A luta antimanicomial

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A luta antimanicomial iniciou nos anos 80, ainda na época da ditadura, onde se reivindicava a adoção de novas práticas em Saúde Mental. O embrião da luta antimanicomial foi a criação do Movimento de Trabalhadores da Saúde Mental (MTSM), onde sua principal bandeira de luta era expressada no lema: "por uma sociedade sem manicômios". 
O objetivo do movimento era a inclusão de pessoas com transtornos mentais na sociedade e também no campo de trabalho, oportunizando melhor qualidade de vida a estas.
Em 1987 foi fundado em São Paulo o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Em 1988 com a promulgação da Constituição Federal e com maior proteção social do Estado a Reforma Psiquiátrica ganhou força e mais autonomia propondo uma lei que buscaria obter garantias de melhorias e transformações para com o tratamento das pessoas com transtornos mentais. Porém só no longínquo ano de 2001 foi aprovada a Lei de nº 10216 a qual teve o nome de seu propositor, o Deputado Paulo Delgado. A reforma psiquiátrica sempre teve status construtivo desde seus primeiros passos apresentando novas práticas e alternativas para promover maior dignidade ás pessoas com transtornos mentais.
Um fato que trouxe retrocesso á luta antimanicomial foi a assinatura do Decreto 9.761 de 2019, onde o governo alegou necessidade da criação de comunidades terapêuticas, dificultando o trabalho que vinha sendo realizado com os usuários de drogas, em sua maioria moradores de rua, trabalho este que priorizava a convivência entre os usuários, e a adequação de tratamento de acordo com o caso.
Atualmente os serviços de assistência psicológica continuam encontrando dificuldades, principalmente com os cortes de gastos ou investimentos na área, e mesmo com a falta de apoio e de investimentos os trabalhadores da área sabem que é possível retomar um trabalho de qualidade, pois o que já foi feito até o momento serve de inspiração para projetar novos passos.