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Direito Processual Penal I

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Anna Catharina Garcia 2020.2
@catharinaorganiza
Processo Penal I
Profª Roberto Gomes
BIBLIOGRAFIA
· Guilherme Nucci
· Nestor Tavora
· Fábio Roque 
· Paulo Rangel
· Renato Brasileiro
O DIREITO PROCESSUAL PENAL 
O processo é um instrumento de aplicação do direito material penal. Eu só consigo realizar o jus puniendi estatal no caso concreto utilizando o direito processual. 
RELEMBRANDO DIREITO PENAL… 
O direito penal é a forma que o estado têm para regular condutas entre pessoas, regulando condutas para a proteção dos BJ e os interesses. O BJ é protegido penalmente somente como ultima ratio, último instrumento de proteção, outros ramos do direito prevalecem como primeira ratio. O BJ protegido pelo direito penal é um be de importância constitucional, sendo protegido pela própria CF, que seja relevante socialmente e precisa já ser protegido também por outros ramos do direito, ex: art 121 = crime de homicídio, onde ele vai proteger o direito a vida. 
O tipo penal que define a conduta, seja ela omissiva ou comissiva. Sendo assim, o tipo penal é uma segurança, meu comportamento têm que ter a subsunção ao tipo penal. E quando sujeito realiza essa conduta, o Estado vai exercer o jus puniendi. Perceba que o Estado Brasileiro usa a sua capacidade subjetiva de criar o direito penal através do parlamento e sancionado pelo PR e cria assim o direito penal objetivo, e assim, quando a pessoa comete um ilícito tipificado, surge novamente uma capacidade subjetiva pro Estado (jurisdição) de punir. 
Perceba que o Estado têm 2 momentos subjetivos: a criação dá norma penal e a possibilidade a aplicação do direito penal no caso concreto (ius puniendi, exercendo o direito positivado). 
Assim, o direito processual permite que o Estado exerça o ius puniendi, que a conduta existiu, que alguém foi o autor do fato, as razões e situações que aquilo aconteceu… para que se aplique o direito penal no caso concreto. O direito penal é um instrumento de força e de garantia do Estado, é ele quem disciplina as condutas penais com sanções gravosas e com exercício dá força do Estado para aplicar isso e regular essas sanções, mas, perceba que ele também limita o Estado para o exercício dessa força, não há outra maneira de culpar o indivíduo e penalizado se não pelo direito processual penal.
CONCEITO
Processo penal é um conjunto normativo que estrutura a persecução penal, estabelecendo as condições para que os órgãos persecutórios façam a perseguição probatória necessária a reconstrução fática daquela conduta hipoteticamente delituosa. O processo penal se divide em persecução pré processual (polícia investigativa) e a persecução processual (MP via de regra). Assim como o processo penal também vai regularizar a situação dá defesa e limita e da poderes a persecução. O processo regula ainda a função jurisdicional para aplicar o direito penal e a aplicação do devido processo legal.
Resumindo, o processo penal regula a persecução, a defesa e a atuação dá jurisdição.
O inquérito é um instrumento importante mas não é essencial, é preciso autoria e prova que o fato existiu, que é a justa causa, normalmente ela vai ser encontrada no inquérito. Pode se ter ação penal sem inquérito, basta que exista justa causa, assim como, pode haver inquérito sem ação penal (porque não achou a justa causa). O inquérito vai elucidar o fato. 
Uma vez concluído o inquérito policial, vai se iniciar a ação penal pública ou privada, se for pública a ação que inicia é a denúncia, se for privada é a queixa crime. 
PERSECUÇÃO: Busca, mostrar, apresentar os instrumentos probatórios que justificam a aplicação do direito penal no caso concreto.
Perceba que o processo vai determinar a defesa, a acusação/persecução e a atuação do judiciário. 
FINALIDADE
SÃO DUAS:
· MEDIATA = Pacificação social, que o sistema penal seja cumprido e respeitado. 
· IMEDIATA = Diante de uma conduta tipificado, a possibilidade de naquele caso concreto se realizar o direito penal .
LIMITES
É o meio que o Estado realiza sua ação mais violenta, pois, se utiliza força contra o indivíduo, perceba que o legislador utilizada até a força física em situações excepcionais. Esse poder que o indivíduo é submetido precisa ser limitado. A persecução acontece dentro dos limites do ordenamento.
QUEM SÃO OS PERSECUTORES? 
PERSECUÇÃO PRÉ PROCESSUAL: Realizada via de regra pela polícia civil e federal e excepcionalmente pelo MP por exemplo. 
PERSECUÇÃO PROCESSUAL: Essa fase de ação penal, que via de regra é pública, realiza-se pelo MP, e pelo particular nas ações penais privadas. 
Ou seja, via de regra a persecução normalmente acontece por órgãos do Estado, são “pitbulls”, mas eles precisam estar adestrados, e quem adestra? A NORMA, fora dá lei nada é permitido. Toda persecução por mais eficiente que seja, está submetida ao império normativo. É possível que esse adestramento não seja eficiente e saia dá norma, e o que fazer se isso acontece? quem seria a focinheira do pitbull que tentou morder? A JURISDIÇÃO, quando ela impede um ato ilegal. 
Para além dos limites do imposto, há fiel garantidor dos limites que é a jurisdição, e a própria estrutura do processo penal tenta garantir isso uma vez que institui o MP como persecutor mas também como controlador de legalidade. E assim como o juiz, que aplica a pena, também vai controlar a legalidade.
INTERPRETAÇÃO DO PROCESSO PENAL 
Uma fase pré-processual é aquela que a população conhece quando falamos sobre inquérito policial, mas não é somente ele, havendo diversos procedimentos, como o inquérito policial militar realizado pela PM e Forças Armadas. Também, uma fase processual, sendo a fase judicial, ou seja, do processo em juízo.
A primeira é uma fase administrativa e a segunda uma fase judicial. Ambas as fases tem seus limites impostos. O legislador criou como condição para a ação penal a justa causa para a ação penal. Esta, é formada por um binômio que são os indícios de autoria e prova de existência do fato. 
A denúncia e a queixa iniciam as ações penais, para que serem apresentadas em juízo, precisam ter por fundamento uma JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL na petição. É necessário narrar a conduta e os elementos fáticos, ou seja, há fotos do sujeito na cena do crime, vestígios físicos, quais elementos se tem? O que determina a existência desse fato? Devemos ter, portanto, o binômio acima citado. Nesse binômio, o juiz pode entender que os elementos não estão presentes e rejeitar.
A persecução pré-processual pode acontecer e não existir a fase processual. Pode ser que se investigue e não existam elementos, sendo, portanto, arquivado. Também, pode existir a fase processual, sem haver a fase pré-processual, podendo haver a ação penal sem a investigação. Ademais, o que não pode existir é a ação penal sem haver justa causa, havendo uma falha.
O processo penal é extremamente frágil mas o Estado não pode ser, mas perceba que isso não quer dizer que o estado tenha poderes ilimitados. Têm que ter um ponto de equilíbrio entre poder limitado e defesa: o direito a segurança pública é direito subjetivo de todos os indivíduos. 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL
· LEI: IMEDIATA
A fonte primordial do processo penal é a lei, seja a CF ou as leis do congresso, mas perceba que MPs não são fontes do processo penal, pois, são atos do poder executivo, só se forem efetivadas como lei é que serão. Perceba que há essa proteção toda pois o parlamento é a representação dá sociedade. OBS: Hoje está proibido no Brasil que a legislação processual e penal precisam ser feitas em ordem nacional, mas, algumas situações locais deverá a União criar uma lei complementar, perceba que não é um cheque em branco, essa lei complementar dá União irá dizer sobre o que daquela situação o estado poderá legislar, mas isso não é usado na prática, so está prevista (LEI PROCESSUAL PENAL IMEDIATA EM ÂMBITO ESTADUAL) no art 22 dá CF. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Parágrafo único. Leicomplementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
· JURISPRUDÊNCIA: MEDIATA
Perceba que súmula vinculante do STF vai ser fonte, mas no caso os precedentes irão apenas embasar peças processuais. 
Essa fonte são as tendencias consolidadas dos tribunais. 
OBS: NÃO CONFUNDIR PRECEDENTE COM JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA. 
· DOUTRINA, PRINCÍPIOS E COSTUMES: MEDIATA
INTERPRETAÇÃO 
· ANALOGIA
Preenchendo vácuos legislativos. Mas perceba que a doutrina brasileira majoritariamente coloca que, diferente do direito material penal, o processo penal permite analogia in male partem.
PAULO QUEIROZ E ANTONIO VIEIRA: Discordam disso, já que, as fontes do direito processual teriam que ser as mesmas do direito material, mas são minoritários. 
APLICAÇÃO DO PROCESSO PENAL NO TEMPO E ESPAÇO
A lei processual penal surge em momentos distintos, o CPP é de 41 com vigencia em 42. 
TEMPUS REGIS ACTUM: Teoria do isolamento dos atos. 
É a lei do tempo que vai reger o ato.
Quando uma lei ingressa no ordenamento, os atos praticados na vigência dá lei anterior são dados como atos perfeitos, e a partir dá entrada em vigência os atos futuros serão praticado sob da nova lei. A lei do ato é a lei do tempo. 
A esmagadora maioria dos atores vai entender como essa teoria do art 2º do CPP. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Aplica-se a lei do tempo do ato processual, independente de restringir garantia ou não (POSIÇÃO MAJORITÁRIA). 
PAULO QUEIROZ E ANTONIO VIEIRA discordam disso pois eles acreditam que não é a lei dá data do processamento e sim que a lei que devem regular o processo é a lei processual dá época do fato delituoso, exceto se a lei posterior for mais benéfica de acordo com a CF. Eles acreditam que o CPC ao dizer que a lei processual que devem viger no processo é a do tempo dá denúncia, ele estaria afrontando a CF.
ROMULO MOREIRA: Há ainda uma corrente intermediária que acredita na corrente do CPC mas ressalvado que não seria aplicável se a lei posterior retirar os direitos. 
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO
Aplicado em todo o território nacional. 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade 
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial // ESSE TRIBUNAL NÃO EXISTE MAIS, que tinha a lei de segurança nacional, hoje, quem comete crimes contra a sociedade/ segurança do Estado (não se usa mais “segurança nacional” pois ela se remete a ditadura) são julgadas pela justiça federal. 
V - os processos por crimes de imprensa // O STF declarou não recepcionada, ainda existem estes crimes mas são agora processados pela CP e não mais nessa lei específica. 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
Perceba que a ressalva é sobre o código, e não dá aplicação do direito processual (os outros institutos do macrossistema como as leis extravagantes) 
A lei processual penal só se aplica aos processos do Brasil, o processo têm que estr andando aqui. 
APLICAÇÃO DE LEI HÍBRIDA: Mesma lei que trata de processo e direito material. 
O QUE FAZER NESSE CASO? Se for mais benéfico, não há problema, a questão é quando ela é malefica. 
EXEMPLO CLÁSSICO DÁ DOUTRINA:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
OBS: STF e STJ decidiu que a prescrição volta a correr ao fim do tempo de prescrição. Exemplo: um crime que prescreve em 4 anos, suspende a prescrição por 4 anos se ele não aparece. 
Enfim, esse artigo é um benefício e um malefício, assim, os tribunais entenderam que leis híbridas com direito material e processual, e o material é maléfico, não se aplica aos fatos antigos, apenas aos novos. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
São vetores de interpretação e aplicação do microssistema jurídico. Perceba que a CF é muito fácil de encontrar vários princípios de microssistemas, exemplo: art 225 têm os princípios do direito ambiental brasileiro. 
OFICIALIDADE:
A persecução penal, via de regra, é realizada por órgãos oficiais de Estado. Mas perceba que persecução não se confunde com jurisdição, por exemplo: o promotor do MP é imparcial e o juiz também, porém, a imparcialidade OBJETIVA é do judiciário, o juiz é imparTial, o juiz não têm interesse na causa e nem têm teses nas causas, mas o juiz também têm imparcialidade SUBJETIVA, pois ele não têm relações com o sujeito, pouco importa quem são os sujeitos para se aplicar o direito. 
Por toda via, o MP é imparcial somente SUBJETIVAMENTE, pois, pouco importa ao promotor quem são as pessoas, perceba que as causas de suspeição e impedimento do CPC para magistrados, também atingem o MP, pois, o MP têm que ser imparcial. Porém, o MP é PARTIAL, pois, o MP têm uma tese e ele persegue essa tese em juízo. O MP é domnus lite, ele é o titular dá ação penal pública, então ele é parcial objetivamente, pois, ele é parte. Mas, ele também é custus legis, pois é fiscal dá ordem jurídica. 
O problema é que na função de fiscal dá lei, o MP é imparcial e impartial. Quando um promotor denuncia alguém por crime, ele foi imparcial mas partial pois ele têm a tese, mas, no meio do processo, quando o MP vai atuar na fiscalização ele deixa de ser domnus lite, e veste o custus legis, e o custus legis é imparcial e impartial para se dizer se o ato jurídico é nulo ou não. 
O promotor têm função de persecução e fiscalização dá lei, o juiz de aplicação do direito.
Enfim, na fase judicial se têm como regra que a ação penal é pública incondicionada, e excepcionalmente as condicionadas, mas em ambas quem faz a persecução é o Estado, na figura do MP. Mas, nas ações penais privadas quem fará a persecução é o ofendido. 
O oficialidade também pode acontecer excepcionalmente na fase investigativa, além dá judicial. 
OFICIOSIDADE
A atuação dá persecução penal via de regra acontece independente de provocação, ex officio, a atuação do persecutor atua sem a vontade de ninguém. Basta que o Estado tome conhecimento, seja ele provocado por qualquer pessoa ou que ele tomou conhecimento de forma lícita. 
Quando o fato é de ação penal pública é incondicionada é assim, mas, quando for a ação penal privada ou pública condicionada a representação dá vítima, a atuação de persecução do Estado só pode acontecer mediante provocação: requerimento dá vítima. Aqui, ele não pode atuar, a não ser que a vítima faça uma livre manifestação de vontade (representação) onde a vítima autoriza a instauração do inquérito policial e que o MP ajuize a ação. No caso dá ação penal pública condicionada a representação do ministro dá justiça só pode acontecer se o ministro já justiça faz um requerimento. 
Esse princípio se direcionada a persecução estatal pública, mas, na fase judicial das ações privadas não há atuação do Estado. 
 OBRIGATORIEDADE DÁ AÇÃO PENAL PENAL PÚBLICA
A persecução penal acontece independente desde que presente os requisitos dá justa causa para a presença dos órgãos persecutórios. O MP não pode atuar, via de regra, por conveniência e oportunidade e sim ao cumprimento do dever de acionar quando os elementos para dar deflagração dá ação penal estão presentes. 
ESSE PRINCÍPIO NÃO SE APLICA A AÇÃO PENAL PRIVADA: Atrelado a conveniência e oportunidade do particular para ajuizar a ação.O particular precisa dá justa causapara ajuizar a ação, mas ele só ajuizou se ele quiser (é um direito potestativo), isso não acontece com o MP, o MP têm a obrigação de ajuizar a ação caso tenham os elementos de justa causa, ele têm o dever constitucional de atuar. 
É tanto que, se um promotor afirma que não vai denunciar ele têm que fazer um relatório justificado do porquê não está denunciando. Esse princípio é direcionado ao MP nas ações penais públicas todos os tipos.
INSTITUTOS DE EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DÁ OBRIGATORIEDADE:
· TRANSAÇÃO PENAL: Instituto despenalizante previsto na lei 9099/95 (lei dos juizados especiais - infrações de menor potencial ofensivo) art 72 e ss, que é um NJ penal celebrado entre o MP e o suposto autor do fato (não chama de réu ainda) realizam uma negociação e fazem um acordo. Essa lei traz a ideia de fatos de menor gravidade que são resolvidos de meios diversos dá resolução penal privativa de liberdade. O art 98 dá CF é quem estabelece a criação dessa lei que resolvesse de maneira mais ágil esse tema. 
CONCEITO DE TRANSAÇÃO: Negócio jurídico penal celebrado entre o suposto autor do fato e MP. E esse acordo penal não pode versar sobre pena privativa de liberdade e sim medidas diversas a ele, e essa transação não pressupõe confissão (você não tá confessando nada ao aceitar a transação) e não gera reincidência, não podendo fazer um novo acordo em 5 anos, sendo obrigatória a presença de um advogado atuando em favor do suposto réu. 
CRIME E CONTRAVENÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO = Pena máxima cominada em igual ou inferior a 2 anos, com ou não cumulação de pena de multa desde que não haja vedação legislativa a aplicação dessa lei, como por exemplo como faz o art 41 da lei maria da penha, assim como o art 90-A da própria lei de juizado que diz que lea não se aplica a crimes militares (apesar do STF entender que se aplica se for praticado por um civil). Mas perceba que a contravenção, mesmo que viole interesse federal, ela é julgada na justiça estadual em regra. 
Se o fato se enquadra como crime de menor potencial ofensivo terá uma investigação dá TERMO CIRCUNSTANCIADO (que é a versão mais simples de um inquérito - requerimento na delegacia dá notícia crime) e encaminhados para os juizados especiais estaduais ou federais, assim, a priori perante um conciliador (se não tiver quem faz o juiz) assim se busca uma solução negociada para que não haja a fase processual condenatória, e pode ser que haja a COMPOSIÇÃO CIVIL (entre a vítima e o suposto autor do fato), e se o fato for um fato de ação penal privada esse acordo celebrado e homologado têm efeito de renúncia ao direito de queixa (não vai poder ajuizar ação penal) dá vítima e assim se extingue a punibilidade (Se for ação penal pública condicionada a representação, ao fazer o acordo a vítima está renunciando a representação - também extingue a punibilidade). Assim, uma vez homologado esse acordo vira um título executivo que se não cumprido pode haver execução. 
MAS SE FOR PÚBLICA INCONDICIONADA NÃO EXTINGUE PUNIBILIDADE MAS NA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS RESPOSTAS DO INDIVÍDUO DEVERÁ SE LEVAR EM CONTA O ACORDO PARA REDUZIR A PENA!!!
Outrossim, se não há o acordo/é uma ação penal incondicionada haverá uma 2ª audiência onde o MP oferece uma proposta - se não for causa de arquivamento, HÁ TODOS OS ELEMENTOS PARA DENUNCIAR - de acordo DE TRANSAÇÃO penal (que não poderá ser a sanção de pena restritiva de liberdade, normalmente vai ser restritiva de direitos), assim, se o sujeito aceita e cumpre se extingue a punibilidade e inclusive o sujeito volta a ser réu primário, limitado o sujeito a só poder fazer 1 transação a cada 5 anos. Mas perceba que se fosse uma ação penal condicionada a representação precisaria de autorização dá vítima para que tivesse a transação, mas também se fosse incondicionada não precisaria que a vítima concordasse ou não ou que tivesse composição civil ou não, se o MP ver que têm às condições ele devem propor o acordo de transação. CAUSA REINCIDÊNCIA/MAUS ANTECEDENTES? Não causa reincidência porquê não há sentença penal condenatória transitada em julgado, mas a discussão de maus antecedentes têm quem ache que gera e têm quem ache que não, Roberto acha que não deveria causar nada.
NA AÇÃO PENAL PRIVADA NÃO HÁ PREVISÃO DÁ TRANSAÇÃO NA AÇÃO PENAL PRIVADA!! MAS HÁ PRECEDENTE NESSE SENTIDO onde no caso não vai ser o MP quem vai fazer a transação, vai ser uma situação de um acordo mas que será prestado uma obrigação em favor de outro (se fosse em favor do autor seria acordo civil). Exemplo: numa situação de injúria onde às partes não chegam a um acordo civil, mas, concordam que o suposto réu doe cestas básicas para uma instituição de caridade. 
 Art. 76 lei 9099. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
 	§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
 	§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
 	I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
 	II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
 	III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
 	§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
 	§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
 	§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
 	§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
Esse instituto mitiga o princípio dá obrigatoriedade porquê se têm todos os elementos para denunciar mas essa disposição normativa pode se apresentar um acordo penal para resolver a questão, daí que a doutrina chama de obrigatoriedade mitigado. 
Continuando exceções dá obrigatoriedade dá ação penal… também mitigam a ação penal por aqui há elementos para denunciar mas o MP não o faz...
· COLABORAÇÃO/DELAÇÃO PREMIADA: É um meio para que se obtenha às provas, então se o indivíduo faz esse acordo, uma das possibilidades é a não persecução se o sujeito deu informações e provas suficientes. Se têm elementos para denunciar, e ai troca a denúncia por esse acordo para obter provas e atingir o esquema de forma maior. ISSO NÃO É ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO!!! HÁ REQUISITOS MAIS GRAVOSOS!!! a não persecução é um opção mas não necessariamente será isso. OBS: A delação premiada pode ocorrer em qualquer fase inclusive na execução.
· ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: Nasce no Brasil com a lei 13964/2019 (PACOTE ANTI CRIME), no seu art 28-A esse acordo celebrado entre o MP e o investigado e esse acordo não é uma colaboração para entregar terceiros, e sim, o indivíduo confessa o crime e cumprir às condições do 28-A e ao final extingue-se a punibilidade. OBS: Foi pensado para que nem houvesse processo. 
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima,exceto na impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
ROGÉRIO SANCHES NÃO ACREDITA NO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE!!! LOGO NÃO HAVERIA EXCEÇÕES A ELE!!! MAS ELE É MINORITÁRIOSSIMO, QUE ACREDITA NO PRINCÍPIO DÁ OBRIGATORIEDADE E NAS SUAS MITIGAÇÕES.
INDISPONIBILIDADE DÁ AÇÃO PENAL PÚBLICA 
Mais um princípio que se aplica somente às ações penais públicas. Mas perceba que na ação penal privada há a DISPONIBILIDADE, pois a vítima têm conveniência e oportunidade de não ajuizar e mesmo que escolha ajuizar ela pode ensejar a perempção (fenômeno que leva a extinção dá punibilidade e do processo) e ele pode ainda oferecer o perdão em juízo (que é um ato processual, bilateral e só se pode dispor dele em ações tipicamente privadas).
Outrossim, o MP após propor uma ação penal ele não pode desistir dá ação que tenha iniciado.
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
E nem do recurso que tenha interposto
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Mas perceba que apesar disso tudo, isso não quer dizer que o MP não poderá pedir a absolvição. É tanto que o mesmo que denuncie, depois ele pode entender em sentido contrário e pedir a absolvição.
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
Pedir absolvição não se confunde com desistência. A desistência é pedir pro juiz não julgar, pedir absolvição é pedir para julgar o mérito mas que julgue em favor do réu. 
Enfim, o MP uma vez propondo/interpondo recurso ele não pode desistir, mas pode mudar sua demanda. Inclusive, perceba que o MP têm que ser acusador mas também defensor dá ordem jurídica. 
A AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DÁ PÚBLICA NÃO CABE DISPONIBILIDADE!!!
EXCEÇÕES QUE MITIGAM O PRINCÍPIO!!!! DISCRICIONARIEDADE REGRADA/INDISPONIBILIDADE MITIGADA!!!! ↓
EXCEÇÃO: SURSIS PROCESSUAL - Lei 9099 art. 89
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
 I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
 II - proibição de freqüentar determinados lugares;
 III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
 IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
 § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
 § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
 § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
 § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
 § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
 § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
INFRAÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE OFENSIVA: A pena mínima é iNFERIOR/igual há 1 ano mas não cabe os outros institutos (normalmente a pena máxima é superior a 2 anos), vai caber o sursis processual (sem caber o outro sursis no caso) e ai será infração de média complexidade ofensiva. Exemplo: estelionato e furto. SÓ CABE O SURSIS PROCESSUAL!!!
Perceba que o sursis processual suspende a pena e depois não leva nem a condenação. 
Só extingue a punibilidade depois que acaba o período. 
EXCEÇÃO 2: Colaboração premiada. 
Pode acontecer em algumas etapas… se acontece na fase investigativa pode se propor não perseguir, então nem ação penal se têm, mas têm casos que a colaboração ocorre no decorrer do processo ou dá execução. Se ocorrer no processo e for para extinguir o processo, ela estará excepcionando esse princípio. 
EXCEÇÃO 3: Renúncia da vítima na lei Maria da Penha. 
No processo penal, o art 25 do CPP que nos crimes de ação penal pública condicionada a representação do ofendido ele pode se retratar e voltar atrás até o oferecimento da denúncia. A representação é um ato informal e a retratação também. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Eu posso representar até 6 meses contado do conhecimento da autoria (decadência) e a retratação até o oferecimento da denúncia, MAS É AÍ A EXCEÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA. A renúncia (nome da retratação da LMP), ela só pode voltar atrás na frente de um juiz ou um promotor explicando o motivo do porquê ela gostaria de renunciar, justamente porquê perceba que muitas vezes às mulheres querem voltar atrás por medo do agressor e assim a justiça vai tentar protege-lá mais para que ela não precisa se retratar .
ASSIM, NA LMP PODE SE RETRATAR ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E NÃO O OFERECIMENTO COMO É NOS OUTROS CRIMES. 
Art. 16 dá LMP. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
PRINCÍPIO DÁ INTRANSCENDÊNCIA DÁ AÇÃO PENAL 
Se relaciona com o princípio dá impessoalidade e dá oficialidade. A ação penal é individual, não se pode ter aquela ideia de que “me diga com quem andas que eu direi quem tu és.” Só será responsável o indivíduo que participou do delito. Cada caso será analisado individualmente e cada um só será processado até onde efetuou o delito. 
OBS: TODOS OS PRINCÍPIOS SE RELACIONAM: A ideia do juiz natural é a ideia de um juiz impessoal, associado ao juiz de exceção. A escolha impessoal do magistrado. Assim como há o promotor natural, o acusador têm que ser impessoal. Assim como, o indivíduo têm o direito de se defender (contraditório bilateral - ambos os lados deve apresentar suas teses mas o dá acusação não têm a mesma ideia dá ampla defesa que a defesa tem). Perceba que é preciso que o acusador transforme a ideia de inocência do réu em culpado, por isso que às pessoas têm direito de silêncio, eu não tenho que me pronunciar sobre nada porque eu já sou inocente (estado de inocência). 
SISTEMAS PROCESSUAIS 
Forma organizacional do conjunto normativo. 
INQUISITIVO 
Há quem coloque o marco de nascimento na idade média, mas Bob não acha que dá para colocar esse marco já que ele foi construído ao longo do tempo, mas de qualquer maneira ele se apresenta no seu melhor momento na idade média coma inquisição. 
Esse modelo não é democrático é contra o indivíduo, mas perceba que ele têm que ser interpretado a luz do seu tempo. Esse sistema coloca uma instituição para perseguir e aplicar o direito, não há mais a figura dá vingança privada, mas perceba que a priori não foi construído para a Igreja, mas é muito associado a inquisição porquê, na cabeça dá época, quem melhor que um representante de Deus para reunir às provas?
ACUSATÓRIO 
A doutrina aponta que esse sistema nasce na Grécia, pois os pressupostos já estavam lançados na Ágora de Atenas, com os crimes públicos e privados sejam julgados. 
MISTO
Nasce pós a idade média, a partir dá Revolução francesa, parte do processo é inquisitivo e outra parte é acusatória, perante o juiz
BRASIL 
 Art. 129 CF. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
A doutrina diverge sobre que sistema o Brasil adota, a maioria é que há o sistema ACUSATÓRIO. Mas perceba que isso é pela CF, mas a legislação infraconstitucional ainda é de grande gestão dá prova de juiz, é um sistema acusatório que se afasta da ideia anglo saxã. é tanto que o art 3º do CPP diz (fruto do pacote anti crime):
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
O problema deste artigo é que há a liminar do Ministro Fux que suspende a eficácia deste artigo. É um sistema acusatório que é possível a interferência judicial, e vai atuar em favor do enfraquecido (no caso o acusado - isso não é regra, é em favor dá liberdade). 
O 3A vai ter que conviver com o art 156 do CPP que dá vários poderes inquisitivos ao juiz. Revogaria o 3A o 156? não se sabe… só quando ele estiver com a eficácia plena. 
O protagonismo não têm que ser do juiz e sim das partes, e foi isso que aconteceu em 2008 quando há a implantação do art 156 (poderes do juiz). 
MOTIVO FUX PARA SUSPENDER O 3A: Um dos argumentos de Fux foi relacionado à constitucionalidade formal, argumentando que não pode o legislativo estabelecer a organização interna de órgãos do PJ. Então, embora criar competências seja possível ao legislativo, o juiz das garantias não apenas cria competências, mas, de forma incidental, reformula a estrutura do PJ, que seria de proposição exclusiva do PJ. Também trouxe argumentos financeiros, que a alteração geraria impactos no orçamento, com suplementos financeiros não previstos em lei. 
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. 
Argumento similar foi apresentado para suspender a eficácia do art. 28, na nova redação. Embora o legislativo possa criar competências, a criação da obrigatoriedade da remessa necessária do IP arquivado ao órgão da PGR ou CCR geraria uma reorganização do MP e, consequentemente, criação de órgãos e aumento financeiro sem previsão. Violaria a obrigação de proposição de lei por parte do PGR (organização do MP) e criação de gastos sem prévia compensação financeira
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
NESTOR TÁVORA: O sistema do Brasil é acusatório ortodoxo mas impuro, pois há poder probatório na figura do juiz pela cultura do BR. 
Aury Lopes: O sistema BR é neo inquisitorial, pois não há de fato no processo penal preponderantemente inquisitoriais, o juiz ainda têm poderes probatórios gigantescos. 
Há ainda quem acredite que o Brasil têm um sistema misto, mas a frase pré processual com princípios inquisitoriais, isso não faz que o STF e a legislação entenda como misto. 
SISTEMAS DE SEGURANÇA PÚBLICA 
No brasil a persecução têm duas fases:
1. PRELIMINAR/INQUISITIVA: Caracteres inquisitoriais. 
2. PROCESSUAL: Há contraditório e ampla defesa
A primeira fase na persecução criminal PREPARA a 2ª fase, sendo essa 2ª a fase deveras dá ação penal. 
SISTEMA PRELIMINAR DE INVESTIGAÇÃO 
É o conjunto de instituições que podem por meio de investigação reunir os elementos que permitem o exercício da ação penal. 
A fase preliminar prepara a processual por conta da justa causa (conjunto de elementos mínimos necessários para o exercício da ação penal). A justa causa têm:
· Indícios de autoria (foi o réu quem fez?)
· Prova dá materialidade (o fato existiu?)
A justa causa vai ser um filtro, impedindo que sejam propostas ações penais sem fundamento. A mera propositura de uma ação penal, gera um ônus a quem está no processo. Assim, o legislador traz um conjunto de instituições que de maneira prévia ao exercício dá ação possam angariar elementos para exercício dá ação penal. 
JUSTA CAUSA: reúne os elementos a realização dá ação penal, sendo composta de indícios de autoria (elementos que induzem que alguém é o autor do fato) e prova dá materialidade (prova dá existência do fato/crime). As instituições vão filtrar e procurar os elementos para exercitar a ação penal. 
SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
POLÍCIA 
A polícia se divide em:
· OSTENSIVA: De caráter preventivo, o objetivo é impedir que ocorram crimes, essa polícia é vista. OBS: Não confundir com poder de polícia do direito administrativo. SÃO ÀS POLÍCIAS OSTENSIVAS:
1. MILITAR: fardada e militarizada (hierarquia e disciplina, se submetendo ao código penal militar e ao CPP militar). São de competência dos estados, subordinado ao secretário de segurança pública e do governador. 
2. POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: Patrulhamento das rodovias federais, mas é uma polícia não militarizada, é uma polícia de caráter civil ostensiva custeada pela União. 
144 § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
3. POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL: É uma polícia que não existe de fato, nunca houve um concurso para essa polícia. Também é uma polícia não militarizada, também têm caráter civil.. 
144 § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
4. FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA: Instituição de situações emergenciais dos estados, é uma policial composta pelos policiais militares dos estados membros, ELA NÃO EXISTE PERMANENTEMENTE, os melhores PMs dos estados são convocados pela União para eventos pontuais, normalmente quando os estados precisam. Exemplo: greve dá PM. A ideia dela é diminuir o uso do exército (art 142, filosofia de defender o estado, custe ao que custar, por isso é um problema colocar o exército contra a população). 
· INVESTIGATIVA/ JUDICIÁRIA: Polícia que não é para ser vista, e sim para investigar. 
1. POLÍCIA CIVIL: não fardada, não militarizada, de competência dos Estados, atua após a ocorrência do crime para investigar e gerida pelo delegado de polícia e investiga os delitos NÃO FEDERAIS, de ordem estaduais. 
OBS: Às polícias militares têm função de polícia ostensiva mas por comando constitucional a PM nos crimes militares estaduais terá função investigativa por meio das corregedorias. 
NESTOR TÁVORA E RENATO BRASILEIRO: Acha que eles não se confundem o nome,acreditam que a polícia judiciária compre as ordens do judiciário e a investigativa de investigar. 
2. POLÍCIA FEDERAL: É uma polícia que não é fardada, ela não é para ser vista, mas muitas vezes na realização das operações têm uma farda. Investiga os delitos de competência dá união. 
Art 144 § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
3. POLÍCIA PENAL: Surge de um levante dos agente penitenciários. Têm a função de proteger os estabelecimentos prisionais e tudo que isso se relaciona. Têm de competência dos estados para os estabelecimentos prisionais, sendo subordinada ao órgão do estado que cuida disso (na BA: a CEAP) e nas unidades federais respondem a união (DEPEN) 
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. 
Tende a ser a primeira polícia de CICLO COMPLETO: É apenas um órgão que atua de maneira ostensiva e investigativa. Mas ainda carece de legislação. 
OBS PP: Ao órgão competente, em sede estadual ou federal, para administração prisional e correlatos na Bahia, SEAP. É uma Secretaria apenas para unidades prisionais e assuntos afins em âmbito federal, o DEPEN (Departamento Penitenciário Federal) O DEPEN está subordinado ao MJ. Na Bahia, a SEAP NÃO está dentro da SPP, é uma secretaria autônoma, submete-se direto ao governador. Em outros estados, não existe a SEAP, a própria SSP tem um departamento interno pra unidades prisionais em outros, tem secretarias (SP tem a SAP, por exemplo)
OBS: Há outros órgãos que podem realizar investigação criminal, além dá situação dos crimes militares (no âmbito dos estados podem investigar pelas corregedorias - que já surgem para investigar crimes). Mas são outras instituições que dentro de suas atribuições administrativas, que acabam por apurar ilícitos penais “sem querer.” Exemplo: PAD para “furto” de um objeto dá adm pública, isso é peculato, todavia o órgão registrou o PAD em âmbito administrativo mas poderá descobrir ilícitos penais. Ex2: O IBAMA dentro de suas atribuições administrativas podem descobrir ilícitos criminais. São a priori situações administrativas que podem descobrir ilícitos criminais. PARA FINS PROCESSUAIS PENAIS SÃO PEÇAS INFORMATIVAS (origem adm) E PODEM CONFIGURAR JUSTA CAUSA, O INQUÉRITO POLICIAL PODE SER DISPENSADO SE HÁ UM PAD POR EXEMPLO QUE VIRA PEÇA INFORMATIVA E CONFIGURA JUSTA CAUSA, pode ser que o MP peça um inquérito para complementar os requisitos dá justa causa, mas se o MP percebe que a peça informativa é suficiente o inquérito é dispensado. Estes órgãos administrativos não têm função de investigar fatos típicos, mas, durante sua atuação podem se deparar com fatos típicos e assim enviam para o MP. 
OUTRAS INSTITUIÇÕES
· CPI: Às casas legislativas, sejam às federais, estaduais ou municipais, podem realizar investigações pela CPI, ela têm poderes de investigação PRÓPRIOS das autoridades judiciárias, mas o STF restringe essa amplitude que a letra fria dá CF traz, trazendo a CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO. Isso está previsto no art 58, §3º dá CF: 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
O INQUÉRITO PARLAMENTAR É DIFERENTE DÁ CPI. A CPI é uma comissão transitória montada para realizar o inquérito, sendo o inquérito essa investigação preliminar que inclusive pode ser natureza criminal. Fato é que a CPI deve ser por fato determinado, e não para fazer uma ampla investigação e ainda nem toda CPI enviará relatório ao MP, enviara se caber responsabilização civil ou penal, esse relatório também é chamado de PEÇA INFORMATIVA. 
Art. 28 CPP. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. 
OBS: Se a CPI não enviar o relatório por achar que não cabe responsabilização, o MP pode solicitar através dá PGR (se for federal no caso).
Fato ainda é que a CPI têm uma amplitude investigativa um pouco maior que outros órgãos se não outras figuras do estado como a polícia. Mas há diligências que podem ser feitas diretamente, independente d ordem judicial, mas, há às figuras reservadas pela cláusula de jurisdição que se podem ser produzidas com ordem judicial, mas observe que há figuras que outras instituições só podem ser praticadas com autorização judicial e que a CPI pode realizar sem:
· QUEBRA DE SIGILO FISCAL (informações tributárias do sujeito), BANCÁRIO (informações do banco e cartões) E TELEFÔNICO
· DOCUMENTOS DE REPARTIÇÕES PÚBLICAS
· PERÍCIAS 
Nenhuma delas está inclusa a autorização judicial. 
OBS: QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO NÃO É INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. A quebra do sigilo mostra os horários das ligações, tempo dá chamada…. a interceptação é o acesso ao conteúdo da chamada, acesso ao que foi conversado na ligação. 
HÁ DILIGÊNCIAS QUE NÃO PODEM SER PRATICADAS DIRETAMENTE PELA CLÁUSULA DE JURISDIÇÃO POIS violam a intimidade dos sujeitos, direitos fundamentais, assim, o STF protege eles requisitando autorização judicial:
· Interceptação telefônica (lei 9296/96)
· Prisão 
· Busca e apreensão 
Esse rol é exemplificativo e não exaustivo. 
A CPI NÃO PODE CONDUZIR COERCITIVA DO INVESTIGADO E NEM DE TESTEMUNHA (Nestor Távora). Caso a testemunha não compareça, a CPI devem SOLICITAR ao juiz. O STF JÁ SALIENTOU QUE A CONDUÇÃO COERCITIVA DE INVESTIGADO, SEJA NA CPI SEJA NA AÇÃO PENAL, ELA É ILEGAL, NÃO PODE SER LEVADO A FORÇA A PRESENÇA, esse direito de não estar presente está abarcado na auto defesa do investigado, o investigado têm o direito de não querer falar, mas o STF entendeu que a testemunha poderia ser coercitvamente conduzida, mas, a CPI só pode fazer isso se requisitar ao juiz (isso é entendimento de Nestor, mas há entendimentos diversos). 
Não há previsão constitucional dá CPI estadual e municipal, mas, a investigação delas não é tão ampla quanto a federal, mas o âmbito federal e estadual têm poder judiciário e esse poder seria delegado às CPIs nesses âmbitos , fato é que não há poder judiciário municipal, dessa forma não têm de onde às casas legislativas municipais têm poder delegado. Enfim, às casas legislativas podem instaurar CPI, ms os poderes investigativos não são os mesmos das casas estadual e federais, pois, não há poder judiciário que lhes possa delegar poderes. A CPI ESTADUAL TAMBÉM ESTÁ LIMITADO AO PODER DOS PARLAMENTARES ESTADUAIS, estão limitados aos fatos do âmbito estadual. 
INVESTIGAÇÃO DIRETA PELO MP 
PIC: Procedimentoinvestigatório criminal. 
É permitido que o MP realiza investigação criminal por força própria, colhendo elementos que embasam futura ação penal. isso não quer dizer que o MP presidir inquérito policial como dispõe a CF:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
A polícia é o principal órgão investigativo mas não é o único. 
· SÚMULA 234 STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
FUNDAMENTAÇÃO DÁ PIC: TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS 
O STF entende que por o MP poder exclusivamente a propositura dá ação penal, ele também poderia angariar elementos para a propositura desta ação penal. 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
O PIC TÊM PRAZO E RESPEITAR TODAS ÀS PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOs! NÃO HÁ REDUÇÃO DO TAMANHO DÁ DEFESA DO ACUSADO, inclusive aos autos já documentados. PIC não é mais amplo que o inquérito policial. 
INQUÉRITO POLICIAL
INTRODUÇÃO
O inquérito é um mecanismo preliminar de investigação mas é exclusivo dá polícia civil e federal e é o mecanismo mais utilizado e regulamentado (art 4º ao 6º do CPP) e na lei 2830/2013. 
CONCEITO 
NESTOR TÁVORA: “É um procedimento administrativo preparatório destinado a elucidar um suposto fato delituoso identificando elementos de autoria e existência do fato (justa causa dá ação penal)”
Conjunto de diligências feita pelo polícia judiciária para apuração dá infração e de sua autoria, para o titular dá ação penal pública entre em juízo (mp ou querelante). 
Processo administrativo para angariar os elementos dá justa causa. Bob vai entender que o inquérito vai analisar fato tido como delituoso e dessa analise do fato pode ser que a justa causa seja encontrada, devem se evitar que às autoridades já comecem o inquérito já viciado, pensando em incriminar a pessoa. 
É um procedimento administrativo pois são atos concatenadas, uma sequência lógica interligada que busca angariar elementos para que se elucide um fato, eventualmente delituoso. Ele é preparatório, pois ele não resolve a ação penal, até porque ele nem sanciona. 
A titularidade do inquérito é dá polícia, será ela a titular, mas quem preside isso é o delegado dá PF ou PC, um servidor público. E não perante autoridade judicial, por isso, não há produção de PROVA, já que prova é diante o juiz e diante dele deve haver sempre ampla defesa e contraditório. 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. // MUITO CRITICADO, INQUÉRITO DO FIM DO MUNDO???
Via de regra o inquérito não têm produção probatória. Exceto na situação de produção de:
1. PROVAS IRREPETÍVEIS: E mesmo assim são submetidos ao contraditório no processo penal (contraditório diferido). Normalmente são perícias. 
2. PROVAS ANTECIPADAS: Mas são perante o juiz, é possível que seja produzida no inquérito. Exemplo: ouvir testemunhas no leito de morte, é uma prova cautelar e que vai ter o contraditório do acusado. 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONTRA AUTORIDADES COM FORO DE PRERROGATIVA
O delegado não pode indiciar e nem acusar autoridade com foro de prerrogativa de função. Se durante um inquérito contra outra pessoa se identifica a presença dessas autoridades (membros do poder legislativo, judiciario, membros do MP…) o delegado deve remeter os autos ao juízo competente que realizará a investigação - como um juiz de garantias.
Membros do MP ou judiciário em tese será pela PG ou TJ. 
CARACTERÍSTICAS
DIFERENCIA DA AÇÃO PENAL!
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Pode ter ação sem inquérito mas uma vez iniciado ele não pode ser dispensado pelo delegado. Ele pode não ser instaurado mas uma vez instaurado não pode ser arquivado (obs: ele pode não instaurar por algumas razões. 
Segundo Nestor Távora, se for realizado de forma diversa dá escrita, for digitalizado por exemplo, isso não haverá nulidade, é mera irregularidade.
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Esse sigilo não se aplia ao juiz de garantias e nem a membro do mp.
SIGILO EXTERNO: Voltado para o público em geral. Em regra o inquérito é sigiloso para a sociedade. 
SIGILO INTERNO: Voltado aos interessados no inquérito policial. EM REGRA NÃO SE APLICA, pois o advogado têm o direito de acessar os autos do inquérito já documentado MAS para às diligências em andamento, e essas onde o conhecimento prévio pode por em risco a veracidade da diligência, poderá ser imposto o sigilo, mas, quando for colecionada e juntada aos autos a defesa terá acesso. Exemplo: interceptação telefônica e mandado de busca e apreensão 
· SÚMULA 14 VINCULANTE: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
OBS: Se ao advogado é negado o acesso aos autos do IP ele poderá impetrar mandado de segurança NO NOME DO ADVOGADO, pois a prerrogativa é dele. Outrossim, poderia ainda se ajuizar reclamação constitucional perante o STF para preservar a autoridade da súmula 14, com pedido liminar próprio (meio ineficaz, demora demais). Impetrar HC em favor DO INVESTIGADO, por cercear de forma indireta/arriscar a liberdade do investigado (melhor opção). SE PASSAR O JUIZ DE GARANTIAS PODERIA PETICIONAR DIRETAMENTE A ELE….
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215,de 27 de abril de 1963)
OFICIALIDADE (CARACTERÍSTICA SEM ARTIGO RELACIONADO)
Quem realizada é a POLÍCIA INVESTIGA, EXCLUSIVAMENTE ELA, presidida pelo delegado de polícia civil ou federal. 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
O delegado pode escolher os caminhos dá investigação, é discricionária a atuação do delegado. 
Se o delegado decide não instaurar o inquérito a vítima pode recorrer ao delegado geral dá polícia civil, o secretário de segurança pública, às superintendências dá polícia…. figuras superiores de maneira administrativa
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la
Mas a vítima também pode ir ao MP ou ao juízo e requisitar que se analise a situação e requisite a instauração, mas a doutrina brasileira é contrária a ideia de que o magistrado poderia requisitar a instauração (segundo o art 3-A, mas esse artigo está com a eficácia suspensa). 
Diante de um fato de flagrante o agente pode ser capturado mas só poderá ser lavrado se na ação penal pública condicionada dependerá da representação da vítima. 
OBS: É possível que a polícia federal coopere com a civil na investigação. E que os crimes eleitorais se for de repercussão local poderá ser feito pela polícia civil, apesar de em regra investigada pela polícia federal. 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
Vem se criando a ideia de inquéritos audiovisuais, pois o vídeo com vzo é o mais seguro mas, o que ainda está no código é a ideia de tudo escrito, pois era o mais viavel e seguro também em 1940. 
No inquérito policial não há produção probatória nos termos técnicos (em regra), o que há é angariar elementos informativos. Até porque a prova precisa de produção perante o juiz com o contraditório, e o inquérito é somente perante o delegado e sem participação dá defesa. 
QUANDO O INQUÉRITO PRODUZ PROVA?:
1. PROVAS IRREPETÍVEIS: São provas de perícia que são feita
Atos de instauração/peças inaugurais (art 5º do CPP)
Perceba que até mesmo o delegado tomando conhecimento por uma noticia ele poderia justificar a instauração. 
O inquérito pode ser ex officio ou provocada pela vítima ou por qualquer 3º, basta que esse fato seja um fato de ação penal pública incondicionada.
AUTOS DE PRISÃO EM FLAGRANTE
O FLAGRANTE: 
· CAPTURA 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
· CONDUÇÃO + LAVRATURA 
Oitiva do condutor 
Oitiva de 2 testemunhas que assistiram o fato
Oitiva do conduzido 
Nem sempre levará ao encarceramento, e mesmo se leve e houver a possibilidade fianças o indivíduo pode pagar a fiança e não ser encarcerado
· ENCARCERAMENTO
O estado pode atuar nas três e o cidadão comum pode apenas na captura, a pessoa pode até capturar mas o fato de lavrar o inquérito depende do entendimento do delegado de entender que há ali às condições mínimas. 
OBS: A minoria dá doutrina acredita que condução é uma etapa e lavratura é outra. 
HIPÓTESES DO FLAGRANTE:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Esse logo depois a doutrina entende como um tempo muito próximo. 
ENVIO DE CÓPIAS DOS FLAGRANTES:
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 
Esse envio ao juiz é justamente para que ele faça um controle dá legalidade dessa prisão. 
O flagrante é um ato que foi criado para sustar um fato delituoso que está em andamento e ao mesmo tempo permite que num momento próximo ao fato se reúna os elementos indiciários no momento continuo ao fato delituoso. O flagrante é u meio e não um fim em si mesmo, após inaugurar o inquérito a investigação deve continuar. 
A LAVRATURA DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DÁ VÍTIMA/ AÇÃO PENAL PRIVADA DEPENDE DÁ REPRESENTAÇÃO, a polícia poderia até capturar mas se a vítima não fizer a representação não há lavratura, mas, se a vítima representa dentro do prazo decadencial de 6 meses o delegado lavra via portaria e não por flagrante. 
O inquérito policial também têm diligências para se elucidar o fato. 
O inquérito é concluído pelo relatório e esse relatório vai trazer se há pertinência ou não para a ação penal, e para descobrir isso, haverão às diligências.
DILIGÊNCIAS 
Perceba que a simples instauração do inquérito não resolve nada, precisa se elucidar o fato. Muitas dessas ações não precisam de autorização judicial, mas perceba que haverao atos que poderão requerer como a interceptação telefônica. 
Há atos:
· Auto executórios: sem autorização. Exemplo: requerer docs, oitiva de testemunhas, perícia… 
· Autorização judicial: precisam de autorização do juiz. Exemplo: conteúdo bancário, fiscal, busca e apreensão, prisão preventiva… 
Não é porque se recebeu autorização que deixa de ter forma para produzir o ato… até mesmo os que não precisam devem se seguir a legalidade. Exemplo: numa busca e apreensão têm horário para fazer isso. 
OBS: Enquanto não se decide a situação dos juiz de garantias, o mesmo juiz que dá autorização das diligências é o mesmo quem vai julgar o caso. 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidadeou a ordem pública.
A realização de perícia não é discricionário, se há a possibilidade de ser realizada devem ser. 
REQUISIÇÃO DE DANOS E REQUERIMENTO DE LOCALIZAÇÃO E GPS
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: 
I - o nome da autoridade requisitante; 
II - o número do inquérito policial; e 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. 
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial. 
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. 
Já se está em condições de se perceber se houve o fato, sua autoria, às condições e motivações do fato? cabe ao delegado formar seu convencimento e enato ele fará o encerramento. 
ENCERRAMENTO
O encerramento é porquê para o delegado está tudo fechado. Mas imagine que se ao ongo o inquérito houvesse a prescrição ou que o suposto autor morreu (causas extintivas de punibilidade), mas o inquérito não pode ser arquivado (art 17), mesmo assim ele vai fazer o relatório dizendo que o crime está prescrito, ou que o agente morreu… mas ele precisa encerrar o inquérito. 
Não necessariamente a pessoa vai ser indiciada depois do inquérito, pode ser indiciado no início do processo e prosseguir o inquérito. O inquérito também não vincula, o promotor pode entender que não há razão para indiciamento.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
INDICIAMENTO
Juízo valor de indiciar ou não a pessoa. Mas perceba que mesmo que a pessoa seja indiciado no começo do inquérito, é importante que tenha o inquérito para que se tenha a informação completa do fato para que o promotor denuncie. 
OBS: Esse envio ao juiz competente do §1º têm que se entender que o CPP é de 1940, o MP era uma instituição minúscula, mas se for ação incondicionada vai direto pro MP, hoje só vai pro juiz se o delegado pede por exemplo prisão preventiva. Se não têm central de inquéritos do MP na cidade ai sim vai pro juiz, mas enfim, normalmente, se não há pedidos pro juiz vai direto pro promotor e o promotor vai dizer se:
· arquiva 
· pede mais diligências 
· denúncia ao juiz.
Mas a norma legal nunca foi alterada… 
OBS: Art 14-A CPP (introduzido pelo pacote anti crime) também reproduzido como 16-a DO CPPM
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º (VETADO). 
§ 5º (VETADO). 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
O procedimento aqui é alterado… a pessoa devem ser notificado para constituir defensor. 
Quando tivermos fatos relacionados a uso de força letal, seja tentada ou consumada, em qualquer procedimento investigatório que investiga estes fatos e há a participação de agentes de seg pública haverá a obrigatoriedade de um procedimento que não existia antes desde que estivessem na função de GLO (garantia de lei e ordem). 
Isso aqui é um absurdo, numa investigação não deveria haver citação e a constituição de advogado, não há defesa e nem partes no inquérito. E a letra dá lei dá a ideia de que seria obrigado ter um advogado/defensor. COMO É QUE A INSTITUIÇÃO VAI TER ADVOGADO????
O indiciamento reconhece que o fato existiu e que os indícios apontam para autoria de A, B, C… mas perceba que o relatório pode indiciar A mas não indiciar B porque ele morreu por exemplo. O mais comum é que o indiciamento aconteça no relatório. Mas perceba que é possível ainda que o delegado indicie mas o MP entenda que cabe arquivamento, o inquérito/relatório não vincula o promotor. 
Enfim, há o relatório e ele é encaminhando ao juiz, se o juiz recebe a denúncia ele interrompe a prescrição e determinar a citação do réu. 
Não pode condenar antecipadamente mas pode absolver antecipadamente, tudo que acontece no processo te uma sequência. Tudo acontece nas etapas adequadas. Mas o indiciamento não têm nada disso, nada impede de que o sujeito seja indiciado no início da investigação e o no final o relatório entenda em contrário. O indiciamento não começa o processo, apenas é o reconhecimento da administração que têm indícios de materialidade e autoria. 
Perceba que a análise dá denúncia pelo MP só se dá depois do inquérito concluído, mas pode ser interessante denunciar o sujeito antes do fim do inquérito pois tende que o juiz conceda preventivas mais agressivas como a prisão preventiva. 
O relatório encerrao inquérito policial e devidamente encaminhado. RESPOSTA DE CONCURSO: PARA QUEM O INQUÉRITO É ENCAMINHADO? AO JUIZ COMPETENTE, é o que o CPP diz = se encaminha o inquérito e consequentemente o relatório. Mas isso não é real, os destinatário é o titular dá ação penal: se privada o ofendida se pública o MP. 
PRAZOS DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
A regra geral do CPP cabe para a maioria dos inquéritos. O indivíduo preso de maneira preventiva devem acabar em 10 dias, sem possibilidade de renovação mas se a investigação não acabou o inquérito continua mas o indivíduo devem ser solto, uma vez solto há o prazo para soltos (30 dias - cabe renovação). 
OBS PACOTE ANTI CRIME: O 3B permite que a renovação do preso seja possivel , mas ela está com a eficácia suspensa pelo ministro FUX, então ainda se aplica a norma supracitada.
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. 
Após a conclusão, caminha para o juízo competente ou para o MP no caso, a depender do tipo dá ação penal.
Chegando na vara crime, vai depender do tipo de ação e seu titular (privada - vítima; outras - MP): 
OBS: O prazo são de 6 meses para oferecer queixa a partir do conhecimento dá autoria. 
OBS2: O prazo prescricional se inicia do momento do crime, e o decadencial do conhecimento dá autoria. 
O QUE DEVE CONSTAR NA DENÚNCIA/QUEIXA - ART 41:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
REJEIÇÃO DA QUEIXA: ART 395
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
OBS: Lembrar que infrações de menor potencial ofensivo dificilmente levarão ao IP. 
QUANDO O IP CHEGA NA MESA DO PROMOTOR 
Se estão ausentes elementos imprescindíveis (ex: falta de laudo que indique autoria), que sem eles não é possível formar a opinio DELICTI do promotor ele deve retornar o IP a delegacia requisitando novas diligências. OBS: Se não for imprescindível o promotor pode oferecer a denúncia e depois resolve o problema. Exemplo: endereço impreciso de testemunha. 
FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL - REQUISIÇÃO MP: ART 129 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
TODOS OS ATOS DO MP TÊM QUE SER FUNDAMENTADO!!! 
A REQUISIÇÃO TÊM QUE SER:
1. Com prazo identificado. 
2. Especificado às diligências. 
3. Fundamentar as razões disso. 
4. As diligências têm que ser imprescindíveis. 
Outrossim, se o promotor entende que é caso de arquivamento se faltam elementos de deflagração da ação penal e assim ele pode fazer o parecer de arquivamento, e submetê isso ao juiz. 
Enfim, se tiver tudo certo no IP e nada que justifique o arquivamento o promotor pode:
1. OFERECER DENÚNCIA 
2. OFERECER PROPOSTA DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL 
Perceba que para oferecer ANPP se for um caso que já cabe DENÚNCIA. O ANPP SERÁ ESTUDADO MAIS AFUNDO MAIS TARDE!!!
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
Outrossim, há uma discussão se seria direito subjetivo do acusado de receber a oferta, e assim ficaria obrigado o promotor a oferecer. 
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA:
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
OBS: O legislador fala errado aqui… se não têm denúncia não é réu. 
Esse prazo de 5/15 dias não é só para oferecer a denúncia, esse prazo é para o mp SE MANIFESTAR.
OBS2: NÃO SE PODE REQUISITAR NOVAS DILIGÊNCIAS E PEDIR A MANUTENÇÃO DÁ PRISAO. OUTRA COISA É SE O MP FALA P SOLTAR E O JUIZ DIZ QUE NÃO VAI SOLTAR!!! SÃO OUTROS 500. 
E SE O MP NÃO SE PRONUNCIA NO PRAZO? 
1. Busca da correção da ilegalidade (soltura se o indivíduo estiver preso)
2. Se vence o prazo, a vítima têm o direito de um período de 6 meses têm o direito de oferecer a queixa crime subsidiária (ação penal subsidiária - se o particular/vítima achar que deve). 
OBS: O mp depois pode oferecer a denúncia… mas aprenderemos mais sobre mais para frente. Uma vez o prazo não estando prescrito, se a vítima também não se pronuncia, o MP pode denunciar até o prazo prescricional. 
OBS 2: Se o o IP fica na mesa do promotor sem ele fazer nada por anos… poderia o advogado impetrar HC para trancar a investigação pelo excesso prazal, mas isso é MUUUUUITO DIFÍCIL de ser aceito e vai depender também do tipo de crime. 
ARQUIVAMENTO DO IP E PEÇAS INFORMATIVAS 
Art. 28 REDAÇÃO NOVA - EFICÁCIA SUSPENSA. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. 
O PACOTE ANTI CRIME MEXEU NO 28 E DEIXOU ASSIM! MAS ELE ESTÁ COM A EFICÁCIA SUSPENSA ATE CAIR A LIMINAR DE FUX. 
ARQUIVAMENTO EXPRESSO, EXPLÍCITO E DIRETO. 
Qualquer tipo de peça informativa criminal que chega no MP ele não pode arquivar, só se estiver previsto por lei. 
Art. 28 REDAÇÃO ANTIGA - EM VIGOR. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
O MP não requer nada… não é como se o juiz poderia indeferir o arquivamento. Se o juiz DISCORDA, ele vai fundamental e encaminhar ao órgão de cúpula DO MP que é quem vai decidir se arquiva ou não. Se a cúpula acha que tem que arquivar mesmo, volta pro juiz e ele está obrigado a homologar, mas, se concordar com o juiz, a cúpula oferta a denúncia e é designado outro promotor para tocar o caso. MAS SE ISSO FOR NO ÂMBITO FEDERAL NÃO PODE A CÚPULA DENUNCIAR!!! NÃO HÁ LEGITIMADA COMO HÁ NO ÂMBITO ESTADUAL!! O PROCURADOR SERÁ SUBSTITUIDO E O SUBSTITUTO É QUEM OFERECE!!!
· CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO: Órgão de cúpula do MPF (lei 75 de 93)
· Procuradoria geral de justiça: quanto às leis estaduais dos MPs não traz o órgão cúpula, é ela. 
Estaria o substituto obrigado a oferecer denúncia? HÁ DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA, se poderia o procurador/promotor poderia discordar do entendimento dá cúpula. Maioria doutrinária entende na área federal que o procurador substituto age a longa mão dá cúpula e vai

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