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Clínica Médica I Diabetes Insipidus Central ❖ Consiste em uma doença caracterizada pela deficiência primária da secreção de ADH (causa central), geralmente ocorrendo pela destruição irreversível de mais de 80% dos neurônios produtores de ADH. CAUSAS ADQUIRIDAS ✓ Traumatismos; ✓ Neoplasias primarias (craniofaringioma, meningioma, adenoma); ✓ Neoplasias metastáticas (pulmão, mama, linfomas e leucemias); ✓ Granulomas (sarcoidose); ✓ Infecções (meningites, encefalites virais e toxoplasmose – infecções do SNC): ✓ Causas autoimunes; ✓ Idiopática (50% dos casos). FISIOPATOLOGIA ❖ Uma vez que os neurônios produtores de ADH são destruídos, ocorre a redução da produção de ADH que, quando em quantidades inferiores a 80%, acarretará em aumento do débito urinário (poliúria importante) com diminuição da água corporal (1 a 2% - hipovolemia) e elevação da osmolalidade e do sódio plasmático provocando sede e estimulando a ingestão hídrica (mecanismo de compensação da desidratação). PADRÕES DE DI CENTRAL ✓ No primeiro padrão, a poliúria tem início em até 24h e resolução espontânea em até 5 dias. ✓ No segundo padrão, a poliúria é permanente devido lesões do hipotálamo ou da haste hipofisário. ✓ No terceiro padrão, ocorre uma poliúria aguda inicial, seguindo com redução da poliúria e, após, novo aumento intenso da poliúria. CONDUTA ❖ Na suspeita de DI, deve-se controlar a diurese do paciente (pelo menos em 24h), a osmolalidade plasmática e creatinina sérica. Seu débito urinário deve ser maior que 50ml/kg/dia. A densidade urinária deve ser menor que 300mosmol/kg (pega os dois últimos dígitos da densidade do exame de urina e multiplica por 40). ❖ Para a diferenciação dos tipos de DI, indica-se a realização do teste de privação hídrica. ❖ Objetiva-se, também, manter a correta pressão de perfusão cerebral no paciente, ou seja, manter uma diferença de pressão (entre a PAM e a PIC) de forma que a PIC esteja sempre menor que a PAM, resultando em uma PPC entre 40 a 140 mmHg (no TCE, PPC sempre > 60mmHg). ❖ Ainda, deve-se definir o nível de consciência pela Escala de Coma de Glasgow e, se ≤ 8, indicar IOT. Punção liquórica sanguinolenta fecha o diagnóstico de HSA (quando não há confirmação tomográfica). TRATAMENTO ❖ O DDAVP e um análogo do ADH que atua sobre os receptores V2 (aquaporinas do néfron), estimulando a reabsorção de água e aumentando a concentração de urina, logo, reduzindo seu fluxo urinário. É uma droga de ação rápida, em até 15 minutos (na forma EV) ou 1h (na forma VO). É a droga de escolha para o tratamento da DI nesses casos. ❖ O exame de neuroimagem mais indicado para visualização das lesões é a RM. ❖ Pacientes sadios apresentarão o sinal hiperintenso na região da neuro-hipófise, no entanto, em cerca de 80% dos pacientes com DI central, a perda desse sinal em T1 é patognomônico de DI central. Outro sinal possível de identificação para a DI central é a isquemia hipotalâmica (área hipointensa). Grande parte dos pacientes abrirão um quadro de DI central após um TCE, logo é possível observar-se na imagem achados compatíveis com tal história (HSA, hematomas, hemorragias). CLASSIFICAÇÃO DA HSA ESCALA DE HUNT E HESS (CLÍNICO) ✓ Grau 1: paciente com cefaleia leve ou assintomático com discreta rigidez de nuca. ✓ Grau 2: cefaleia intensa com rigidez de nuca, sem déficit motor focal. Pode Ter déficit de nervos cranianos. ✓ Grau 3: paciente rebaixado, confuso, sonolento e com déficit neurológico leve. ✓ Grau 4: torporoso, hemiparesia. ✓ Grau 5: paciente comatoso em postura de decorticação. ESCALA DE FISHER (TOMOGRAFIA) ✓ Grau 1: sem sangramento. ✓ Grau 2: lâmina fina de sangramento. ✓ Grau 3: lâmina de sangramento. ✓ Grau 4: hemorragia intracerebral ou intraventricular.
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