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tics sindrome de Löffler

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III
Lusivânia de Brito Matos
3° PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – Síndrome de Loeffler
PARNAÍBA-PI
2024
O que é a Síndrome de Löffler? Quais os possíveis parasitas relacionados?
A Síndrome de Loeffler é uma doença pulmonar caracterizada pelo acúmulo de eosinófilos, apresentando sintomas como tosse, falta de ar e febre. O tratamento inclui o uso de corticosteroides para reduzir a inflamação pulmonar. A síndrome de Loeffler é uma condição pulmonar rara caracterizada por uma resposta alérgica aguda causada pela invasão de parasitas no corpo humano. Esses parasitas, chamados nematódeos, desencadeiam uma série de sintomas que podem variar de indivíduo para indivíduo, os principais helmintos que causam a síndrome são: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides, destacando-se o último pois o contato se inicia com a ingestão dos ovos encontrados em alimentos contaminados ou na água, no intestino delgado, os ovos se transformam em larvas, as quais penetram as paredes do intestino, e em decorrência dessa passagem, atingem a circulação se disseminando para os pulmões, gerando, então, a Síndrome de Loeffler
Os principais sintomas 
 Na síndrome de Loeffler incluem a presença de tosse seca persistente, falta de ar ou dificuldade respiratória, febre baixa, dor no peito, fadiga e perda de apetite. Esses sintomas podem se desenvolver gradualmente ao longo de semanas ou podem surgir repentinamente, dependendo da gravidade da infestação parasitária. É importante ressaltar que muitos dos sintomas relacionados à síndrome de Loeffler são semelhantes aos de outras condições pulmonares, por isso é essencial procurar um médico para realizar um diagnóstico adequado.
Fisiopatologia da síndrome
Sendo descrita primariamente por Loeffler em 1932, a síndrome é extremamente relacionada às infecções parasitárias, representando uma pneumonia eosinofílica transitória, decorrente da migração pulmonar das larvas dos parasitas , com destaque para os helmintos. Geralmente possui evolução clínica benigna, formando sombras de variados tamanhos e formas nos exames de imagem dos pulmões, podendo afetar todos os lóbulos. A Síndrome possui como marco inicial a ingestão dos ovos dos vermes presentes nos alimentos e líquidos contaminados, os quais chegam ao intestino e migram para a circulação portal, tornando-se um problema sistêmico, alcançando, na síndrome, os pulmões, fazendo com que o verme se transforme em larva para completar seu ciclo de vida, e ao deglutir o escarro contaminado, ocorre a auto infecção em um ciclo infinito da ingesta até a maturação do verme adulto e eliminação dos ovos se passam de 18 a 42 dias, tendo sintomas notáveis na primeira semana da infecção parasitária, a tosse seca é o principal sintoma, podendo ser acompanhada de febre baixa e dispnéia, tomando mais intensidade por volta do décimo sexto dia após o marco da infecção, sendo assim, é importante a avaliação social e temporal para a confecção de um diagnóstico embasado e correto, tendo no exame físico poucas alterações, como os sibilos e crepitações nas auscultas pulmonares.
Como é feito o diagnóstico
Para diagnosticar a síndrome de Loeffler, o médico deve realizar uma avaliação completa da história clínica do paciente, incluindo sintomas, exposição a áreas endêmicas, histórico de viagens recentes e contato com parasitas conhecidos. Além disso, exames físicos, como auscultação dos pulmões e verificação dos sinais vitais, são fundamentais. Exames laboratoriais também são essenciais para confirmar o diagnóstico. A análise de amostras de sangue, fezes e secreções respiratórias pode revelar a presença de eosinófilos, células do sistema imunológico que aumentam em resposta à infestação parasitária. Além disso, exames de imagem, como raios-X de tórax e tomografia computadorizada, podem auxiliar na identificação de anormalidades nos pulmões. A confirmação definitiva do diagnóstico da síndrome de Loeffler pode exigir a identificação dos parasitas nas amostras de tecidos através de técnicas de microscopia e biópsia.
Como é o tratamento
O tratamento da síndrome de Loeffler é direcionado para combater a infestação parasitária e aliviar os sintomas do paciente. A abordagem terapêutica pode variar com base no tipo de parasita envolvido. Medicamentos antiparasitários, como albendazol, ivermectina e tiabendazol, são amplamente utilizados para eliminar os nematódeos do organismo. O uso desses medicamentos é frequentemente acompanhado pela administração de corticosteroides, como a prednisona, para reduzir a inflamação e a resposta alérgica associada à infestação parasitária. Além disso, tratamentos de suporte podem ser necessários para controlar os sintomas respiratórios e melhorar a qualidade de vida do paciente. Isso pode incluir o uso de broncodilatadores para facilitar a respiração, antibióticos para tratar infecções secundárias e oxigenoterapia para fornecer suporte respiratório adicional. É importante ressaltar que a síndrome de Loeffler é uma condição grave que requer monitoramento constante e acompanhamento médico regular. O tratamento adequado e o controle eficaz dos sintomas são fundamentais para garantir uma recuperação completa e prevenir complicações a longo prazo.
REFERÊNCIAS
NAPOLI, Andreia Livia Gonzalez, NAPOLI, Allan Eurípedes Rezende. Síndrome de Loeffler:diagnóstico e ciclo biológico do principal parasita intestinal causador da síndrome. Multidisciplinar em Saúde. v.2, n. 1. 2021.
DE OLIVEIRA RECKEL, Leandro et al. Fisiopatologia da Síndrome de Loeffler: Uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 2, p. 7847-7856, 2023.
LEIRO, A. Caro et al. Protocolo diagnóstico y tratamiento de la afectación cardiovascular en la parasitosis. Medicine-Programa de Formación Médica Continuada Acreditado, v. 13, n. 59, p. 3521-3524, 2022.
PINEDA, Juan Pablo; ALEGRÍA, Carlos Eduardo Cruz. Síndrome de Löffler por Strongyloides stercoralis. Presentación de un caso clínico. Belize Journal of Medicine, v. 11, n. 1, 2022.
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