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O Feminicídio no Brasil e seu respaldo legal O feminicídio é um problema grave no Brasil, representando uma forma extrema de violência de gênero. O termo "feminicídio" refere-se ao assassinato de mulheres em contexto de discriminação de gênero, ou seja, quando a motivação do crime é o fato de a vítima ser mulher. Essa forma de violência reflete não apenas a desigualdade de gênero, mas também a cultura machista e patriarcal que perpetua a ideia de que mulheres são propriedade dos homens e têm menos valor. No Brasil, o feminicídio foi tipificado como crime hediondo pela Lei nº 13.104/2015, que alterou o Código Penal Brasileiro. Essa lei prevê penas mais severas para os casos de homicídio contra mulheres motivados por razões de gênero. Além disso, introduziu o feminicídio como uma circunstância qualificadora do crime de homicídio, o que implica em uma pena mais alta para o agressor. Os dados de feminicídio no Brasil são alarmantes. Segundo o Monitor da Violência, uma iniciativa do G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020 foram registrados 1.350 casos de feminicídio no país, uma média de quatro mulheres assassinadas por dia. Isso demonstra a urgência de medidas eficazes para combater essa violência e promover a igualdade de gênero. Além disso, é importante ressaltar que os dados de feminicídio muitas vezes subestimam a realidade, pois muitos casos não são denunciados ou não são classificados corretamente pelas autoridades. Isso reflete a subnotificação e a invisibilidade desse tipo de violência, o que dificulta ainda mais o combate a essa grave violação dos direitos humanos.