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Variação Linguística na Sala de Aula

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Quando se fala sobre variação linguística na sala de aula, antigamente, muitos professores tinham o costume de acreditar que era de sua obrigação reprimir quando um aluno se afastava das normas consideradas cultos da língua. Hoje em dia, infelizmente, muitos professores ainda não sabem como lidar com esses “erros de português”, muitos não sabem como reagir diante dessas diferenças, seja se deve ou não corrigir, quais erros devem corrigir ou até mesmo se podem considerar essas diferenças como erros. 
“Como nós já sabemos, esses “erros de português” são, na verdade, diferença entre variedades linguísticas, daquelas que usamos no dia a dia de maneira informal e aquelas que aprendemos na escola). Isso é importante, porque ao exercer nossas práticas docentes, temos que considerar essas diferenças. É importante adotar uma pedagogia que respeite os conhecimentos dos alunos, considerando que eles já chegam à sala de aula com conhecimentos prévios. 
Foram feitas pesquisas sobre as reações típicas dos professores em relação a regras linguísticas não padrões:
° O professor identifica “erro de leitura”, isto é, erros na decodificação do material que está sendo lido, mas não faz distinção entre diferenças dialetais e erros de decodificação na leitura, tratando-os todos da mesma forma;
° O professor não percebe uso de regras não padrão. Isto se dá por duas razões: ou o professor não está atento ou o professor não identifica naquela regra uma transgressão porque ele próprio a tem em seu repertório. A regra é, pois, “invisível” para ele;
° O professor percebe o uso de regras não padrão e prefere não intervir para não constranger o aluno;
° O professor percebe o uso de regras não padrão, não intervém, e apresenta, logo em seguida, o modelo da variante padrão. 
Em suma, o padrão do professor em sala de aula vai de acordo com o contexto, geralmente o professor quase nunca intervém, muito porque tem pouca monitoração, principalmente quando é evento de oralidade.
Agora iremos ver encenações práticos dessas diferenças linguísticas em sala de aula. Prestem atenção e tentem perceber alguma dessas reações.
Bom, ao adotar uma pedagogia que respeite os saberes dos educandos, e ao se deparar com essas variações linguista, o professor tem que adotar uma estratégia, que tenha como base dois componentes: a identificação da diferença e conscientização das diferenças.
Essa segunda é um pouco mais complicada, pois é preciso conscientizar o aluno para alto se monitorar, mas tem que fazer isso sem prejudicar o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, sem causar interrupções inoportunas. Às vezes, é preferível adiar uma intervenção, para não atrapalhar.
E ao fazer isso, que seja de maneira mais velada, mais sutil ou chamar o aluno particular.

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