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PROCESSO DO TRABALHO QUESTÕES OAB

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Questionário
1) Lorena trabalhava na pequena empresa Fogos de Artificio Ltda, laborando sempre de segunda a sexta-feira, tendo sido admitida em 03 de agosto de 2018. Em 19 de março de 2020, Lorena faltou ao trabalho e não retornou mais, mesmo após ter sido notificada sobre tal fato por meio de carta, com o retorno do Aviso de Recebimento. Sem saber o que fazer com os consectários legais da empregada, o representante legal da sociedade empresária procurou você em 20 de abril de 2020.Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir.
A- Como advogado(a) da sociedade empresária, que medida judicial você adotaria para solucionar o caso e com que objetivo? Fundamente.
Resposta: Como a empregada faltou ao trabalho e não retornou mesmo após notificação, a medida judicial adequada seria a rescisão do contrato de trabalho por abandono de emprego. Conforme o art. 482, alínea i, da CLT. O objetivo seria encerrar o vínculo empregatício de forma legal, evitando possíveis futuras reclamações trabalhistas por parte da empregada.
B- Se acaso a empregada ajuizasse reclamação trabalhista pleiteando, entre outros direitos rescisórios, a multa do art. 477, §8º, da CLT, qual a tese jurídica que você advogado(a) utilizaria? Fundamente.
Resposta: A tese jurídica a ser utilizada seria a de que a empregada abandonou o emprego, o que configura justa causa para a rescisão do contrato de trabalho. Portanto, a multa do artigo 477, §8º, da CLT não seria devida, uma vez que a rescisão ocorreu por iniciativa da empregada. Essa defesa se baseia no artigo 482, alínea i, da CLT, que trata da justa causa por abandono de emprego.
2) Marcos, contratado em 05/04/2019 como cozinheiro no restaurante Sinha Moça Ltda., trabalhava de segunda à sexta-feira, das 16h às 00h, sem intervalo. Em 04/09/2019, Marcos foi dispensado sem justa causa e ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de 1 hora diária com adicional de 50%, em razão do intervalo para refeição não concedido, além da integração dessa hora com adicional de 50% a 13º salário, às férias, ao FGTS e ao repouso semanal remunerado. Considerando a situação apresentada e os termos da CLT, responda aos itens a seguir.
A) Caso você fosse contratado pela empresa, que reconhece não ter concedido o intervalo para refeição, que tese jurídica você poderia advogar em defesa dos interesses da reclamada para reduzir eventual condenação?
Resposta: Em defesa dos interesses da reclamada, a empresa, diante do reconhecimento de que não foi concedido o intervalo para refeição a Marcos. De acordo com o artigo 71 da CLT, o intervalo mínimo de uma hora para refeição ou descanso deve ser concedido ao empregado que trabalha mais de seis horas consecutivas. No caso de Marcos, que trabalhava das 16h às 00h, totalizando oito horas diárias de trabalho, ele teria direito a um intervalo de uma hora para refeição. Nesse sentido, a empresa poderia pleitear a compensação desse tempo não concedido com o tempo efetivamente trabalhado por Marcos, buscando reduzir o valor eventualmente condenado em uma eventual ação judicial.
B) Caso a reclamação trabalhista proposta por Marcos e não identificasse nenhum valor, mas apenas a indicação dos direitos que ele postulava, que preliminar você advogaria em favor da empresa?
Resposta: A preliminar que poderia ser advogada em favor da empresa seria a de carência de ação por falta de pedido certo ou inépcia da inicial, conforme previsto no artigo 840, §1º, da CLT. Nesse caso, a reclamação trabalhista não estaria devidamente fundamentada, o que poderia levar à extinção do processo sem resolução do mérito.
3) Roberto propôs ação trabalhista em desfavor da empregadora Beta Ltda. no dia 12 de março de 2018, requerendo adicional de insalubridade, após sua dispensa sem justa causa. Ocorre que não se manifestou quando deveria, mantendo-se inerte, motivo pelo qual foi determinado o arquivamento da reclamação trabalhista. 
Ao propor uma nova reclamação, com pedido idêntico, no dia 12 de março de 2020,
esta foi apreciada e o juiz declarou a prescrição bienal, extinguindo o processo com resolução de mérito. Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir.
A- A decisão do magistrado foi acertada? Fundamente.
Resposta: Sim, a decisão do magistrado foi correta. A prescrição bienal (dois anos) é um prazo para ajuizamento de ações trabalhistas, conforme previsto no artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal. Como o autor propôs uma nova reclamação após o arquivamento da anterior, o prazo prescricional já havia decorrido, o que justifica a extinção do processo com resolução de mérito.
B- Se acaso Roberto, quando do ajuizamento da nova ação, além do pedido de adicional de insalubridade requeresse horas extras fictas em razão do intervalo intrajornada suprimido durante todo o contrato de trabalho, a decisão de pronúncia da prescrição quanto a esse novo pedido seria acertada? Fundamente.
Resposta: Sim, a decisão de pronúncia da prescrição seria acertada para o novo pedido de horas extras fictas. Como a prescrição já havia sido pronunciada na primeira ação, ela abarca todos os direitos que poderiam ter sido pleiteados até o momento do ajuizamento da primeira ação. Portanto, mesmo que o pedido de horas extras fictas seja novo, ele está vinculado ao contrato de trabalho anterior, estando sujeito ao mesmo prazo prescricional.
4) A sociedade empresária JANAINA DA SILVA LTDA contratou você, como advogado(a), para defendê-la em uma reclamação trabalhista proposta pelo ex-empregado CARLOS. Após devidamente contestada e instruída a demanda, a sentença foi prolatada, julgando o pedido procedente em parte. A sociedade empresária pretende recorrer da sentença porque acha que nada deve ao ex-empregado e questiona o valor dos custos desse recurso. Cientificada por você do valor das custas e do depósito recursal, a sociedade empresária diz que está acumulando capital para abrir novas filiais e ampliar sua rede, de modo que, no momento, em razão de suas prioridades internas, só tem valor disponível para as custas. Considerando a narrativa dos fatos e os termos da CLT, responda às indagações a seguir.
A) Indique a alternativa jurídica que viabilizaria a interposição do recurso ordinário sem a necessidade de a sociedade empresária desembolsar o numerário do depósito recursal, considerando que, pela narrativa, ela não é beneficiária de gratuidade de justiça. Justifique.
Resposta: Uma alternativa jurídica seria a concessão de efeito suspensivo ao recurso ordinário. Com o efeito suspensivo, a empresa poderia recorrer da sentença sem a necessidade de efetuar o depósito recursal imediatamente. Essa medida é viável quando a empresa comprova que o depósito recursal poderia acarretar grave prejuízo econômico, conforme previsto no artigo 899, § 1º-A, da CLT.
B) Se a sociedade empresária tivesse a recuperação judicial deferida pela Justiça Comum antes da sentença, como ficaria a questão do depósito recursal para fins de interposição do recurso ordinário por ela desejado? Justifique.
Resposta: Resposta: Se a sociedade empresária tivesse a recuperação judicial deferida antes da sentença, ela poderia se beneficiar da suspensão das execuções contra ela, incluindo o depósito recursal. A suspensão das execuções está prevista no artigo 6º, § 4º, da Lei de Recuperação Judicial e Falências (Lei nº 11.101/2005), o que permitiria à empresa interpor o recurso ordinário sem a necessidade de efetuar o depósito recursal durante o período de suspensão.
5) Marcos Luiz contratou os advogados Jorge e Mateus para ajuizarem reclamação trabalhista em desfavor de seu empregador, Alfa Ltda. Na exordial foram pleiteadas horas extras e adicional noturno, e, além disso, houve pedido expresso de que as citações, intimações e publicações deveriam ser realizadas exclusivamente em nome de Mateus. Ocorre que a publicação referente à audiência foi realizada em nome de Jorge e este, por estar brigado com Mateus, não o avisou, gerando claro prejuízo à parte. Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir.
A- Diantedo caso concreto analisado, essa publicação será válida? Justifique
Resposta: Não, essa publicação não será válida. Conforme o artigo 841, § 1º, da CLT, a citação da reclamada deve ser feita na pessoa do seu representante legal, ou seja, na pessoa do advogado constituído nos autos. Portanto, se a publicação referente à audiência foi realizada em nome de um advogado que não foi constitu
B- Se acaso a publicação referente à audiência fosse realizada em nome do advogado Mateus, contudo, mesmo sendo comunicado pelo advogado, o empregado não comparecesse a audiência, qual(is) seria(m) a(s) consequência(s) sofrida(s) por este?
Resposta: Se a publicação referente à audiência fosse realizada em nome do advogado Mateus, e este comunicasse o empregado sobre a data da audiência, mas mesmo assim o empregado não comparecesse, as consequências seriam revelia e arquivamento do processo. Conforme previsto no artigo 844 da CLT, o não comparecimento do empregado à audiência resultaria em sua revelia, implicando na presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária. Além disso, de acordo com o artigo 844, § 1º, da CLT, se o empregado, intimado pessoalmente, não comparecer à audiência, o processo poderá ser arquivado, podendo ser considerado extinto sem resolução de mérito. Dessa forma, o não comparecimento do empregado à audiência, mesmo após ter sido devidamente comunicado pelo advogado, poderia acarretar consequências desfavoráveis para ele.

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