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Anna Catharina Garcia Daniela Portugal direito penal 1 Funções da pena 24/09/2018 1. Teorias absolutas ou retribuitivas: teoria legimadora 1.1 Quando o sujeito faz um mal pra a sociedade, esse mal deve ser retribuída pra ele. A pena serve para castigar. 1.2 Lei do talião: olho por olho e dente por dente. 1.3 Presentes na idade media, Roma e Grécia. 1.4 “Todas as teorias que vem o direito penal como um fim em si mesmo, independentemente das razoes utilitárias ou preventivas, significa dizer que a legitimidade aqui decorre apenas do fato do delito ter sido cometido” – Bittencourt. 1.5 Kant: A pena tem que ser aplicada porque houve a violação a moral; O homem tem que ter o fim em si mesmo, a pena não deve ter função preventiva e sim de punir o que foi feito; “ A pena aqui é justificada apenas pelo cometimento do delito, avalia-se meramente a conduta moral do sujeito”; avaliação moral. 1.6 Hegel: O direito dá a preservação das condutas sociais, e a partir do cometimento do crime você nega esse direito; A pena vai negar a conduta negativa (o crime), e essa ideia de negativo com negativo dará o positivo, retribuindo o mal que causou; “A pena é explicada por um processo dialético inerente a ideia do direito, considerando o delito uma violência contra o direito, a pena é uma violência que anularia a primeira, reafirmando o ordenamento jurídico; O crime nega o direito, a pena nega o crime. 2. Teorias relativas ou preventivas: teoria legimadora 2.1 Idade moderna. 2.2 Função geral: “Percebe a pena como meio de ser visto de determinados fins, considerando-a utilitariamente”; voltado para a sociedade. 2.2.1 Finalidade positiva: proteção do bem jurídico e a sociedade. “Difundir na consciência geral a necessidade de se preservar os bens jurídicos. A pena tem função de proteger as interações sociais por meio de sua aplicação ante as frustrações que decorrem da violação das normas.”; Educar a sociedade e afirmar a validade da norma. 2.2.2 Finalidade negativa: Forma de coação psicológica exercida sobre seus destinatários, distinguindo-se na culminação (o tempo da pena que o legislador acorda para a violação) e aplicação da lei; Dissuade o sujeito a cometer o delito por medo da pena; Pouco existe, não dissuade ninguém a não cometer o crime; Intimida e temoriza a sociedade. 2.3 Função especial: Objetivo de prevenir novos crimes; Busca a ressocialização dos autores dos crimes, reeducando- os.; Voltado para o sujeito apenado. 2.3.1 Finalidade positiva: Ressocialização 2.3.2 Finalidade negativa: Neutralização; Aplicada apenas em penas privativas de liberdade, neutraliza o sujeito, retira o sujeito da sociedade 3. Teoria mista ou unificadora da pena: teoria legitimadora 26/09/2018 3.1 A pena cumpre a função retributiva e a preventiva. 3.2 Teoria dialética unificadora: Claus Roxin 3.2.1 A pena cumpre varias funções, dependendo do momento em que é aplicada. 3.2.2 Pena cominada (previamente determinada pelo legislador em abstrato): cumpre uma função de prevenção geral 3.2.2.1 Limitada pela proporcionalidade 3.2.3 Pena aplicada (já não é mais abtrato, já ta voltada especificamente pra o sujeito que a cumpre): cumpre uma função de prevenção especial, pois há uma dosimetria de pena especifica para o sujeito. 3.2.3.1 Limitada pela culpabilidade do sujeito (grau de reprovabilidade da conduta) 3.2.4 Pena executada: Prevenção especial, já não se fala mais na dosimetria d pena da sentença e sim do sujeito já encarcerado e o Estado colocando em pratica a pena que foi aplicada. 3.2.4.1 Limitada pelo principio da humanidade 3.2.5 Roxin afirma teoricamente que a retribuição não é a função da pena, não se pode fundamenta-la na simples ideia de castigo 4. Observações teorias legitimadoras 4.1 Art 59 do CP: O objetivo da pena é reprovar e prevenir o crime (segue a teoria mista/eclética ) 4.2 Todas são teorias justificadoras, so mudam as justificam a pena e legitimam a pena privativa de liberdade. São elas quem legitimam e justificam o próprio Direito Penal. 5. Teoria Agnostica: teoria deslegitimadora 5.1 Autoria de Zaffaroni: insipirado pela obra “Penas perdidas” de Louk Huksman e Jacqueline de Celis (abolicionistas) – o castigo pelo castigo, no Estado Moderno, não pode ser justificado pelo castigo e nem pela prevenção pois a pena privativa não previne novos crimes. Tudo que esse tipo de pena faz é estigmatizar o sujeito – 5.2 Assim, Zaffaroni escreve “em buscas das penas perdidas”, que não é abolicionista e sim minimalista (ou abolicionista moderado) 5.3 Nessa ideia minimalista, Zaffaroni coloca que não há justificativa racional para o uso da pena privativa de liberdade 5.3.1 As justificativas da pena não estão no campo do cognoscível e do conhecimento. 5.3.2 Toda prisão é ato de violência: é vingança, institucionalizada pelo Estado 5.4 Logo, a pena privativa de liberdade só deve ser usada em caso de extrema necessidade, no mais reduzido possível grupo de casos. Mesmo sabendo que ela não cumpre as funções que as legitimam. 5.4.1 Reconhecendo o Estado que está praticando um ato e violência contra alguém, ele deve reformular seus princípios de extrema necessidade para que possa justificar a irracionalidade excepcional da prisão. Aplicação da Lei Penal 01/10/2018 1. Caso prático: João, 25 anos, foi preso em flagrante delito, no dia 1/10/2004 quando trazia consigo 2,6g de crack, conforme demostrou laudo pericial. Em virtude, de ter sido encontrada com agente uma balança de precisão ilícita de vendas, o MP ofereceu denuncia com base no artigo 12, caput, da lei 6368/1976. No curso do processo, todavia a referida lei foi revogada sendo substituída pela lei 11343/2006. O réu, que já havia sido condenado com base na pena cominada pelo art 12 da lei 6368/76 requereu a aplicação da diminuição de pena, prevista no paragrafo 4º do artigo 33 da nova lei, já que comprovado no processo o seus requisitos e aplicação. Em oposição ao pleito, o MP alegou tratar-se de usurpação de função legislativa (combinação de leis), já a defesa alegou retroatividade benéfica. Qual tese merece prosperar? Decida o caso fundamentadamente. Resposta: Aplicação da Lei penal no tempo 03/10/2018 1. Tempo do crime 1.1 Art 4º do código penal: teoria da atividade/conduta 1.1.1 O momento do crime é o momento da ação ou da omissão, pouco importando o momento do resultado. Exemplo: se um tiro é disparado no dia 25 de setembro por um de menor e a vitima morre no dia 1º de outubro onde quem disparou já é de maior, no momento do processo ele ainda é considerado inimputável. 2. Irretroatividade x Retroatividade 2.1 Previsto na CF/88 ART5º: A CF disciplina se a lei penal não retroagira salvo se for para beneficiar o réu. 2.2 Irretroatividade prejudicial in pejus: leis gravosas não retroagem ainda que o julgamento ocorra quando ela ja esteja em vigor, o crime é julgado pela lei que era vigente na época em que foi praticado; A irretroatividade da lei penal gravosa prevista na CF/88 consagra implícita e logicamente a ultratividade benéfica da lei já revogada, que continuará produzindo os seus efeitos desde que para os crime praticados durante a sua vigência. 2.2.1 Ultratividade benéfica: quando a lei já revogada continua a surtir efeitos 2.3 Retroatividade benéfica in melius: leis benéficas retroagem para atingir réus; A retroatividade benéfica da nova lei penal se opera enquanto for possível se extrair algum beneficio para o réu, não encontrando limites nem mesmo na coisa julgada. 3. Leis excepcionais e temporárias 3.1 Art 3º do CP 3.2 Leis com tempo de inicio e fim da vigência. Ex: Lei geral da Copa, l2663/12. Consagrada sua excepcionalidade no artigo 36 dessa lei. 3.3 Ultratividade gravosa: Mesmo quando encerram sua vigência, os crimes praticadosna época que estava em vigor, a lei continua valendo 3.4 Para o entendimento majoritário o ART 3º do CP foi recepcionado pela CF/88, admitindo-se com isso a ultratividade gravosa das leis excepcionais e temporárias. 4. Lei intermediaria 4.1 É uma lei que é utilizada no julgamento, mas ela não estava em vigor no momento do crime e ela já havia sido revogada na data da sentença mas mesmo assim o réu garante seus efeitos. 4.2 Na pratica, essa lei está retroagindo ao momento do crime, mas esta ultragindo pois segue operando seus efeitos m esmo após suas revogação. 5. Normas em branco e jurisprudência 08/10/2018 5.1 A alteração no tempo do complemento normativo das normas penais em branco também deverá ser pensada a partir da irretroatividade da inovação gravosa e da retroatividade pensada a partir da irretroatividade da inovação gravosa e retroatividade da inovação benéfica. O mesmo devera fazer pra jurisprudência. 5.2 Caso concreto: Sumula 174 do STJ. 5.2.1 O art 157 do CP prevê que o emprego de arma gera aumento de pena no roubo. A duvida sempre foi se o emprego de uma arma de brinquedo faria incidir esse aumento de pena ou não. 5.2.2 Em primeiro momento, o STJ autoriza o aumento de pena. So que esse aumento de pena passou a ser interpretado de outra forma pois a sumula 174 foi cancelada. 5.2.3 Com o cancelamento, a arma de brinquedo passou a não gerar mais aumento de pena. 5.2.4 Deve ser usado no julgamento o entendimento jurisprudencial mais benéfico ao réu. Raciocínio semelhante se aplica a jurisprudência no tempo. 6. Vacatio legis 5.1 Uma norma benéfica em vacatio pode ser aplicada? Não. O período de vacância deve ser respeitado. 7. Combinação de leis 7.1 Majoritariamente, não se admite a chamada combinação de leis por se entender que o juiz estaria usurpando função legislativa para criar uma terceira lei: lex tercia. 7.2 Por essa razão o STJ editou a sumula 701 relativa a nova lei de drogas obrigando que o magistrado elegesse para cada caso concreto a lei mais benéfica para que fosse aplicada em sua integra. 8. Sumula 711 do STF 8.1 Crimes instantâneos x permanentes 8.1.1 Instantâneos: Que a consumação se dá no instante; Há um instante que define a consumação do crime, tudo que vem após esse instante é exaurido. Ex: No homicídio, quando ocorre a falência da atividade cerebral da vitima, se pode definir naquele instante a consumação do resultado (a morte), antes disso, é apenas tentativa de homicídio. 8.1.2 Permanentes: A consumação dele se dá pelo próprio crime; A consumação se prolonga no tempo e ela dura o mesmo tempo que durar a permanecia. Ex: O sequestro, ele se consuma o tempo que durar a privação de liberdade. 8.2 Crimes continuados: Há uma pluralidade de crimes da mesma espécie (instantâneos ou permanentes) em circunstancia semelhantes (art. 71 do CP). Há o mesmo crime, praticado diversas vezes, seja ele contra a mesma vitima ou não. 8.3 Nos crimes instantâneos, é aplicado a lei menos gravosa (no intervalo entre o crime e o julgamento). 8.4 E no caso de que a lei penal é alterada durante a permanência de um crime? Na sucessão de leis no tempo no curso da permanência delitiva a sumula 711 do STF consagra que trabalharemos com a lei vigente no momento em que cessa a permanência ou continuidade do crime, seja ela gravosa ou benéfica. No texto da sumula, coloca como apenas a aplicação da lei mais gravosa, mas na pratica usa-se a que estiver em vigor quando se cessa o crime, seja benéfica ou gravosa. A sumula não impede que uma lei nova retroaja, ela so resolve qual durante a permanência ira se aplicar, o que for legislado após a permanência, se for benéfica ira poder ser utilizado. 8.5 O mesmo raciocínio foi aplicado em crimes continuados. Aplicação da lei penal no espaço 1. Lugar do crime 1.1 Onde o crime aconteceu? No Brasil (territorialidade) ou fora do Brasil (extraterritorialidade)? 1.2 Teoria da ubiquidade: Conforme art. 6º do CP, considera-se que o crime foi praticado dentro do Brasil. A referida teoria resolve os crimes à distancia: 1.2.1 Quando a ação ou omissão no todo ou em parte aconteceu no Brasil 1.2.2 Quando o resultado ocorreu no brasil 1.2.3 Quando o resultado deveria ter ocorrido no Brasil 1.3 Exemplo: um argentino envia uma carta bomba para o Brasil, um brasileiro envia uma carta bomba pra Argentina, um argentino envia uma carta bomba para o Brasil mas ela é extraviada e explode no Uruguai. Em todos os casos são crimes cometidos no Brasil. 2. Territorialidade 10/10/2018 2.1 É a regra geral em matéria de aplicação da lei penal no espaço, significa dizer que em principio só se aplica a lei brasileira a crimes cometidos dentro do brasil. 2.2 “Dentro do Brasil” (lei do mar: 8617/93): 2.2.1 Território natural: Solo + Mar territorial + Subsolo + Espaço aéreo 2.2.1.1 O espaço aéreo brasileiro compreende tudo quanto acima do nosso solo e mar territorial, ate o limite da atmosfera, devendo ser obedecidas as normas relativas a voo particulares e comerciais sobre pena de aplicação da lei do abate nos termos da lei número 9614/98, art 303, paragrafo 2º do Código Brasileiro de Aeronáutica 2.2.1.2 O mar territorial corresponde à região marítima compreendida da linha de borda ate o limite de 12 milhas náuticas, região em que o estado brasileiro exerce soberania absoluta. 2.2.1.2.1 A zona contigua (12-24 milhas) e a zona econômica exclusiva (12-200 milhas) não são regiões de jurisdição absoluta discutindo-se portanto se é possível aqui falar de jurisdição penal no espaço. 2.2.1.2.2 Direito de passagem inocente: é reconhecido aos navios de todas as nacionalidades no mar territorial brasileiro. A passagem deve ser continua, rápida, não pode atentar contra a paz e a ordem brasileira e ela compreende excepcionalmente o parar por motivos técnicos/força maior/dificuldade grave. O direito de passagem inocente, em tese, a jurisdição brasileira não ira se envolver em crimes que ocorrem em embarcações, depende do que o Estado ira entender como atentado a paz e a ordem. 2.2.2 Território por extensão/equiparação: Para efeitos penais consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras publicas ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontre, é crime praticado por extensão. Bem como embarcações e aeronaves privadas em alto mar ou espaço aéreo correspondente, não alcança quando esses veículos adentram outros mares territoriais, apenas se estiver em alto mar, é crime praticado dentro do brasil por equiparação. Também vai ser considerado território brasileiro as embarcações/aeronaves privadas estrangeiras em território natural brasileiro. 2.2.2.1 Principio da bandeira: principio aplicável às hipóteses de território por extensão utilizado para fundamentar o exercício da jurisdição brasileira nos casos em que a bandeira da embarcação/aeronave seja do Brasil. Também chamado de principio da representação ou do pavilhão. 2.2.3 Territorialidade mitigada: Nos termos do art 5º caput, a territorialidade brasileira não é absoluta, pois existem crimes praticados dentro do Brasil para os quais a própria lei brasileira excepciona a sua incidência. Exemplo: passagem inocente, diplomatas e etc. 3 Extraterritorialidade: Eventual interesse de processar e julgar crimes fora do Brasil. (art 7º do CP ) 3.1 Incondicionada: 3.1.1 Contra vida/liberdade do presidente 3.1.2 Patrimônio/ Fé publica (falsificação no estrangeiro de moedas, passaportes, rg...) da administração direta (união, estados, municípios, DF...) ou indireta brasileira. 3.1.3 Contra a administração publica por quem esta a seu serviço. 3.1.4 Genocídio quando o agente ou brasileiro ou domiciliado aqui (principio da justiça universal ou cosmopolita). 3.1.5 Verificadas quaisquerdas hipóteses de extraterritorialidade incondicionada aplica-se em tese a lei brasileiro ainda que o agente já tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro – relativização do principio do ne bis idem pois são situações relacionadas a violação da nossa soberania, fundamentando-se no principio da defesa. – (art 7º, paragrafo I). Na hipótese de já ter cumprido pena no estrangeiro está será abatida de eventual condenação brasileira. (art 8º) 3.2 Condicionada 15/10/2018 3.2.1 Crimes que por tratado ou convecção o Brasil se obrigou a reprimir. (principio da justiça universal/cosmopolita: alguns delitos demandam a soma de esforços de mais de um Estado soberano para que eles possam efetivamente serem reprimidos. Ex: trafico internacional de pessoas e entorpecentes; o sujeito ativo e nem o passivo precisa ser brasileiro) 3.2.2 Por brasileiro contra estrangeiro. (principio da nacionalidade ativa) 3.2.3 Por estrangeiro contra brasileiro. (principio da nacionalidade passiva; muito difícil de ocorrer; extraterritorialidade hipercondicionada) 3.2.4 Em embarcação/aeronave brasileira em territórios estrangeiros que lá não foram julgados. (a preferencia de julgar não é nossa, mas se não ocorre o julgamento no Estado em que ocorreu, busca evitar impunidades; principio da bandeira) 3.3 Condições para aplicação da lei brasileira na extraterritorialidade condicionada 3.3.1 São cumulativas. 3.3.2 Entrar o agente em território nacional: condição de procedibilidade, ou seja, para dar inicio ao processo. 3.3.2.1 Pode ser espontânea ou forçada. 3.3.2.2 Essa entrada não impõe a permanência 3.3.3 Ser o fato punível também no país em que foi praticado. (dupla tipicidade): não importa a quantidade de pena e/ou o nome jurídico que é dado a essas infrações. 3.3.4 Estar o crime incluído também naqueles em que a lei brasileira autoriza a extradição: crimes em que a pena abstrata máxima seja maior ou igual a 2 anos – crimes que tenha uma mínima lesividade para que o Brasil peça a extradição. 3.3.5 Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro e nem cumprido pena: vale-se o ne bis idem. 3.3.6 Não existir extinção de punibilidade segundo lei mais favorável. (brasileira ou estrangeira) 3.3.6.1 Causas de extinção de punibilidade: listadas no art 107 do CP. 3.3.7 Condições extra (aplicados em crimes por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil; devem ser somadas as condições supracitadas e as abaixo citadas são também cumulativas): 3.3.7.1 Requisição pelo Ministro da Justiça 3.3.7.2 Não foi pedida ou foi negada a extradição do sujeito para seu país de origem. 3.3.7.3 São condições que reforçam a condição de procedibilidade. 3.4 Eficácia de sentença estrangeira art 9 3.4.1 Para que a sentença estrangeira gere efeitos no Brasil ela precisará ser homologada pela justiça brasileira nos casos de: 3.4.1.1 Obrigar o condenado a reparação do dano, restituição e outros efeitos civis, nunca de pena. 3.4.1.1.1 Depende de pedido da parte interessada (quem recebe a indenização). Pode ser contra a vontade de quem indeniza. 3.4.1.1.2 Existência de tratado de extradição entre o Brasil e o país que julgou ou então por uma analise feita e firmada pelo ministro da Justiça. 3.4.1.2 Para sujeitar o individuo a medida de segurança. 3.4.1.3 O artigo 9º deve ser interpretado em harmonia com o que é previsto na lei de migração de 2017. Os artigos 100 e seguintes da lei preveem a transferência de execução de pena de um país para outro (por exemplo para que o condenado cumpra pena no país em que sua família está). Não se trata propriamente de homologação de sentença penal estrangeira, uma vez que deriva de manifestação de vontade do próprio condenado, materializada por tanto no interesse/beneficio do preso. 4 Contagem penal de prazo (art 10): 4.1 Inclui-se o dia de inicio e exclui-se o dia final. 4.2 Pouco importa se o termo inicial ou final é ou não dia útil. 4.3 Exemplo: se alguém é preso no dia 13/10 (sab) por 5 dias, no primeiro minuto do dia 17 (00h01) ele devera ser posto em liberdade. 5 Contagem processual penal de prazo 5.1 Exclui-se o dia de inicio e inclui-se o dia final. 5.2 O termo inicial e o final tem que ser dias uteis. 5.3 Exemplo: se alguém tem sua sentença publicada no dia 12/10 (sexta), com um prazo recursal de 5 dias, esse prazo so começará a contar no dia 15/10 (segunda), ou seja, cabe recurso ate o ultimo minuto do expediente do dia 19/10. Aplicação da lei penal em relação as pessoas 15/10/2018. 1.0 Imunidades penais: exceção ao principio da territorialdade 1.0 Parlamentares: art 53 CF/88 (imunidade quanto as delitos de opinião) 1.0.1 Deputados e senadores são invioláveis penais e civilmente por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos em todo o território nacional. (imunidade material ou absoluta, o parlamentar não é processado) 1.0.2 Estão de fora os vereadores nesse artigo, mas em outro momento (art 29) a CF diz que a imunidade dos vereadores estaria circunscrita ao município. 1.1.2.1 O STF coloca essa imunidade mesmo que o vereador saia de seu município porem para exercer a função. 1.0.3 Dentro do exercício da função (dentro das casas legislativas ou fora em exercicio) essa imunidade é garantida, mas ainda assim essa imunidade dentro do exercício tem limites. 1.0.4 Jurisprudência: 1.0.4.1 Crimes contra a honra (art 138 e 140 do CP) 1.0.4.1.1 Calunia: imputar crimes falsamente alguém sabendo que essa acusação é falsa. 1.0.4.1.2 Difamação: ofender alguém/ sua reputação. 1.0.4.1.3 Injúria: ofensa ao subjetivo do injuriado, a auto imagem do individuo. 1.0.4.1.4 A aplicação das imunidades é aplicada nos casos de crime contra a honra. 1.0.4.1.4.1 A calunia começa a ser relativizada para que os parlamentares não abusassem de direito, e assim os tribunais deixam de acobertar calunias. 1.0.4.2 Racismo (art 4º CF/88 e na lei 7716/89 ) 1.0.4.2.1 Repudio ao racismo, crime inafiançável e imprescritível 1.0.4.2.2 Preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional ou gênero. 1.0.4.2.3 Estariam os parlamentares imunes? Poderiam eles professarem discursos de ódio? Não. 1.0.4.3 Caso Bolsonaro x Maria do Rosário. 1.0.4.3.1 Apenas em 2016, foi a primeira vez que o STF aceita a denuncia contra um parlamentar dentro da casa de seu exercício (inquérito 3932 e petição 5243) 1.0.4.3.2 Bolsonaro saiu da função e foi condenado. 1.0.5 Imunidade processual ou relativa de parlamentares: foro por prerrogativa de função (foro privilegiado), o parlamentar é processado mas tem privilégios no processo. 1.1 Diplomáticas e consulares 22/10/2018. 1.1.1 Regida pela Convenção de Viena para relações diplomáticas e consulares. 1.1.2 Embaixadas e Consulares não são território do Estado representado. O Brasil não cede território. 1.1.2.1 O fato de se manter território br, não quer dizer que são espaços violáveis. São invioláveis, principalmente pela policia, mas não deixam de ser território brasileiro. 1.1.3 Estado acreditante e acreditado 1.1.3.1 Acreditante: envia a missão diplomática. 1.1.3.2 Acreditado: recebe a missão. 1.1.4 Imunidade dos agentes diplomáticos 1.1.4.1 O art 31 consagra a imunidade de jurisdição penal (não significa dizer que não sera julgado ou punido, ele sera, mas sera julgado e punido pelo Estado acreditante). 1.1.4.2 Essa imunidade penal abrange qualquer delito, mesmo aqueles que não tenham relação com o exercício da função. 1.1.4.3 O agente diplomática gozara de imunidade de jurisdição penal, civil e administrativa. 1.1.4.4 O Estado acreditante pode renunciar de maneira expressa a imunidade do diplomata, o próprio não pode renunciar (art 32). 1.1.4.5 Extensão da imunidade: membros da família do diplomata, membros do pessoal administrativo e técnico da missão, desdeque não sejam nacionais do Estado acreditado (art 33). Criados particulares não gozarão de imunidade penal, independente da nacionalidade. 1.1.5 Imunidade dos agentes consulares. 1.1.5.1 Os funcionares e empregados consulares não estão sujeitas ao ordenamento do Estado acreditado. É mais restrita que a diplomática. Essa imunidade esta restrita ao exercício das funções consulares. (Art 43) 1.1.5.2 A renuncia dos consulares (art 45) é regrada da mesma forma que a renuncia das atividades diplomáticas. 1.1.5.3 Extensão das imunidades: abrangem os membros da família, os membros da repartição consular (funcionários do corpo técnico e administrativo) desde que não sejam nacionais do Estado acreditado. Funcionários particulares não gozam de imunidade. (art 53) 1.1.6 A diferença entre as duas é que a imunidade dos consulares é restrita ao exercício das funções. 1.2 Outras 1.2.1 Previstas no Código Penal: art 181 (imunidade absoluta) e 182 (imunidade relativa) + exceções do art 183. 1.2.2 “João, filho de diplomata português residente no Brasil, aproveitou um momento de descuido de seu pai na véspera do seu aniversario de 70 anos, para lhe furtar a quantia de de 10 mil reais. Ao tomar conhecimento do fato, o pai do jovem procurou a atividades policiais brasileiras e portuguesas para fins de processamento por furto, informando ainda que o jovem nasceu no Brasil e tem mãe brasileira. Você foi contratado para emitir parecer jurídico penal acerca do caso.” 1.2.2.1 Resposta: João será julgado pelas leis brasileiras pois: apesar de filho de diplomata, é nacional, logo, não se aplica a imunidade do Congresso de Viena e nem se aplica a imunidade do artigo 181 pois a vitima tem mais de 60 anos. Interpretação de normas penais 1.0 Classificação 1.1 Incriminadoras: Aquelas que preveem algum crime. 1.1.1 Crime ou delito vai ser previsto a partir de um preceito primário (descreve a conduta) e um secundário (descreve a pena). 1.2 Não incriminadoras: Não preveem crimes e nem penas. 1.2.1 Espécies 1.2.1.1 Permissivas: Autorizam condutas. 1.2.1.2 Justificantes: excludentes de ilicitude. Exemplo: artigo 23 do CP. 1.2.1.3 Exculpantes: de culpabilidade. Exemplo: artigo 22 do CP. 1.2.1.4 Explicativas: Explicam algum conceito. Exemplo: artigo 327 do CP, explica o conceito de funcionário publico. 1.2.1.5 Complementares: versam sobre a aplicação da lei Penal. Relacionadas a dosimetria de pena, pois explica ao juiz (destinatário) como aplicar a pena. Exemplo: artigo 59 do CP que versa sobre dosimetria de pena. 2.0 Anomia x Antinomia 2.1 A anomia é a ausência de norma (lacuna normativa), já a antinomia é o conflito de normas (pode ser real ou aparente). 2.2.1 Antinomias aparentes antes mesmo de existirem já estão pre solucionadas, já se sabe a solução dessa antinomia antes mesmo dessa antinomia acontecer. 2.2 Antinomias aparentes 24/10/2018 2.2.1 Criterio gerais 2.2.1.1 Hierarquia 2.2.1.2 Especialidade 2.2.1.3 Cronológico 2.2.2 Criterios penais de solução: 2.2.2.1 Subsidiaridade: A subsidiariedade dos tipos penais incriminadores em regra está expressa na própria redação do delito, toda via também poderá ser tacitamente depreendida. O tipo subsidiário é um “plano B” (soldado reserva) que só será usado diante da impossibilidade de punição por tipo mais grave. 2.2.2.1.1 Menos grave (tipo subsidiário) X Mais grave: Será punido crime mais grave que foi cometido. 2.2.2.1.2 Exemplo: Se alguém explode um carro para matar alguém. Essa pessoa será julgada com a pena do homicídio e não do dano ao bem alheio. 2.2.2.1.3 Há artigos que fica claro essa subsidiariedade, há outros que não mas ela fica implícita. 2.2.2.2 Consunção/ Absorção: Neste caso o agente, para praticar um determinado delito, seu objetivo final, acaba precisando como meio de execução praticar outros crimes. Neste caso, o crime fim, prevalecerá sobre o crime meio. 2.2.2.2.1 Caso prático: “João, mediante violência ou grave ameaça forçou Maria a praticar com ele tanto conjunção carnal, quanto sexo anal, como consequência o promotor de justiça denunciou João por duas praticas do delito descrito no 213 do CP. Em sua defesa, o réu alegou somente ser aplicável uma imputação. A quem assiste a razão? Resposta: Se o ato libidinoso for meio pra conjunção, se imputa apenas a pena simples do art. 213. Se o ato libidinoso não é meio, sera imputado o 213 de maneira continuada, aumenta a pena em 2/3 (como prevista no art 71 do CP). 2.2.2.2.2 A sumula 17 do STJ consagra a aplicação da absorção entre o crime de falsificação de documentos (meio) e o crime de estelionato (fim), estabelecendo como critério que a falsificação não tenha “maior potencialidade lesiva” (a falsificação se esgota na pratica estelionatária) 2.2.2.2.3 Crime progressivo x Progressão criminosa 2.2.2.2.3.1 Crime progressivo: Neste caso, o agente desde o inicio deseja o crime mais grave, mas durante a execução necessariamente passará pela pratica de condutas menos gravosa. Exemplo: minha intenção era matar alguém a facadas, mas defiro varias facadas (varias lesões corporais) resultando em morte. 2.2.2.2.3.2 Progressão criminosa: O agente inicialmente deseja praticar um crime menos grave, mas no curso de ITER CRIMINIS (execução do crime) muda de ideia e passa a desejar crime mais grave. Exemplo: minha intenção era lesionar, mas no meio da lesão eu decido matar. 2.2.2.2.3.3 Em ambos, a doutrina admite o principio da consunção. Justamente para que o agente so seja punido pelo crime final. 2.2.2.3 Alternatividade: Tecnicamente, não é um critério de solução do conflito aparente de normas , porque não se fala aqui de mais de um tipo penal e sim da incidência de um único tipo classificado como tipo misto alternativo. Nos tipos mistos alternativos a redação do delito contém múltiplos núcleos (verbos) de maneira que a pratica de um mais no mesmo contexto caracterizará crime único. Exemplo: Art 33 da lei 11.343/2006 (lei de drogas; trafico) 3.0 Analogia 31/10/2018 3.1 É uma técnica de integração penal 3.2 Na analogia, há uma situação “X” que está plenamente regulada pelo direito e uma situação “Y” que não está regrada pelo direito. A analogia consiste em transpor o regramento da situação “X” para regrar a situação “Y”, visto que ambas são situações parecidas. 3.3 O Direito Penal somente admite a analogia In Bonam Partem, ou seja, em benefício da parte/do réu 3.4 Interpretação analógica ou extensiva 3.4.1 É utilizada quando própria norma penal se encontra parcialmente preenchida e parcialmente aberta. A norma dispõe de uma fórmula exemplificativa, seguida de uma cláusula geral que expressamente permite que sejam alcançadas situações assemelhadas. 3.4.2 É amplamente admitida no Direito Penal tanto em benefício como em prejuízo ao réu. 4.0 O Código Penal 1940 4.1 Parte geral: Normas não incriminadoras; Integralmente reformado em 1984; Ainda sofre alterações. 4.2 Parte especial: Normas incriminadoras, com algumas poucas normas não incriminadoras. Sofre diversas alterações pontuais ao longo das décadas (a partir do artigo 121). Introdução a teoria do delito 1. Conceito legal: Esse conceito é extraído da lei de introdução ao Código Penal, que traz o conceito de infração penal (gênero) 1.1 Crimes: ou delitos, são punidos com pena de reclusão ou detenção. 1.2 Contravenção de penal: Popularmente chamadas de crime anão e delito liliputiano, são infrações penais punidas com pena de prisão simples 1.3 Como a estrutura do tipo incriminador envolve o preceito primário (descrição da conduta) e o preceito secundário (descreve a pena) - ou seja, não há uma diferença em essência entre crimes e contravenções penais - nada impede que crimes virem contravenções ou vice-versa. Bastará, apenas, queo legislador altere a consequência juridical prevista para aquela infração penal. Exemplo: porte de armas, que antes era contravenção e agora é crime. 2. Conceito formal: Obtido a partir do tipo incriminador. Quando a redação do tipo incriminador, corresponde ao ocorrido em uma determinada conduta humana, têm-se uma subsunção. Sendo assim, a tipicidade formal seria a simples subsunção da conduta ao que está escrito na norma, ou seja, verifica-se apenas se a conduta equivale ou não ao texto normativo, sem avaliar a magnitude da lesão. 3. Conceito material: Analisa-se a magnitude da lesão. Verifica-se a tipicidade formal e a material (pra saber se se aplica ou não o principio da insignificância). 3.1 Materialmente falando, o crime é uma conduta que se enquadra em um tipo incriminador e que traduz uma lesão significativa a um bem jurídico. Se não há lesão expressiva, a conduta não é considerada crime. 4. Conceito analítico ou estratificado: Analisa o delito no sentido de decompor o delito em partes, visando identificar quais são as partes menores que dão origem/compõem ao delito. 4.1 Essa estratificação, leva a varias maneiras de se olhar o crime: varias Teorias de Análise do Delito. Teorias de analise do delito 1. Bipartida: Fato típico + ilicitude. 1.1 Existem várias pessoas que adotam essa teoria como René Ariel Dotti; Damásio de Jesus; Mirabete, Cleber Masson. 1.2 Esse autores são chamados de finalistas dissidentes brasileiros e entendem que a culpabilidade é um mero pressuposto de aplicação da pena não sendo, portanto, um elemento do crime. 2. Tripartida: Fato típico + ilicitude +culpabilidade. 2.1 Fato Típico: É conduta; resultado; nexo de causalidade e tipicidade. 2.2 Ilicitude: Também chamada de antijuridicidade, é um conceito dado de maneira inversa pois, em vez o legislador penal dizer o que é ilícito, ele diz o que é lícito. 2.3 Culpabilidade: É imputabilidade; potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. 2.4 É a teoria que tem o maior número de adeptos, incluindo Greco; Paulo Queiroz; Buzatto; Rogério Sanches; etc. 2.5 Eles dizem que a culpabilidade não é um mero pressuposto de aplicação da pena, defendendendo que ela é sim um elemento do crime 3. Quadripartida: fato típico + ilicitude + culpabilidade + punibilidade. 3.1 É a que possui menos adeptos, sendo um deles Basileu Garcia, que vincula a punibilidade à noção de crime. Classificação dos crimes 05/11/2018 1. Quanto ao resultado (consumação do crime) 1.1 Crimes matérias: Somente se consumam quando ocorre o resultado naturalístico. 1.1.1 Resultado naturalístico: Quando o resultado do crime é palpável, alterando a natureza das coisas pois se materializa . 1.1.2 Resultado jurídico: Realiza-se o que esta tipificado. 1.1.3 Exemplo: no homicídio, o resultado naturalístico é a morte e o jurídico é a ação de matar alguém. 1.1.4 RJ = RN 1.2 Crimes formais ou de consumação antecipada: Se consuma com o resultado jurídico, resultado naturalístico, se houver,será apenas exaurimento. 1.2.1 Exemplo: No crime de extorsão, ele se consuma apenas com o constrangimento (RJ), o RN é a vantagem econômica (exaurimento). 1.2.2 Todo crime que se consuma terá um resultado jurídico. Mas nem todo crime necessariamente produzira resultado natural. 1.2.3 Sumula 96 do STJ: Tipifica a extorsão apenas com o constrangimento. 1.3 Crimes de mera conduta: para consumação, basta a materialização da conduta ilícita, independente da ocorrência de lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. 1.3.1 Exemplo: violar domicilio alheio, dirigir bêbado... 1.3.2 RJ = Conduta. 2. Quanto a lesividade do resultado 2.1 Dano: Se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico. 2.2 Perigo : consuma-se com a mera exposição do bem jurídico tutelado a uma situação de perigo. 2.2.1 Concreto: Consuma-se com a efetiva comprovação da exposição ao perigo. Exemplo: Perigo para a a vida ou saúde de outrem (art 132). 2.2.2 Abstrato: Consuma-se com a mera pratica da conduta (presunção de perigo). Exemplo: trafico de drogas. 2.2.2.1 Explica a existência dos crimes de mera conduta. 3. Quanto ao momento da consumação 3.1 Instantâneo : Consuma-se em um instante preciso. Exemplo: marco da consumação do homicídio (hora da morte, quando se encerram as atividades cerebrais). 3.1.1 No crime instantâneo de efeitos permanentes há um instante que define o momento consumativo. Toda via o resultado produzido é irreversível, a exemplo do que ocorre no homicídio, diferentemente do que ocorre em uma lesão leve. 3.2 Permanente: Consumação prolongado no tempo. 3.2.1 Necessariamente: precisam se prolongas para serem consumados. Exemplo: sequestro. 3.2.2 Eventualmente: podem se prolongar. Exemplo: exercício abusivo da profissão. 4. Quanto ao numero de atos 4.1 Unisubsistente: A conduta se revela diante de um único ato de execução, não admitindo fracionamento. Não admite tentativa. CONDUTA = ATO. Exemplo: injuria verbal. 4.2 Plurisubsistente: A conduta pode ser fracionada. Admite tentativa, desistência voluntaria e arrependimento eficaz. 5. Quanto ao numero de sujeitos ativos 5.1 Unisubjetivo:Aquele passível de ser executado por uma só pessoa. Portanto, o concurso de pessoas se houver é meramente eventual. Exemplo: Roubo. 5.2 Plurissubjetivo:Aquele de concurso necessário, sendo impossível a pratica dessas espécies delitivas por uma pessoa somente. Exemplo: Organização criminosa. 6. Quanto a especificação do sujeito ativo 6.1 Comuns: São praticados por qualquer pessoa (sujeito ativo) sem que se exija uma condição especial. Exemplo: furtos e feminicidio. 6.1.1 Os crimes bicomuns são aqueles cometidos e sofridos por qualquer pessoa. 6.2 Próprios: Necessariamente tem uma qualidade pessoal descrita no próprio tipo. Exemplo: Peculato (furtos cometidos por funcionários públicos) 6.2.1 Os crimes próprios admitem tanto co autoria quanto participação de sujeito ativo comum, que nesse caso excepcionalmente responderá pelo crime próprio. 6.2.2 Biproprios: Sujeito ativo e passivo são específicos. Exemplo: infanticídio: quando uma mulher em estado puerperal (pos parto) mata seu filho recém nascido. 6.3 Mão própria: Somente podem ser praticados pessoalmente, pelo sujeito expressamente indicado no tipo penal. Exemplo: falso testemunho. 6.3.1 Não admite co autoria. Mas admite participação.
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