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TERAPIA TRANSFUSIONAL - YARLLA CRUZ

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Terapia transfusional 
Doação de sangue 
• Voluntária, anônima e altruísta – não é 
possível cobrar ou identificar quem é o 
doador 
• Peso mínimo - 50Kg 
• Idade - 16-69 Anos 
 • Paciente com 16 anos – o responsável 
tem que liberar 
 • Primeira doação – o limite máximo é de 
60 anos 
• Sexo masculino 
 • Intervalo mínimo 2 meses 
 • Máximo 4 vezes por ano 
 • Hb - 13g/dL ou Ht: 39% 
• Sexo feminino 
 • Intervalo mínimo 3 Meses 
 • Máximo 3 vezes por ano 
 • Hb - 12,5g/dL ou Ht: 38% 
• Entrevista por profissional de ensino 
superior – médico ou enfermeiro 
• Triagem infecciosa na bolsa de sangue, 
haja vista a janela imunológica da infecção 
recente – margem em torno de 5 dias 
 • HIV 1/2 
 • HTLV 1/2 
 • Hepatite B 
 • Hepatite C 
 • Doença de Chagas 
 • Sífi lis 
• Principais inaptidões temporárias 
 • Quadro infeccioso (dengue, COVID) = 2 
semanas após recuperação 
 • Uso de álcool* = doação de sangue 12 
horas após o uso 
 • Maconha = doação de sangue 12 horas 
após o uso 
 • Endoscopia digestiva alta = 6 meses, 
haja vista que o mecanismo de 
esterilização não é tão eficaz e por isso, o 
tempo é prolongado, em razão da janela 
de risco 
 • Crack/ cocaína/ droga injetável = 12 
meses 
 • Piercing**/ tatuagem/ maquiagem 
definitiva = 12 meses 
 • Múltiplos parceiros sexuais = 12 meses 
• *Etilismo crônico = inapto definitivo 
• ** Piercing em região oral/ genital = inapto 
definitivo 
• Pode doar sangue 3-4 vezes, entretanto o 
doador só recebe 1 folga por ano 
 
Coleta de sangue 
• 450 ml de sangue doado + 50 ml de 
anticoagulante -> a bolsa é centrifugada 
para separar os hemocomponentes 
(hemácia, plasma e plaquetas) 
 • “1 doação de sangue pode salvar até 3 
vidas” 
• Hemoderivados – é baseado na 
produção industrial com base no plasma 
 • O plasma pode concentrar albumina, 
imunoglobulina, fatores de coagulação 
 • O crioprecipitado pode ser retirado do 
plasma 
• Bolsa centrifugada 
 • Embaixo – hemácias 
com maior peso 
 • No meio - plaquetas e 
leucócitos 
 • Buffy-coat – são as 
plaquetas 
 • Em cima – plasma 
 
Concentrados de hemácias 
• São colocadas em anticoagulantes - 
solução aditiva SAG-M (SF 0,9%/ adenina/ 
glicose/ manitol) 
• Temperatura - 4⁰C (+/- 2⁰C) 
• Armazenamento - 42 Dias 
• Volume - 220-280mL 
Yarlla Cruz Dr Emmanuel 
• Avaliação clínica – sempre que possível, 
não utilizar sangue, mas tratar as causas de 
base, haja vista as reações da transfusão 
 • A transfusão de hemácias é uma 
exceção e o paciente deve estar instável e 
sintomático 
 • Anemia grave + ausência de sintomas 
-> investiga a causa base 
 • Idade do paciente 
 • Tempo de instalação 
 • História natural da anemia 
 • Avaliar comorbidades 
 • Avaliar terapêutica clínica 
preferencialmente: 
 • Ferro 
 • Ácido Fólico 
 • Vitamina B12 
 • Eritropoietina 
 • Levotiroxina 
• Uso clínico – anemia grave aguda 
(Hb<7g/dL sintomática) 
 • É a mais comum para receber 
transfusão 
 • São quadros agudos com instabilidade 
 • Nem sempre a transfusão é mandatória, 
uma vez que em alguns casos, a anemia 
grave não é sintomática 
 • Instabilidade – sinais de hipovolemia e 
choque 
 • Taquicardia (FC: 100-120bpm) 
 • Hipotensão arterial 
 • Redução urinária 
 • Taquidispneia 
 • Enchimento capilar (>2s) 
 • Alteração do nível de consciência 
• Tempo de infusão: 1-2 Horas (máximo 4h) 
 • Média de 2 horas 
 • Se passar de 4 horas – a transfusão deve 
ser cancelada, haja vista o risco de reações 
• Resposta terapêutica 01 concentrado = 
Hb: 1g/dL ou Ht: 3% 
 • Para cada bolsa de transfusão em um 
adulto médio -> aumenta a Hb de 1g/dL 
• Pediatria - 10-15mL/Kg de concentração 
de hemácias 
 • Criança com 10 kg -> solicita 100 ml 
 
Situações especiais 
• Os pacientes, geralmente, ficam 
compensados com uma anemia em torno 
de 7-8 
 • Abaixo de 7 -> é mais fácil a 
descompensação da anemia 
• Situações que exigem uma maior 
concentração de hemácias 
 • Cardiopatia isquêmica aguda – exige 
uma Hb entre 9-10g/dL para uma boa 
perfusão 
 • DPOC (Hb < 10g/dL) – o paciente 
apresenta uma policitemia reacional 
secundária 
 • Idoso > 65 Anos (Hb < 9g/dL) – necessita 
de uma hemoglobina um pouco maior 
 • Cirurgia (Hb < 7-8g/dL) – a Hb entre 7-8, 
a cirurgia é permitida em situações de 
urgência 
 
Concentrado de plaquetas 
• Volume - 50-60mL 
• Temperatura: 22⁰C (+/- 2⁰C) 
• Armazenamento sob agitação, haja vista 
a capacidade de agregação das 
plaquetas 
• Validade - 5 dias 
 • Medidas rigorosas para o uso clínico 
 
Uso clínico 
• É mandatório transfundir plaquetas abaixo 
de 10.000 !! 
• É mandatório transfundir abaixo de 20.000 
em pacientes com febre ou hemorragia !! 
 • Geralmente são pacientes oncológicos 
após radioterapia, quimioterapia 
• Falência medular (Doença 
Hematológica/ QTx/ RTx/ TMO) 
 • Plaquetometria < 10.000 
Yarlla Cruz 
 • Plaquetometria < 20.000 (se hemorragia/ 
febre) 
• Procedimentos invasivos/ cirúrgicos 
 • Coleta de LCR (plaquetometria < 
30.000) 
 • Broncoscopia/ endoscopia digestiva 
alta com biópsia (plaquetometria < 50.000) 
 • Cirurgia geral (plaquetometria < 50.000) 
– plaquetas > 50.000 não necessita de 
transfusão 
 • Cirurgia neuro/ oftalmológica 
(plaquetometria < 100.000) – órgãos nobres 
• Plaquetopatia funcional – a contagem de 
plaquetas é normal, entretanto elas não 
exercem sua função 
 • São casos raros 
 • Trombastenia de Glanzmann 
 • Síndrome de Bernard-Soulier 
 
Situações especiais 
• Transfusão maciça (troca de ≥ 1 volemia) 
– o paciente recebe quase o seu valor total 
de sangue em 24 horas, gerando uma 
coagulopatia do trauma 
 • Transfusão de 1:1:1 (hemácia, plaqueta 
e plasma) 
 • Além de transfundir as hemácias, é 
necessário transfundir plaquetas e plasma 
 • Plaquetometria < 50.000 
 • Plaquetometria < 100.000 (distúrbio da 
hemostasia/ politrauma/ TCE) 
• Coagulação intravascular disseminada 
(CIVD) – consome os fatores de 
coagulação, por isso ocorre a transfusão de 
plaquetas e plasma 
 • Plaquetometria < 20.000 (hemorragia 
associada) 
• Plaquetopenias imune (PTI/ dengue 
hemorrágica) – a transfusão é uma 
exceção 
 • Uso de corticoides e tratamento da 
causa base 
 • Se gemorragia grave/ risco de morte 
 
Uso clínico 
• Dose adulto -> 1 unidade a cada 10Kg do 
paciente ou 1-2 unidades Buffy-coat 
 • 50 kg -> 5 unidades de plaquetas 
 • 1 buffy-coat -> representa 5 doações de 
sangue, uma vez que essa bolsa reúne o 
sangue de pacientes do mesmo grupo 
sanguíneo 
 • É a mais util izada no Ceará 
 • Pct mais magro -> uso de 1 unidade 
de buffy-coat 
 • Pct de maior porte -> uso de 2 
unidades de buffy-coat 
• Tempo de infusão – 30 minutos 
• Incompatibilidade ABO/ Rh - não 
contraindica transfusão de plaquetas, 
diferentemente das hemácias 
 
Plasma fresco congelado 
• Congelamento até 8 horas da coleta 
• Temperaturas: 
 • Até -20⁰C (validade = 12 meses) 
 • Inferior a -20⁰C (validade = 24 meses) 
• Volume - 180-250mL 
• Alto volume de bolsas disponíveis – uso 
industrial para produção de fatores de 
coagulação, albumina 
 
Uso clínico 
• Plasma e plaquetas -> uso mais restrito 
que hemácias 
• Uso em casos de coagulopatia com 
sangramento – alteração do TTPA (tempo 
de tromboplastina parcial ativada) e TP 
(tempo de protrombina) 
è SANGRAMENTO + ALTERAÇÃO 
LABORATORIAL = TRANSFUSÃO 
è Apenas a alteração laboratorial não 
é suficiente 
• Hemorragia em hepatopatias 
 • Profilaxia de procedimentos invasivos/ 
cirúrgicos 
Yarlla Cruz 
• Hemorragia em coagulação intravascular 
disseminada – CIVD 
 • Sepse/ Choque/ Trauma 
• Hemorragia por uso de anticoagulante 
(varfarina) 
 • Presença de sangramento com TP e INR 
de 10 – uso de plasma para reversão do 
quadro 
 • Fatores vitamina K dependentes (II, VII, 
IX, X) 
• Transfusãomaciça 
 • Coagulopatia do trauma 
• Deficiência de fatores de coagulação 
não padronizados 
 • Fator XI/ Fator V – são raros 
• Púrpura Trombocitopênica Trombótica 
(PTT) – doença rara em que o plasma é 
importante para a terapia 
 
Contra-indicações 
• Hemorragia sem coagulopatia* 
è *TP/ TTPa ≥ 1,5 – indica uma 
coagulopatia 
è A relação abaixo de 1,5 não possui 
repercussão clínica 
• Coagulopatia sem hemorragia – cirrose 
• Hipovolemia 
• Hipoalbuminemia/ desnutrição 
• Imunodeficiências 
• Hemofilias 
Uso clínico 
• Dose adulto - 1 unidade/10Kg ou 10-
20mL/Kg 
• Tempo de infusão - até 60min 
• Descongelar em banho-maria 
• Uso até 6h em temperatura ambiente 
• Proibido recongelar, uma vez que são 
proteínas que desnaturam com o tempo 
 
Crioprecipitado 
• Derivado do PFC – é o descongelamento 
do plasma 
• Remoção de proteínas precipitadas em 
torno de 2–6⁰C 
• Volume - 10-40mL 
 • É um volume pequeno comparado ao 
plasma, possuindo vantagem em pacientes 
hipervolêmicos 
• Validade - 12 meses (recongelado) 
• Rico em fribrinogênio e 
fator 13 – uso em 
pacientes com CIVD 
(coagulação 
intravascular disseminada) 
 • Complicação de trauma, sepse, 
obstétrica 
 
Uso clínico 
• Hipofibrinogenemia (<100mg/dL) – são 
doenças genéticas raras 
• CIVD/ transfusão maciça/ reversão de 
trombólise 
 • Uso em reversão da complicação da 
trombólise em pacientes com AVC 
• Disfibrinogenemia 
• Deficiência Fator XIII 
 
Contra-indicações 
• Hemofilia A* 
• Doença de Von Willebrand* 
• *Utilizar o concentrado específico/ 
recombinante para essas doenças 
 • Hemofilia A – fator VIII 
 
Uso clínico 
• Dose adulto - 1 unidade/10Kg 
• Tempo de infusão - imediata 
• Descongelar em banho-maria 
• Uso até 6h em temperatura ambiente 
• Proibido recongelar 
 
 
 
Yarlla Cruz 
Transfusão maciça 
Situações e definições 
• Reposição de sangue em torno de 1 
volemia em 24h (10-12 unidades) – 
politrauma 
 • Alto risco de coagulopatia do trauma 
• Reposição de sangue em 50% da volemia 
em 3 horas 
• Reposição de ≥ 4 unidades em 1 hora 
• A coagulopatia é comum em transfusão 
maciça 
 • Quando presente, difícil correção – a 
coagulação deve ser eficiente nesses 
casos, com uso de hemácias, plaquetas e 
plasma 
• Manter hemostasia adequada 
 • Fatores de coagulação (>40% - TP/TTPA 
< 1,5) / Plaquetas > 50.000 – coagulação 
eficiente 
 • Se o paciente for utilizar muito sangue 
em choque -> uso de plasma e plaquetas 
de forma preventiva para evitar a 
coagulopatia do trauma 
• Terapia intensiva e precoce com 
hemocomponentes 
 • PFC/ plaquetas 
 
 
Protocolo de Maryland 
• Iniciar reposição com cristaloide/ 
concentrados de hemácias (O negativo) 
• Esclarecer cenário hemorrágico 
• Protocolo 
 • Relação 1:1:1 
 • Concentrado de hemácias/ plasma 
fresco congelado/ concentrado de 
plaquetas 
 
Reação transfusional 
• Efeito ou resposta indesejável observado 
em uma pessoa, associado temporalmente 
com a administração de sangue ou 
hemocomponente – geralmente é 24 horas 
 • Essas reações ocorrem concomitantes 
ou logo em seguida após a transfusão na 
maioria dos casos 
• O paciente deve ter os sinais vitais 
(temperatura, pressão arterial e pulso), 
verificados e registrados, pelo menos, 
imediatamente antes do início e após o 
término da transfusão 
• A transfusão deve ser solicitada por um 
médico 
• Os primeiros 10 (dez) minutos de 
transfusão serão acompanhados pelo 
médico ou profissional de saúde 
qualificado para tal atividade 
• Na maioria dos casos são reações leves 
Reação febril não hemolítica (RFNH) 
• É a reação mais comum 
• Definição - febre (≥38⁰C) com aumento 
na temperatura de pelo menos 1⁰C até 4 
horas* (24 horas) da transfusão sem 
hemólise 
 • Aumenta 1⁰C em relação ao início da 
transfusão 
• Etiologia - citocinas liberadas por 
leucócitos residuais do doador ou 
anticorpos antileucocitários do receptor 
• Quadro - febre (≥ 38⁰C), tremor/ calafrios, 
possível náusea, vômito e cefaleia 
• Conduta - interromper transfusão, SF 0,9%, 
antitérmicos 
• Profilaxia - hemocomponente filtrado/ 
leucorreduzido 
 • Retirada dos leucócitos do concentrado 
de hemácias 
 • Em outras regiões, a bolsa não é fi ltrada, 
exceto se o paciente já tiver apresentado 
uma reação febril anterior 
Yarlla Cruz 
Reação alérgica 
• É a segunda reação mais comum 
• Definição - reação de hipersensibilidade 
até 4 horas após início da transfusão 
• Etiologia - anticorpos geralmente IgE pré-
formados do receptor contra proteínas do 
doador 
 • São as proteínas presentes na bolsa 
• Quadro leve (2 sinais/sintomas) - eritema, 
pápulas, prurido, urticária, tosse, rouquidão, 
edema palpebral/ labial/ oral 
 • Uso de medicações 
• Reação anafilática - estridor laríngeo, 
cianose, dispnéia, broncoespasmo, IRpA, 
choque 
 • Descartar hemocomponente e iniciar 
suporte ao paciente 
• Conduta - interromper transfusão, SF 0,9%, 
oxigênio 
 • Em casos leves pode reinstalar o 
hemocomponente após o uso de 
antialérgicos 
• Profilaxia - lavar o hemocomponente para 
remover plasma/ proteínas 
 
Reação por contaminação bacteriana 
• Definição - hemocomponente infectado 
por bactéria igual a identificada no 
receptor e/ou febre (≥38⁰C) com aumento 
de pelo menos 2⁰C durante ou até 24h da 
transfusão, sem sinal de infecção prévia 
è É decorrente de um mal 
condicionamento da bolsa, 
gerando uma infecção 
 • Reação de bacteremia com a 
transfusão 
• Quadro - tremores, calafrios, hipotensão, 
taquicardia, dispnéia, náusea, vômito, 
choque, CIVD, insuficiência renal 
• Epidemiologia - CP 1/3.000-38.000 e CH 
1/25.000-172.000 
 • Maior associação com concentrado de 
hemácias: Gram (-) e concentrado de 
plaquetas: Gram (+) 
• Etiologia - triagem, antissepsia para 
coleta, estocagem e manipulação 
inadequadas 
è Confirmação – hemocultura do 
paciente e da bolsa 
• Conduta - interromper transfusão, SF 0,9% 
 
Reação hemolítica aguda imune (RHAI) 
• É a mais grave, sendo uma “transfusão 
errada” de um grupo sanguíneo diferente 
do paciente 
• Definição - rápida hemólise intravascular 
de hemácias incompatíveis transfundidas 
devido anticorpos pré-formados na 
circulação do paciente 
• Quadro – dor, punção/torácica/lombar, 
febre/calafrios, náusea/vômito, mal-estar, 
hipotensão, ansiedade, agitação, 
sensação de morte iminente, insuficiência 
renal 
• Etiologia - falha de identificação/ troca 
de amostras, ou seja, falha humana 
è Uso da checagem ativa 
• Diagnóstico - TAD Anti-IgG ou Anti-C3 (+) 
/ ↓Hb/Ht/ ↑DHL/ ↓haptoglobina/ 
hemoglobinúria/ ↑bilirrubina indireta 
 • Pode gerar uma lesão renal, haja vista 
que a hemólise é intensa – dor no flanco 
• Conduta - interromper transfusão, SF 0,9% 
 
Lesão aguda pulmonar (TRALI) 
• Definição - desconforto respiratório agudo 
durante ou até 6 horas do início da 
transfusão sem evidência de lesão prévia 
 • Ocorre com o plasma 
 • Pulmão de SARA (síndrome da angústia 
respiratória aguda) 
• Quadro - imagem pulmonar com infiltrado 
bilateral sem congestão (BNP e PVC 
normais) / hipoxemia (StO2 < 90% e/ou 
PaO2/FiO2 < 300mmHg) 
Yarlla Cruz 
 • Dispneia/IRpA, febre, tremores, 
taquicardia, hiper/hipotensão, cianose 
 • Diagnóstico clínico e de exclusão 
• Epidemiologia - pode variar de 1/3.000 a 
1/5.000 transfusões 
• Etiologia - 70% dos casos devido 
anticorpos antileucocitários no plasma do 
doador dirigidos contra HLA I/II ou 
neutrófilos do receptor 
 • Em 5-20% dos casos anticorpos 
presentes no receptor e minoria não 
identificados 
è Geralmente, acontece quando o 
plasma é de mulher, uma vez que 
são mais imunogênicas (expostas ao 
parto, gravidez) 
• Conduta - suporte clínico-respiratório (O2 
até AVM) 
 • Melhora de 80% dos casos até 48- 96 
horas 
• Profilaxia - se identificados anticorpos no 
receptor, fazer leucorredução do produto 
 • Não utilizar plasma de doadoras que já 
foram gestantes e de hemocomponentes 
com histórico de TRALI 
èO plasma da mulher é utilizado pela 
indústria 
 • Se realmente necessário, remover 
plasma do hemocomponente – o plasma 
da mulher é mais imunogênico que o do 
homem 
 
Reação hemolítica aguda não imune 
• Definição - hemólise por fatores externos 
durante ou até 24 horas da transfusão 
 • Pode não ter sinais clínicos 
• Etiologia - lesão térmica (calor/ frio 
excessivos das bolsas), lesão osmótica 
(contato com soluções hipotônicas/SG 5% 
ou com adição de medicamentos), lesão 
mecânica (agulhas Finas, compressão da 
bolsa, CEC) 
 • Ao instalar um equipo de hemácia, 
apenas o equipo de SF pode ser associado 
 • O ideal é que uma via seja isolada 
apenas para o sangue 
 • A compressão da bolsa gera uma 
hemólise 
è A bolsa deve “descansar” em 
temperatura ambiente e em meia 
hora estará estável para transfusão 
• Diagnóstico - evidência clínico-
laboratorial de hemólise descartada 
etiologia imune em situação de risco 
è Ao realizar o exame de sangue de 
controle, não ocorre o aumento dos 
hemocomponente 
• Conduta - hidratação para proteger 
função renal 
 • Disfunção renal – é a maior 
complicação 
• Profilaxia - obedecer as normas técnicas 
para transfusão 
 
Sobrecarga circulatória 
• É a terceira causa mais comum 
• Definição – edema agudo pulmonar até 
6h do início da transfusão, decorrente da 
sobrecarga de volume 
è Paciente com ICC, DPOC, 
hemodiálise 
• Quadro - 4 critérios dos seguintes 
(dispneia, ↑BNP/ PVC, taquicardia, 
hipertensão, edema pulmonar, balanço 
hídrico positivo, insuficiência ventricular 
esquerda) 
• Epidemiologia - incidência de 4,3% em 
2014 (terceira causa) 
• Etiologia - rápida infusão ou elevado 
volume 
 • Comum em reserva cardíaca baixa, 
anemia crônica grave, insuficiência renal, 
hipoalbuminemia, baixo peso, extremos de 
idade 
Yarlla Cruz 
• Conduta - interromper transfusão, 
cabeceira elevada, medidas de suporte/ 
oxigênio 
 • Uso de diuréticos, fracionamento da 
bolsa 
• Profilaxia - avaliar aliquotagem e 
velocidade de infusão 
 
Medidas gerais 
• Interromper transfusão e avaliar o 
paciente 
• Situações leves – não contraindica a 
transfusão, usa um medicamento e 
continua a transfusão 
• Manter acesso venoso com SF 0,9% 
• Sinais vitais (FC, FR, PA, Tax, StO2) 
• Checar RT, prontuário, receptor 
• Mandar equipo e bolsa para 
hemoterapia 
• Exames se suspeita de reação hemolítica, 
TRALI ou sepse 
• Coletar amostra de outro sítio periférico 
• Registrar medidas no prontuário e notificar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Yarlla Cruz

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