Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diretrizes para implementação Normas IFS Fraude no Alimento PORTUGUÊS Fornecendo produtos confiáveis. 2 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS IFS gostaria de agradecer a todos os membros dos grupos de trabalho nacionais, ao comitê técnico internacional, à equipe e especialistas IFS que participaram ativamente na concepção e revisão destas diretrizes. Somos especialmente gratos a Kevin Swoffer cuja esperiência, conhecimento e acuidade ao apresentar uma abordagem prática para a implementação dos princípios de redução de fraude em alimentos, tornou possível a elaboração destas diretrizes. Bruno Séchet Diretor Técnico IFS Stephan Tromp Diretor Gerente IFS 3DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Índice Introdução 5 1 Termos e definições 7 2 Pontos chave para o desenvolvimento, implementação e manutenção de um Plano de redução de fraude nos alimentos 8 3 Normas IFS – Requisitos relativos à fraude no produto 11 3.1 IFS Alimentos versão 6.1 11 3.2 IFS PACsecure versão 1.1 11 3.3 IFS Logística versão 2.2 11 4 Diretrizes para o desenvolvimento, implementação e manutenção de um plano para a redução de fraude nos alimentos – IFS Alimentos e IFS PACsecure 13 4.1 Estabelecimento da Equipe de avaliação de fraude no produto 13 4.2 Identificação do potencial de risco de fraude no produto 13 4.2.1 Coleta de dados e revisão 13 4.3 Desenvolvimento da avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude 15 4.3.1 Princípios da avaliação da vulnerabilidade do produto 17 4.3.2 Princípios da avaliação da vulnerabilidade do fornecedor 21 4.4 Desenvolvimento de um Plano de redução de fraude no produto 22 4.4.1 Princípios de um Plano de redução de fraude no produto 22 4.5 Implementação e monitoramento das medidas de controle referentes ao Plano de redução de fraude no produto 25 4.5.1 Medidas de controle 25 4.6 Revisão e melhoria do Plano de redução de fraude no produto 26 4.6.1 Mudanças nos fatores de risco e revisão da avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude 26 4.6.2 evisão formal das avaliações da vulnerabilidade do produto quanto à fraude 27 4.6.3 Revisão dos requisitos de controle e monitoramento e sua implementação 27 5 Diretrizes para o desenvolvimento e manutenção de um Plano de redução de fraude nos alimentos – IFS Logística 28 5.1.1 Princípios da avaliação do risco de fraude nos alimentos e medidas de controle quanto à redução 28 Anexos 30 Anexo 1 Exemplo IFS Alimentos versão 6.1 – Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 31 Anexo 2 Exemplo IFS PACsecure versão 1.1 – Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 40 Anexo 3 O auditor pergunta e documentação 47 Anexo 4 Referências 49 Fazenda Cooperat. Produtores Centro de distribuição BROKER Abatedouro Atacado Varejista Mercado Cash & Carry Fabricação Indústr. Embalagem BROKER Fazenda Cooperat. Produtores Centro distribuição Abatedouro Atacado Varejista Mercado Cash & Carry Fabricação Indústr. Embalagem Fraudes nos alimentos ao longo da cadeia de suprimento … … com certificação IFS 5DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Introdução Fraude no produto abrange uma ampla gama de atos deliberadamente perpetrados relacionados com o alimento e embalagens de alimentos, sendo que todos os atos têm motivação econômica com sérias consequências para consumidores e empresas. O ato fraudulento mais sério é a adulteração intencional economicamente motivada (AEM) de alimentos e embalagens com risco elevado para a saúde do consumidor. O exemplo da adulteração de formulações infantis e leite com melamina em 2008, serve para mostrar à indústria alimentícia quão vulneráveis são estes sistemas ao longo da cadeia de suprimento e demonstrar a total falta de consideração pela saúde humana por parte dos fraudadores. Fraude em produtos não é uma forma de crime recente. Existem incidentes bem documentados datando de várias centenas de anos atrás, que foram os principais motivadores para a elaboração e implemen- tação da legislação de alimentos. O escândalo da carne de cavalo na Europa em 2013, deu à fraude nos alimentos maior visibilidade e expôs as deficiências até de algumas das maiores empresas do ramo de alimentos, além de realçar os desafios sem precedentes que a indústria de alimentos enfrenta para manter a integridade e segurança de sua cadeia de suprimento ao mesmo tempo em que a mesma se torna mais complexa e globalizada. Dependendo da fonte de informação, estima-se que fraudes nos alimentos custam às indústrias alimentícias, mundialmente, entre US$20 a U$50 bilhões por ano. Em adição às exigências legais que foram promulgadas com a finalidade de prevenir a fraude do produto e atividades de fiscalização subsequentes tanto nacional- como internacionalmente, organismos da indústria como a Iniciativa Global para a Segurança dos Alimentos (GFSI – Global Food Safety Initiative) incentivaram esquemas relativos à segurança dos alimentos como as Normas IFS, a introduzir e implementar sistemas voltados para a redução do risco de fraude nos alimentos. A fraude no produto pode ocorrer em qualquer ponto ao longo da cadeia de suprimento de alimentos. Portanto, as Normas IFS (IFS Alimentos v.6.1, IFS PACsecure v. 1.1 e IFS Logística v. 2.2) incorporaram medi- das para a redução da fraude no produto para atender os requisitos do documento v. 7.1 de benchmarking da GFSI. Estas diretrizes foram desenvolvidas para ajudar os usuários das Normas IFS a compreenderem a intenção dos requisitos IFS relativos à fraude no produto e entenderem como práticas podem ser aplicadas para atender estes requisitos em relação ao escopo de uma norma específica. NOTA: A informação contida neste documento não é de implementação obrigatória, a intenção é a de orientar as empresas para implementarem os requisitos das Normas IFS relativos à fraude no produto. 6 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 7DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 1 Termos e Definições Considerando a finalidade deste documento, os termos chave e definições relativas à fraude no produto são: Fraude no produto A substituição deliberada e intencional, a alteração de rotulagem e adulteração ou falsificação de alimentos, matérias-primas ou embalagens colocadas no mercado com a finalidade de ganho econômico. Esta definição também se aplica a processos terceirizados. Equipe de avaliação de fraude Uma equipe de pessoas nomeadas para elaborar, desenvolver, implementar e revisar o plano de redução de fraude no produto. Avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude Uma forma sistemática e documentada da avaliação de risco para identificar o risco de uma pos- sível atividade de fraude ao longo da cadeia de suprimento (incluindo todas as matérias-primas, ingredientes, alimentos e material de embalagem) até a entrega ao cliente. O método de avaliação do risco pode variar de empresa para empresa, contudo, a metodologia sistemática para a avaliação quanto à fraude no produto deve incluir no mínimo: A identificação de potenciais atividades de fraude no produto, utilizando fontes de dados conhe- cidas e confiáveis; A avaliação do nível de risco, tanto em relação ao produto como em relação à fonte de suprimento; A avaliação quanto à necessidade de medidas de controle adicionais; O uso de resultados da avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude para desenvolver e implementar o Plano de redução de fraude no produto; A revisão anual, ou sempre que houver aumento de risco identificado pela mudança dos critérios de risco definidos. Os critérios utilizados para avaliar o nível de risco podem ser: • Histórico de incidentes de fraude no produto • Fatores econômicos • Facilidade para atividade fraudulenta • Complexidade da cadeia de suprimento • Medidas de controle em uso • Confiança no fornecedor Plano de reduçãode fraude no produto Processo que define os requisitos em relação a quando, onde e como reduzir atividades fraudulen- tas, identificados através de uma avaliação da vulnerabilidade do produto em relação à fraude. O Plano resultante definirá as medidas e controles necessários que devem estar presentes para efi- cazmente reduzir os riscos identificados. As medidas de controle implementadas podem variar de acordo com a natureza da fraude no produto (substituição, alteração de rotulagem, adulteração, falsificação), método de detecção, tipo de monitoramento/controle (inspeção, auditoria, certifica- ção analítica do produto) e a fonte da matéria-prima, ingrediente ou material de embalagem. Defesa do produto: Procedimentos adotados para assegurar a segurança do produto e sua cadeia de suprimento contra ameaças malévolas e ideologicamente motivadas. Adulteração baseada em motivos econômicos: A substituição ou adição intencional e fraudulenta de uma substância num produto com a finali- dade de aumentar o valor aparente do produto ou reduzir custos de sua fabricação para ganho econômico. 8 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 2 Pontos chave para o desenvolvimento, implementação e manutenção de um Plano de redução de fraude no produto Notar que o método para avaliação do risco pode variar de empresa para empresa. Recomenda-se que, sempre que possível, a empresa utilize a metodologia de avaliação de risco com a qual está mais familiarizada e/ou sente-se mais confortável. O resultado da avaliação de risco quantitativa tipicamente é uma estimativa “numérica” ou “de nível”, que pode então ser utilizada para decidir sobre o nível adequado de monitoramento e medidas de controle a serem implementadas para reduzir atos fraudulentos contra a empresa. Reafirma-se que a IFS não prescreve uma metodo- logia específica para a avaliação do risco. Apesar da variedade de metodologias para a avaliação de risco, existem critérios que devem sem- pre ser considerados quanto às vulnerabilidades do produto em relação à fraudes. Estes critérios são específicos para identificar eventual exposição do produto à fraude e diferem consideravel- mente dos critérios relacionados com segurança e defesa do produto. Estas diretrizes foram desenhadas para ajudar os usuários das Normas IFS a entenderem o con- ceito de gestão de risco relacionado com ameaças de fraude no produto e de que maneira as avaliações de vulnerabilidade constituem-se em parte integrante do processo de gestão de risco. A gestão de risco inclui o planejamento, a identificação do risco, a análise qualitativa e quantita- tiva de riscos, planejamento de respostas ao risco, monitoramento e controle destas respostas. (Referência Figura 1). A aplicação de gestão de risco em relação à fraude nos alimentos é exemplificada na Figura 2 abaixo. Identificação do risco Avaliação do risco Planejamento da resposta ao risco Implementação e monitoramento dos controles Revisão e melhoria do processo Estabelecer a equipe de avaliação de risco FIGURA 1 Avaliação de risco 9DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS No caso das Normas IFS, os princípios de avaliação de risco devem ser seguidos e aplicados no desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto. O desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto segue uma série de etapas, a saber: • Identificação de potenciais atividades de fraude no produto, utilizando fontes de dados conhe- cidas e confiáveis; • Avaliação do nível de risco, tanto do produto como das fontes de suprimento por meio da exe- cução de uma avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude; • Avaliação quanto à necessidade de medidas de controle adicionais; • Utilização da avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude para desenvolver o Pla- no de redução de fraude no produto; • Implementação do monitoramento e das medidas de controle definidas no Plano de redução de fraude no produto; • A avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude e o Plano de redução de fraude no produto devem ser revisados anualmente, ou sempre que houver aumento de risco determina- do por mudanças nos critérios de risco definidos. É importante lembrar que a eficácia do desenvolvimento e manutenção de qualquer Plano de redução de fraude no produto depende dos dados disponíveis para a avaliação e da competência dos membros da equipe de avaliação de fraude no produto. Levou-se em consideração nestas diretrizes que os escopos de cada norma variam quanto à sua especialidade técnica e comercial e que os membros de cada Equipe de avaliação de fraude no produto também podem não ser os mesmos. Exemplos disso são gestores técnicos, analistas, tecnólogos de embalagens, gestores de compra, e gestores da cadeia de suprimento/logística. Nas seções destas diretrizes, orientações gerais foram desenvolvidas para cada norma e exemplos específicos foram incorporados em cada seção ou em um anexo: • IFS Alimentos v. 6.1 (anexo 1) • IFS PACsecure v. 1.1 (anexo 2) • IFS Logística v. 2.2 (seção 5) FIGURA 2 Plano de redução da fraude no produto Identificar risco potencial de fraude no produto Elaborar a avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude Desenvolver o Plano de redução de fraude no produto Implementar o monitoramento das medidas de controle conforme o Plano de redução de fraude no produto Revisar e melhorar o Plano de redução de fraude no produto Estabelecer Equipe de avaliação de fraude no produto 11DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 3 Normas IFS – Requisitos relativos à fraude no produto 3.1 IFS Alimentos v. 6.1 Três requisitos relativos à fraude no produto foram incluídos na norma IFS Alimentos, a saber: Requisito 4.21.1 Uma avaliação documentada da vulnerabilidade quanto à fraude em alimentos deve ser realizada para todas as matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem e processos terceirizados para determinar o risco de atividades fraudulentas relacionadas com substituição, rotulagem enganosa, adulteração ou falsificação. Os critérios considerados no âmbito da avaliação da vulnerabilidade devem ser definidos. Requisito 4.21.2: Um plano documentado de redução de fraudes nos alimentos deve ser desenvolvido baseado na avaliação da vulnerabilidade e implementado para controlar qualquer risco identificado. Os méto- dos de controle e monitoramento devem ser definidos e implementados. Requisito 4.21.3: Se, eventualmente houver possibilidade de aumento de risco, a avaliação da vulnerabilidade quanto à fraude nos alimentos deve ser revisada. Caso contrário, todas as avaliações de vulnerabilidade devem ser revisadas pelo menos anualmente. Requisitos de controle e monitoramento do plano de redução de fraudes nos alimentos devem ser revisados e alterados sempre que necessário. 3.2 IFS PACsecure v. 1.1 ITrês requisitos relativos à fraude no produto foram incluídos na norma IFS PACsecure v. 1.1, a saber: Requisito 4.20.1: Uma avaliação documentada da vulnerabilidade quanto à fraude no produto deve ser realizada para todas as matérias-primas (matérias-primas, aditivos, tintas, adesivos, solventes, embalagens, materiais e retrabalho) formulações de produtos/configurações, processos (inclusive terceirizados), embalagens e rotulagem para determinar o risco de atividades fraudulentas relacionadas com subs- tituição, rotulagem enganosa, adulteração ou falsificação. Os critérios considerados no âmbito da avaliação da vulnerabilidade devem ser definidos. Requisito 4.20.2: Um plano documentado de redução de fraudes nos produtos deve ser desenvolvido baseado na avaliação da vulnerabilidade e implementado para controlar qualquer risco identificado. Os méto- dos de controle e monitoramento devem ser definidos e implementados. Requisito 4.20.3: Se, eventualmente houver possibilidade de aumento de risco, a avaliação da vulnerabilidade e o plano de redução devem ser revisados. Caso contrário,todas as avaliações de vulnerabilidade devem ser revisadas pelo menos anualmente. 3.3 IFS Logistics Version 2.2 Contrastando com IFS Alimentos e IFS PACsecure, IFS logística tem somente um requisito que con- sidera o nível de risco associado ao escopo da norma. Requisito 4.2.4.8: Deve existir uma análise de perigo e avaliação de risco associado quanto a possíveis fraudes em alimentos que efetivamente podem ser esperados. Baseado nisso, medidas apropriadas de redução do risco devem ser implementadas, sempre que necessário. 13DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 4 Diretrizes para o desenvolvimento, implementação e manutenção de um Plano de redução de fraude no produto – IFS Alimentos e IFS PACsecure O Plano de redução de fraude no produto é desenvolvido por meio de um processo sistemático como definido na Figura 2 destas diretrizes. 4.1 Estabelecimento da Equipe de avaliação de fraude no produto A Equipe designada para desenvolver e implementar o Plano de redução de fraude no produto deve incluir especificamente representantes das áreas de: compras (aqueles que estão diretamente envolvidos com a aquisição dos produtos), gestão da logística e/ou gestão técnica (podem ser profissionais das áreas de produção, processo e embalagem, laboratório e qualidade) que tenham sido capacitados em técnicas de avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude. Onde o conhecimento específico não está disponível na empresa, deve-se contratar especialistas externos. As funções e responsabilidades da Equipe de avaliação de fraude no produto devem ser clara- mente definidas e a Equipe deve contar com total apoio da direção da empresa. O Programa de auditorias internas deve incluir a revisão das atividades da equipe de avaliação de fraude no produto. Deve existir o compromisso com a melhoria continuada do processo. 4.2 Identificação do potencial de risco de fraude no produto 4.2.1 Coleta de dados e revisão Uma revisão dos dados deve ser realizada para identificar o risco potencial de fraude no produto. Baseada na revisão destes dados a Equipe de avaliação de fraude no produto deve ser capaz de eficazmente executar o processo de avaliação da vulnerabilidade. POR QUE Para executar uma avaliação de vulnerabilidade eficaz a Equipe de avaliação de fraude no produto deve identificar as fontes de informação e de dados relacionados com fatores de risco que serão usados na avaliação da vulnerabilidade. As fontes de dados devem ser documentadas, bem como a frequência na qual esses dados devem ser avaliados e por quem. Por exemplo, dados do comér- cio como preço e disponibilidade do produto, devem ser de responsabilidade dos membros do departamento de compras na Equipe, enquanto que dados técnicos como relatórios de atividades fraudulentas e desenvolvimentos nas metodologias de detecção devem ser de responsabilidade dos membros das áreas técnicas na Equipe. COMO A informação e fontes de dados usados para avaliar o potencial de fraude no produto e outras informações relacionadas devem ser pesquisadas e, uma vez acordadas, devem ser documenta- das antes da avaliação da vulnerabilidade. A informação inicial a ser coletada sempre deve ser uma lista exaustiva de todos os produtos (matérias-primas, ingredientes e embalagens) e dos respectivos fornecedores. Onde um processo é terceirizado, o fornecedor correspondente deve ser identificado. A responsabilidade pela revisão destas fontes de dados deve ser documentada. Novas fontes sempre devem ser consideradas para inclusão na lista de fontes de dados. 14 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Típicas fontes de dados são (esta lista não é exaustiva): Geral • Blogs • Mídia • Associações comerciais • Associações de pesquisa • Redes (network) da indústria e redes (network) pessoais Específico • EU RASFF-Rapid Alert System for Food and Feed • EFSA-European Food Standards Agency • Autoridades competentes nacionais – alertas de recall de produtos • Autoridades competentes nacionais – alterações na legislação e diretrizes • Prestador de serviços de pesquisa de dados e aconselhamento sobre ameaças • Bases de dados sobre fraudes em produtos • Informação de laboratórios de análise específicas • Imprensa do comércio – flutuações de preços de mercadorias • Imprensa do comércio – informações sobre colheitas • Classificação de risco país – Amfori-BSCI • Índice de corrupção – Transparency International A tabela abaixo fornece orientação adicional sobre o tipo de informação disponível nessas fontes de dados, quem se espera que revise essas fontes e quando necessário, dar destaque a um possí- vel aumento de risco. Prováveis fontes de dados Fonte de dados geral Valor dos dados Responsabilidade pela revisão Blogs Informação geral sobre assun- tos/incidentes de fraudes em produtos • Técnica / embalagem • Tecnológica / logística Mídia Incidentes de fraudes em produtos • Técnica / embalagem • Tecnológica / logística Associações comerciais Orientação e transferência de informação • Técnica / embalagem • Tecnológica Associações de pesquisa Orientação e transferência de informação • Técnica Redes da indústria e redes pessoais Informação geral • Técnica / embalagem • Tecnológica / logística / compras 15DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Fonte de dados específicos Valor do dos dados Responsabilidade pela revisão EU RASFF – Rapid Alert System for Food and Feed • Informação sobre questões de qualidade, segurança dos produtos contemplando impugnação na fronteira Técnica EFSA – European Food Stan- dards Agency • Informação geral sobre ques- tões/incidentes de fraudes em alimentos Técnica Autoridades nacionais compe- tentes • Alertas de recall de produtos • Incidentes de fraude em alimentos • Legislação nacional • Orientação Técnica Prestador de serviços de pesquisa de dados e aconselha- mento sobre ameaças • Análise de tendências sobre questões de fraudes em alimentos • Aconselhamento geral Técnica Bases de dados sobre fraudes em alimentos • Dados sobre incidentes de fraudes em alimentos Técnica Informação de laboratório de análises específicas • Informação sobre metodologia analítica • Orientação e aconselhamento Técnica / analítica Imprensa do comércio • Preços de mercadorias – previsões e flutuações • Informação sobre suprimento e escassez de produtos Compras (Alimentos e embalagens) Classificação de risco país – Amfori – BSCI • Informação sobre governança do país Compras Índece de corrupção – Transparency international • Informação sobre nível de corrupção do país Compras 4.3 Desenvolvimento da avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude Uma avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude deve ser executada para cada matéria-prima, ingrediente, material de embalagem, alimento e processo terceirizado, conside- rando as etapas da cadeia de suprimento sob responsabilidade do fornecedor em questão até a entrega ao seu(s) cliente(s). POR QUE Uma avaliação de fraude no produto sistemática e documentada identificará o risco de possível atividade fraudulenta ao longo da cadeia de suprimento. Como uma fraude pode tomar a forma de uma substituição, adulteração, rotulagem enganosa ou falsificação deliberada e intencional, a avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude deve ser executada para matérias-primas, ingredientes, embalagens e os próprios alimentos (incluindo processos/produtos terceirizados). A avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude, se corretamente executada, identificará as fraquesas potenciais ao longo da cadeia de suprimento que devem ser abordadas no Plano de redução de fraudes no produto para minimizar o risco de fraude. Uma fraude no produto pode resultar em consequências significativas para a segurança do con- sumidor, afetar a lucratividade da empresa e potencialmente prejudicar a reputação da empresa. 16 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOSCOMO As empresas podem executar várias avaliações de risco que seguem os princípios de gestão de risco, mas podem ser diferentes quanto ao detalhamento da metodologia. Avaliações de risco típicas comumente usadas na indústria de alimentos para estabelecer um procedimento de ações são o sistema APPCC e aquelas utilizadas nos procedimentos de gestão de incidentes. IFS não prescreve uma metodologia detalhada de avaliação de risco que a empresa deve empre- gar; portanto, a empresa deve utilizar o método com o qual se sente mais confortável e com o qual tem mais experiência. Abordagens típicas baseiam-se na utilização de matrizes simples (matriz quadrática), árvore decisória, matriz em planilha ou matriz múltipla. De longe, o modelo de abordagem mais comum para a avaliação de risco é o modelo quadrático, que tem sido usado nos setores de alimentos e produtos não alimentícios por vários anos. (Ref. http://ec.europa.eu/consumers/archive/ipm/risk_assesment_guidelines_non_food.pdf). Um exemplo recomendado é fornecido nas seções seguintes destas diretrizes para orientar as empresas que não têm experiência com metodologias de avaliação de risco. A figura 3 mostra uma matriz de risco quadrática típica comumente utilizada na indústria de alimentos para questões como a tomada de decisão frente a incidentes de segurança do alimento e presença potencial de corpos estranhos. Observar que o formato de matriz de risco quadrática pode variar de acordo com requisitos individuais da empresa. FIGURA 3 Exemplo típico de uma matriz de risco quadrática Maior Catastrófico Pr o b ab ili d ad e Trivial Menor Significativo Improvável Provável Muito provável Bem possível Possível Impacto Ao executar avaliações de vulnerabilidade considerar que existem três critérios principais de importância fundamental para o fraudador, a saber: lucratividade, o risco de detecção e a faci- lidade para execução da fraude. Em qualquer avaliação de risco de vulnerabilidade existem fatores de risco que devem ser defini- dos para permitir que a avaliação seja realizada eficazmente. Estas diretrizes foram desenvolvidas para providenciar orientação e aconselhamento quanto aos fatores de risco que podem ser usa- dos para elaborar uma matriz de risco quadrática que por sua vez pode ser usada para desenvolver as medidas de controle mais apropriadas para reduzir o risco. A avaliação de vulnerabilidade deve compreender dois elementos básicos: o risco do produto e o risco do fornecedor. 17DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 4.3.1 Princípios da avaliação da vulnerabilidade do produto A matriz quadrática é uma ferramenta útil para a abordagem da avaliação da vulnerabilidade do produto. Como avaliações de vulnerabilidade foram especificamente desenvolvidas para identificar o risco de fraudes no produto, os valores nos eixos horizontal e vertical da matriz podem ser modificados quanto ao formato de matriz de risco típica (Figura 3). Neste caso o eixo vertical deve representar probabilidade de ocorrência e o eixo horizontal deve representar a probabili- dade de detecção atual (Figura 4). FIGURA 4 Exemplo de uma matriz do risco de vulnerabilidade do produto com classificação de risco considerando os eixos probabilidade de ocorrência e probabilidade de detecção atual Improvável 5 Possível 4 Pr o b ab ili d ad e d e o co rr ên ci a Improvável 1 Provável 4 Provável 2 Muito provável 5 Muito provável 1 Bem possível 3 Bastante possível 3 Possível 2 Probabilidade de detecção atual Médio Médio Alto Alto Alto Baixo Médio Médio Alto Alto Baixo Baixo Médio Médio Alto Baixo Baixo Baixo Médio Médio Baixo Baixo Baixo Baixo Médio FIGURA 5 Exemplo de uma matriz de risco de vulnerabilidade do produto com classificação do risco pontuado para probabilidade de ocorrência e probabilidade de detecção nos eixos e classificação do produto dentro da matriz Pr o b ab ili ad e d e o co rr ên ci a Improvável 1 Provável 4 Muito provável 5 Bem possível 3 Possível 2 Improvável 5 Possível 4 Provável 2 Muito provável 1 Bastante possível 3 Probabilidade de detecção atual Médio 5 Médio 10 Alto 15 Alto 20 Alto 25 Baixo 4 Médio 8 Médio 12 Alto 16 Alto 20 Baixo 3 Baixo 6 Médio 9 Médio 12 Alto 15 Baixo 2 Baixo 4 Baixo 6 Médio 8 Médio 10 Baixo 1 Baixo 2 Baixo 3 Baixo 4 Médio 5 As cores das células na matriz de risco de vulnerabilidade do produto são indicativas do nível de risco do pro- duto; sendo vermelho representativo de alto risco, amarelo de risco médio e verde de baixo risco. Portanto, devido à sua própria natureza, conforme a avaliação, o risco do produto pode ser usado para indicar a possí- vel necessidade de aumento de medidas de controle para a redução de fraudes no alimento. 18 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS A tabela abaixo mostra fatores de risco e exemplos de critérios a serem considerados para a avaliação do risco do produto. Fatores de risco do produto Critérios a serem considerados Histórico de incidentes de fraudes no produto • A quantidade, tipos e frequência de fraudes realizados em relação ao produto Fatores econômicos • Preço (lucratividade do produto, isto é, margem de lucro e quantidade) • Disponibilidade do produto no mercado (sazonalidade, redução da quantidade/qualidade, alta demanda no mercado, cotação) • Disponibilidade do adulterante (quantidade, preço, natureza do adulterante) • Tarifas (aumento ou flutuação de tarifas governamentais que afetam o preço e disponibilidade) • Flutuação do preço (sazonalidade, redução da quantidade/ qualidade, alta demanda no mercado, cotação, mecanismos de estabelecimento do preço) Facilidade para atividade fraudulenta • Natureza física do produto (líquido, em pó, pedaços moídos, integral) • Custo e complexidade do processo de fraudação (localização, maquinário para processamento, custo da embalagem, custo da distribuição) • Colaboradores envolvidos na atividade de fraudação (número, facilidade de ocultação, número de localizações) • Formatos das embalagens (embalagem da matéria-prima e adulterante) Complexidade da cadeia de suprimento • Origem geográfica (localização da fonte e comprimento da cadeia de suprimento) • Tipos e número de organizações na cadeia de suprimento (manufatura, distribuição, armazenamento, agente ou negociador/ broker) • Número de fábricas na organização do fornecedor Medidas de controle atualmente existentes para a detecção de fraude • Autoridade de controle (organismos de certificação, auditores, laboratórios de análise e situação [acreditados / não acreditados], organismos de inspeção e situação [acreditados / não certificados]) • Metodologias de análise (acreditadas / não acreditadas) execução da auditoria [certificada / não certificada], inspeção do produto, organismo de análise do produto e situação (acreditado / não acreditado) • Frequência de análise (auditoria, inspeção do produto, análise do produto) • Custo das análises (inspeção do produto, análise do produto, complexidade do mátodo analítico). 19DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS A diversidade de terceirização de processos é ampla e depende muito dos arranjos contratuais entre a empresa e seu fornecedor e a situação da matéria-prima, ingrediente, material de emba- lagem ou alimento, ou seja, a empresa tem controle completo sobre os mecanismos de aquisição e/ou processos tecnológicos ou estes são completamente terceirizados para o fornecedor? Quando a empresa tem controle sobre os mecanismos de aquisição e processos tecnológicos, o risco será menor e, portanto, as medidas de controle estarão relacionadas àqueles critérios específicos alinhados com os requisitos de aprovação e monitoramento do fornecedor. MASSA PARA PIZZA FARINHA DE TRIGO: EUA, Canadá, França, Alemanha ÓLEO DE COLZA: Grã Bretanha (GB), França, Espanha, Itália LEVEDURA: Alemanha, França DEXTROSE: EUA, China, Brasil, Índia,Paquistão MALTODEXTRINA: Brasil, Polônia SAL: Alemanha, GB, França LECITINA DE SOJA: Brasil, China, EUA PEPERONI SUÍNO DEFUMADO CARNE SUÍNA: Polônia, Dinamarca, China, Tailândia GORDURA SUÍNA: Polônia, Dinamarca, Brasil SAL: Alemanha, França, GB DEXTROSE: EUA, Alemanha CONDIMENTOS: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Turquia, Indonésia ANTIOXIDANTE, (EXTRATO DE ALECRIM): Tunísia, Marrocos, Espanha ASCORBATO DE SÓDIO: China, Taiwan NITRATO DE SÓDIO: Chile, Peru QUEIJO MUSSARELA Dinamarca, Alemanha, Itália, França MOLHO DE TOMATE EXTRATO DE TOMATE: Grécia, Turquia, Itália, Espanha, Argentina AÇÍUCAR: China, Alemanha, França, GB PIMENTA: Vietnã, Indonésia, Índia, Brasil, China ORÉGANO: Grécia, Turquia, Macedônia MANJERICÃO: Egito, Turquia TOMILHO: Albânia, Turquia SÁLVIA: Marrocos, Egito, Albânia, Polônia AMIDO MODIFICADO: Holanda, Alemanha SAL: Alemanha, GB, Rússia CARRAGENA: Filipinas ALGINATO DE SÓDIO: GB CONDIMENTOS E VEGETAIS PIMENTÕES VERMELHOS: Espanha, África do Sul, México, Turquia PIMENTA: México, Espanha, China MILHO VERDE: Espanha, EUA, Israel PEPINOS: Polônia, Hungria CHAMPIGNON: Irlanda, Holanda, Polônia, França GLOBALIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Mais que 30 ingredientes e potenciais origens das fontes Nota: O exemplo acima é válido para produção de pizza na Europa. 20 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Os fatores de risco do produto usados para a classificação do risco na matriz são definidos de acordo com a tabela acima e os fatores de risco usados para desenvolver a matriz de risco quanto à vulnerabilidade do produto são definidos como segue: Classificação do fator de risco do produto Eixo da matriz Fatores de risco Critérios a serem considerados Probabi- lidade de ocorrência Histórico de incidentes de fraude no produto • Número, tipos e frequência de fraudes (quanto mais alta a frequência de fraudes associadas ao produto alimentício, tanto maior o risco) Probabi- lidade de ocorrência Fatores econômicos • Preço (quanto mais alta a margem de lucro, tanto maior o risco) • Disponibilidade do produto (quanto mais baixa a disponibilidade, tanto maior o risco) • Disponibilidade do adulterante (quanto maior a disponibilidade e menor o preço do adulterante, tanto maior o risco) • Custo tarifário (quanto mais alto o custo tarifário, tanto maior o risco) • Flutuação de preço (a frequência e nível da flutuação são determi- nantes para o risco)) EProbabi- lidade de ocorrência Facilidade de atividade fraudulenta • Natureza física do produto (líquidos são os produtos de mais alto risco e mistura de componentes individuais, p.ex. peixes inteiros, são os produtos com o menor risco) • Custo e complexidade do processo de fraudação (quanto mais complexo e caro o processo, tanto menor o risco) • Envolvimento dos colaboradores na atividade de fraudação (quanto maior envolvimento dos colaboradores, tanto menor o risco) • Formato da embalagem – matéria-prima e adulterante (se o produto está disponível sem marca e a granel, maior o risco; se o produto vem pré-embalado, etiquetado/rotulado e deve ser desenbalado, menor o risco) Probabi- lidade de detecção atual Complexidade da cadeia de suprimento • Origem geográfica (quanto maior a distância da fonte até a empresa, tanto maior o risco) • Número de organizações longo da cadeia de suprimento (quanto maior o número de organizações, tanto maior o risco) • Tipos de organizações (quanto maior o número de fabricantes e agentes ao longo da cadeia de suprimento, tanto maior o risco) • Número de fábricas da organização fornecedora (quanto maior o número de unidades fabricantes numa organização fornecedora, tanto maior o risco) Probabi- lidade de detecção atual Medidas de controle atuais para detecção de fraude • Autoridade analisadora (empresas de análise acreditadas representam o menor risco, empresas não acreditadas ou desconhecidas represen- tam o maior risco) • Metodologia analítica (métodos analíticos acreditados representam o menor risco; métodos não acreditados ou desconhecidos represen- tam o maior risco) • Frequência de análise (quanto maior a frequência d análise, tanto menor o risco) • Custo da análise (quanto mais alto o custo das análises, tanto maior o risco) 21DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 4.3.2 Princípios de avaliação da vulnerabilidade do fornecedor Além da avaliação da vulnerabilidade do produto, é igualmente importante avaliar o risco do fornecedor. Por exemplo, o produto tem um risco definido, contudo ele pode ser adquirido a partir de uma gama de fontes, cada uma com risco diferente, avaliado através de uma avaliação de vulnerabilidade do fornecedor. A tabela abaixo ilustra os fatores de risco que podem ser utilizados para avaliar o risco do fornecedor. Fatores de risco do fornecedor Fatores de risco do fornecedor Critérios a serem considerados Estabilidade econômica e situação legal • Estabilidade econômica do fornecedor • Pessoa jurídica do fornecedor Histórico da empresa • Tempo de negócios entre as empresas (quanto mais longo o tempo de negócios entre o fornecedor e a empresa, tanto menor o risco) • Boa história de negócios, p.ex. sem disputas, sem problemas comerciais ou técnicos (quanto melhor o histórico de relacionamento entre fornece- dor e emprsa, tanto menor o risco) Relações comerciais • Fornecedor parceiro, fornecedor contratado, fornecedor sem contrato ou fornecedor do mercado aberto (parceria – risco mais baixo; fornecedor de mercado aberto/avulso – risco mais alto) • Quantidades regularmente contratadas e fornecedor dependente do bom relacionamento com a empresa (quanto mais produto regularmente adquirido, tanto menor o risco) • Compreensão do controle de margens comerciais, conhecimento da cadeia de suprimento, percepção comercial (quanto maior a compreensão comercial/conhecimento do mercado, tanto menor o risco) • Subcontratação ou terceirização da produção (quanto mais o fornecedor subcontrata ou terceiriza, tanto maior o risco) • Controle direto/posse das matérias-primas (se o fornecedor tem controle direto e é dono das matérias-primas, menor o risco) Relações técnicas • Qualidade, precisão e fornecimento no prazo de informações técnicas como especificações, solicitações de informação específica e resposta a reclamações (quanto mais tecnicamente consciencioso, tanto menor o risco) • Competência da equipe técnica do fornecedor (quanto mais alta a competência da equipe técnica, tanto menor o risco) • Transparência do fornecedor em relação a problemas técnicos (quanto mais transparente, tanto menor o risco) • Conhecimento da empresa sobre a cadeia de suprimento, etapas do processo e tecnologias utilizadas pelo fornecedor • Conhecimento do fornecedor sobre problemas técnicos e medidas de controle de fraudes (quanto maior o conhecimento em relação a problemas técnicos e medidas de controle de fraude no alimento, tanto menor o risco) • Eficácia dos sistema de gestão da qualidade (se o fornecedor implemen- tou um sistema de gestão da qualidade eficaz, menor o risco) 22 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Fatores de risco do fornecedor Critérios a serem considerados Desempenho da conformidade técnica • Conformidade com desempenho acordado KPI’s (key performance indicator) (quanto maior a conformidade com KPIs, tanto menor o risco) • Alcançar ou manter um nível de certificação ou pontuação da auditoria (um bom nível de certificação e bom desempenho continuado indicam menor risco) • O fornecimento consistente de produto seguro e conforme com a especificação (quanto melhor, mais consistente o desempenho em relação à segurança e qualidade acordada do produto, tanto menor o risco) • Mínimo de rejeições no recebimento – qualidade, temperatura, etc. (quanto menor a taxa de rejeição, tanto menor o risco) • Mínimo de reclamações de consumidores (quanto menor o nível de reclamações, tanto menor o risco) • Mínimo de desperdício/ danos durante a fabricação (quanto menor o nível de desperdício / danos, tanto menor o risco) Infraestrutura regulatória e controles do país fornecedor • Nível de controle regulatório na origem do produto em relação à qualidade regulatória do país (quanto mais alto o nível de controle em relação a regulamentos comparáveis, tanto menor o risco) • Relações intergovernamentais com o país do fornecedor (quanto mais alto o nível de relacionamento intergovernamental e os con- troles, tanto menor o risco) Ética empresarial e do país • Nível de corrupção no país do fornecedor (quanto mais alto o nível de corrupção, tanto mais alto o risco) • Condições de trabalho éticas (quanto mais pobres as condições de trabalho ético no país do fornecedor, tanto maior o risco) • Condições ambientais (quanto mais pobres as condições a mbientais no país do fornecedor, tanto maior o risco) O risco do fornecedor, da mesma forma como o risco do produto pode ser graduado dependendo da confiança no fornecedor que a empresa tem. É baseada em fatores e subfatores de risco defi- nidos na tabela acima. Por exemplo: 1 Confiança muito alta 2 Alta confiança 3 Média confiança 4 Baixa confiança 5 Confiança muito baixa 4.4 Desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto 4.4.1 Princípios do Plano de redução de fraude no alimento POR QUE Um Plano de redução de fraude no produto eficaz definirá as medidas e controles que devem existir para reduzir os riscos identificados na Avaliação da vulnerabilidade do produto quanto a fraudes. O Plano de redução de fraude no produto é o documento mais importante do fornecedor, já que reflete o resultado de toda a sua estratégia em relação à redução de fraude no produto. 23DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS COMO As avaliações da vulnerabilidade do produto e vulnerabilidade do fornecedor devem ser execu- tadas para cada matéria-prima, ingrediente, material de embalagem e alimento e as avaliações gerais de risco resultantes devem ser revisadas quanto a medidas de controle vigentes que a empresa aplica para identificar atividade fraudulenta e determinar se estas fornecem redução de fraude eficaz em caso de possíveis ameaças de fraude. Diversamente das avaliações de vulnerabilidade do produto e do fornecedor, sugere-se que as medidas de controle vigentes devem ser classificadas de acordo com uma avaliação de sua pro- vável eficácia a ser executada pelo(s) membro(s) técnico(s) da Equipe de avaliação de fraude no produto. Por exemplo: Alto bom nível das medidas de controle em relação à atividade fraudulenta Médio nível médio das medidas de controle em relação à atividade fraudulenta Baixo nível baixo das medidas de controle em relação à atividade fraudulenta Existem numerosas medidas de controle que podem ser aplicadas e que são específicas para as matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem ou alimentos, devem porém ser testadas para serem implementadas e eficazmente controlar riscos. A lista abaixo não é exaustiva, mas contém as medidas de controle tipicamente utilizadas: • Verificação da situação econômica e legal do fornecedor • Análises de matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem • Certificados de análise • Inspeção do produto antes da entrega • Auditoria técnica de terceira parte • Auditoria técnica de segunda parte • Auditoria técnica de primeira parte • Certificação da cadeia de custódia • Análise de balanço de massa • Questionários para fornecedores • Conformidade legal dos fornecedores ao longo da cadeia de suprimento Critérios para medidas de controle Existem vários exemplos de critérios que também devem ser considerados ao avaliar a eficácia de medidas de controle: Medidas de controle Critérios a serem considerados Verificação da situação econô- mica e legal • Verificação da estabilidade financeira • Verificação da entidade jurídica Análises das matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem • Metodologia de análise – metodologia acreditada (Metodologia de análise acreditada, menor risco) • Metodologia de análise – nível de detecção (quanto mais baixo o nível de detecção, tanto menor o risco) • Laboratório acreditado / não acreditado (laboratório acreditado, menor o risco; laboratório não acreditado, maior o risco) • Confiabilidade / validação do laboratório (quando existe evidência da confiabilidade do laboratório, menor o risco) • Controles na recepção: pedidos com a referência das especifica- ções acordadas; verificação dos documentos de entrega; inspeção quanto à origem e lote 24 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Medidas de controle Critérios a serem considerados Certificados de análise • Emitidos por laboratório acreditado / não acreditado (certificado emitido por laboratório acreditado, menor o risco) • Certificado relativo ao lote entregue / código do lote produzido (se o certificado é específico para o lote, menor o risco) Inspeção do produto antes da exportação / entrega • Situação do organismo de inspeção - governamental, organismo acreditado independente, organismo não acreditado independente, nomeado pela empresa ou não nomeado pela empresa (inspeção realizada por organismo governamental ou organismo acreditado caracteriza menor risco) • Frequência de inspeção (quanto maior a frequência de inspeção, tanto menor o risco) • Metodologia de amostragem para inspeção (quanto mais detalhada, tanto menor o risco) Auditoria técnica de terceira parte • Organismo de certificação acreditado e norma conhecida e autenticada (um organismo de certificação acreditado caracteriza menor risco) • Organismo de certificação não acreditado e norma conhecida e autenticada (um organismo não acreditado caracteriza maior risco) • Relatório de auditoria e certificado (um relatório detalhado e o certificado corres- pondente caracterizam menor risco) • Certificado (certificado sem relatório caracteriza maior risco) Auditoria técnica de segunda parte • Organismo de certificação acreditado e norma da empresa (um organismo de certificação acreditado caracteriza menor risco) • Organismo de certificação não acreditado e norma da empresa (um organismo não acreditado caracteriza maior risco) • Frequência e escopo da auditoria (quanto mais frequente a auditoria e consistente o escopo, tanto menor o risco) Auditoria técnica de pri- meira parte • Auditoria realizada por pessoal próprio (quanto mais competente o colaborador, tanto menor o risco) • Frequência e escopo da auditoria (quanto mais frequente a auditoria e consistente o escopo, tanto menor o risco) Certificação da cadeia de custódia • Organismo de certificação acreditado e norma conhecida e autenticada (um orga- nismo de certificação acreditado caracteriza menor risco) • Organismo de certificação não acreditado e norma conhecida e autenticada (um organismo não acreditado caracteriza maior risco) • Relatório de auditoria e certificado (um relatório detalhado e certificado correspon- dente caracterizam menor risco) • Certificado (certificado sem relatório caracteriza maior risco)) Análise de balanço de massa • Análise do balanço de massa como parte da certificação da auditoria técnica ou da auditoria de cadeia de custódia (análise executada de acordo com o processo de certificação caracteriza menor risco) • Análise extraordinária de balanço de massa (análise extraordinária realizada sob controle da empresa caracteriza menor risco) • Frequência e escopo da análise (quanto mais frequente e consistente o escopo, tanto menor o risco) • Relatório (um relatório detalhado caracteriza menor risco) Questionários para fornecedores • Minuciosidade e avaliação do questionário (um questionário consistente e minucioso caracteriza menor risco) • Nível de uso ao longo da cadeia de suprimento (nível de aplicação dos questionários, p.ex. fornecedores primários, secundários e terciários) Avaliação da conformidade legal dos fornecedores ao longo da cadeiade suprimento • Revisão de conformidade legal (existência e quantidade de ocorrências) 25DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS O Plano de redução de fraude no produto pode agora ser desenvolvido (Figura 6) pela Equipe de avaliação de fraude no produto a partir das avaliações de vulnerabilidade do produto e fornecedor para cada matéria-prima, ingrediente, material de embalagem e alimento, aplicando uma classi- ficação de risco geral e a avaliação de medidas de controle vigentes (classificação da medida de controle vigente - alta, média, baixa). Os critérios abaixo devem ser aplicados para o desenvolvimento do Plano de redução de fraude no produto: • A classificação geral de risco é o resultado da classificação de risco do produto multiplicada pela classificação de risco do fornecedor • As classificações de risco das matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem e ali- mentos devem ser determinadas primeiro e devem ser as mesmas, independentemente da classificação de risco do fornecedor. Existirá, portanto, “uma classificação de risco de produto comum”, mas diferentes classificações de risco de fornecedor, dependentes da confiança que a empresa tem em relação aos seus fornecedores. • É altamente recomendável agrupar todas as matérias-primas, ingredientes, materiais de em- balagem e alimentos e listar os fornecedores, já que isso contribui para a tomada de decisões e planejamento de revisões. A Equipe de avaliação de fraude no produto deve, ao revisar as classificações de risco coletadas e classificações das medidas de controle vigentes (alta, média, baixa), chegar a uma decisão por consenso sobre a necessidade de medidas de controle. FIGURA 6 Modelo de Plano de redução de fraude no produto Matéria-prima, ingrediente, material de embalagem, alimento e processos terceirizados Forne cedor Classificação de risco do produto Classifica ção de risco do fornecedo Classificação de risco geral Classificação das medidas de controle vigentes Equipe de tomada de decisão Medidas de controle 4.5 Implementação e monitoramento das medidas de controle referentes ao Plano de redução de fraudes no produto 4.5.1 Medidas de controle As decisões da Equipe de avaliação de fraude no produto podem ser numerosas, dependendo das evidências revisadas e podem levar a mudanças na política relacionada ao fornecimento de produtos, e/ou modificações de medidas de controle vigentes e/ou manutenção de medidas de controle vigentes: • A suspensão ou redução do uso de uma matéria-prima, ingrediente, material de embalagem ou alimento • A suspensão de um fornecedor ou fornecedores • A redução da quantidade de uma matéria-prima, ingrediente, material de embalagem ou alimento de um fornecedor ou fornecedores específico(s) • A modificação de medidas de controle vigentes, dependendo do produto e medidas de con- trole, p.ex. aumento de controle analítico, utilização de laboratórios e métodos acreditados, aumento de inspeção na recepção, inspeção independente antes da expedição, etc. • Manutenção do níveis vigentes de controle 26 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS O Plano de redução de fraudes no produto e todas as revisões subsequentes, devem ser comple- tamente documentadas e datadas. Ao finalizar o Plano de redução de fraudes no produto, os membros da Equipe de avaliação de fraude no produto devem ter em mente o impacto comercial das decisões que consideram ser apropriadas. Isto pode envolver critérios como a disponibilidade limitada do produto, o custo de aprovação de novos fornecedores versus o custo de maior vigilância (mais medidas de controle) e a rotatividade/importância do produto para a empresa. O Plano de redução de fraudes no produto deve permitir a priorização de ações a serem imple- mentadas a fim de reduzir o risco geral colocado por produtos e fornecedores de maior risco. Por razões óbvias, particularmente em relação ao custo analítico da empresa, algumas avaliações devem ser feitas em relação à disponibilidade orçamentária geral para a realização de todas as análises dos alimentos, tanto de segurança como de fraudes. Além disso é extremamente impor- tante que a Equipe de avaliação de fraudes no produto tenha total apoio da direção da empresa. O Plano de redução de fraudes no produto deve ser revisado paralelamente à revisão do sistema de gestão da qualidade e segurança dos alimentos. 4.6 Revisão e melhoria do Plano de redução de fraude no produto 4.6.1 Mudanças nos fatores de risco e revisão da avaliação da vulnerabilidade do produto quanto à fraude POR QUE Um Plano de redução de fraudes no produto somente continua eficaz se as alterações nos fatores de risco que definem o nível de risco da vulnerabilidade do alimento são identificadas e revisadas a fim de manter o nível adequado das medidas de controle COMO Os membros da Equipe de avaliação de fraudes no produto devem ter acesso aos dados e infor- mações apropriadas relativas aos fatores de risco utilizados para a avaliação da vulnerabilidade. A elaboração do Plano de redução de fraudes no produto inicial deve ser considerada como uma “foto do momento” e deve-se reconhecer que fatores de risco mudam numa indústria tão dinâmica como a indústria de alimentos. Isto significa que deve ser considerada a necessidade de reavaliar produtos individuais (e os fornecedores destes produtos), e avaliações de risco caso exista a possibilidade de alterações no risco geral relativo à possível fraude no alimento. A Equipe de avaliação de fraudes no produto deve revisar a avaliação de vulnerabilidade do pro- duto quanto à fraude quando ocorrerem mudanças significativas. Na lista abaixo encontram-se as mudanças tidas como significativas e que levam a Equipe a revisar a avaliação de vulnerabilidade: • mudança no fornecimento de matérias-primas, p.ex. novo fornecedor • mudança na gestão ou situação financeira do fornecedor • mudança de custo de matéria(s)-prima(s) • mudança que afeta o custo do produto acabado, p.ex. aumento de tarifas, custo de transporte • mudança na cadeia de suprimento, p.ex. fornecedores adicionais, tipo de fornecedor • mudança na disponibilidade da matéria-prima, p.ex. escassez sazonal, baixa qualidade • evidência de fraude encontrada através de medida de controle como análise laboratorial • evidência de aumento de reclamações por parte de clientes ou consumidores relacionadas com possível fraude, p.ex. baixa qualidade ou não consistente • emergência de um recém identificado novo adulterante • desenvolvimento de informação científica relativa ao processo, ao produto ou identificação analítica 27DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 4.6.2 Revisão formal das avaliações de vulnerabilidade do produto quanto à fraude POR QUE Um Plano de redução de fraudes no produto somente continua eficaz se as alterações nos fatores de risco que definem o nível de risco da vulnerabilidade do alimento são identificadas e revisadas a fim de manter o nível adequado das medidas de controle. Mesmo que na primeira parte deste requisito é mencionada a necessidade de revisão regular, também existe um requisito referente a uma avaliação anual da vulnerabilidade de todas as matérias-primas, ingredientes materiais de embalagem e processos terceirizados. COMO Os membros da Equipe de avaliação de fraudes no produto devem ter acesso aos dados e infor- mações apropriadas relativas aos fatores de risco utilizados para a avaliação da vulnerabilidade, o que permitirá a realização de avaliações de vulnerabilidade eficazes. Conforme a primeira parte deste requisito, os membros da Equipe devem revisar dados e informa- ções regularmente quanto a mudanças significativas. Contudo, todas as matérias-primas, ingre- dientes, materiais de embalagem e processos terceirizados devem ser revisados por meio de uma avaliação completa da vulnerabilidade pelo menos anualmente. A Equipe de avaliação de fraudes no produto deve utilizar a mesma metodologiapara a avaliação da vulnerabilidade, porém deve consultar fontes de dados e informações para avaliar se as novas fontes de dados e informações são apropriadas. As avaliações de vulnerabilidade completas devem ser documentadas e datadas de acordo com os requisitos de controle de documentação da empresa. 4.6.3 Revisão dos requisitos de controle e monitoramento e sua implementação POR QUE Um Plano de redução de fraudes no produto somente continua eficaz se as alterações nos fatores de risco que definem o nível de risco da vulnerabilidade do produto são identificadas e revisadas a fim de manter o nível adequado das medidas de controle. Na primeira parte deste requisito é mencionada a necessidade de revisar regularmente e na segunda parte é mencionado que deve existir uma avaliação de vulnerabilidade anual de todas as matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem e processos terceirizados. Em consequência, os requisitos de monitora- mento e controle vigentes do Plano de redução de fraudes no produto devem ser revisados e, em seguida, corrigidos e implementados imediatamente após a revisão. COMO Quando a Equipe de avaliação de fraudes no produto realiza a completa avaliação de vulnerabi- lidade anual ou avaliações de vulnerabilidade intermediárias de matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem ou processos terceirizados individuais, a necessidade de também revisar a eficácia da medidas de controle definidas no contexto do Plano de redução de fraudes no pro- duto também é dada. A Equipe de avaliação de fraudes no produto deve utilizar a mesma metodologia usada para o desenvolvimento do Plano de redução de fraudes no produto, mas deve revisar as decisões relativas às medidas de controle. Se existirem mudanças nas medidas de controle vigentes, estas devem ser implementadas o mais rapidamente possível. Quaisquer mudanças no Plano de redução de fraudes no produto devem ser documentadas e datadas de acordo com os requisitos de controle de documentação da empresa. 28 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 5 Diretrizes para o capítulo 4 de IFS Logística v. 2.2 Mesmo que os prestadores de serviço de logística têm poucas possibilidades de reduzirem fraudes nos produtos diretamente, já que interagem menos com o próprio produto, atividades fraudulentas podem ocorrer no setor de logística ao longo da cadeia de suprimento e, portanto, é feita referência quanto à avaliação de risco e a exigência de implementação de medidas para reduzir qualquer risco identificado. Mesmo que entre os requisitos da Norma IFS Logística v. 2.2 a avaliação de vulnerabilidade ou um plano de redução de risco formal não é citado especificamente, sendo parte da seção 4.2.4 - recebimento e armazenamento de produtos - recomenda-se que os princípios gerais aplicáveis à avaliação de vulnerabilidade do produto quanto à fraude (seção 4 desta diretriz) sejam utilizadas para a avaliação de risco no contexto da logística na cadeia de suprimento. 5.1.1 Princípios da avaliação do risco de fraude nos alimentos e medidas de controle quanto à redução O armazenamento, transporte e outros serviços como embalagem e rotulagem de matérias-primas e produtos acabados, no contexto da logística, são situações nas quais substituição e falsificação podem ser consideradas como as principais ameaças de fraude nos alimentos. Os fraudadores poderiam utilizar a cadeia de suprimento logístico para substituir ou adulterar matérias-primas, particularmente produto a granel ou não embalado, ou utilizar o sistema da cadeia de suprimento legítima para colocar produto falsificado no mercado. Rotulagem enganosa também é conside- rada fraude, por exemplo quando prazos de validade são ampliados durante uma atividade de reembalagem. Como não há processamento de alimentos no setor de logística, devem ser considerados fatores como os econômicos, facilidade de atividade fraudulenta, histórico de negócios do fornecedor dos serviços de logística, relações comerciais, medidas técnicas de controle do fornecedor e ética do país e ética de negócios. Outros fatores relevantes são a natureza do produto e sua situação, tipicamente: produtos a granel ou não embalados apresentam maior risco de fraude do que pro- dutos embalados e rotulados. Os controles que podem ser aplicados para reduzir fraudes em alimentos na cadeia de suprimento logístico são semelhantes aos que são aplicados para defesa do alimento (Food Defense) e devem ser considerados (Referência: Diretriz IFS de Defesa do Alimento). São bons exemplos de medidas de controle: onde a rastreabilidade / sistemas de codificação do lote devem estar evidentes bem como a incorporação no design da embalagem de evidências de adulteração. Os produtos a granel ou não embalados entregues ou expedidos da empresa são os mais vulne- ráveis. Os sistemas de controle e monitoramento devem, portanto, ser considerados e são seme- lhantes aos utilizados para reduzir o risco de contaminação maliciosa, p.ex. contentores selados, inspeção, medidas de segurança no local, controle da documentação e monitoramento regular de sistemas de controle de logística por auditorias de primeira, segunda e terceira partes. POR QUE Uma análise e avaliação de perigos identificará o risco de possível atividade de fraudes no con- texto da cadeia de suprimento logístico. Como a fraude pode ser a substituição deliberada e intencional, a análise de perigos deve ser realizada para matérias-primas, ingredientes, materiais de embalagem de alimentos e alimentos na cadeia de suprimento logístico. A análise de perigos, se corretamente executada, identificará potenciais fraquesas na cadeia de suprimento logístico que devem ser abordadas pelas medidas de controle para redução do risco. 29DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS COMO As empresas podem realizar uma série de avaliações de risco que seguem princípios de gestão de risco, mas podem ser diferentes quanto aos detalhes de metodologia. Avaliações de risco típicas comumente usadas na indústria de produção de alimentos para estabelecimento de ações são o sistema APPCC e os procedimentos de gestão de incidentes. Porém, os princípios apresentados na seção 4 destas diretrizes devem significativamente apoiar as empresas em relação a esse processo. Abaixo, um exemplo de tabela de avaliação de risco de produto e fornecedor e de medidas de controle para redução de fraude no setor de logística. Avaliação do risco de fraude nos alimentos e medidas de controle quanto à redução Risco de fraude no alimento Risco no fornecedor Exemplos de medidas de controle Produto embalado não rotulado – risco de substituição Fornecedor X – empresa de trans- porte e armazena- mento grande, cadeia de fornecimento curta (uma única empresa) – Risco baixo • Contrato exige contentores trancados e providos de lacre da empresa durante o transporte. • Revisão dos registros dos lacres dos contentores e notas de remessa • Revisão dos procedimentos da empresa • Revisão dos registros de recebimento • Notas de remessa autorizadas para todas as entregas com dados de rastreabilidade/código dos lotes (trilha de auditoria) • Revisão do documento de acompanhamento da viagem • Controles de qualidade no recebimento – nível de amostragem médio Produto a granel ou caixas abertas – risco de substituição Fornecedor Y – empresa de transporte pequena, o motorista é o proprietário – Risco baixo • Contrato exige contentores trancados e providos de lacre da empresa durante o transporte. • Revisão dos registros dos lacres dos contentores e notas de remessa. • Revisão dos procedimentos da empresa • Revisão dos registros de recebimento • Notas de remessa autorizadas para todas as entregas com dados de rastreabilidade/código dos lotes (trilha de auditoria) • Revisão do documento de acompanhamento da viagem • Controles de qualidade no recebimento – nível de amostragem médio Produto de marca própria de alto valor – risco de falsificaçãoFornecedor Z – local de armazenamento pequeno, sistemas e segurança fracos – Risco alto • Contrato exige contentores trancados e providos de lacre da empresa na expedição. • Revisão dos registros de armazenamento e quantida- de do produto • Revisão dos procedimentos da empresa • Revisão dos registros de recebimento • Notas de remessa autorizadas para todos os produtos armazenados com dados de rastreabilidade/código dos lotes • Auditorias não anunciadas • Controles de qualidade no recebimento – nível de amostragem alto Rotulagem enganosa no produto durante a reembalagem ou atividades de substitui- ção da rotulagem Cliente solicita ampliação do prazo de validade ou alteração – Risco médio • Compatibilidade com as especificações do produto. • Rastreabilidade das operações • Aconselhamento legal 30 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Anexos Anexo 1 Exemplo para IFS Alimentos v. 6.1 - Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução Anexo 2 Exemplo para IFS PACsecure v. 1.1 - Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução Anexo 3 O auditor pergunta e documentação Anexo 4 Referências 31DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS ANEXO 1 Exemplo para IFS Alimentos v. 6.1 – Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 1. Exemplos de avaliações de vulnerabilidade do produto A empresa está avaliando o risco em relação a: • Azeite de oliva extra virgem • Extrato de tomate • Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft • Processo de descongelamento de bloco de carne moída (aquisição terceirizada da matéria- prima e processo de descongelamento terceirizado). A Equipe de avaliação de fraudes no produto atribuirá uma pontuação, por consenso, para cada fator de risco, através da avaliação dos fatores de risco e critérios em questão. Isso, por sua vez, confirmará a posição do produto na matriz de risco de vulnerabilidade do produto. (Tabelas de referência na seção 4.3). O risco geral total do produto geral pode ser classificado e atribuído para cada produto / processo através da multiplicação da pontuação de probabilidade de ocorrência pela pontuação da proba- bilidade de detecção atual. Assim se obtém a posição do produto / processo na matriz de risco de vulnerabilidade do produto. 32 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Azeite de oliva extra virgem Pontuação para probabilidade de ocorrência – Azeite de oliva extra virgem Alto risco de ocorrência Histórico de inci- dentes de fraude no alimento Fatores econômicos Facilidade para atividade fraudulenta Pontuação mais alta atribuída 5 (Muito provável) 5 5 4 (Provável) 4 3 (Bem possível) 2 (Possível) 2 1 (Improvável) Baixo risco de ocorrência Probabilidade de detecção atual – Oil Azeite de oliva extra virgem Alto risco atual de não ser detectado Complexidade da cadeia de fornecimento Medidas de controle vigentes Pontuação mais alta atribuída 5 (Improvável) 4 (Possível) 3 (Bem possível) 3 3 2 (Provável) 2 1 (Muito provável) Baixo risco atual de não ser detectado Pontuação geral de risco do produto para Azeite de oliva extra virgem = 15 Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais alta pontuação atribuída) Probabilidade de ocorrência 5 x Probabilidade de detecção atual 3 = 15 Extrato de tomate Pontuação para probabilidade de ocorrência – Extrato de tomate Alto risco de ocorrência Histórico de inci- dentes de fraude no alimento Fatores econômicos Facilidade para atividade fraudulenta Pontuação mais alta atribuída 5 (Muito provável) 4 (Provável) 3 (Bem possível) 2 (Possível) 2 2 2 2 1 (Improvável) Baixo risco de ocorrência Probabilidade de detecção atual – Extrato de tomate Alto risco atual de não ser detectado Complexidade da cadeia de fornecimento Medidas de controle vigentes Pontuação mais alta atribuída 5 (Improvável) 4 (Possível) 3 (Bem possível) 2 (Provável) 2 2 1 (Muito provável) 1 Baixo risco atual de não ser detectado Pontuação geral de risco do produto para Extrato de tomate = 4 Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais alta pontuação atribuída) Probabilidade de ocorrência 2 x Probabilidade de detecção atual 2 = 4 34 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft Pontuação para probabilidade de ocorrência – Tampas de bandejas de papelão tipo Kraft pré-impressas Alto risco de ocorrência Histórico de inci- dentes de fraude no alimento Fatores econômicos Facilidade para atividade fraudulenta Pontuação mais alta atribuída 5 (Muito provável) 4 (Provável) 3 (Bem possível) 2 (Possível) 2 2 1 (Improvável) 1 1 Baixo risco de ocorrência Probabilidade de detecção atual – Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft Alto risco atual de não ser detectado Complexidade da cadeia de fornecimento Medidas de controle vigentes Pontuação mais alta atribuída 5 (Improvável) 4 (Possível) 3 (Bem possível) 2 (Provável) 1 (Muito provável) 1 1 1 Baixo risco atual de não ser detectado Pontuação geral de risco do produto para Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft = 2 Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais alta pontuação atribuída) Probabilidade de ocorrência 2 x Probabilidade de detecção atual 1 = 2 35DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Processo de descongelamento de bloco de carne moída (Processo terceirizado e aquisição terceirizada da matéria-prima) Pontuação para probabilidade de ocorrência – Processo de descongelamento de bloco de carne moída (Processo terceirizado e aquisição terceirizada da matéria-prima) Alto risco de ocorrência Histórico de inci- dentes de fraude no alimento Fatores econômicos Facilidade para atividade fraudulenta Pontuação mais alta atribuída 5 (Muito provável) 5 5 4 (Provável) 3 (Bem possível) 3 3 2 (Possível) 1 (Improvável) Baixo risco de ocorrência Probabilidade de detecção atual – Processo de descongelamento de bloco de carne moída (Processo terceirizado e aquisição terceirizada da matéria-prima) Alto risco atual de não ser detectado Complexidade da cadeia de fornecimento Medidas de controle vigentes Pontuação mais alta atribuída 5 (Improvável) 4 (Possível) 4 4 3 (Bem possível) 2 (Provável) 2 1 (Muito provável) Baixo risco atual de não ser detectado Pontuação geral de risco do produto para Processo de descongelamento de bloco de carne moída (Processo terceirizado e aquisição terceirizada da matéria-prima) = 20 Probabilidade de ocorrência (Mais alta pontuação atribuída) x Probabilidade de detecção atual (Mais alta pontuação atribuída) Probabilidade de ocorrência 5 x Probabilidade de detecção atual 4 = 20 36 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS A partir da pontuação atribuída e Matriz de risco do produto (Referência Figura 5): • Quando uma matéria-prima como azeite de oliva extra virgem tem uma classificação de “muito provável” para probabilidade de ocorrência e uma classificação de “bem possível” para proba- bilidade de detecção atual, a classificação de risco geral na matriz será na área de alto risco da matriz. • Quando uma matéria-prima como extrato de tomate tem a classificação ”possível” para pro- babilidade de ocorrência e a classificação “provável” para probabilidade de detecção atual, a classificação de risco geral na matriz será na área de baixo risco da matriz. • Quando material de embalagem como tampa pré-impressa para bandejas de papelão tipo Kra- ft tem uma classificação “possível” para probabilidade de ocorrência e uma classificação “muito provável” para probabilidade de detecção atual, a classificação geral na matriz será naárea de baixo risco da matriz. • Quando uma matéria-prima como processo de descongelamento de bloco de carne moída (processo terceirizado e aquisição terceirizada da matéria-prima) tem uma classificação “muito provável” para probabilidade de ocorrência e classificação “possível” para probabilidade de de- tecção atual, a classificação geral na matriz será na área de alto risco da matriz. Vulnerabilidade de matéria-prima, ingrediente e alimento Pr o b ab ili d ad e d e o co rr ên ci a Improvável 1 Provável 4 Muito provável 5 Bem possível 3 Possível 2 Azeite de oliva extra virgem Extrato de tomate Improvável 5 Possível 4 Provável 2 Muito provável 1 Bastante possível 3 Probabilidade de detecção atual 37DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS Embalagem e processo/produto terceirizado Pr o b ab ili d ad e d e o co rr ên ci a Improvável 1 Provável 4 Muito provável 5 Bem possível 3 Possível 2 Carne moída congelada Tampa da bandeja Assim sendo, a posição do produto/processo na matriz de risco do produto determinará a necessidade de ações a serem tomadas para reduzir qualquer risco possível de atividade fraudulenta no alimento. Em relação aos exemplos acima: • Azeite de oliva extra virgem: se medidas de controle adequadas não foram implementadas, es- pera-se que medidas de controle adicionais sejam consideradas e implementadas urgentemente. • Extrato de tomate: espera-se que as medidas de controle vigentes sejam revisadas quanto à eficá- cia e decisões tomadas. • Tampas pré-impressas para bandejas de papelão tipo Kraft: espera-se que as medidas de controle vigentes sejam revisadas quanto à eficácia e decisões tomadas. • Processo de descongelamento de blocos de carne moída (processo terceirizado, aquisição terceiri- zada da matéria-prima): se medidas de controle adequadas não foram implementadas, espera-se que medidas de controle adicionais sejam consideradas e implementadas urgentemente. Improvável 5 Possível 4 Provável 2 Muito provável 1 Bastante possível 3 Probabilidade de detecção atual 38 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 2. Exemplo de Plano de redução de fraude no alimento Abaixo, um exemplo de Plano de redução de fraude no alimento para matérias-primas, ingredientes, alimento e processos terceirizados: (*) – PEFC: Programme for the Endorsement of Forest Certification (Programa para a aprovação da certificação florestal) Matéria-prima, ingrediente, material de embalagem, alimento e processos terceirizados Fornece- dor Pontuação de risco do produto Pontua ção de risco do fornece dor Pontuação de risco geral Classificação da medida de controle vigente Decisão da Equipe Medidas de controle Azeite de oliva extra virgem W 15 1 15 Média Manter fornecedor Manter as medidas de controle. Programa de análise do produto – 2 análises por ano Azeite de oliva extra virgem X 15 2 30 Média Manter fornecedor Aumentar programa de análise do produto para 4 análises por ano Azeite de oliva extra virgem Y 15 2 30 Média Manter fornecedor Aumentar programa de análise do produto para 4 análises por ano Azeite de oliva extra virgem Z 15 4 60 Média Considerar descarte Se mantido, aumentar programa de análise do produto para 8 análises por ano. Certificado de análise para cada remessa Extrato de tomate A 4 1 4 Alta Manter fornecedor Manter medidas de controle. Certificados de análise e controles no recebimento Extrato de tomate B 4 1 4 Alta Manter fornecedor Manter medidas de controle. Certificados de análise e controles no recebimento Extrato de tomate C 4 2 8 Alta Manter fornecedor Manter medidas de controle. Certificados de análise e controles no recebimento Carne moída congelada, 80% magra visualmente D 20 2 40 Alta Manter forne- cedor. Controle direto Manter medidas de controle. Carne moída congelada, 80% magra visualmente E 20 3 60 Alta Manter forne- cedor. Controle direto Aumentar análise do produto (teste PCR / DNA) para cada remessa. Amostragem de veri- ficação para várias espécies. Certificado de análise para cada remessa (laboratório e método acreditado). Carne moída congelada, 60% magra visualmente F 20 5 100 Média Considerar descarte ou redução do negócio. Cadeia de suprimento longa. Processo e aquisição terceirizados Aumentar análise do produto (teste PCR / DNA) para cada remessa para verificação da espécie Certificado de análise para cada remessa (labora- tório e método acreditado). Auditoria não anunciada de primeira parte com exercício de balanço de massa Tampas para bandejas de papelão Kraft H 15 1 15 Baixa Obrigatório Marca PEFC(*) e fornecedor confiável Realizar controles relativos à certificação PEFC e solicitar balanço de massa. Realizar auditoria de inspeção. Data da avaliação: 16 de Dezembro de 2016 39DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS 3. Exemplo de Revisão e emendas no Plano de redução de fraude no alimento Abaixo um exemplo de um Plano de redução de fraude no alimento revisado (as células destacadas em amarelo indicam onde foram feitas alterações nas medidas de controle) Data da revisão: 16 de Dezembro de 2017 Matéria-prima, ingrediente, material de embalagem, alimento e proces- sos terceirizados Fornecedor Pontuação de risco do produto Pontua ção de risco do fornece dor Pontuação de risco geral Classificação da medida de controle vigente Decisão da Equipe Medidas de controle Azeite de oliva extra virgem W 15 1 15 Média Manter fornecedor Manter as medidas de controle. Programa de análise do produto – 2 análises por ano Azeite de oliva extra virgem X 15 2 30 Média Manter fornecedor Identificados problemas na região do fornecimento. Aumentar programa de análise do produto análises por 6 ano Azeite de oliva extra virgem Y 15 2 30 Média Manter fornecedor Identificados problemas na região do fornecimento. Aumentar programa de análise do produto análises por 6 ano Azeite de oliva extra virgem Z 15 4 60 Média Considerar descarte Se mantido, aumentar programa de análise do produto para 8 análises por ano. Certificado de análise para cada remessa Extrato de tomate A 4 1 4 Alta Manter fornecedor Retain control measures. Cer- tifica- tes of analysis and intake checks Extrato de tomate B 4 1 4 Alta Manter fornecedor Manter medidas de controle. Certificados de análise e controles no recebimento Extrato de tomate C 4 2 8 Alta Manter fornecedor Manter medidas de controle. Certificados de análise e controles no recebimento Carne moída congelada, 80% magra visualmente D 20 3 60 Alta Manter fornecedor. Controle direto Aumentar número de testes PCR / DNA devido a resultados suspeitos Carne moída congelada, 80% magra visualmente E 20 3 60 Alta Manter fornecedor. Controle direto Aumentar análise do produto (teste PCR / DNA) para cada remessa. Amostragem de verificação para várias espécies. Certificado de análise para cada remessa (labora- tório e método acreditado). Carne moída congelada, 60% magra visualmente F 20 5 100 Média Considerar descarte ou redução do negócio. Cadeia de suprimento longa. Processo e aquisição terceirizados Aumentar análise do produto (teste PCR / DNA) para cada remessa. Amostragem de verificação para várias espécies. Certificado de aná- lise para cada remessa (laboratório e método acreditado). Auditorias não anunciadas de primeira parte com exercício de balanço de massa Tampas para bandejas de papelão Kraft H 15 1 15 Baixa Obrigatório Marca PEFC(*) e fornecedor confiável Realizar controles relativos à certificação PEFC e solicitar balanço de massa. Realizar auditoria de inspeção. 40 DIRETRIZES IFS - FRAUDE EM ALIMENTOS ANEXO 2 Exemplo IFS PACsecure v. 1.1 – Avaliação da vulnerabilidade, desenvolvimento do Plano de redução e revisão do Plano de redução 1. Exemplos de avaliação da vulnerabilidade do produto A empresa está avaliando
Compartilhar