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Assistência de Enfermagem em Anestesia

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GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
ELIDIANE C. C. RAMOS 
8141677 
 
 
 
 
 
 
 Aula prática 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2024 
 
Atividade referente à disciplina Enfermagem 
cirúrgica, central de material ou esterilização 
orientação do professora Sueli Aparecida de Castro 
 
 
 
 
 
 
1. Descrever as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro durante o 
procedimento anestésico. 
O enfermeiro sempre teve uma ligação com a anestesia, seja participando 
do ato anestésico-cirúrgico, na antiguidade, por meio da restrição do pa-
ciente, ou mesmo observando e prestando cuidados na Sala de 
Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), nos dias atuais. Esse vínculo parece 
ser maior quando embasado na assistência ao paciente cirúrgico e em 
uma filosofia. Mesmo que o enfermeiro não participe da escolha dos 
métodos e dos fármacos utilizados no procedimento anestésico-cirúrgico, 
desenvolve atividades que subsidiam o anestesiologista nesse processo®. 
Dentre essas atividades, a visita pré-operatória de enfermagem merece 
destaque, pois constitui uma função fundamental para o planejamento da 
assistência perioperatória, além de subsidiar o anestesiologista na escolha 
dos métodos e fármacos que serão utilizados. 
2. Descrever a assistência prestada ao paciente anestesiado. 
A assistência de enfermagem prestada ao paciente anestesiado no 
período intraoperatório também merece destaque, não só pela previsão, 
provisão, controle e avaliação dos materiais e equipamentos utilizados 
nas anestesias geral e regional, realizados pelo enfermeiro, mas também 
por sua atuação na indução anestésica, monitoração, intubação, 
extubação endotraqueal e em situações de emergência". Após o início da 
anestesia, alguns procedimentos, como o posicionamento adequado do 
paciente na mesa cirúrgica, a monitoração dos parâmetros clínicos, o 
acompanhamento da indução anestésica, o aquecimento do paciente e a 
sondagem vesical integram atividades desenvolvidas pelos enfermeiros 
no período intraoperatório. 
3. Definir os diferentes tipos de anestesia geral e identificar suas fases. 
As anestesias são classificadas, quanto ao tipo, em: 
• Anestesia geral: inalatória, intravenosa e balanceada. 
• Anestesia regional: peridural, espinhal e bloqueio de plexos nervosos. 
• Anestesia combinada: geral e regional. 
•Anestesia local. 
Anestesia geral é um estado de inconsciência reversível, caracterizado por 
amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular e depressão 
neurovegetativa, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervo-so. 
Tem como objetivo a depressão irregular e reversível do sistema nervoso central 
(SNC), produzida por fármacos, que determinarão graus variados de bloqueio 
sensorial, motor, de reflexos e cognição. 
Existem três tipos de anestesia geral: 
• Anestesia geral inalatória. 
• Anestesia geral intravenosa. 
• Anestesia geral balanceada. 
Na anestesia geral inalatória, os agentes anestésicos voláteis são 
utilizados sob pressão e o estado de anestesia é alcançado quando o 
agente inalado atinge. 
Na anestesia geral intravenosa, a infusão de fármacos é realizada, como o 
próprio nome diz, por um acesso venoso, tendo como meta atingir os 
cinco elementos de uma boa anestesia. Para isso, são empregados os 
anestésicos venosos não opioides (barbitúricos, cetamina, droperidol, 
etomidato, propofol e benzodiazepínicos), opioides (fentanil, alfentanil, 
sufentanil e remifentanil) e bloqueadores neuromusculares. 
A anestesia geral balanceada é aquela realizada pela combinação de 
agentes anestésicos inalatórios e intravenosos. Esse tipo de anestesia tem 
sido amplamente empregado nos mais diversos procedimentos cirúrgicos, 
para a realização de operações de inúmeras especialidades. É uma técnica 
antiga e bem difundida, uma vez que não existe um anestésico 
intravenoso ideal e único que proporcione anestesia adequada. 
Anestesia regional é definida como a perda reversível da sensibilidade, em 
decorrência da administração de um agente anestésico para bloquear ou 
anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo. 
A anestesia espinhal ou raquianestesia é realizada mediante a aplicação 
de anestésico local no espaço subaracnoide, espaço que contém o líquido 
cefalorraquidiano (LCR), localizado entre as membranas dura-máter e 
subaracnói-dea, resultando em bloqueio simpático, bloqueio motor, 
analgesia e insensibilidade aos estímulos. 
A anestesia peridural é realizada mediante aplicação de anestésico no 
espaço peridural (localizado entre a membrana dura-máter e o espaço 
suba-racnoide), bloqueando a condução nervosa e causando 
insensibilidade aos estímulos. 
4. Descrever os agentes anestésicos utilizados nos diversos tipos de 
anestesia geral. 
• Anestesia geral: inalatória, intravenosa e balanceada. 
• Anestesia regional: peridural, espinhal e bloqueio de plexos nervosos. 
• Anestesia combinada: geral e regional. 
• Anestesia local. 
• Anestesia geral inalatória. 
• Anestesia geral intravenosa. 
• Anestesia geral balanceada. 
5. Descrever as possíveis complicações relacionadas à anestesia geral. 
Os riscos relacionados à anestesia estão diretamente relacionados às 
condições físicas do paciente, à cirurgia, às características dos fármacos 
utilizados na anestesia, à técnica escolhida e à habilidade do 
anestesiologista. Estudos têm apontado uma relação entre morbidade e 
mortalidade anestésica e o estado físico do paciente. Com relação às 
condições físicas do paciente, a ASA adota uma classifica-ção, de acordo 
com o apresentado no Quadro. Segundo estudo retrospectivo da 
incidência de óbitos anestésico-cirúrgicos nas primeiras 24 horas, em um 
total de 82.641 anestesias realizadas em 2002 em um hospital-escola, 
verificou-se que 34,5% dos óbitos eram de pacientes classificados com 
ASA 4 e 30,9% de pacientes ASA 3ª. No que se refere à cirurgia, o risco 
está relacionado ao seu porte e ao órgão a ser operado, assim como às 
instalações das SO e à habilidade do cirurgião. Um estudo demonstra que 
a incidência de óbitos é maior nas cirurgias de emergência, cardíacas e 
vasculares. Atualmente, a incidência de complicações graves por 
anestesia parece ter diminuído; porém, os eventos adversos relacionados 
ao procedimento anestésico continuam a acontecer. Um estudo concluiu 
que os problemas venti-latórios ocorridos durante a anestesia são 
ocasionados com maior frequência em virtude de falhas humanas do que 
de falhas de equipamentos ou de reação diante das drogas utilizadas. 
Nesse estudo, ao investigar a incidência de óbitos anestésico-cirúrgicos 
nas primeiras 24 horas, observou-se que 98% dos óbitos ocorreram 
durante a anestesia geral. 
6. Definir anestesia regional e identificar os diferentes tipos. 
Anestesia regional é definida como a perda reversível da sensibilidade, em 
decorrência da administração de um agente anestésico para bloquear ou 
anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo. 
Existem três tipos de raquianestesia: a raquianestesia simples, na qual o 
anestesiologista, após a punção, faz uma única dose de anestésico local; o 
bloqueio combinado raquiperidural, no qual é realizada, com um sistema 
próprio de punção única, a introdução da agulha de raqui e, em seguida, 
o cateter de peridural para manutenção da analgesia; e a raquianestesia 
contínua, na qual é inserido um cateter subaracnoide. 
7. Descrever as complicações relacionadas à anestesia regional. 
• Retenção urinária. 
• Lesão das raízes nervosas durante a introdução da agulha, 
desencadeando dor e parestesias, persistentes no pós-operatório. 
• Sintomas neurológicos transitórios, caracterizados por dor de moderada 
intensidade na região lombar, que se irradia para as nádegas e face dorso-
la-teral das pernas, bilateralmente. Essa dor inicia-se 24 horas após a 
regressão da raquianestesia e possui duração média de 2 a 3 dias.• Hipotensão causada pelo bloqueio dos nervos simpáticos, que 
controlam o tônus vasomotor, levando a uma vasodilatação. 
• Parada respiratória, como resultado de um bloqueio acidentalmente 
alto (anestesia espinhal alta ou total), causando paralisia dos músculos 
respiratórios e necessitando de intubação imediata e ventilação. 
• Hematoma espinhal é o motivo pelo qual é preciso ter atenção especial 
nos casos de pacientes com coagulopatias, trombocitopenias graves e 
terapia tromboembolítica. 
• Meningite séptica (cultura do líquor positiva), decorrente da 
contaminação do líquor por germes patogênicos, tendo como 
manifestações clínicas a ce-faleia, a rigidez de nuca e a fotofobia. 
• Meningite asséptica (cultura do líquor negativa), decorrente da irritação 
meníngea. 
• Síndrome da cauda equina, decorrente do trauma direto ou indireto das 
raízes nervosas, isquemia, infecção ou reações neurológicas, sendo 
caracterizada por disfunção vesical e intestinal, perda de sensibilidade no 
períneo e graus variáveis de fraqueza muscular nos membros inferiores. 
• Problemas de posicionamento podem ocorrer em virtude do bloqueio 
dos estímulos dolorosos e sensitivos para uma porção do corpo do 
paciente. Sendo assim, torna-se fundamental o cuidado especial durante 
o posicionamento do paciente nos períodos intra e pós-operatório, a fim 
de evitar queimaduras ou lesões. 
8. Definir anestesia local. 
A anestesia local, em termos gerais, consiste na perda temporária da 
função nervosa, em uma área circunscrita do corpo, sem deprimir o nível 
de consciência e pode ser alcançado de diferentes formas. 
9. Identificar os tipos de anestesia local. 
Os fármacos comumente utilizados são lidocaína, bupivacaína e 
ropivacaína. Pode ser tópica (aplicação de anestésicos em mucosas) ou 
infiltrativa (administrados no meio intra ou extravascular).