiras. Legado
vivo das lutas negras no país que desafiaram a ordem escravista ao reivindicar a liberdade dos
escravizados e colocar em prática as visões de mundo de comunidades despossuídas ao longo do
século XIX.
Nos quilombos, as conspirações escravas demonstram a sofisticação do pensamento
estratégico dos escravizados; o papel de diversas religiões na formação de identidades negras; a
pluralidade etnica africana; as funções do letramento e, sobretudo, a força do ativismo diário do
povo negro pelo direito à vida e à liberdade no Brasil.
- Movimento Abolicionista
O movimento abolicionista cresceu de maneira notável a partir da década de 1870,
surgindo uma série de associações abolicionistas em diferentes partes do país. Na década de
1880, a atuação do movimento abolicionista dava-se por duas vias: a legal e a ilegal.
Legal: defesa de escravos nos tribunais, publicação de artigos, realização de conferências,
distribuição de panfletos, etc.
Ilegais: ações de desobediência civil; incentivo para a fuga de escravos e o oferecimento de
abrigo para quem fugiu.
Entre as leis abolicionistas, estão:
➔ Lei Eusébio de Queirós: proibia o tráfico de novos escravos vindos da África, acabando
com o tráfico de escravos com a repressão do governo.
➔ Lei do Ventre Livre: determinava que filhos de escravos nascidos em 1871 seriam
considerados livres.
➔ Lei dos sexagenários: concedia a carta de alforria para os escravos com mais de 60
anos.
➔ Lei Áurea (1888): decretou a abolição definitiva e imediata da escravatura no Brasil e
foi resultado da forte pressão popular sobre o Império.
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2. Servidão no período medieval - Propriedade privada e coletiva da terra
Alunos: Aline V. e Victor Daniel
- O que é servidão?
Era uma espécie de escravidão mais branda, pois ainda que os servos não fossem
vendidos, eram obrigados por toda a vida a entregarem produtos e prestarem serviços a seus
senhores. Além disso, não eram proprietários das terras em que trabalhavam, pois estas lhes
eram emprestadas pelos senhores feudais, que mantinham as terras isoladas para garantir a
proteção das pessoas que ali viviam dos ataques estrangeiros.
A servidão era transmitida dos pais para os filhos, assim como os títulos de nobreza,
também eram hereditários.
- Contexto histórico
O marco do início da Idade Média foi a desagregação do Império romano do
Ocidente, sediado em Roma, no século V.
Após sucessivas crises econômicas, devido à falta de escravos, seu prestígio político
declinou e causou o enfraquecimento militar e invasões de povos bárbaros aos seus
domínios. Assim, povos como os germanos, os hunos, os vândalos, além de húngaros e
vikings estavam atacando diversos pontos dos domínios romanos.
- Isolamento e proteção dos feudos
Em 476, o imperador de roma foi derrubado pelos hunos, passando a se organizar em
reinos, condados e povoados isolados para se protegerem de ataques estrangeiros. Esse
isolamento também se estendia à área econômica, levando-os a manter basicamente uma
produção para consumo próprio.
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A população mais pobre, que vivia de trabalhos no campo, passou a submeter-se aos
interesses dos poderosos de sua região, em troca de proteção contra esses ataques
estrangeiros. Dessa forma, os camponeses passaram a ser mais dependentes desses senhores, a
ponto de entregar os produtos que cultivavam, dar as suas terras e oferecer os seus serviços para
os seus protetores, tornaram-se servos.
- Impostos e taxas do feudo
Havia diversos tipos de impostos que os servos tinham que pagar aos seus senhores,
incluindo também os serviços que prestavam a eles:
➔ No manso senhorial: as terras do feudo de uso do senhor. Os servos tinham que
trabalhar vários dias por semana, numa prática chamada de corveia.
➔ No manso servil: as terras pertencentes ao feudo, de uso dos camponeses. Parte do que
era produzido ia para o senhor feudal. Essa taxa ficou conhecida como talha.
➔ Pagavam a banalidade, um imposto pelo uso dos fornos e moinhos que o senhor
controlava.
➔ Havia também um pagamento relativo ao número de servos que moravam nos
feudos, e era cobrado individualmente, "por cabeça": era a capitação.
➔ Imposto da mão morta: além de herdar a servidão dos pais, quando estes morriam, os
filhos ainda deveriam pagar mais essa taxa, para continuarem servindo ao mesmo
senhor.
3. Feudalismo e Capitanias Hereditárias
Aluno: Nathan Yuri
- O que foi o feudalismo?
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Foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os
séculos V a XV, durante a Idade Média. Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas
de feudos, que pertenciam aos senhores feudais, e a mão-de-obra escrava.
Surgiu através da queda do Império Romano, que se deu através das invasões bárbaras,
da formação de reinos bárbaros independentes, da crise do sistema escravista e do
enfraquecimento do sistema político.
- Características
➔ A sociedade feudal era dividida em três classes sociais: nobreza, clero e servos;
➔ Essas classes sociais eram consideradas estanque, ou seja, quem quem nascia em
determinada classe social permaneceria nela até a morte;
➔ Existiam relações de suserania entre os nobres, em que a cedência de bens era feita de
um nobre para outro, sendo o autor da doação chamado de suserano;
➔ A economia feudal era baseada na produção agrícola autossuficiente;
➔ Os poderes jurídico, político e econômico eram monopolizados pelo senhor feudal;
➔ A igreja católica tinha uma forte influência por ser proprietária de muitas terras;
➔ A aquisição de terras poderia derivar de guerras;
➔ A relação dos nobres relativamente aos servos era baseada na exploração, onde os
servos trabalhavam nas terras cedidas pela nobreza e eram obrigados a pagar impostos.
- Crise e Fim do Feudalismo
Fatores que contribuíram para seu fim:
➔ Com a queda do império carolíngio, houve uma desintegração dos territórios e o poder
na Europa se descentralizou, dando maior autonomia política para os proprietários
das terras.
➔ Aumento demográfico: as cidades voltaram a crescer após muito tempo
➔ Revoltas dos servos: cansados de passar tanto tempo nas condições que se
encontravam, muitos deles se voltaram contra seus senhores.
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➔ Retorno do comércio: o comércio nunca deixou de estar presente, porém ganhou força,
especialmente por rotas marítimas, após muito tempo de domínio agrícola.
➔ Surgimento de movimentos culturais: movimentos como cientificismo (que buscava a
ciência e a lógica para entender a natureza) e o humanismo (que colocava o homem
como centro) era o contrário das ideias católicas que, apesar de ainda estarem presentes,
perderam muito espaço.
- Origem das Capitanias Hereditárias
As capitanias hereditárias foram a primeiradivisão política administrativa do Brasil e
surgiram por ordem do rei D. João III, em 1534.
O comércio de Portugal com a Índia estava enfraquecido e seus outros territórios na
América estavam sob constantes invasões. Dessa forma, viu-se a necessidade de colonizar e
explorar o território brasileiro em caso de perda de terras em outras regiões. Outros fatores
como o descobrimento de riquezas como pau-brasil e minérios também atraíram os
portugueses.
- Funcionamento das Capitanias Hereditárias
A Coroa portuguesa basicamente “delegou” a função de colonização e desenvolvimento
das colônias para alguns para os nobres e aristocratas portugueses. Eles recebiam direito sobre
os lotes das terras através da Carta de Doação, entretanto, não recebiam a posse das terras,
mas sim possuíam liberdade para governar e tentar desenvolver as colônias, assim como
fortificá-las e protegê-las de invasões.
Elas foram divididas em 15 lotes, e dadas para 13 donatários diferentes: Capitania do
Maranhão, Capitania do Ceará, Capitania do Rio Grande, Capitania de Itamaracá, Capitania de
Santana, Capitania de Pernambuco, Capitania da Baía de Todos os Santos, Capitania de Ilhéus,
Capitania de Porto Seguro, Capitania do Espírito Santo, Capitania de São Tomé, Capitania de
São Vicente e Capitania de Santo Amaro.
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- Classificação das Capitanias Hereditárias
➔ Insulares e Continentais: quanto à sua localização
➔ Permanentes e Temporárias: quanto ao seu gênero de doação
➔ Hereditárias e Reais: quanto à posse, eram geridas por capitães hereditários ou por
mandatários nomeados diretamente pela Coroa.
➔ Principais e Subalternas: quanto ao nível de autonomia, a relação de dependência das
capitanias subalternas não era sempre a mesma.
- O fracasso das Capitanias Hereditárias
O insucesso pode ser explicado por uma junção de fatores, como:
➔ A inexperiência administrativa de muitos donatários;
➔ A falta de comunicação interna e a dificuldade de comunicação com Portugal;
➔ A escassez de recursos para promover o desenvolvimento das capitanias;
➔ Os conflitos com os indígenas, etc.
No entanto, das quinze capitanias, apenas duas delas foram bem-sucedidas:
➔ Capitania de Pernambuco – comandada por Duarte Coelho, responsável por introduzir
o cultivo da cana de açúcar.
➔ Capitania de São Vicente – comandada por Martim Afonso de Sousa, graças ao tráfico
de indígenas que realizavam naquelas terras
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4. Lei de terras e início da República no Brasil
Alunas: Fernanda e Camilly
- Lei de Terras
Conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira iniciativa no sentido de
organizar a propriedade privada no Brasil, visto que havia muitos posseiros se aproveitando
de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras.
Foi aprovada no mesmo ano da lei Eusébio de Queirós, que previa o fim do tráfico
negreiro e sinalizava a abolição da escravatura no Brasil.
Promulgada por D. Pedro II, esta Lei contribuiu para preservar a péssima estrutura
fundiária no país e privilegiar velhos fazendeiros, onde as terras só poderiam ser adquiridas
através de compra e venda ou por doação do Estado.
- Objetivos da Lei de Terras
➔ Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras públicas.
➔ Arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação
de terras.
➔ Favorecer os grandes proprietários rurais.
➔ Financiamento da imigração estrangeira, voltada para a geração de mão-de-obra,
principalmente, para as lavouras de café.
➔ Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres.
- Consequências
➔ Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil.
➔ Regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola do Brasil.
➔ Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial.
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➔ Aumentou os investimentos do governo imperial na política de estímulo à entrada de
mão-de-obra estrangeira.
➔ Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras, onde muitas perderam suas
terras e sua fonte de subsistência.
➔ Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na medida em que a Lei de
Terras favoreceu a elite agrária brasileira, principalmente da região Sudeste.
- Início da República
As causas da Proclamação da República estão ligadas à crise do Segundo Reinado.
➔ A Guerra do Paraguai, que ocorreu de 1864 a 1870, foi vencida pela Tríplice Aliança,
➔ A Questão Militar e a união entre Império e Igreja causaram atrito entre Dom Pedro
II e, respectivamente, militares e religiosos católicos.
➔ A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889 e representou o
fim do Segundo Reinado e o início do período republicano.
➔ O fim da escravidão em 13 de maio de 1888.
- Primeira República Brasileira
A fase da Primeira República como um todo corresponde ao período que se iniciou com a
Proclamação da República, em 1889, até a Revolução de 1930, que deu início à Era Vargas.
Corresponde a República Velha, que foi dividida em duas fases: República da Espada e
República Oligárquica.
→ República da Espada
Resultado da Proclamação da República, correspondendo ao período inicial da
Primeira República Brasileira, que abrange os governos dos militares Deodoro da Fonseca e
Floriano Peixoto.
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• Primeiros anos da República da Espada
Após a Proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca foi escolhido pelos
republicanos para conduzir o Governo Provisório, que administrou o Brasil enquanto as
mudanças nas instituições políticas aconteciam.
Durante este governo, Rui Barbosa foi nomeado como Ministro da Fazenda, e
incentivou a emissão de papel-moeda, permitindo que bancos privados a fizessem. No
entanto, o resultado foi desastroso, levando à especulação, falência de empresas,
desvalorização da moeda brasileira e alta da inflação.
Essa crise econômica ficou conhecida como Encilhamento, e estendeu-se durante todo o
período inicial da Primeira República, sendo solucionada somente por volta de 1897 durante o
governo de Prudente de Morais (1894-1898).
• O governo de Deodoro da Fonseca e a Constituição de 1891
Durante o período em que esteve como presidente no Governo Provisório, as medidas
autoritárias de Deodoro da Fonseca chamaram a atenção de determinados grupos políticos do
Brasil, que se mobilizaram para redigir uma nova Constituição para o país. Para isso, uma
Assembleia Constituinte foi formada.
Nessa Assembleia foi escrita a nova Constituição, que foi aprovada em 24 de fevereiro de
1891 e substituiu a Constituição (de 1824) do período da Monarquia.
Depois da promulgação da nova Constituição, foram realizadas eleições indiretas, que
ratificaram Deodoro da Fonseca como presidente brasileiro e Floriano Peixoto como seu vice em
fevereiro de 1891.
• Governo de Floriano Peixoto
Após a posse, o marechal Deodoro da Fonseca manteve sua postura autoritária, o que
fez com que o presidente entrasse em choque com o Congresso.
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A disputa levou o presidente a tomar mais medidas autoritárias (como decretar o
fechamento do Congresso) para reforçar o seu poder. No entanto, grupos políticos da oposição
reagiram e forçaram o presidente a renunciar em 23 de novembro de 1889.
Assim, Floriano Peixoto, seu vice, assumiu seu lugar, possuindo uma visão política
moderada, mas que ainda visava a uma nação centralizada em um governo encabeçado pelos
militares.
Durante seu mandato, duas grandes rebeliões aconteceram no Brasil e colocaram a
ordem republicana em risco: a federalista e a revolta da armada. As ações tomadas por Floriano
Peixoto na contenção de ambos os movimentos renderam-lhe o apelido de “marechal de
ferro”.
→ República Oligárquica
Ainda no mandato do segundo presidente, Floriano Peixoto, as oligarquias cafeeiras do
estado de São Paulo já se organizavam para assumir o poder e controlar a República, pois os
paulistas cogitavam uma possível aliança que ajudaria a eleger o próximo presidente do Brasil.
Pouco tempo depois, Prudente de Moraes foi eleito o primeiro presidentecivil do país
com o apoio do Partido Republicano Paulista (PRP). A partir de então, a política brasileira
seria influenciada pelas oligarquias agrárias paulista e mineira, dando origem à República
Oligárquica, também conhecida como política do Café com Leite.
• Coronelismo
As elites agrárias dos estados de Minas e São Paulo eram compostas pelos grandes
coronéis, donos de fazenda.
Nessa época, como a população era muito dependente das terras dos coronéis, alguns
aceitavam na chamada “política da troca de favores”, estratégia essa chamada de Voto de
Cabresco, que o povo deveria votar nos candidatos apoiados pelos coronéis em troca de
trabalho ou dinheiro.
Como o voto era aberto, os chefes políticos podiam controlar todas as votações e se caso
os dependentes não fizessem o combinado eles eram agredidos e ameaçados.
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- Revoltas
➔ Revolta da Vacina (1904)
➔ Guerra do Contestado (1912-1916)
➔ Revolta do Forte de Copacabana (1922)
- Presidentes da República Oligárquica
➔ Prudente de Moraes (1894 a 1898)
➔ Campos Salles (1898-1902)
➔ Rodrigues Alves (1902-1906)
➔ Afonso Pena (1906-1909)
➔ Nilo Peçanha (1909-1910)
➔ Marechal Hermes da Fonseca (1910-1914)
➔ Wenceslau Braz (1914-1918)
➔ Epitácio Pessoa (1918-1922)
➔ Arthur Bernardes (1922-1926)
➔ Washington Luís (1926-1930)
- Fim da República Oligárquica
A República oligárquica terminou após Getúlio Vargas, ao tentar impedir a posse do
presidente recém eleito pela oligarquia paulista, Júlio Prestes.
Prestes venceu as eleições que seria de um candidato do partido mineiro (PRM), no
entanto, como isso não aconteceu, o partido se uniu à Aliança Liberal e organizou um
movimento - Revolução de 1930 - para promover Getúlio Vargas como presidente. Essa briga
resultou no rompimento da política do Café com Leite e o fim da República Oligárquica no
Brasil, dando início a uma nova era política, a Era Vargas.
5. Movimentos Sociais Camponeses
Alunos: João Pedro e Rafaela
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- Introdução
A Lei de Terras regulamentava as terras brasileiras a fim de que escravos, ex-escravos e
até mesmo estrangeiros não pudessem adquirir terras. A partir da insatisfação dessas pessoas
com a condição que eles se encontravam, surgiram grandes momentos.
→ Guerra de Canudos (1893-1897)
Com o fim da escravidão, os grandes engenhos baianos entraram em crise, agravado ainda
mais pela Grande Seca de 1878, que matou mais de 400.000 pessoas.
Em meio a toda essa tragédia, surge Antônio Conselheiro, um peregrino que andava
por todo o sertão, juntando diversos seguidores em sua comitiva. Ele e seu grupo acabaram por
se estabelecer em uma fazenda abandonada chamada Monte Belo, que depois adotaria o nome
de Canudos.
Em 1895, quando um lote de madeira comprado de Juazeiro por canudos não foi
entregue, ocorreu uma revolta entre os cidadãos que queriam buscar a madeira comprada a
qualquer custo, fazendo a elite política de Juazeiro armarem uma força de cem homens para
deter os sertanejos, que vinham em maior número (cerca de trezentos).
Mais da metade dos sertanejos foram mortos, enquanto menos de vinte soldados de
Juazeiro morreram no confronto (ato este que foi considerado um ataque ao exército da
República do Brasil).
Em janeiro de 1886, o exército coordenou um ataque a Canudos, que foi fracassado, pois
os cidadãos de canudos descobriram o plano e os emboscaram. No entanto, em 1887, ocorreu
uma nova investida, comandada pelo sanguinário Coronel Moreira César, e com cerca de 1500
soldados, o exército atacou Canudos.
Em 22 de setembro de 1887, o próprio Ministro da Guerra Carlos Bittencourt foi a
Canudos, invadindo a cidade. Ao mesmo tempo, Antônio Conselheiro morre por causas
naturais. Dessa forma, enfraquecidos pela morte de seu líder, Canudos foi dizimada, morrendo
cerca de 25.000 pessoas neste dia.
→ Cangaço (entre XIX e XX)
Foi um movimento social surgido no final do século XIX, no nordeste do Brasil, onde a
grande seca assolava o sertão nordestino, matando cerca de 400.000 pessoas. Enquanto os
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Sertanejos eram obrigados a passar por enormes dificuldades, os grandes fazendeiros
desfrutavam de vasto poder e conforto.
Neste contexto, surgiram os ditos cangaceiros, onde homens que eram um misto de
vaqueiros e pistoleiros, poderiam servir aos coronéis, atendendo suas necessidades,
trabalhando para a polícia na defesa de locais específicos e na formação de grupos próprios,
buscando seus objetivos coletivos.
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, o mais famoso cangaceiro
da história do Brasil.
Lampião fez fama pelo Nordeste por alguns anos, até receberem uma proposta de Padre
Cícero. A proposta era de que Lampião e seu bando casassem a Coluna Prestes, um grupo
miliciano que exigia modificações na República Velha. Isto tornaria seu bando em um grupo
militar, não mais criminoso.
No entanto, Lampião e seu bando descobriram que sua anistia não possuía valor,
fazendo-os voltar para a vida do Cangaço.
Em 1938 o grupo de Lampião é emboscado, e seus membros têm suas cabeças degoladas
e expostas por todo o Nordeste para servirem de exemplo. Dando fim ao cangaço
→ Guerra do Contestado (1912-1916)
Foi um conflito entre camponeses e autoridades dos estados de Santa Catarina e Paraná,
causada pela construção da estrada de ferro: São Paulo-Rio Grande, que gerou um
deslocamento compulsório de grandes massas de sertanejos e pequenos produtores do
sudoeste do Paraná, do leste e noroeste de Santa Catarina, após terem suas terras, que eram
públicas, destinadas à companhia ferroviária.
A guerra teve início com um pequeno grupo de sertanejos liderados por um monge
chamado Miguel Lucena Buenaventura, que mudou seu nome para Monge José Maria, com
fiéis cristãos e monárquicos. Os mesmos formaram uma cidade autônoma chamada Quadrado
Santo, estabelecendo espécies de cruzes nas extremidades do quadrilátero e uma no centro
chamando este lugar de Campos Santos.
O Contestado foi intrinsecamente uma guerra entre pobres e ricos (um povo caboclo e
sertanejo contra um povo dito europeizado), em que o estopim do conflito foi a invasão do
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Quadrado devido a comunidade ser considerada umas organizações pró-monárquicas. Matando
seu líder João Maria e tendo como novos líderes Maria Rosa e Joaquim.
Em agosto de 1916, depois de várias batalhas, cerca de 15 mil sertanejos foram mortos,
dando fim ao conflito
→ Ligas Camponesas (1950-1964)
O movimento era constituído por trabalhadores rurais, principalmente do Nordeste
Brasileiro, que eram sufocados pelos grandes latifúndios, que tinham como lema “Reforma
agrária na lei ou na marra”.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, em seu auge da industrialização, houve
grande mecanização na produção agrícola, causando diversos cortes de funcionários no
campo, gerando grande pobreza.
A primeira liga surgiu em 1954, com cerca de 1200 homens na cidade de Vitória de
Santo Antão, em Pernambuco, ganhando força e influência com o decorrer dos anos, mesmo
com a grande repressão policial, expandindo-se para os estados do Rio de Janeiro e Minas
Gerais.
Celso Furtado, que era importante economista da época, criou em 1959, a SUDEN
(Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), buscando soluções para a pobreza da
região. Na mesma época, a Igreja Católica se colocou a favor da reforma agrária.
No entanto, as ligas foram totalmente sufocadas com a instauração da Ditadura Militar
no Brasil. Ressurgindo posteriormente com outro nome, em meados de 1980, o MST.
→ MST
O MST (movimentos dos trabalhadores rurais sem-terra) ou (movimento sem-terra) é
um movimento de cunho marxista que tinha como objetivo a equidade para esses
trabalhadores, sendo um movimento subsequente as Ligas Camponesas.
Sendo contra grandes latifúndios inférteis e a mecanização massiva de grandes
culturas, foram promovidas invasões dessas terras, criando assim assentamentos, abrigando
famílias forçadas a saírem de suas terras.
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Um grande assentamento do MST foi a Encruzilhada Natalino, criada em 1980, que
abrigava mais de 3.000 pessoas em seu auge. Sofrendo represáliaspor parte do governo militar,
onde foram praticados diversos ataques contra os sem-terra durante dois anos seguidos, sendo o
assentamento considerado área de segurança nacional.
Após o Major Curió, o famoso torturador militar, foi assumida a investida contra os
assentados, que ao montar guaritas na entrada da Encruzilhada, barrava a entrada de pessoas,
imprensa e até mesmo doações de comida, ordenando também a destruição das fontes de água
de plantações do assentamento.
Em um ato solene, os colonos pegaram uma cruz que lá havia e romperam a barreira
militar. Esse ato marcou o fim do cerco da Encruzilhada Natalino e o início do MST, que
está ativo até os dias atuais.
6. Capitalismo - trabalho, tecnologia e a sociedade Capitalista
Alunos: Max e Rodrigo
- O que é?
É um sistema econômico que predomina a propriedade privada e na constante busca
pelo lucro e pela acumulação de capital, que se manifesta na forma de bens e dinheiro. Seu
principal conceito sendo estabelecido através do fortalecimento e continuidade do sistema
capitalista, que estaria presente na divisão da sociedade em classes, tendo:
➔ Proletariado: vivem de sua força de trabalho, através do recebimento de salários
➔ Burguesia: são os proprietários dos meios de produção.
- Origem e Desenvolvimento
Seu desenvolvimento foi lento e gradual, tendo sua inicialização na Baixa Idade Média,
com a formação de pequenas cidades comerciais.
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Com o passar do tempo, o poder da burguesia foi se expandindo e o acúmulo de capital
se difundiu, estimulando o crescimento de várias cidades e o consequente processo da
urbanização da Europa. Provocou-se uma grande decadência do sistema feudal, tendo então, o
surgimento do capitalismo e a sua formação. Dessa forma, o novo sistema passou por três
principais fases, sendo elas:
➔ Capitalismo Comercial;
➔ Capitalismo Industrial;
➔ Capitalismo Financeiro.
• Capitalismo Comercial
Começou entre os séculos XVI e permanece até o século XVIII. Sua função era assegurar
a máxima acumulação de lucros por parte da burguesia e da aristocracia, bem como disputar os
mercados internacionais e o melhor acesso a matérias-primas; essencialmente focada nas
trocas comerciais e a riqueza das nações, sendo medida pelo acúmulo de matérias-primas e
especiarias ou a capacidade de se ter acesso a elas. O modelo econômico praticado nesse
período foi chamado de Mercantilismo.
• Capitalismo Industrial
Um dos principais acontecimentos que permitiu a estabilização do poder à burguesia foi
a Revolução Industrial (1760-1820) e a Francesa (1789-1799), deixando como principal
atividade desenvolvida e administrada por essa classe.
E nesse período, a Europa, principalmente a Inglaterra, exerceu um grande poder sobre o
mundo, sob a ótica do colonialismo e do imperialismo, importando matéria-prima e
exportando seus produtos industrializados.
Neste contexto, o modelo econômico predominante foi o liberalismo econômico, já que
preconizava a mínima intervenção do estado nas práticas econômicas, dando o poder à
burguesia, por controlarem o andamento da economia.
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• Capitalismo Financeiro
Muitos economistas defendem que ainda nos encontramos na fase financeira do sistema
capitalista, sendo este o processo de investimento do capital bancário que ocorreu sobre o
capital industrial, surgindo grandes empresas, que se dividiam em ações que eram negociadas
como mercadorias, sendo mais valorizadas à medida que os lucros delas ampliaram.
Com a crise de 1929, o economista inglês John Maynard Keynes elaborou o
Keynesianismo, sistema que preconizava o retorno ao chamado “Estado Forte”, isto é, com a
sua máxima intervenção na economia, tendo esse processo chamado de Welfare State, que
tinha como objetivo gerar mais empregos através do consumo.
Também surgiram e se expandiram as Multinacionais, que se instalaram rapidamente
em países subdesenvolvidos, em busca de matéria-prima, mão-de-obra barata e ampliação do
mercado consumidor, tendo elas monopolizando cada vez mais o mercado internacional.
A partir dos anos 1980, houve a decadência do keynesianismo, tendo então o
neoliberalismo se beneficiando deste evento, retomando o ideal da mínima participação do
Estado na Economia, que deveria apenas atuar para assegurar a reprodução do sistema e salvar
o mercado de eventuais crises econômicas.
- Tecnologia e Sociedade Capitalista
A sociedade capitalista que é dividida em: proletariado, a classe trabalhadora e a
burguesia. Essa relação entre classes se dá por meio da apropriação do lucro sobre o trabalho
do outro. E nela, a tecnologia é usada como fator de produção para elevar a produtividade das
empresas, utilizando ferramentas tecnológicas e gerando eficiência na produção, sendo
representadas por:
➔ Máquinas inteligentes: que podem ser controladas por acesso remoto;
➔ Sistemas de informações gerenciais;
➔ Computadores: usados para a comunicação empresarial e realização das atividades
administrativas;
➔ Painéis digitais e o Tablet.
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7. Primeira e Segunda Revolução industrial - luta por direitos trabalhistas
Aluno: Bruno Baiotto
- Introdução
A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve
início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII, que se espalhou pelo mundo
causando grandes transformações, garantindo o surgimento da indústria e consolidação do
processo de formação do capitalismo.
- Pioneirismo Inglês
A Inglaterra foi a pioneira da Revolução Industrial, visto que possuía o apoio da
burguesia, eram geograficamente privilegiada, tinha recursos naturais, juntamente com a
política dos cercamentos e as econômicas liberais.
- Primeira Revolução Industrial
Iniciou-se por volta de 1760, marcando a transição de um sistema feudal para um
sistema capitalista, na Inglaterra.
Significou um período de grandes mudanças, que com o desenvolvimento de novas
tecnologias e aprimoramentos de técnicas, foram espalhadas pelo mundo todo, sendo, portanto,
fundamentais para entender a atual configuração da sociedade.
A principal característica dessa fase é a mudança do processo produtivo, que antes
feito por artesãos, o trabalho passou a ser desenvolvido em fábricas, com a utilização de
máquinas, criando a “divisão do trabalho”, em que cada trabalhador passa, então, a exercer
apenas uma etapa da produção e não todas as etapas (da matéria-prima à comercialização),
correspondendo a uma remuneração pela sua produção.
20
→ Indústrias da Primeira Revolução Industrial
A principal indústria no período da Primeira Revolução Industrial era a têxtil, surgindo,
por exemplo, diversas indústrias de tecidos de algodão que utilizavam o tear mecanizado, que,
por sua vez, era destinada à exportação, impulsionando fortemente a economia inglesa.
O desenvolvimento tecnológico alcançado nesse momento possibilitou que novas
técnicas e maquinários fossem introduzidos na produção têxtil. Assim, foram criadas
máquinas, como Spinning Jenny, Spinning frame, Spinning mule e water frame, capazes de
tecer fios e aumentar a produção que antes era feita manualmente.
→ Consequências da Primeira Revolução Industrial
➔ A manufatura deu lugar à maquinofatura, aumentando a mão de obra e sua
consequente desvalorização;
➔ Surgimento da burguesia e do proletariado;
➔ Os trabalhadores passaram a exercer funções específicas, possuindo salários baixos e as
cargas horárias extenuantes;
➔ O aumento da produção em menos tempo, aumento dos lucros e o desenvolvimento
da economia através da industrialização de outras nações.
- Segunda Revolução Industrial
Iniciou-se na segunda metade do século XIX, e finalizou-se no fim da Segunda Guerra
Mundial, entre 1939 e 1945.
Corresponde à continuidade do processo de revolução na indústria. O aprimoramento de
técnicas, o surgimento de máquinas e a introdução de novos meios de produção deram
início a um novo momento.
→ A industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para outros países,
como Estados Unidos, França, Rússia, Japão eAlemanha.
As tecnologias introduzidas nesse período possibilitaram a produção em massa, a
automatização do trabalho e o surgimento de diversas indústrias, em especial as indústrias
elétrica e química.
21
Os novos meios de produção desencadearam, nesse período, a introdução de modos de
organização da produção industrial que se preocupavam com a produção a menor custo e
menor tempo, ou seja, a racionalização do trabalho. Esses modos de organização ficaram
conhecidos como taylorismo e fordismo.
- Causas
Surgiu através das Revoluções Burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução
Inglesa, ocorridas entre os anos de 1640 e 1850.
- Relações com o Imperialismo
Apesar de terem impulsionado o desenvolvimento industrial e aumentado a
produtividade e os lucros, a inserção de novas técnicas, o aprimoramento de novos meios de
produção e o aumento das fábricas acabaram gerando bastante desemprego naquele período,
empobrecendo a classe trabalhadora. A mão de obra foi substituída por máquinas,
processos automatizados e correias transportadoras. Ou seja, a manufatura deu lugar à
maquinofatura.
Essa nova realidade fez com que a classe trabalhadora não fosse capaz de consumir tudo
que era produzido, o que acabou gerando um grande excedente na produção, diminuindo os
lucros e causando diversos prejuízos.
Os países capitalistas, como Alemanha e Estados Unidos, necessitavam então ampliar
seu mercado consumidor, expandindo-o geograficamente para além dos territórios europeus.
Além disso, precisavam também buscar matéria-prima suficiente para suprir a produção.
Surge, nesse momento, o que ficou conhecido como: imperialismo.
- Consequências da Segunda Revolução Industrial
➔ Desenvolvimento tecnológico propiciou a produção em massa e uma nova forma de
organização do trabalho, dando origem a novas relações entre os empregadores e
empregados.
➔ Destaque para a indústria química através da eletricidade.
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➔ O uso do petróleo como fonte de energia também foi responsável por diversas
alterações na sociedade e na indústria, criando os motores de combustão, a gasolina e a
gás.
➔ Intenso êxodo rural motivado pela substituição da mão de obra por máquinas, fazendo
com que muitos trabalhadores deixassem o meio rural e dirigissem às cidades.
8. Socialismo e Comunismo
Alunas: Ariadne e Jhenefer
- O que é Socialismo e Comunismo?
São conceitos usadas pelas pessoas sem o mínimo de conhecimento, como se fossem
sinônimos e de mesma ideologia;
Ambos são regimes de esquerda, com ideologias parecidas, mas não iguais, o comunismo
é a “Utopia” do socialismo.
- Contexto histórico
Começa a se estruturar o movimento “Manifesto Comunista”, publicado em 21 de
fevereiro de 1848;
Karl Marx e Friedrich Engels inauguraram um conceito baseado na ideia de que, ao longo
da História, as sociedades foram marcadas pelo conflito de classes, acompanhando o nascer de
partidos comunistas e golpes comunistas pelo mundo, fazendo convenções para espalhar
essa ideologia.
Assumindo as instituições políticas, a chamada ditadura do proletariado deveria
extinguir as condições de privilégio e a dominação criada pela burguesia, instituindo um
governo socialista, onde as desigualdades e as classes sociais deveriam ser abolidas e os meios
de produção deveriam estar centralizados nas mãos do Estado, com toda a riqueza sendo
igualitariamente dividida.
Os meios de produção são propriedade de empresas públicas ou cooperativas, e os
indivíduos são compensados com base no princípio da contribuição individual, recebe de acordo
com sua colaboração.
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- Socialismo
→ Movimentos sociais: Leninismo; Estalinismo; Trotskismo.
→ Aconteceram em países como: Cuba; Coréia do Norte; China.
- Comunismo
→ Estágio final do socialismo;
Segundo Karl Max e Frédéric Engels a sociedade estaria tão evoluída que não precisaria
de um governador para coordenar e dividir seus bens, a própria população estaria
responsável pela distribuição de sua produção;
→ Características
➔ Distribuição de bens igualitárias;
➔ Fim das classes sociais;
➔ Os bens são coletivos;
➔ Estado laico;
➔ Movimento sociais: Sindicalismo.
9. Guerra Fria
Alunas: Julia F. e Nicole
- O que foi a Guerra Fria?
A Guerra Fria (1947-1991) foi um conflito político-ideológico que foi travado entre os
Estados Unidos e a União Soviética, logo após a Segunda Guerra Mundial.
Iniciou-se por meio de um discurso realizado por Harry Truman, no Congresso
americano, em 1947. Nesse discurso, o presidente americano solicitava verba para combater o
avanço do comunismo na Europa e alegava que era papel do governo americano combater o
avanço da influência soviética.
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Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida entre quatro
vencedores: França, Inglaterra, Estados Unidos e URSS.
A URSS não aderiu à aliança e passou a ter influência direta sobre a Alemanha Oriental.
Em 1961, foi erguido um muro separando a cidade em capitalista e socialista: o muro de
Berlim, considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria e que foi destruído ao final do
conflito.
- Características
➔ Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro sob
influência soviética.
➔ Corrida armamentista: a procura por mostrar-se como força hegemônica, fazendo
ambos investirem no desenvolvimento de armas de destruição em massa, bombas
nucleares e termonucleares.
➔ Corrida espacial: a disputa entre as duas nações na exploração do espaço.
➔ Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de Guerra Fria,
uma série de interferências em nações estrangeiras como forma de garantir seus
interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso quando os americanos apoiaram o golpe
militar de 1964.
- Fases da Guerra
→ Início Gradual (1945-1947)
Nesta fase se apresentam algumas prováveis causas do início da Guerra Fria, entre elas temos:
➔ Polônia e o Leste Europeu: o uso da Polônia e de alguns países do Leste Europeu como
“governos - fantoches” da URSS.
➔ Reconstrução da Alemanha: Desentendimentos sobre como a Alemanha pagaria a
dívida devido a perda da guerra, e isso causou muito atrito entre EUA e URSS.
➔ Bomba atômica: A rejeição por parte da URSS de assinar o acordo de não uso das
bombas atômicas aumentou a tensão e fez com que em 1949 eles criassem a sua primeira
bomba atômica.
→ Declaração da Guerra Fria (1947-1949)
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Nesta fase da Guerra Fria as ações começaram a acontecer, um movimento de um dos lados
gerava uma resposta imediata do outro.
➔ Doutrina Truman: O presidente Truman discursou que os Estados Unidos defenderiam
os povos livres em todo o mundo. Uma das primeiras ações sob esse discurso foi a ajuda
monetária à Grécia e à Turquia, tendo o objetivo de expandir o poder norte-americano
no Mediterrâneo.
➔ Bloqueio de Berlim: a URSS bloqueou Berlim, fazendo com que houvessem dois lados:
o Socialista e o Capitalista, onde o lado capitalista sofreu bloqueios de chegada de
suprimentos, tentando assim diminuir a influência dos EUA na Alemanha.
- Otan e Pacto de Varsóvia
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi criada em 4 de abril de 1949,
com a ideia de criar uma aliança militar de países alinhados aos EUA, visando impedir uma
posição de agressão dos soviéticos.
Na mesma proposta, os soviéticos criaram o Pacto de Varsóvia, em 1955, com a ideia de
garantir a segurança das nações do bloco comunista e evitar uma possível agressão realizada
pelos estadunidenses.
- Auge da Guerra
➔ Guerra da Coréia (1950): as tropas da Coreia do Norte (comunista) atravessaram as
fronteiras e invadiram a Coreia do Sul (capitalista) com o apoio da URSS. Em seguida, os
EUA mobilizaram o Conselho de Segurança da ONU, que enviou tropas para conter o
avanço norte-coreano e avançar sobre o território da Coreia do Norte.
➔ Guerra do Vietnã (1959): o Vietnã do Norte (comunista), apoiado pela URSS avançou
sobre os territórios do Vietnã do Sul (capitalista), este apoiado pelos Estados Unidos. O
país foi reunificado em 1976, após a vitória da parte comunista.
- Crise dos MísseisÉ considerado o momento em que a Guerra Fria ficou mais próxima de um conflito
nuclear. Em 1961, ocorreu a tentativa de derrubar o governo de Fidel Castro, de regime
socialista. O episódio ficou conhecido como “invasão da Baía dos Porcos”, que somado ao fato
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dos EUA terem mísseis nucleares na Itália e Turquia (países próximos a URSS), fez com que os
soviéticos buscassem implantar mísseis em Cuba, país mais próximo dos EUA.
→ Fim da Guerra
Após muitas idas e vindas com o conflito, a situação econômica da URSS estava mais
fraca e pouco a pouco foi se enfraquecendo.
Entre as medidas tomadas para salvar a URSS estava a maior liberdade de seus “governos
- fantoches”, diminuição da opressão militar dentro da URSS (o que levou a mais
manifestações dentro da URSS), e o não uso de forças militares para apoiar a Alemanha
Oriental, causando em 1989 a queda do Muro de Berlim.
Porém, mesmo com todas essas medidas, ainda não foi possível salvar a URSS do seu
inevitável fim, então, em 26 de dezembro de 1991, a URSS declara a sua dissolução e dá fim a
Guerra Fria.
- Principais conflitos
➔ Corrida Armamentista: tentativa de superar o poder bélico de seu oponente e avançar
em criações tecnológicas voltadas à guerra.
➔ Corrida Espacial: Os soviéticos contaram com algumas vitórias iniciais: lançaram o
primeiro satélite artificial (1957), o primeiro foguete tripulado com um ser vivo (1960) e
o primeiro voo espacial tripulado por um humano (1961). Entretanto, a chegada do
homem à lua, realizada pelos Estados Unidos em 1969, foi o ápice dessa corrida.
- Consequências
➔ Reunificação da Alemanha;
➔ Formação de novos blocos econômicos;
➔ Derrota do socialismo;
➔ Ascensão do capitalismo em todo o mundo;
➔ Grande desenvolvimento e avanço tecnológicos;
➔ Modificação do mapa-múndi, com o surgimento de novas nações.
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10. Vargas e o trabalhismo
Alunas: Julia B. e Aline L.
- Quem foi Getúlio Vargas?
Foi militar, advogado e político, conhecido por ter sido o presidente brasileiro que mais
tempo ocupou a presidência (entre 1930 e 1945).
Ele governou de maneira centralizadora, sendo forçado a renunciar quinze anos depois
de ter assumido. Depois disso, ele acabou cometendo suicídio, no ano de 1954, durante uma
intensa crise política.
Ele é considerado o político que lançou a pedra fundamental do trabalhismo no Brasil,
pois durante o governo provisório, ele decretou uma série de leis sociais e trabalhistas
fazendo o Estado Novo ser visto como um Estado forte, criou a defesa da CLT (Consolidação das
Leis Trabalhistas), construiu as grandes estatais e os aproximou com as massas mais pobres.
- O que é Trabalhismo?
É uma ideologia política que tem como princípio a defesa da classe trabalhadora e de
seus interesses. Embora o trabalho se faça presente em todas sociedades, é apenas no
capitalismo que ele se torna uma mercadoria transacionável no mercado e regulada
juridicamente. Assim, identifica-se o trabalhismo com as correntes políticas que disputavam o
jogo eleitoral, compondo a parte institucionalizada e partidarizada dos movimentos dos
trabalhadores.
- Motivadores do Trabalhismo
Foram os anarquistas, socialistas e comunistas que passaram a se organizar e
reivindicar direitos trabalhistas já na década de 1920. Eles lutavam pela redução da jornada de
trabalho, férias remuneradas, descanso semanal remunerado e salários dignos.
A estratégia de Vargas foi valorizar o trabalhador, tornando-os cidadãos necessários
para a nova república que se tornou lema de Vargas, difundidos pela sociedade até nas escolas.
Também a criação do Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, em 1930, e a
https://www.infoescola.com/historia/nova-republica/
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Consolidação das Leis Trabalhistas que foram fundamentais para a construção da identidade
do trabalhador para o Brasil.
- Trabalhismo na Era Vargas
A ascensão de Vargas ao poder foi o início de uma nova forma de organização social,
marcada por um estado de compromisso e por trazer um novo ator político para a vida pública:
o trabalhador.
Acompanhando a tendência mundial da época e de acordo com o modelo do próprio
populismo que caracterizou a Era Vargas, durante o Estado Novo foi produzida e implantada
vasta legislação sobre os direitos trabalhistas.
- Características do governo
➔ Populismo: tipo de governo que possui as seguintes características: autoritarismo,
estatismo, corporativismo, culto ao líder combinado com concessões parciais a camada
mais pobre da população visando obter seu apoio.
➔ O Estado era o “mediador” dos conflitos sociais.
➔ Nacionalismo econômico, com criação de empresas estatais e obras públicas.
➔ Intervenção do Estado na economia, inspirado no modelo do “New Deal”
norte-americano.
➔ Controle dos trabalhadores com criação de leis (a CLT, é um exemplo disso) e
atrelamento dos sindicatos.
➔ Utilização intensa de propaganda governamental e censura, com a criação da DIP
(Departamento de Imprensa e Propaganda), que cuidadosamente “fabrica” a imagem do
“pai do trabalhador”.
➔ Descaso com o trabalhador rural (as leis trabalhistas não chegavam no campo).
➔ Aproximação com camadas populares urbanas.
- Algumas mudanças feitas:
• Para financiar a estrutura sindical foi criado o “imposto sindical” obrigatório, que
correspondia a um dia do salário anual do trabalhador, seja este sindicalizado ou não.
• Para mediar toda a estrutura do trabalho, Getúlio criou a Justiça do Trabalho, um fórum
especial em que patrões e empregados resolveriam suas pendências trabalhistas, individuais ou
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coletivas. Sua função era evitar que o conflito se estendesse para atitudes como greves ou
paralisações, além de impedir o embate direto entre patrões e empregados.
• A carteira de trabalho se tornou obrigatória, considerada um documento do trabalhador,
pois nela constavam os seus salários e os seus direitos proporcionais, como férias,
aposentadoria, entre outros.
• Getúlio Vargas, instituiu o salário mínimo brasileiro, que tinha um prazo de vigência de três
anos e os trabalhadores deveriam ganhar então pelo menos cerca de 240 mil réis.
• A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT, 1943). Baseada na Carta del Lavoro do fascismo
italiano, sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista
existente no Brasil. Seu principal objetivo era a regulamentação das relações individuais e
coletivas do trabalho, nela previstas.
11. J.K e a Industrialização do Brasil
Alunos: Leandro e Hector
O governo de Juscelino Kubitschek estendeu-se de 1956 a 1961 e teve como grande
marca o desenvolvimentismo.
Kubitschek investiu maciçamente no desenvolvimento de estradas, no crescimento
industrial, sobretudo da indústria pesada, e foi o responsável pelo ambicioso projeto da
construção de Brasília como nova capital do Brasil.
- Programa Nacional de Desenvolvimento
A campanha política de JK foi constituída sobre o discurso de criar um grande
desenvolvimento nacional.
Esse ideal desenvolvimentista foi consolidado sobre um conjunto de 31 metas que
envolvia diversos setores da economia, o chamado Plano de Metas.
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- Plano de Metas
Durante o mandato de JK, priorizou-se o investimento nos setores de transportes e
energia, na indústria de base (bens de consumos duráveis e não duráveis), na substituição de
importações, destacando a ascensão da indústria automobilística, e na Educação.
Para JK e seu governo, o Brasil iria diminuir a desigualdade social gerando riquezas e
desenvolvendo a industrialização e, consequentemente, fortalecendo a economia. Sendo assim,
foi lançado seu Plano de Metas: “o Brasil iria desenvolver 50 anos em 5”.
- Modelo Tripé
➔ Capital Nacional Estatal: Responsável pela criação e ampliação da infra estrutura,
como rodovias e estrutura energética. Além dos investimentos nas indústrias de base.
➔ Capital Externo Privado: Responsável pela criação das indústrias de bens de consumo
duráveis, com destaque para a automobilística. Setores que demandavam alto grau de
investimentos tecnológicos.
➔ Capital Nacional Privado: Responsávelpela criação das indústrias de bens de consumo
não duráveis, como alimentícia e têxtil. Setores que demandavam baixo grau de
investimentos tecnológicos.
- É importante destacar:
1. Os investimentos estatais em infraestrutura tinham como objetivo criar condições
favoráveis para atrair as indústrias estrangeiras, principalmente as automobilísticas,
favorecendo a adoção do rodoviarismo.
2. Grande parte dos investimentos estatais ocorreram através de empréstimos internacionais,
ampliando a dívida externa.
3. Os investimentos estrangeiros praticamente se concentraram nos setores que demandavam
altos investimentos tecnológicos, ampliando a dependência da tecnologia externa.
4. O parque industrial criado e ampliado no governo JK se concentrou na região sudeste,
originando um aumento das desigualdades inter-regionais.
31
- Construção de Brasília
Considerada como meta síntese dentro do plano de metas do governo JK estava a
construção de uma nova capital. Dentre os objetivos principais estão:
➔ Incentivo ao desenvolvimento do Brasil Central.
➔ Promover uma maior integração nacional.
➔ Proteção da capital.
➔ Afastar o centro de decisão política do RJ.
➔ Redução da pressão política.
12. Sociedade de consumo, Meio ambiente e Ecologia
Alunas: Gabriella e Luana → nossa apresentação

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