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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA FISÍCA EXPERIMENTAL II – TURMA 11 PROF. LINCOLN ARAÚJO CAMPO MAGNÉTICO DE UM E DOIS FIOS PARALELOS E LONGOS ANA MAIZA ANDRADE SANTOS-118111551 CAMPINA GRANDE-PB 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 1.1 Pré-relatório ........................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5 3. MATERIAL UTILIZADO ........................................................................................ 6 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ................................................................ 6 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 6 5.1 Campo elétrico com um fio longo .......................................................................... 6 5.2 Campo elétrico com dois fios longos ..................................................................... 8 6. CONCLUSÕES ................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 12 1. INTRODUÇÃO 1.1 Pré-relatório Uma corrente alternada é uma corrente de forma 𝐼(𝑡) = 𝐼0 . sen(ωt), onde ω = 2πf e f frequência. a) Esboce o gráfico da função I(t). Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida periodicamente, fazendo com que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem. b) Na tentativa de medir essa corrente alguém colocou no circuito um amperímetro para corrente contínua. Faça um esboço desse circuito. O que poderá ser observado no amperímetro, se a frequência da corrente alternada for bastante baixa (p. ex., f = 0,1Hz)? Ao medir uma corrente alternada AC com um amperímetro na função de corrente contínua DC, não será observado a passagem de nenhuma corrente. c) O que ocorrerá no amperímetro à medida que a frequência for se tornando mais alta? Pelo mesmo motivo do item b, a corrente se manterá nula. d) Coloca-se então no circuito um retificador de onda completa. Mostre como fica o gráfico da corrente e escreva a nova função que a representa. e) Calcule o valor médio quadrático dessa função no intervalo (0,T/2). (T (período):T=1/f). 𝐼𝑅𝑀𝑆 = ( 1 𝑇 ∫ 𝑓2(𝑡)𝑑𝑡 𝑇 0 ) 1 2 f) Se colocarmos agora no circuito um amperímetro de corrente contínua que valor será lido? Observação: O valor médio quadrático 𝐹(𝑥)𝑟𝑚𝑠 de uma função F(x) no intervalo (a,b) é: 𝐹(𝑥)𝑟𝑚𝑠 = √ 1 𝑏−𝑎 ∫ 𝑓2(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 onde (b – a) é o período. Use a lei de Ampère e calcule o campo magnético de um fio longo e reto à uma distância r do fio, quando circula através dele uma corrente de valor eficaz I. 𝐵 = [ 𝜇0𝐼 2𝜋𝑟 ] Devido à simetria do problema pode-se dividir o plano em dois elementos, e então para saber o campo magnético total precisamos apenas unir os dois elementos. Para determinar à direita do plano (tomando como referência x=0) façamos a integral da expressão acima de 0 até o ângulo. 𝐵1 = 𝜇0𝐼 4𝜋𝑦 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 𝑒 𝐵2 = 𝜇0𝐼 4𝜋𝑦 𝑠𝑒𝑛 𝜃2 Se fizermos 𝐵 = 𝐵1 + 𝐵2 → 𝐵 = 𝜇0𝐼 4𝜋𝑦 (𝑠𝑒𝑛 𝜃1 + 𝑠𝑒𝑛 𝜃2). Se o fio for muito comprido o valor desses ângulos será aproximadamente 90º. Assim, o resultado para um fio comprido pode ser obtido fazendo 𝜃1 = 𝜃2 = 90°. Logo o valor é dado por 𝐵 = 𝜇0𝐼 2𝜋𝑟 , onde r é a distância entre o ponto, o fio e os ângulos subtendidos pelas extremidades do fio no ponto P. Usando a Lei de Faraday 𝐸 = − 𝑑𝜙 𝑑𝑡 e a expressão para o fluxo dϕ=B.dS, obtenha expressão para a f.e.m. induzida em uma bobina de indução de N voltas, de área S, a uma distância r do fio. Use a corrente alternada da questão 1. A lei de Faraday, pode ser expressa em termos das grandezas de campo. O caminho C delimita a área aberta S. O caminho é orientado de acordo com a regra da mão direita, de forma que a normal à superfície é orientada no sentido do polegar, relativamente ao sentido do percurso C, simulado pela mão direita. A f.e.m induzida no circuito é definida como o trabalho que seria realizado pela força elétrica do campo induzido para transportar uma carga de teste no percurso C. 𝑓𝑒𝑚 = ∮ 𝐸. 𝑑𝑙 𝐶 = ∫ 𝐵. 𝑑𝑆 𝑆 → 𝑓𝑒𝑚 = − 𝑑𝜙 𝑑𝑡 Ou equivalente: − 𝑑𝜙 𝑑𝑡 ∫ 𝐵. 𝑑𝑆 𝑆 Justifique a possibilidade do cálculo da superposição de campo magnético. Em cada região definida pela configuração dos dois fios, teremos um campo resultante de dois vetores, uma vez que o Campo Magnético é uma grandeza vetorial, para rios longos a soma vetorial sempre poderá ser tomada como uma soma algébrica, pois os vetores são sempre colineares, isto é, de mesma direção podendo mudar de sentido. 2. OBJETIVOS Verificação da Lei de Ámpere em se tratando do campo magnético produzido por um fio longo. Comprovação do princípio da superposição de campos magnéticos para os campos produzidos por dois fios paralelos e muito longo. Aplicação do princípio da indução (Lei de Faraday) na medição de campos magnéticos. 3. MATERIAL UTILIZADO Os materiais utilizados deste relatório são referentes a experiencia 11 campo magnético de um e dois fios paralelos e longos 2021.2. 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Os procedimentos experimentais deste relatório são referentes a experiencia 11 campo magnético de um e dois fios paralelos e longos 2021.2. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Campo elétrico com um fio longo Montou-se o circuito abaixo. Na montagem manteve-se uma distância fixa de 20 cm entre os dois fios. Figura 1- Montagem com dois Fios Paralelos e Longos Fez as medidas da tensão induzida na bobina 𝐸𝑅𝑀𝑆 em função da distância r até o fio, variando r a intervalos de 1,0 cm. Anotou-se na Tabela 1. Tabela 1- I fixa e r variável r(cm) 𝐄𝐑𝐌𝐒 2,5 16,5 3,5 14,6 4,5 11,5 5,5 9,3 6,5 8,1 7,5 7,1 8,5 6,0 9,5 5,4 10,5 4,5 11,5 4,1 12,5 3,9 Gráfico 1 Mante-se a bobina a uma distância de 4,0 cm do fio, então mediu-se a tensão induzida ERMS em função da corrente IRMS no circuito. Variando a corrente 𝐼𝑅𝑀𝑆 no fio a intervalos de 0,2 A. Para r fixo e I variável, anotou-se na Tabela 2. y = 43,687x + 0,7699 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Tabela 1- Erms vs 1/r 5.2 Campo elétrico com dois fios longos A corrente do circuito é de 2,0 A provida f.e.m. A tensão induzida 𝐸𝑅𝑀𝑆 em função da distância r até o fio 1, na região externa (região I). Varie r a intervalos de 1,0 cm. Assim, preencheu-se a Tabela 3. Tabela 3 região I- I fixa e r variável r (m) 𝑬𝑹𝑴𝑺(mv) 2,5 19,4 3,5 13,3 4,5 10,0 5,5 7,7 6,5 6,1 7,5 5,1 8,5 4,3 9,5 3,7 10,5 3,2 11,5 2,8 12,5 2,5 13,5 2,5 14,5 2,2 15,5 2,0 16,5 1,8 17,5 1,6 Gráfico 3 De maneira similar se fez para toda a região entre os dois fios (região II), os resultados estão na Tabela 4. Tabela 4 região II- r fixo e I variável r (m) 𝑬𝑹𝑴𝑺(mv) 2,5 25,4 3,5 20,4 4,5 16,3 5,5 14,4 6,5 13,2 7,5 12,3 8,5 11,9 9,5 11,6 10,5 11,5 11,5 11,9 12,5 12,5 13,5 13,5 14,5 14,8 15,5 15,8 16,5 19,7 Gráfico 4 y = 51,914x - 1,5835 0 5 10 15 20 25 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Tabela 3- 1/r vs Erms Com os dados obtidos no experimento foram construídos quatro gráficos, para as tabelas 1,2,3 e 4 gráficos da forma 𝑬𝑹𝑴𝑺 x (1/r) e para a tabela II gráfico da forma 𝑬𝑹𝑴𝑺 x 𝑰𝑹𝑴𝑺Após a construção determinou o 𝑵𝑺𝒆𝒙𝒑 em cada gráfico e comparou com o valor teórico obtido. Dados:● N= 1100 espiras; ● a (comprimento da bobina) = 35,5 cm = 0,355 m; ● b (espessura da bobina) = 0,84 cm = 0,0084 m. 𝑵𝑺𝒕𝒆𝒐 = 𝑁 ∗ 𝑎 ∗ 𝑏 = 1100 ∗ 0,355 ∗ 0,0084 = 3,2802 𝑚2 Em relação ao gráfico 1 relacionado com a tabela 1, temos que: 𝐸𝑅𝑀𝑆 = 𝐶 1 𝑟 𝑁𝑆 = 2𝜋𝐶 𝜔 ∗ µ ∗ 𝐼 Onde C é o coeficiente de inclinação e f = 60 Hz. Logo, NS experimental é: 𝑁𝑆𝑒𝑥𝑝 = 3,2509 𝐸𝑟𝑟𝑜 = | 3,2802 − 3,2509 3,2802 | ∗ 100 = 0,89% 0 5 10 15 20 25 30 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 Tabela 4- 1/r vs Erms Em relação ao gráfico 2, podemos escrever que 𝐸𝑅𝑀𝑆 = 𝐷 ∗ 𝐼𝑅𝑀𝑆 , onde D é o coeficiente de inclinação 𝑪 = 𝑁∗𝑆∗µ∗𝜔∗𝐼 2π𝑟 assim o 𝑁𝑆𝑒𝑥𝑝 é dado por: 𝑁𝑆 = 2µ𝐷𝑟 𝜔∗µ = 3,0345 e 𝐸𝑟𝑟𝑜 = 7,49% O valor da tensão induzida na bobina 𝑬𝑹𝑴𝑺 a 8,5 cm do fio para 𝑰𝑹𝑴𝑺 = 2,0A é dado por: 𝑬𝑹𝑴𝑺 = 𝑁𝑆 ∗ µ ∗ 𝜔 ∗ 𝐼 2π𝑟 = 3,2802 ∗ 2𝜋 ∗ 60 ∗ 4𝜋 ∗ 10−7 ∗ 2 2𝜋 ∗ 0,085 𝐸𝑅𝑀𝑆 = 0,00582 𝑉 = 𝟓, 𝟖𝟐 𝒎𝑽 E o desvio percentual de 𝑬𝑹𝑴𝑺 comparado com o teórico em x = 8,5 cm: 𝐸𝑅𝑀𝑆 = 𝐶 1 𝑟 = 5,85 𝑚𝑉 Erro= 0,51 %. A expressão para a f.e.m., entre os fios para correntes contrárias é dada por: 𝑬𝑹𝑴𝑺 = 12, 5 𝑚𝑉 Através do gráfico, o menor valor para a tensão induzida é: 10,5 mv. O desvio percentual de 𝑬𝑹𝑴𝑺 comparado com o valor do gráfico é de: Erro% = 19,0% 6. CONCLUSÕES Foi possível observar o comportamento da f.e.m ou tensão induzida e do campo magnético em relação a um fio longo ou dois fios longos e paralelos, por meio da construção dos gráficos da variação dessa tensão em relação à variação de outras grandezas. Para o experimento de um fio os erros foram pequenos em relação ao do experimento de dois fios paralelos, esses desvios podem ser explicados por má leitura dos equipamentos, calibragem do multímetro, interferências externas e erros nos cálculos, além de erros na obtenção do produto NS. Os gráficos 1 e 2 formaram uma reta crescente. Para o experimento com dois fios longos, em que foram usadas correntes opostas passando nos dois fios, se as correntes estivessem no mesmo sentido, na região entre os fios o campo magnético resultante seria zero, pois, pela regra da mão direita e conhecendo a as características dos fios e das correntes de mesmo módulo, os campos teriam módulos iguais e sentidos opostos, vetorialmente se cancelariam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Apostila do Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo: Física Experimental II da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Arquivo: experiencia - 11 campo magnético de um e dois fios paralelos e longos 2021.2.