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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – UNIFACEMA CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA DISCIPLINA: PARASITOLOGIA CLÍNICA AMANDA BORGES ARARUNA GOUVEIA VICTOR MARTONIO FERREIRA ALMEIDA RELATÓRIO AULA PRÁTICA CAXIAS-MA 2024 Amanda borges araruna gouveia Victor martonio ferreira almeida RELATÓRIO AULA PRÁTICA Trabalho acadêmico, apresentado ao Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão - UNIFACEMA, como parte das exigências para a obtenção de nota. Orientador(a): Prof. Jefferson de Lima paz CAXIAS-MA 2024 1 INTRODUÇÃO As parasitoses intestinais representam um problema de saúde pública relevante, afetando principalmente populações com condições sanitárias precárias. O diagnóstico preciso e oportuno dessas doenças é crucial para o controle e tratamento adequados, impulsionando a busca por métodos laboratoriais eficazes e acessíveis. Nesse contexto, as técnicas de Hoffman, Pons e Janer (HPJ) e Faust se destacam como ferramentas essenciais para a detecção de ovos e cistos de parasitas intestinais em amostras fecais. 2 MÉTODO DE COLETAS As fezes, diarreicas ou não, devem ser recolhidas em recipiente limpo e seco, de boca larga e vedação hermética. A coleta deve ser realizada diretamente no frasco ou em papel limpo e transferida imediatamente para o frasco. A coleta não deve ser feita do vaso sanitário ou do solo. Quantidade ideal de amostra por frasco (coletor universal): 20 a 30 g. Colher 3 amostras em dias alternados (Alguns parasitas apresentam intermitência na eliminação das formas parasitárias. Ex. Giardia lamblia) Não contaminar com urina Não ingerir medicamentos antibióticos, antidiarreicos, hidróxido de magnésio, bário e óleo mineral. Se ocorrer, aguardar de 7 a 14 dias. Amostras com conservante ou fixador podem reunir fezes colhidas em dias alternados no mesmo frasco ou em frascos diferentes. A última coleta deve, preferencialmente, ser colhida em frasco sem conservante. As amostras encaminhadas ao laboratório devem vir acompanhadas da requisição médica e devem trazer informações no frasco como: nome do paciente, número de identificação, idade, data e horário da colheita, nome do médico (opcional). 3 POSSÍVEIS ERROS PRÉ-ANALÍTICOS Coleta inadequada da amostra fecal: Contaminação com urina ou outros materiais pode influenciar na qualidade do exame. Processamento tardio da amostra: Tempo prolongado entre a coleta e o processamento da amostra pode levar à degradação dos parasitas. Centrifugação incorreta: Velocidade ou tempo de centrifugação inadequados podem comprometer a eficácia da técnica. 4 TÉCNICA DE HOFFMAN, PONS E JANER A técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação espontânea consiste basicamente na mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica (ou parasitofiltro) e manutenção em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. Uma alíquota do sedimento é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado em microscópio. Este método detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados, após coloração com lugol. Diversas variações são realizadas nessa técnica a fim de promover a visualização de mais formas evolutivas, dada a praticidade da técnica. Essa é a técnica mais utilizada rotineiramente em laboratórios clínicos. Finalidade: A técnica de HPJ, por meio da sedimentação espontânea em água, concentra ovos de helmintos, cistos de protozoários e larvas de alguns helmintos, como Strongyloides stercoralis. 5 TÉCNICA DE FAUST Pegou-se cerca de 2 gramas de fezes frescas e colocou-se em um béquer com o auxílio de uma palheta de madeira, homogeneizou-se com cerca de 10 mL de água destilada e após a ausência ou quantidade desprezível de resíduos sólidos verteu-se a solução para um tubo de ensaio específico para centrifugar, utilizando um funil forrado com uma gaze para filtrar a solução. Centrifugou-se por 1 minutos a 2500 rpm descartou-se o sobrenadante, essa etapa foi repetida 4 vezes até ser observada pouca coloração no sobrenadante. Desprezou-se então o sobrenadante e adicionou- se 5mL de uma solução de sulfato de zinco, e na 5º vez centrifugou-se novamente por 1 minutos a 2500 rpm. Com o auxílio de uma alça de platina, retirou-se três pequenas alíquotas da superfície do material e colocou-se na lâmina seguido de uma gota de lugol, cobriu-se então a região com a lamínula e observou-se em um microscópio. Finalidade: A técnica de Faust, utilizando a centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco, é especialista em revelar ovos de helmintos e cistos de protozoários, como Giardia lamblia. 6 IMPORTÂNCIA DO LUGOL O Lugol, um corante à base de iodo, tinge os cistos e oocistos, realça suas estruturas internas, facilitando a identificação precisa. 7 REFERÊNCIAS CHIEFFI, P. P. Parasitoses intestinais: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Lemos Editorial, 2001. DE CARLI, G. A. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. REY, L. Bases da Parasitologia médica. Rio de Janeiro –2º ed. -: Guanabara- Koogan, -1992. VERONESI, R. Doenças Infecciosas e Parasitárias – 7.ed.- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1982.
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