Estresse Vegetal e Produtividade

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Questão 01 - O que você entende por estresse vegetal? De alguma maneira, esse estresse pode ser semelhante ao que os seres humanos podem sofrer?
Entendo que estresse vegetal significa uma situação em que algum fator, seja ele biótico ou abiótico, age sobre o vegetal desencadeando mudanças em seu metabolismo, ou seja, é um reflexo de condições adversas que são desfavoráveis ao crescimento e desenvolvimento da planta. Tal estresse pode ser semelhante àquele que acontece com seres humanos, na medida em que este também afeta nossas condições de vida, de crescimento, de saúde, havendo também limites e fatores que determinarão se o fenômeno do estresse trará resultados positivos ou negativos. Mediante ao estresse “defesas naturais” são ativadas e a intensidade deste determinará a continuidade ou não da vida do vegetal e/ou ser humano.
Questão 02 - Que fatores interferem na fisiologia das plantas e que podem se traduzir em estresse vegetal?
De forma geral, os fatores relacionados à fotossíntese, a depender da frequência, severidade e duração, poderão se traduzir em estresse vegetal. São eles a luminosidade, a temperatura do ar, a quantidade de CO2 na atmosfera, a disponibilidade de água e nutrientes e a salinidade. Além disso, a presença de elementos em quantidades tóxicas, como no caso do alumínio e manganês, apesar de não estarem diretamente relacionados à fotossíntese, podem resultar em estresse para plantas, prejudicando seu desenvolvimento e produção. 
Questão 03 - Dentre os vários agentes causadores de estresse, como você os classificaria em ordem de importância para a a produtividade vegetal? Existe algum estresse necessário?
A classificação se daria na ordem de importância, iniciando-se pela disponibilidade de água que afeta a turgescência das células e a hidratação das folhas, seguido da luminosidade considerando sua qualidade (comprimento de onda), intensidade e duração, temperatura que se relaciona com a velocidade de ocorrência das diversas reações metabólicas na planta, a disponibilidade de nutrientes por esses serem essenciais na constituição de enzimas (a exemplo do molibdênio, um importante constituinte da nitrato redutase) e a salinidade que influi sobre a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Alguns processos estressantes são necessários, a exemplo do déficit hídrico, do estresse térmico e luminoso visando a indução de mudanças morfofisiológicas necessárias para a passagem da fase vegetativa para reprodutiva em algumas culturas. 
Questão 04 - Devemos pensar no estresse como uma condição não usual e extrema ou como uma condição comum no dia-a-dia das plantas? 
O estresse pode ser entendido como uma condição comum no dia-a-dia das plantas pelo fato destas estarem expostas a condições adversas que, a depender da intensidade e outros fatores, se tornam estressantes. Tal fato acontece pois o homem, na produção comercial, não consegue controlar todos os fatores bióticos e abióticos que podem interferir no metabolismo vegetal. A domesticação das plantas, antes selvagens, tornou-as mais dependentes do cuidado humano. Entretanto, mesmo diante de todos os cuidados de manejo haverão fatores não controláveis que poderão causar estresse nas plantas com respostas negativas na produção.