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Leticia Alves Queiroz Hemograma Hb Mulher: 12 a 16 g/dL Homem: 14 a 18g/dL Eritrócitos Homem:4,4 X106 a 6X106; Mulher:3,9 106 a 5,4X106 VCM 80 a 100fl RDW 11 a 14,5% HCM 28 a 32 pg CHCM 32 a 36pg Leucograma Leucócitos 4,4 a 11 x103/mm3 Neutrófilos 1,6 a 6,6 x 103/mm3 Linfócitos 1,2 a 3,5 x103/mm3 Monócitos 0 a 400/mm3 Eosinófilos 0 a 400/mm3 Basófilos 0 a 100/mm3 Coagulograma Tempo de protrombina (TP): Analisa se o fator XII está normal- 11 a 14,5 s Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA): Ligação de heparina que estimula a antitrombina presentes no fator II e X. 25 a 30s Tempo de trombina (TT): Analisa se o fibrinogênio está normal. 9 a 15 s Marcadores inflamatórios D-dímero ( avalia a lise da fibrina estabilizada) 68 a 494mg/dL PCR: até 3mg/dL VHS: até 40 mm/h Função renal Creatinina: até 2mg/dL/Mulher: 0.50–1.10 mg/dL;homem: 0.70–1.30 mg/dL Função hepática TGO:10-40 U/L TGP:10-40 U/L Fosfatase alcalina:30-120 U/L Bilirrubina total:0.3 a 1 mg/dL Bilirrubina Direta:0,1 a 0,3 mg/dL Bilirrubina Indireta:0,2 a 0,7 mg/dL Função Tireoidiana TSH: 0.5–4.0 μU/mL (0.5–4.0 mU/L) T4 livre: 0.8–1.8 ng/dL T3 livre: 2.3–4.2 pg/mL Leticia Alves Queiroz Valores de pressão arterial Valor da glicemia de Jejum normal:70-99 mg/dL Hb glicada:4-5,6% Valor da glicemia pós-prandial normal:< 140mg/dL Vias aéreas-parte 1 Por que intubamos? Deficiência de troca gasosa, impossibilidade de manter vias aéreas pérvias, instabilidade hemodinâmica, antecipação de desfecho ruim e parada cardiorrespiratória. Avaliação de via aérea 1- Laringoscopia difícil: L OOK EXTERNALY. Micrognatia, pescoço curto. E VALUATE. Avaliar a facilidade /dificuldade da abertura da boca. Tem que caber 3 dedos na abertura máxima da boca. Distância entre a mandíbula e o queixo 3 dedos e distância entre o osso hióide e o pescoço 2 dedos. 3-3-2 (Fácil de intubar) M ALLAMPATI. Consegue ver a úvula- fácil intubação, quando da para ver o palato duro a via aérea é difícil. O BSTRUCTION OR OBESITY. N ECK MOBILITY. Mobilidade do pescoço quanto menor a mobilidade mais difícil de intubar.Ex: Espondilite anquilosante , paciente com colar cervical. Classificação de Cormack e Lehane Visão que se tem após passar o laringoscópio. Classificado em graus I a IV. Grau 1: Vê epiglote, pregas vocais, aritenoides. Fácil intubação. Grau IV: Só vê a epiglote ( difícil intubação). Paciente com Cormack no grau 4 indica falta de planejamento do médico que irá intubar, porque ao realizar os procedimentos deve ter planos para conseguir ventilar o paciente caso a intubação não seja possível. 2- Bolsa-Máscara Difícil Mask seal: A máscara está selada no rosto do paciente? O aspecto mais difícil da bolsa-máscara para ventilação é manter o fechamento adequado entre a circunferência da máscara e a face do paciente. O uso da bolsa-máscara para ventilação é melhor realizado por duas pessoas. A pessoa mais experiente deve ficar na cabeça do paciente, mantendo a fechamento adequado, enquanto a segunda pessoa proporciona ventilação, adequadamente temporizada e de volume adequado, não em excesso. Leticia Alves Queiroz Obstruction or obesity Aged: Paciente mais idoso tem maior alteração anatômica que causa dificuldade de selar a máscara. No teeth: Falta dentes, dificulta o encaixe da máscara. Para ventilar com máscara e ambu não tira a dentadura do paciente. Stiffness: Posição do cheirador. 3- Posicionamento difícil do dispositivo extraglótico. Restricted: Avaliar pontos de restrição. Obstruction or obesity Distorted: Distorções da face ( micrognatia, prognatia, dificuldade da abertura da boca( paciente com esclerodermia)). Stiffness: Posição do cheirador- cabeça hiperextendida. 4- Cricotireoidostomia difícil Surgery: Cirurgia na cervical Mass: Tumorações (bócio tireoidiano, massa tumoral) Acess/anatomy problems: Problemas anatômicos (deformidades que impedem de realizar a crico) Radiation Tumor Vias aéreas-Parte 2 Tomada de decisão: Firme e rápida Algoritmo universal. Sequência rápida de intubação- SRI. Via aérea imediata Leticia Alves Queiroz Paciente inconsciente. Avaliar o nível de consciência do paciente para então sedá-lo se necessário. Via aérea Difícil Pode fazer sequência rápida de intubação, mas deve ter plano B( oxigenar com bolsa-máscara), plano C ( intubar com videolaringoscopia) e plano D ( cricostomia). Via aérea falha Como ventilar? Dispositivo máscara-balão Leticia Alves Queiroz Usar máscara do tamanho do rosto do paciente para conseguir ventilar corretamente. Dispositivos extra-glóticos Escolher a máscara laríngea de acordo com altura ou peso do paciente. Quando passar a máscara laríngea e o paciente não tiver resposta deve-se retirar e ventilar o paciente com balão-máscara. Combitube: O Combitube é um tubo de duplo lúmem com 02 balonetes (proximal orofaríngeo e distal). Um lúmem se assemelha ao obturador esofágico, com fundo cego e perfurações laterais na altura da faringe. O outro lúmem apresenta a extremidade distal aberta similar a um tubo traqueal convencional. O Combitube é introduzido às cegas e permite adequada ventilação independentemente de sua posição ser esofágica ou traqueal. Vias aéreas parte 3 Posicionamento adequado do paciente: -Alinhar a altura da orelha na altura do manúbrio esternal, utilizar coxim para isso. - Hiperextensão da cabeça- Posição do cheirador Manobra de lateralização da traquéia Visualização da traqueia- Visualização de Cormack-Lehane- Paciente com Cormack 4-Só vê o palato duro- Intubar com videolaparoscopia. Utilização do Bougie: Para auxiliar no encontro da traqueia. Laringoscopia direta Videolaringoscopia Broncoscopio: Utilizado para intubar pacientes em centro cirúrgico pois estão estabilizados e a intubação pode demorar mais tempo. Cricostireoidostomia Complicações: hemorragia, pneumomediastino, lesão de laringe ou traqueia, laceração de anel cricóideo, barotrauma, infecção, alteração vocal e estenose subglótica. Vias aéreas-Sequência Rápida de intubação É uma modalidade de intubação que pode ser utilizada em alguns casos. 7P’s 1- Preparação: Preparação do material para a intubação. Tubo com bugie, cateter para pré-oxigenação ( para intubação de sequência rápida o paciente deve ter drive respiratório para que seja feita a pré-oxigenação caso contrário não dá para realizar a troca gasosa e não é possível realizar a SRI). Sedações devem estar disponíveis e o cálculo da dose pronto. Leticia Alves Queiroz 2-Pré-oxigenação: Substituição de todo ar dos pulmões do paciente por oxigênio puro, para conseguir intubá-lo. Quando realizamos a respiração em ar ambiente estamos inspirando 21% de oxigênio e a saturação é cerca de 97/98%, ou seja, 98% das nossas hemácias estão saturando oxigênio. Quando realizamos a troca do ar do pulmão do paciente por oxigênio puro a saturação é quase de 100% de oxigênio no pulmão. 3- Pré-intubação (otimização): Corrigir a causa base da descompensação do paciente. Push dose pressure de epinefrnina:99ml de soro fisiológico +1ml de adrenalina mistura e aspira, fazer de 2 a 3 ml no paciente. CPAP: Ventilação de pressão positiva para corrigir hipóxia refratária ao oxigênio por máscara facial. Pneumotórax hipertensivo: O colapso cardiovascular do pneumotórax hipertensivo resulta da geração de alta pressão intratorácica no lado ipsilateral do pneumotórax causando a compressão do mediastino em direção ao lado contralateral. Pressões intratorácicas elevadas levam a uma diminuição do retorno venoso, resultando em redução do débito cardíaco. 4-Paralisia com indução Nessa fase, um potente agente sedativo é administrado por bólus intravenoso rápido (IV) em uma dose capaz de produzir sedação rapidamente. Isso é imediatamente seguido por administraçãorápida de uma dose de intubação de um bloqueador neuromuscular, seja succinilcolina a uma dose de 1,5mg/kg, IV, ou rocurônio, 1mg/kg É habitual esperar 45 segundos quando a succinilcolina é administrada e 60 segundos quando o rocurônio é administrado para permitir uma paralisia suficiente. Não se adequa às doses da medicação sedativa e, para paralisia, conforme o efeito, as doses são, na verdade, pré-calculadas. Os resultados de duas grandes metanálises revelaram que as condições de intubação obtidas por cada medicação são equivalentes, desde que o rocurônio seja administrado com dose entre 1,0 e 1,2mg/kg, IV. As medicações sedativas comumente utilizadas são etomidato, quetamina, midazolam e propofol Leticia Alves Queiroz Só faz succinilcolina no momento da intubação, não usa dose de manutenção. 5-Posicionamento 6- Posicionamento com comprovação Realizar uma radiografia de tórax para confirmar que a intubação ocorreu e para avaliar os pulmões. Se disponível, deve-se colocar o paciente em capnografia contínua. 7-Pós-intubação (manejo) Em geral, são evitados bloqueadores neuromusculares de ação prolongada (por exemplo, pancurônio, vecurônio). O foco é o manejo ótimo utilizando analgésicos opioides e agentes sedativos para facilitar a ventilação mecânica. Uma dose adequada de benzodiazepínicos (por exemplo, midazolam, 0,1-0,2mg/kg, IV) e analgésico opioide (por exemplo, fentanila, 3-5µg/kg, IV, ou morfina, 0,2-0,3mg/kg, IV) é utilizada para melhorar conforto do paciente e diminuição da resposta simpática ao TET.A infusão de propofol (50µg/kg/min, IV) com analgesia suplementar é um método eficaz para o tratamento de pacientes intubados que não apresentam hipotensão e é especialmente útil para o manejo de emergências neurológicas porque a duração de ação é muito curta (<5 minutos), permitindo exames neurológicos frequentes. Um bloqueador neuromuscular é adicionado apenas com o uso apropriado da ISR utilizando etomidato e succinilcolina. Em relação ao tempo, o procedimento de ISR poderia ser sumarizado da seguinte maneira: Leticia Alves Queiroz Verificar a pressão intratorácica para evitar hipertensão intratorácica pela ventilação. Medicamentos para infarto com supra Atendimento do IAM Tempo é músculo! MOV: Monitor, oxigênio e veia (jelco 18) Iniciar a medicação Laboratório: Marcadores de necrose ( troponina- O que interessa é o pico de troponina, quanto maior significa mais células lesadas), coagulação (TP e TTPA), Hb e plaquetas. ECG: 10 minutos RX e ecocardiograma Reperfusão coronariana: Química X mecânica - Química: Trombolíticos/fibrinolíticos- Estreptoquinase ( não repetir em intervalo de 5 dias a 10 anos- Provoca anafilaxia), t-PA e tenecplase (TNK-TPA)- Utilizada atualmente é a melhor escolha e a única autorizada durante transporte ( ambulância). Contraindicações absolutas: AVC hemorrágico, AVCI<3 meses, neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa central, trauma fechado de crânio ou face <3meses, sangramento interno ativo (com exceção de menstruação) e suspeita de dissecção de aorta. Pode trombolizar até 12h do início da dor. Tempo porta-agulha: 30 minutos ( tempo pós diagnóstico de IAM 10 minutos) - Mecânica: Angioplastia primária. NÃO UTILIZA TERPIA DE REPERFUSÃO EM IAM SEM SUPRA, A ARTÉRIA ESTÁ ABERTA O TROMBO NÃO OCLUI O VASO TODO. Critérios de reperfusão: Melhora da dor, melhora do supradesnivelamento do segmento ST, em pelo menos 50%, pico enzimático precoce e arritmias de reperfusão. Medicamentos: MONA M-Morfina: Alívio da dor e ansiedade. Vasodilatação arterial, diminuindo liberação de catecolaminas e reduz consumo de oxigênio e demanda metabólica. Contraindicações: Hipotensão arterial e infarto de VD. Dose: 2 a 8 mg EV ( máx de 25 mg). Leticia Alves Queiroz No infarto de VD deve-se dar muito volume e auscultar o paciente para verificar crepitações até regularizar a pressão. O-Oxigênio: Na presença de cianose, desconforto respiratório, congestão pulmonar ou saturação de oxigênio <90%. A prática rotineira pode levar a vasoconstrição sistêmica, com aumento da resistência vascular periférica e da pressão arterial. N-Nitratos: Dinitrato de isossorbida sublingual (isordil)-5mg ( repetir s/n até 3 doses). Vasodilatação arterial e principalmente venosa. Promovem redução da pré e pós carga diminuindo trabalho cardíaco e consumo de oxigênio e não reduzem mortalidade. Contraindicações: Infarto de VD, uso de Sildenafil (Viagra) e derivados nas últimas 24 horas, hipotensão arterial (PAS< 90mmHg), FC<50 ou >100bpm. A-AAS: Inibe o tromboxane A2 ( vasoconstritor e pró-agregante) e prostaglandinas ( vasodilatador e anti-agregante plaquetário). Dose no primeiro atendimento: 160 a 325 mg mastigados. Reduz a mortalidade em 23% Na alta deve manter indefinidamente-Prevenção Secundária (81-125mg). Beta-Bloqueador: Se taquicárdico, hipertenso na admissão. Dar após 24h do início do infarto. H-Heparina: Heparina não fracionada: EV boulos de 60U/kg. Tem meia-vida de 6h e tem antígeno. Enoxaparina- Heparina de baixo peso molecular- 0,5mg/kg EV em boulos na admissão e 1,0 mg/kg a cada 12h. Contraindicação: Paciente muito obeso e função renal comprometida. C-Clopidogrel: Antagonista do receptor P2Y12. Este receptor se liga ao ADP e ativa agregação plaquetária. Limitações: Inicio de ação lento e resistência genética. Dose:300 a 600mg de ataque e 75mg/dia-manter por um ano. Atualmente utiliza-se a dupla agregação plaquetária: AAS+Clopidroguel. Glicoproteína 2B-3A: Não utiliza em infarto com supra. Tempo porta-eletro: Não pode ultrapassar 10 minutos Classificação de KILLIP: I- Sem dispneia, B3 ou crepitações pulmonares II- Dispneia e crepitações em bases pulmonares ou B3 III- Edema Agudo de Pulmão IV- Choque cardiogênico ( PA sistólica <80mmHg e sem resposta a volume) Com Supra de ST C- 100% oclusão S- Sem necessidade de marcadores ST- Sumir com o trombo Medicamentos para infarto sem supra • Estratificação de risco- TEM QUE DECORAR.Alto risco: Aparecimento dos sintomas nas últimas 48h, idade >75 anos e chegar com dor ao serviço de atendimento. • Conduta paciente de baixo risco: Podem ser encaminhados após 12h para exame não invasivo ambulatorial e para teste provocativo se + cinecorionariografia e depois para angioplastia ou cirurgia. • Alto risco: Cinecoronariografia/angiografia em até 48h.Muito alto risco=cate em 24h.-Instabilidade hemodinâmica, risco de choque cardiogênico. Leticia Alves Queiroz • Medicamentos MONAB-Morfina, Oxigênio, Nitrato, AAS, Beta-bloqueador ( VO de preferência e EV- Metoprolol), heparina, clopidogrel e glicoproteína IIBIIIA ( São receptores de membrana da plaqueta que inibem a antiagregação plaquetária). • Antagonistas do canal de cálcio: Utilizados em pacientes de médio a alto risco que tem contraindicações aos betabloqueadores
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