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TCC EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ROSI

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FACULDADE VENDA DO IMIGRANTE 
– FEVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS - EJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROSIMEIRE MOREIRA QUINTELA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu, 2018 
 
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FACULDADE VENDA DO IMIGRANTE 
– FEVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS - EJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à banca examinadora da 
Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI, 
com exigência para obtenção do título de Pós-
graduação. 
 
Orientador (a): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu, 2018 
 
 
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MERGEFO
RMATINET 
 
ROSIMEIRE MOREIRA QUINTELA 
 
 
 
 
TITULO 
 
 
 
 
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista 
no curso de Pós graduação em Educação de Jovens e Adultos - EJA, da Faculdade 
Venda Nova do Imigrante – FAVENI 
 
 
Banca examinadora: 
 
 
Orientador: 
 
 
______________________________________________________ 
Titulo, nome da instituição de origem 
 
 
 
 
Co-orientador: 
 
 
______________________________________________________ 
Titulo, nome da instituição de origem 
 
 
 
 
Membro: 
 
 
______________________________________________________ 
Titulo, nome da instituição de origem 
 
_________________________________________________________________ 
 
 
 
Foz do Iguaçu, 2018 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus que 
com seu infinito amor 
Concedeu – me a graça de conquistar meu 
objetivo 
 Aos meus queridos pais que sempre me ajudaram 
nessa jornada, e que são peça chave nos 
fundamentos do meu caráter 
 E me aponta sempre o caminho para a vida uma 
vida eterna 
 Obrigada por ser referência em minha vida e a 
todos meus familiares, pela compreensão, 
paciência que teve no decorrer do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradeço a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por renovar a cada 
momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo dessa jornada. 
 
A minha mãe saudosa mãe Francisca que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, me 
apoiando nos momentos de dificuldades, preocupando-se até com os problemas pessoais pelos quais 
passei durante minha Graduação, se estivesse aqui na terra participaria desse período de construção 
do TCC. Obrigado por contribuir com tantos ensinamentos, tanto conhecimento, tantas palavras de 
força e ajuda. Espero que esteja em um bom lugar, sempre lembrando sua querida filha. 
 
Aos professores por participar de minha banca examinadora. E aos docentes do curso de pós 
Graduação da Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI, pela convivência harmoniosa, pelas 
trocas de conhecimento e experiências que foram tão importantes na minha vida acadêmica/pessoal. 
E contribuíram para o meu novo olhar profissional 
 
A todos do curso de pós-graduação da Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI que de alguma 
maneira tornam minha vida acadêmica cada dia mais desafiante. Peço a Deus que os abençoe 
grandemente, preenchendo seus caminhos com muita paz, amor, saúde e prosperidade. Que a Paz 
do Senhor Jesus esteja sempre com todos... 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não dá para separar de todo o homem 
de sua obra. O homem deixa sempre sua marca, seja 
boa ou má, por onde vai passando. E isto já se vê nas 
pegadas que deixamos na praia.” 
 (William Douglas R. dos Santos, 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Quintela, Moreira, Rosimeire. A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS – EJA 2018. 34 folhas. TCC de Pós graduação em Educação Infantil 
Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI,Venda Nova do Imigrante - ES, 2018. 
 
 
Este trabalho de pesquisa de cunho bibliográfico, tendo como suportes teóricos: Jamuzi, 1985; Mazzota, 
1996; Bueno, 1994; Glat, 1995, cujos trabalhos discutem a inclusão dos deficientes mentais na educação 
dos jovens e adultos, no EJA. O objetivo da pesquisa é conhecer os desafios do professor em relação a 
educação especial em sala de aula as bases legais da educação inclusiva e possibilitar a reflexão sobre 
o tema. A pesquisa se justifica uma vez que o tema aborda pontos importantes na educação de jovens 
adultos com deficiência mental e os desafios da atualidade, no processo de ensino e aprendizagem, as 
especificidade de cada deficiente, reflexão histórica sobre a educação especial, desta forma o trabalho 
apresenta uma análise e considerações, sobre a Educação de Jovens com necessidades especiais e 
considera que estes alunos participam da construção do saber se ampliam e se diferenciam no processo 
de ensino e aprendizagem, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Educação, jovens e adultos, deficiência mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
Quintela, Moreira, Rosimeire. THE INCLUSION OF STUDENTS WITH INTELLECTUAL 
DEFICIENCIES IN THE EDUCATION OF YOUNG ADULTS - EJA 2018. 34 sheets. Graduate Certificate 
in Child Education Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI, Venda Nova do Imigrante - ES, 
2018. 
 
 
This work of research of bibliographic character, having as theoretical supports: Jamuzi, 1985; Mazzota, 
1996; Good, 1994; Glat, 1995, whose works discuss the inclusion of the mentally handicapped in the 
education of youths and adults, in the EJA. The objective of the research is to know the challenges of 
the teacher in relation to special education in the classroom the legal bases of inclusive education and 
to enable reflection on the theme. The research is justified since the topic addresses important points in 
the education of young adults with mental disabilities and current challenges, in the teaching and 
learning process, the specificity of each disabled, historical reflection on special education, this way the 
work presents an analysis and considerations on the education of young people with special needs and 
considers that these students participate in the construction of knowledge are expanded and 
differentiated in the process of teaching and learning, contributing to the improvement of their quality of 
life. 
 
KEY WORDS: Education, youth and adults, mental retardation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO vErro! Indicador não definido. 
ABSTRACT viii 
1 INTRODUÇÃO 6 
2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 7 
2.2 BASES LEGAIS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 8 
2.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 11 
3 INCLUSÃO DO DEFICIENTE INTELECTUAL 15 
3.1 INCLUSÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL NA EJA 17 
4 REFLEXÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 20 
5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIENCIA INTELCTUAL NO EJA.
 25 
5.1 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS. 27 
6 PRÁTICA PEDAGOGICA DO PROFESSOR 29 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 
8 REFERÊNCIAS 34 
 
10 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O trabalho aparte de uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é conhecer os 
desafios do professor em relação à educação especial em sala de aula e refletir sobre o 
processo de aprendizagem. Enfoca a inclusão do deficiente mental nas classes do EJA, 
as práticas pedagógicas, bases legais que permeiam a educação especial no ensino 
regular. 
O tema delimita-se em refletir sobre a importância da inclusão na educação de 
jovens e adultos. Observar, com bases bibliográficas a relação entre possíveis 
problemas de aprendizagem com os deficientes mentais atravésda inclusão e métodos 
de aprendizagem na abordagem de inclusão educacional, assim através da pesquisa 
discutir o tema através de leis que foram criadas. A fim de assegurar uma educação para 
todos e de qualidade. 
 Constituição Federal (1988) Art. 205: A educação, direito de todos e dever do 
Estado e da família, será promovida e incentivada com a elaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania 
e sua qualificação para o trabalho. 
Ao refletirmos sobre as bases legais, a citação acima deixa claro, que a 
educação é um direito de todos e nisto também está incluído o deficiente mental, logo o 
que Justifica esta pesquisa são os desafios da atualidade na educação especial e as leis 
que vem sendo implementadas, na inclusão de alunos com deficiência mental, através 
de redes de escolares de educação especial, no entanto a maioria desses alunos já 
ultrapassam a idade de escolarização e o mental não a acompanha, desta forma, alguns 
desses alunos são inclusos no EJA para que possam se socializar e aprender a se 
desenvolver sozinho. 
 A educação inclusiva é importante na vida do aluno, pois enfatiza a formação de 
alguns aspectos do ser humano, como: social, cultural e político, a onde, prioriza a 
inserção do individuo na sociedade, isto requer desenvolver na prática pedagógica ação 
a partir dos interesses das necessidades, valorizando as experiências vivenciadas, e 
estimulando o indivíduo a solucionar de problemas de ordem sociais que ocorrem na 
interação com o outro. 
 
 
 
11 
 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 
 
2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 
 
 
Para compreendermos melhor o tema abordaremos a definição da palavra 
Deficiência mental (American Association of Mental Retardation - MR, 1992) é o nome 
dado para descrever os problemas que ocorrem no cérebro e leva a um baixo rendimento 
cognitivo, mas não afetam outras regiões ou funções cerebrais. Isso pode decorrente de 
várias formas: genética, perinatais e pós-natais. O individuo com deficiência intelectual, 
tem as funções intelectuais situadas abaixo dos padrões considerados normais para a 
sua idade, desta forma, pode apresentar dificuldades no desenvolvimento motor e 
comportamento antissocial, necessitam de atendimento multiprofissional, que incluem: 
professor, médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, 
pedagogo (entre outros) que o ajudaram no processo de desenvolvimento, a fim de 
minimizar os problemas causados pela deficiência. 
Para Oliveira (2009), os debates e polemicas que surgem em torno da 
educação dos deficientes mentais, é o fato de que este não se constitui em um grupo
 homogêneo, pois cada um possui uma característica conforme sua deficiência, 
assim o diagnostico não são precisos para detectar as suas reais necessidades 
cognitivas, afetivas e motoras. O diagnóstico é complexo e leva muito tempo para que 
seja detectado todo seu comprometimento, pois depende do desenvolvimento físico de 
cada ser humano. 
Para American Association of Mental Retardation (AAMR, 1992)" a deficiência é 
definida, como: O funcionamento intelectual geral, significativamente abaixo da média, 
em comparação com o desenvolvimento de um individuo normal”. Durantes o período 
de desenvolvimento, observa-se que o indivíduo com deficiência possui limitações 
associadas a duas ou mais áreas da conduta e pela capacidade do indivíduo não 
responder adequadamente às demandas da sociedade. 
 Neste sentido a deficiência intelectual apresenta baixa comunicação, cuidados 
pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na 
locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar comprometido e dificuldade de 
brincar e interagir com os amigos, seja no lazer ou trabalho, no caso de indivíduos 
adultos. 
12 
 
 
 
Este conceito e caracterização é adotada pelo Mec em se tratando de DI e serve 
de base para a implementação de políticas públicas educacionais, pelo governo 
federal. 
Segundo Gomes (2009), a deficiência mental é uma condição do individuo em 
seu diagnóstico é estabelecido, segundo critérios e testes estabelecidos pela medicina 
e são bem específicos, envolvendo profissionais como, médicos, psicólogos e 
psicopedagogos, buscando identificar as dificuldades e transtornos e dessa forma 
encaminhas esse indivíduo a um atendimento adequado, afim de desenvolver suas 
potencialidades. 
Para Mantoan (2005), É difícil diagnosticar a deficiência mental, torna-se um 
obstáculo no processo de ensino e aprendizagem no ambiente escolar comum e também 
no atendimento a esse individuo nas escolas de educação especial O professor por sua 
vez, sente-se impotente, diante da realidade do aluno e seu comprometimento 
intelectual. Assim a angustia e questionamento do professor tornasse uma marca em 
sua prática pedagógica, não conseguem foca no aluno como sujeito de direito, terminam 
por sentirem pena, dó. No ambiente escolar os professores precisam valorizar as 
potencialidades dos alunos, na sua diferença, para não acontecer a "exclusão na 
inclusão", compreender a importância do ensino inclusivo mobilizar e motivar todos os 
indivíduos que atuam na educação à refletir sobre a inclusão de alunos com deficiência 
intelectual, neste sentido conhecer as bases legais que permeiam a educação inclusiva 
é fundamental. 
 
2.2 BASES LEGAIS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
Relembrando a histórica da educação percebemos que as relações sociais 
estabelecidas, são influenciadas pelo poder econômico, sendo este determinante na 
condução de políticas públicas educacionais que, ao tentarem refletir os anseios da 
população em tese, afastam-se, na prática, que possibilite mudanças de fato, assim 
deixam de lado as de ações inovadoras, que constitui- se hoje em uma nova visão. 
Para Ferreira (1998) O desenvolvimento de caráter educativo de forma ilustrada 
é como uma semente que desenvolve- se com o objetivo de crescer, neste caso 
processo de escolarização da pessoa com deficiência é necessário sintonia de ações e 
pensamentos, com diferentes da sociedade que estão empenhado em uma educação 
igualitária e humana. 
Os esforços no Brasil com relação à problemática da pessoa com deficiência 
13 
 
 
 
estiveram sempre distantes da realidade, em outras palavras descontextualizadas na 
medida em que não são correlacionadas nem com o desenvolvimento da educação em 
geral, tão pouco com as transformações sociais, políticas e econômicas porque 
passaram as diversas transformações sociais. 
Segundo Pereira (2006) as transformações sociais que ocorreram na educação 
especial na década de 90, foram notórias, percebeu-se que as relações entre economia, 
educação e sociedade foram determinando o papel que a educação escolar deveria 
cumprir, de acordo com os interesses econômicos- políticos dominantes em diferentes 
momentos históricos. 
Em todo o período histórico processo de os quais a Educação Especial, tem por 
objetivo fomentar a discussão sobre a inclusão social, sobre as diferenças, pois é no 
processo de inclusão educacional que essas diferenças se apresentam nas 
características individuas de cada um. Vem sendo debatidas através de diversos 
movimentos que apoiam a educação inclusiva no Brasil. 
Em geral os autores que defende a educação especial apresenta o que 
marcou esse período de transformações com a Declaração Mundial sobre Educação 
para Todos (Jomtien – Tailândia/1990) esta declaração marcou a história em pouco 
tempo, pois através delas os esforços para uma educação inclusiva deram inicio 
Segundo a Declaração de Salamanca (CORDE, 1994, p.73). “Todos tem direito 
a educação” esse princípio tem alimentado as políticas de diversos países do mundo, 
isto independente de raça cor ou credo. Os alunos com necessidades especiais 
necessitam estar incluídos em salas de aulas no ensino regular, isto promoverá nos 
alunos a autoestimae ao mesmo tempo trará à discussão às condições necessárias 
para uma educação de qualidade. 
Outro documento importante é Constituição Federal Brasileira (1988) que 
garante a educação como direito de todos, instituindo no inciso III, do Artigo 208, do 
Capítulo III que: 
 
“[...] o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência 
deve ser, preferencialmente, na rede regular de ensino, em igualdade de 
condições com qualquer outro alunado”. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 
9394/96, vigente no Brasil, destinou para Educação Especial o Capítulo V: Art. 
58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade 
de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, 
para educandos portadores de necessidades especiais. 
 
Desta forma a lei estabelece e esclarece a educação especial reconhecendo ser 
ela um direito do individuo que necessita de atendimento especializado. 
14 
 
 
 
 
No art. 59 da Leis de Diretrizes e Bases (LDB, 1996), cita “ Os sistemas de 
ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais” e em 
seus ensinos estabelecem: I – currículos, métodos, técnicas, recursos 
educativos e organização específicas para atender as suas necessidades; 
6II – terminalidade especifica para aqueles que não puderem atingir o nível 
exigido para conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, 
a aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os 
super dotados; III – [...] IV – educação especial para o trabalho, visando à sua 
efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para 
os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante 
articulação com os órgãos oficiais afins, [...]. 
 
Ainda que as políticas públicas implementadas tenham proporcionado 
atendimento a esses indivíduos, existem algumas dificuldades que ainda persistem na 
educação de crianças, jovens e adultos com deficiência, entre estas podemos destacar: 
Dificuldades do sistema de ensino em viabilizar a permanência do portador de 
necessidades educativas especiais, na escola e indefinição quanto a critérios para o 
término do processo escolar para portadores de deficiência, particularmente a 
intelectual, estas dificuldades vêm sendo discutidas entre estudiosos da área de 
educação, percebe-se que entre a prática e o discurso existe distanciamento da 
realidade dos educando. 
Essa situação com relação ao ensino deve-se pela falta de responsabilidade dos 
seguimentos educacionais que muitas vezes desprezam o alunado especial e se focam 
nos alunos ditos normais. Percebemos que todos os envolvidos na educação especial 
inclusiva são importantes neste processo de formação e no desenvolvimento da 
aprendizagem, no entanto é necessária uma transformação na conscientização dos 
direitos que esses alunos têm. 
Segundo a LDB (1996) a formação do professor tem um foco especial, no que 
confere a educação especial, estabelecendo qual formação o docente deve ter para 
atuar na educação e portadores com necessidades especiais, estabelece: Art 59 
“Professores especializados em nível médio ou superior...” e reforçando a formação do 
professor o MEC lança o PNE que em suas diretrizes estabelece: ...“habilitação 
específico em níveis de graduação e pós-graduação, para formar pessoas 
especializadas para atuar na educação especial...” (PNE, 2000, p.17). 
As leis estabelecem situações que devem ser revista dentro do contexto 
educacional, entretanto cabe ao governo criar leis específicas que possam estar sendo 
implementadas a fim de proporcionar uma educação de qualidade com esses alunos. 
No Brasil as diferenças sociais são gritantes, quando se trata de atendimentos 
15 
 
 
 
especializados, voltados a indivíduos com necessidades especiais. È necessário estar 
atento e saber compreender as diferenças que cada deficiência tem, para que o 
professor possa desenvolver de fato uma prática educacional inclusiva. 
Necessitamos considerar o processo de inclusão desses alunos em sua efetiva 
participação e acesso no ambiente escolar. 
 
2.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
 
Para compreender o conceito de educação inclusiva é necessário compreender 
a diferença entre o ensino comum e o e ensino de uma educação inclusiva, pois existem 
diferenças bastante distintas entre um e outro. A educação inclusiva visa a inserção de 
alunos com deficiência no ensino comum e, portanto se desenvolve estratégias e 
metodologias diferenciadas, já que esses alunos são bastante comprometidos em seu 
cognitivo e muitas vezes também motor, necessitando de um atendimento diferenciado. 
Segundo a Declaração de salamanca a educação voltada para o social 
educacional, ou seja, é uma educação própria para indivíduos com necessidades 
especiais e a de alta complexidade, existem diferentes discursos neste campo em que 
se defende ou se é contra a educação inclusiva, porém é necessário refletir sobre o 
atendimento a esses alunos que eles tenham o mínimo de cognitivo preservado. 
A Declaração de Salamanca em sua Linha de Ação demonstra com clareza quem 
são estes alunos e como acolhê-los nas escolas de ensino regular e assim declara: “... 
As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às 
escolas regulares, que a elas se devem adequar através de uma pedagogia centrada na 
criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades” (DECLARAÇÃO DE 
SALAMANCA, 1994). 
Quando se trata de inclusão a escola deve acolher todas as crianças, 
independentes de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, 
linguísticas ou outras. Todos devem e tem direito de ser acolhidos pela escola, não 
importa sua origem, sejam. Crianças que vivem na rua e que trabalham; crianças ou 
nômades, crianças indígenas, do campo, da floresta ou marginalizadas. Incluir não só 
deficientes, mas Todas essas crianças, isto requer um sistema escolar que conheça bem 
os desafios e estabeleça linhas de ações concretas, a fim de avançar e prosseguir em 
suas metas e objetivos. 
Há muitas crianças apresentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto, 
16 
 
 
 
necessidades educacionais especiais em algum momento de sua escolarização. As 
escolas têm que encontrara maneira de educar, com êxito, todas as crianças, inclusive 
as com deficiências graves. É cada vez maior o consenso de que crianças e jovens com 
necessidades educacionais especiais sejam incluídos nos planos de educação nacional 
e nos projetos elaborados pela escola como o PPP que este observe e efetive a inclusão 
dos alunos através de ações concretas, desenvolvendo: ”...uma pedagogia 
centralizada na criança...” (DECLARAÇAO DE SALAMANCA: CORDE,1994, p.73). 
A de foi um marcos histórico e proporcionou a abertura para uma política voltada 
a um publico que estava excluído da escolarização. 
O Brasil firmou um compromisso de desenvolver no país políticas 
educacionais inclusivas, quando se tornou signatário de documentos internacionais, que 
definem a inserção incondicional de pessoas com deficiência, na sociedade - a chamada 
inclusão. 
Desde 1990, o Brasil vem desenvolvendo políticas sociais inclusivas, 
obedecendo a determinação dos organismos internacionais, como o movimento pelos 
"direitos humanos de todos os humanos". No dia 14 de dezembro, foi assinada a 
resolução 45/ 91da ONU, que solicitou ao mundo "uma mudança no foco do programa 
das nações unidas, sobre deficiência, passando da conscientização para a ação, com o 
compromisso de se concluir com êxito, uma sociedade global para todos, por volta de 
2010". 
Retomando as questões legais, a Constituição Federal (1998), significou um 
grande salto em termos educacionais, pois sanciona leis que respaldam e deliberam 
ações de avanços significativos para a educação escolar, promovendo a cidadania e a 
dignidade da pessoa humana e assim estabelece:” (art.1º, incisos II e III) como umdos 
seus objetivos fundamentais, ao eleger a promoção do bem de todos, sem preconceito 
de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, 
inciso IV) e também garante o direito à igualdade (art.5º)“. 
Em seguida o artigo 205 trata os seguintes pontos: “O direito de todos à 
educação”. Esse direito deve visar "ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para a cidadania e sua qualificação para o trabalho". Além disso, garante igualdade de 
condições, e acesso e permanência na escola "(art.206, inciso I). 
A partir destas leis as instituições escolares passaram a refletir sobre a 
educação, como um direito inegável a todos, independentemente de suas deficiências. 
A maior mudança ocorrida na política educacional foi à criação da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996, que, não só garante o acesso e 
17 
 
 
 
permanência na escola, mas acrescenta que é dever do Estado prover o acesso destes 
educando preferencialmente nas escolas públicas. 
Para Pereira (2006), inclusão é complexa e também depende de mudança de 
valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma, desta forma não basta 
estabelecer a lei, antes mais reflexões por parte dos professores, direções, pais alunos 
e comunidade. Surgem questionamentos como: Como colocar no mesmo espaço 
demandas tão diferentes e específicas, se muitas vezes, nem a escola especial 
consegue dar conta desse atendimento de forma adequada. Logo percebe- se que o 
país, teria que investir recursos financeiros, ampliar e diversificar esta rede de serviços, 
isto requer mais gastos por parte do governo federal. 
Em fim é necessário considerar, seriamente, a inclusão de alunos com 
necessidades educacionais especiais, em classes comuns das escolas regulares, pois 
se desejamos uma educação de qualidade, isto requer uma diretriz política prioritária a 
ser adotada na realidade brasileira, pois em diversas regiões a educação ainda é muito 
precária e o acesso à escola é restrito devido as uma série de fator como: falta de 
transporte adequado, além disso, é preciso rever a manutenção das escolas especiais 
e os serviços especializados, temos que de fato promover ações que permitam acesso 
e permanência dessas crianças, mas não podemos deixar de lado que estes alunos 
necessitam de atendimento adequado a suas necessidades (Mendes, 2001). 
 
3 INCLUSÃO DO DEFICIENTE INTELECTUAL 
 
Para Vygotsky (1997), o desenvolvimento de pessoas com necessidades 
especiais são estabelecidos pela mesma lei que ocorre no desenvolvimento de pessoas 
ditas normais. O que interfere é a questão educacional. Para ele, a criança cujo 
desenvolvimento foi comprometido por alguma enfermidade ou deficiência, não é menos 
desenvolvida do que as 'normais', porém é uma criança que se desenvolve de outra 
forma, em decorrência da síntese entre os aspectos orgânicos, socioculturais e 
emocionais. Desta forma não é justo avaliar seu desenvolvimento e compará-las com as 
demais, pois cada uma desenvolve de forma única. De acordo com Oliveira (2009), cada 
deficiente intelectual é diferente entre si, cada um tem sua especificidade e suas histórias 
de vida. 
Segundo Ferreira (2003), as características físicas e sociais diferem os aspectos 
culturais de desenvolvimento, pois devido sua deficiência podem apresentar 
experiências de aprendizagem que mobilizam basicamente as funções psicológicas 
18 
 
 
 
elementares, com um significativo distanciamento da realidade social. Desta forma, 
entende-se que a escola e o papel do docente são importantes, na medida em que pode 
proporcionar novas formas de construção de aprendizagem e conhecimento, superando 
os conceitos meramente espontâneos ou superficiais e chegando a conceitos científicos 
e internacionais. 
De acordo com Plefsch Braun (2008), é importante ressaltar que a inclusão 
educacional é um processo que envolve todos, os profissionais da escola, como os pais, 
alunos, enfim a comunidade. É necessário estar atento às práticas pedagógicas dos 
profissionais, para que as atitudes dos docentes e funcionários se baseassem em mera 
"piedade". Em contrapartida às famílias dos alunos, ditos normais e que convivem com 
alunos com necessidades educativas especiais, é necessário compreender que essa 
convivência implicará em desvantagens educacionais. É possível conhecer práticas 
pedagógicas transformadoras que proporcionam não apenas o desenvolvimento social, 
mas também a capacitação para a inserção no mercado de trabalho. 
Segundo Gil (2009), ainda há muito que fazer, principalmente, quando se trata 
de pessoas deficientes mentais. Ainda, há muito preconceitos e discriminação maior a 
esses indivíduos do que em portadores de deficiência física, auditiva ou visual. 
Para o autor o preconceito se inicia em casa, a família não acreditam que a 
educação possa de fato trazer desenvolvimento social e amadurecimento, desta forma 
tratam os filhos como crianças e impedem que tais indivíduos se desenvolvam para uma 
vida adulta. As escolas e até, os profissionais das escolas e das oficinas também adotam 
este comportamento, que não ajuda, ao contrário, prejudica o portador de deficiência 
mental, pois ele não conquistará a autonomia, ficando sempre dependente dos que o 
rodeiam. 
Ao chegarem à adolescência, é importante que a escola desenvolva propostas 
pedagógicas com atividades adequadas à sua idade cronológica, que possibilite 
desenvolver maior autonomia e independência no meio social. 
Quando se fala em autonomia podemos agregar diversas modalidades de 
trabalho, pois através dele a pessoa com deficiência mental progride quanto sujeito 
capaz de produzir em sociedade e dela participar ativamente. Existem em empresas, 
desempenhando trabalhos de cunho repetitivo, na equipe de jardinagem, limpeza, e 
outras atividades que possam permitir a inserção do sujeito com deficiência mental de 
forma efetiva. 
É difícil para o doente intelectual muitas vezes avançar em seu 
desenvolvimento, pois o "discurso do não pode, não consegue" está sempre presente, 
19 
 
 
 
isto deve ser evitado, pois com a tecnologia avançando, pode- se testar possibilidades, 
testar recursos atuais, como a informática, assim permitir que o deficiente intelectual 
encontre outros caminhos capacitando-o para o trabalho. 
A escola deve estar atenta às novas tecnologias e à diversidade, adotando uma 
atitude otimista, tendo responsabilidade e compromisso na valorização dos individuais e 
preparando seus alunos para a vida adulta. 
Segundo Carvalho (2004) as dificuldades que surgem no período entre a 
adolescência e a fase adulta nos deficientes mentais, com o mundo e suas relações 
sociais, são dificuldades a serem vencidos é uma fase como qualquer outra, assim usam 
seus esforços no sentido de ampliar suas possibilidades de participação social 
e o fato de procurarem, na escola, o espaço e os instrumentos para ampliarem seus 
horizontes. 
Segundo Carvalho (2004) é necessário rever a história e a partir desses dados 
o professor refletir sobre sua prática pedagógica é necessário preparar o docente, dando 
lhe subsídios para que possa compreender a educação inclusiva, para isto os 
conhecimentos históricos são fundamentais, pois nela estão as bases teóricas que 
defendem a educação inclusiva e sua importância. 
 
 
3.1 INCLUSÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL NA EJA 
 
 
 A inclusão é desenvolvida para que o educando de deficiência intelectual possa 
estar desenvolvendo suas interações sociais, assim enriquecendo sua linguagem, suas 
habilidades, lado emocional e entre outros. 
 
(...) a aprendizagem é um momento interiormente indispensável e universal no 
processo de desenvolvimento de peculiaridades não naturais, mas históricas do 
homem na criança. Toda aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que 
suscita para a vida uma série de processos que, sem ela, absolutamente não 
poderiam surgir. (VIGOTSKI,2001, Pg.484). 
 
 De acordo com Vigotski, podemos colocar que a educação independendo das 
dificuldades ela é indispensável para qualquer ser humano, é necessário que haja 
inclusão para que os ditos normais aprendam a desenvolver a parte solidaria que 
possam estar convivendo no mesmo ambiente, e que um possa estar ajudando o outro 
nas dificuldades do cotidiano. 
20 
 
 
 
 Vygotski (1997) coloca que para uma educação especial, dentro da inclusão, é 
indispensável projetos diferenciados e não apenas pequenos ajustes. Sabemos que a 
educação esta aos poucos tendo transformações, e para que isso ocorra mais rápido é 
necessário ter apoio de todos os poderes públicos não basta querer incluir, os 
professores tem que estar preparados para estarem atuando com diferentes métodos de 
ensino. 
Art. 37 – A Educação de Jovens e Adultos (EJA) será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio. 
Art. 58 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional a Educação 
Especial na educação escola Todas essas leis tratam dos direitos de jovens e adultos e 
crianças inclusas nas escolas ditas normais. Não bastam somente leis, é necessário ter 
ações buscar pelos direitos á cidadania. 
 Paiva (1973) coloca que a educação de jovens e adultos é toda educação que se 
destina aqueles que não tiveram a oportunidade educacional em idade própria ou que a 
tiveram de forma precária, não conseguindo alfabetizar - se e obter os conhecimentos 
fundamentais necessários. 
 
No plano Nacional de Educação, temos como um dos objetivos e prioridades: 
Garantir o ensino fundamental a todos os que por um motivo ou outro, não 
tiveram acesso na idade certa ou que não o concluíram. O desarraigamento do 
analfabetismo faz parte dessa prioridade, considerando-se a alfabetização de 
jovens e adultos – EJA como ponto de partida própria desse nível de ensino. A 
alfabetização dessa população é percebida no sentido extenso de domínio dos 
instrumentos básicos da cultura letrada, das operações matemáticas primarias 
da evolução histórica da sociedade humana, da heterogeneidade do espaço 
físico e político mundial da constituição brasileira. (BRASIL. PNE, out. 2006). 
 
 
A educação de jovens e adultos (EJA) nasce com a idéia de equivocada de que 
se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa 
disso, é preciso também mudar de abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. 
 A EJA tem de ser encarado como um atendimento especifica que pede um 
currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender retomar consciência do que esta 
fazendo. Se o professor quiser a diversidade religiosa, aprofundando do ser humano, 
deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa, aprofundando 
a discussão cientifica, mais do que faria numa turma de crianças. O papel do professor 
na EJA e, principalmente, o de ajudar o adulto a perceber mais sensivelmente o mundo 
do que o cerca e ampliar o repertorio do estudante para que o consigam solucionar 
questões do cotidiano com mais propriedade. 
21 
 
 
 
 
Formar-se supõe troca, experiência, interações sociais, aprendizagens, um sem 
fim de relações. ...”processo em que cada pessoa, permanecendo ela própria e 
reconhecendo-se a mesma ao longo da sua história, se forma se transforma, em 
interação”. (MOITA, 1992, p.115) 
 
 Percebemos que os professores sem duvida ira interferir na construção de 
identidade ao educando do EJA, isso faz com o que o aluno se desenvolva em quanto 
ser humano. É necessário que se tenha um dialogo entre professor e aluno para que 
possa estar na mesma sintonia. 
 
“a partir da organização de um corpo docente nuclear, empenhado e dialogante, 
que consegue aglutinar grupos de professores para projetos comuns, pode gerar 
se um ambiente de acolhimento e participação, que estimule a formação 
interveniente de todos”. (CAVACO in Nó voa,1992,p.176). 
 
 
 Cavaco ressalta que os educadores devem parti do meio em que vive para 
estarem empenhando um bom trabalho com o grupo EJA, assim, transmitindo 
conhecimento do cotidiano, sempre assimilando conteúdos com a vida do educando. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
4 REFLEXÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
Para compreendermos a educação especial é necessário conhecer a história e 
o contexto social de cada época. Para Mazzota (1996) e Bueno (1994) século XVI foi
 a época em que se iniciou a educação dos deficientes através da 
educação da criança surda. Neste período, surgiu a educação de cegos e de deficientes 
mentais em diferentes países em instituições, com professores particular em casa, era 
uma educação que se limitava- se à aristocratização, desta forma os filhos dos 
trabalhadores não tinha acesso a educação. 
A educação era voltada a piedade, os indivíduos eram vistos como coitadinhos 
o sentimento que existia geral eram de rejeição, piedade, proteção, ou mesmo, 
supervalorização. 
Com o domínio da ciência, desenvolveu- se novas relações na sociedade, antes 
dominada pela religiosidade, agora focava no saber cientifico que procurava comprovar 
os fatos dos fenômenos naturais, procurando respostas as indagações, assim as 
enfermidades mentais deixam de ser explicadas pelas interferências divinas, religiosas, 
e passam a ter explicações dentro da ciências naturais. 
Segundo Mazzota (1996, p. 17), até o século XVIII, as pessoas atribuíam os 
casos de doenças mentais ligadas ao misticismo e ocultismo, não havendo bases 
científicas para conhecimento real das pessoas com deficiência, desta forma os doentes 
mentais discriminadas pela sociedade, por serem diferentes. 
Até o final do Séc. XIX o atendimento a pessoas com deficiência mental era 
somente através de terapias no sentido de buscar melhora, pois tais eram vistos como 
doentes. 
Nos finais do Século XVIII, princípios do Século XIX, inicia-se o período da 
institucionalização do atendimento especializado de pessoas com deficiências, e é a 
partir de então que podemos considerar ter surgido a Educação Especial. 
Segundo Carvalho (1997), a historia da educação especial, iniciou-se se um 
cunho de fato educativo, mas observou que era caracterizada por comportamentos 
sociais de negligência ou maus tratos, ora por comportamentos de proteção e piedade. 
Aos poucos esse tipo de atendimento foi sendo progressivamente superada. A 
abordagem clínica, que se centrava na deficiência e não nas potencialidades dos 
indivíduos deficientes, sendo assim o tratamento era baseado em medicamentos e 
tratamento cometido. 
23 
 
 
 
A sociedade tinha medo das pessoas e imperava a idéia de que era preciso 
proteger a pessoa normal da não normal, por vezes procurava-se proteger essas 
pessoas do perigo da sociedade, tanto uma consideração como outra prejudicou o 
desenvolvimento educacional desses indivíduos, gerando mais segregação e 
discriminação. 
Segundo Mazzota (1996), os países que mais trabalharam e obtiveram 
experiências em relação à educação de pessoas com deficiência, concretizadas foram 
Europa e Estados Unidos, estes influenciaram o Brasil na organização de 
serviços para atendimento a pessoas com deficiência mental isto, no Séc. XIX, porém 
levou muito tempo para que o governo desenvolvesse uma política voltada a educação 
especial somente na década de sessenta do Século XX, que a educação especial integra 
a política educacional brasileira. 
Neste período a educação especial não era dever do estado, no entanto o 
governo, anunciando preocupação no âmbito educacional, mandou professores para 
fora do país, com o objetivo de pós- graduá-los, especializando-os em Educação. Na 
verdade a preocupação do Estado era promover a explosão da escola básica, uma vez 
que o país estava em desenvolvimento e necessitava de mão de obra qualificada, assim 
a educação técnica era a chave para solucionar a falta de profissionais. Neste contexto 
a busca por indivíduos qualificadosde origem ao discurso da eficiência, sendo assim o 
que fazer com indivíduos com deficiente. Este era o desafio escolarizar e defini 
metodologias adequada a sua realidade, optou-se pelo enfoque metodológico-
comportamentalista procurando socializá-los e inserir no mercado de trabalho. 
Segundo Romanelli (1989), cita em sua obra sobre a Educação brasileira as 
evoluções históricas, destacando o significado da revolução de 1930 e os vários 
rompimentos que caracterizaram o período ate 1964. 
Este período foi marcado pela significativa influencia do domínio capitalista no 
desenvolvimento do ensino brasileiro que a educação desde a colonização - 
apresentando como característica a defasagem entre educação e desenvolvimento: 
 
[...] as exigências da sociedade industrial impunham modificações profundas na 
forma de se encarar a educação e, em consequência, na atuação do Estado, 
como responsável pela educação do povo [...] ampliar a área social de atuação 
do sistema capitalista industrial é condição de sobrevivência deste. Ora, isso só 
é possível na medida em que as populações possuam condições mínimas de 
concorrer no mercado de trabalho e consumir. Onde, pois, se desenvolvem 
relações capitalistas, nasce a necessidade da leitura e da escrita, como pré-
requisito de uma melhor condição para concorrência no mercado de trabalho. 
(ROMANELLI,1989,p.97). 
 
24 
 
 
 
O objetivo da educação era ler e escrever torna-se fundamental para que o 
indivíduo seja inserido no mercado de trabalho e responsabilidade da escola era uma 
questão se sobrevivência. 
Segundo Romanelli (1989), no contexto da época explode o golpe militar de 64 
que mudou de maneira drástica. .Desta forma a ditadura militar impediu o avanço do 
debate e do aprofundamento na discussão do papel da educação escolar e, 
especificamente daquilo que seria transformador em nível de concepção histórica do 
homem. Concomitante a esta situação entra o avanço tecnológico e a modernização 
dos meios, atrelados aos interesses do desenvolvimento econômico. 
Surge no cenário educacional movimento escola novista, identificado também 
nesse momento histórico, além das escolas técnicas cujos objetivos eram de preparar o 
individuo para o mercado do trabalho. “[...] propõe a auto- educação – o aluno como 
sujeito do conhecimento – de onde se extraem a ideia do processo educativo como 
contínuo desenvolvimento da natureza infantil”. (MEC/CENAFOR, 1986, p. 27). Ao final 
da década de 60 e durante os anos 70, a tendência escolar era tecnicista onde “[...] o 
elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e 
aluno posição secundária”. (MEC/CENAFOR, 1986, p.28). 
Observamos alunos e professores envolvidos com a inércia da neutralidade 
perante as transformações sociais. 
Nos anos 70, a escolarização da pessoa com deficiência é parcialmente 
reconhecida e surgem, as políticas públicas governamentais procurando melhorar as 
estruturas físicas e ampliar o atendimento a estas pessoas. 
 No início da década de 80 a educação passa a ter como enfoque: 
 
“Instrumentalizar o educando através do currículo escolar, colocando os 
conteúdo e método de forma prática a fim de que o indivíduo se desenvolvesse 
para a prática social concreta, e possibilitando que o aluno perceba as 
contradições da sociedade, e se posicione de forma critica frente as 
desigualdade e atuar para sua transformação, em favor população pobre”. 
(MEC/CENAFOR, 1986, p. 29). 
 
Até 1990, a educação de alunos com necessidades especiais foi tratada de, sem 
uma definição clara de seu papel, os discursos sempre superficiais, não abordavam a 
real necessidade tal situação, decorre da proporia indefinição apontada Planos 
Nacionais de Educação. O atendimento baseava-se em proteção, conforto e bem estar. 
Neste período década de 90 surgiram propostas preventivas e terapêuticas, 
assim se organizam as instituições especializadas e voltasse o atendimento desses 
25 
 
 
 
alunos através das escolas de educação especial. 
Segundo Mazzotta (1995) tal atendimento foi denominado médico- 
pedagógico, percebe-se a atuação da área médica e da psicologia priorizando esses 
profissionais para trabalhar com o desenvolvimento dos alunos. 
Assim os profissionais da área médica e psicólogos ocuparam-se muito mais da 
educação da pessoa com deficiência do que propriamente os professores, neste modelo 
médico-psicológico o atendimento era realizado sempre voltado à questão física e não 
as potencialidades dos alunos, assim eram mais pacientes do que aluno. 
O discurso presente nos Planos Educacionais e as leis configurou-se em uma 
abordagem reducionista, interpretando a educação especial como uma necessidade, 
anunciando que determinados alunos são diferentes e para desenvolver sua 
aprendizagem e suas potencialidades são necessárias escolas especiais, com isso 
gerou segregação desses indivíduos. 
O discurso tinha como objetivo a escolarização, assim, a melhor forma para 
atingir a escolarização passa por ações de normalização do indivíduo, quase que 
negando a própria deficiência. Condiciona todos como iguais, depois das devidas 
adaptações estruturais e, na hipótese da pessoa com deficiência não se adaptar as 
condições da escola regular, sua melhor escolha seria a instituição especializada. 
Os autores Glat (1995); Mazzota (1996); Bueno (1993), criticam a forma como o 
processo de escolarização desses alunos são apresentados na Política educacional, 
pois o discurso a interpretar a escolarização da pessoa com deficiência com o enfoque 
da normalização, isto é integrá-lo no convívio escolar no entanto é necessário, que o 
deficiente seja compreendido como um indivíduo se adapte às condições pertinentes à 
todos os discentes. 
Diante dos desafios que encontra a educação especial nos dias atuais, muitos 
teóricos e pesquisadores procuram nos fundamentos históricos para compreender o 
processo político que foram surgindo ao longo da história, refletindo sobre o contexto 
atual, procurando através da história, observar os avanços e as barreiras que necessitam 
serem vencidas. 
 
5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIENCIA INTELCTUAL NA EJA. 
 
Ao observarmos os fatos históricos, percebemos que a luta da sociedade em 
prol e uma educação que pudesse atender a necessidade educacional desses sujeitos, 
isto fomentou o surgimento de escolas especiais e aos poucos políticas educacionais 
26 
 
 
 
que instigaram a sociedade para um novo olhar frente a educação especial, pode se 
dizer: uma nova mentalidade, cujos resultados deverão ser alcançados pelo esforço 
de todos no reconhecimento dos direitos dos deficientes mentais quanto cidadãos. 
Em relação à educação de jovens e adultos o CNE (Conselho nacional de 
Educação) defende em seu estudo: 
 
Parecer da Câmara de Educação Básica (CEB) discorrem sobre o objetivo da 
Educação de Jovens e Adultos (EJA) cujo tema, teve de seu relator, um capitulo 
somente para esclarecer e apontar um novo olhar sobre essa modalidade 
educacional, proporcionando a oportunidade de um grande número de 
alunos com necessidades educacionais especiais poder recuperar o tempo 
perdido por meio dos cursos dessa modalidade (CNE.2002) 
 
O documento do Ministério da Educação (MEC), Diretrizes Nacionais para a 
Educação Especial na Educação Básica, aponta a forma como o processo de 
escolarização deve ser implantado: Primeiro com uma certificação de conclusão de 
escolaridade fundamentada em avaliação pedagógica com histórico escolar que 
apresente, de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educando 
com grave deficiência mental ou múltipla. 
O teor da referida certificação de escolaridade deve possibilitar novas 
alternativas educacionais, tais como o encaminhamento para cursos de educação de 
jovens e adultos e de educação profissional, bem como a inserção no mundo do trabalho. 
Segundo a LDB (1996) “a educaçãodeve promover a inserção no mercado de 
trabalho os alunos jovens e adultos (idade superior a 14 anos)” isso inclui também 
os indivíduos com deficiência mental, pois estes indivíduos uma vez sendo atendidos 
em suas especificidades, podem desempenhar trabalhos que lhes possibilitem a 
inserção no mercado de trabalho. Em geral esses indivíduos são colocados no mercado 
de trabalho acordo com suas habilidades e potenciais. 
Assim, segundo Mantan, (1998) a escola deve promover um período de 
aprendizagem nos cursos de capacitação para forma estes cidadãs para o mundo do 
trabalho e isso passa por um processo de construção do conhecimento sistematizado, 
geralmente configurado com a apreensão da leitura e da escrita, em seguida a medida 
que ele avança nesse processo, a autonomia e independência vai se desvencilhando e 
possibilitando atuar em sociedade. 
Ao chegar à escola, segundo Mantan (1998), mesmo os indivíduos portadores 
de deficiência mental, já traz, em seu comportamento, conhecimentos, hábitos e 
habilidades e através da experiência familiar e cultural, desta forma não se pode ignorar 
27 
 
 
 
sua capacidade de refletir acerca das coisas que o cercam. 
Pensando em escolarização, sabemos que o objetivo é trabalhar o 
desenvolvimento das percepções, do poder de escolha, da autonomia e conceitos 
também científicos, que irão ajuda-lo num momento importante de formação de 
posições e atitudes. 
Para um trabalho de escolarização, é imprescindível levar-se em conta as 
características do aluno deficiente mental e adulto, tendo como ponto de partida a sua 
especificidade, porém não esquecendo que ele é um membro atuante da sociedade, 
portador de saberes próprios adquiridos na prática social; com limitações, porém capaz 
de fazer uma leitura crítica da realidade, apreender informações e produzir ideias. 
As dificuldades do aluno adulto com deficiência mental na leitura, na escrita, no 
cálculo e demais elementos do saber escolar apresentam-se muito próximas às que 
normalmente se observam entre os demais alunos nas séries equivalentes. 
Por vezes, maiores que sua própria especificidade, quer por questões 
emocionais (bloqueio, vergonha, autocensura) ou por problemas ligados às 
condições familiares (descrédito, punições), que em função da visão estereotipada e 
preconceituosa da sociedade em relação à deficiência intelectual. 
A escolarização do jovem/adulto com deficiência intelectual só ganha sentido 
se eles puderem algo mais que juntar letras. É preciso desenvolver junto com o 
aprendizado novas habilidades cognitivas de compreensão, elaboração e controle de 
própria atividade, é necessário criar novas motivações para transformarem a si mesmo 
e o meio onde vivem. 
Assim, os caminhos para o ensino formal da pessoa com deficiência advêm, de
 processos interacionais, a medida que o sujeito age sobre o meio, 
transformando-o e vice e versa. O processo deve ser orgânico e dinâmico, exigindo 
empenho de todos os segmentos sociais, proporcionando condições que facilite às 
pessoa com deficiência, tornarem-se integrantes da sociedade como um todo. 
 
 
5.1 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS. 
 
 
A grande luta que tem mobilizado diversas entidades e o governo federal tem 
sido a inserção de indivíduos com deficiência mental no mercado de trabalho. 
28 
 
 
 
Não basta incluir esses alunos nas escolas é necessário permitir que eles de fato 
exerçam a cidadania e superem os preconceitos ainda arraigado na sociedade, "contra 
aqueles que apenas parecem menos capazes". 
Tais preconceitos se manifestam de diversas formas e desculpas para não dar 
ao deficiente mental uma oportunidade no mercado de trabalho, contudo segundo 
o Decreto nº 62.150, de 19/1/68 nº 111 Declaração de Salamanca. 
 
Artigo 1. Para os fins da presente convenção, o termo "discriminação" 
compreende: a) Toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, 
sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, que tenta 
por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento [...] 
em matéria de emprego ou profissão; [...] alterar a igualdade de oportunidades 
ou tratamento em matéria de emprego ou profissão que poderá ser especificada 
pelo Membro interessado depois de consultadas as organizações 
representativas de empregadores e trabalhadores, quando estas existam, e 
outros organismos adequados. 
 
O Governo Federal Brasil (2007), tem lutado contra o preconceito e diante disso, 
promulgou a lei que assegura o acesso ao mercado de trabalho como direito 
Constitucional e que deve ser cumprido pelas empresas, assim determina a lei que 
ganhou posição de destaque, no cenário nacional, as medidas que visam à inclusão 
desses indivíduos no mercado formal e informal, decorrentes da política de cotas pela 
Lei 8.213/91, a qual surgiu como um facilitador para inserção de pessoas com deficiência 
no setor privado. Esta lei prevê que as empresas que possuem 100 ou mais empregados 
são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados 
ou com pessoas com deficiência. Percebe- se a importância de preparar esses 
indivíduos, dando lhes acesso a escolarização que lhes garantam autonomia e 
habilidades a fim de estarem preparado para o mundo o trabalho e integrasse a 
sociedade. 
 
6 PRÁTICA PEDAGOGICA DO PROFESSOR 
 
 
Segundo Libâneo (1994), para que o sujeito seja integrante da sociedade a 
prática educativa deverá considerar o contexto histórico e o conhecimento acumulado 
pela sociedade, em um movimento formativo fundamental na construção da uma 
sociedade. Nesse sentido, a prática educativa só é possível, porque constitui- se em 
fenômeno social e universal, necessário à existência humana. 
Sendo assim é importante compreender que à prática pedagógica e desenvolver 
29 
 
 
 
ações que favoreçam a aprendizagem, sendo assim o autor cita: “compreende os 
processos formativos que ocorrem no meio social, nos quais estão envolvidos de modo 
necessário e inevitável pelo simples fato de existirem socialmente” (LIBÂNEO, 19994, 
p.17). Logo a prática pedagógica necessita ser contextualizada a realidade do aluno. 
Segundo Vigotsky (1987) o meio social no qual o discente está inserido 
influencia seu desenvolvimento. Logo a escolarização, entre outras funções, visa 
propiciar ao educando instrumentos, através do currículo escolar, possibilitando, 
consequentemente, uma prática social efetiva. O discente, ao mediar a relação do aluno 
com os conteúdos do ensino, deverá fazê-lo de forma motivadora e sempre 
contextualizada com a experiência do aluno e com os conteúdos trabalhados, 
buscando evidenciar a importância de uma formação escolar como instrumento para 
inserção no mercado de trabalho e a sua prática cotidiana. 
Segundo Vygotsky (1987), a prática cotidiana se realiza na interação social é 
fundamental no desenvolvimento humano, a criança nasce inserida nos meio sociais 
primeiro, a família, a medida que cresce é inserida na escola e é neste período que a 
mediação do professor é fundamental, pois a base da estrutura social e comportamental
 se desenvolve, assim conceitoselaborados como: justiça, 
honestidade, amizade e os conhecimentos científicos se organização internamente 
produzindo um sujeito ativo. 
A teoria de Vygotsky (1987) toma por base a interação com o outro, logo nesta 
concepção o sujeito interativo elabora seus conhecimentos com o meio e sobre os 
objetos, em um processo mediado pelo outro. Para Vygotsky (1987. p.85): "o homem se 
produz pela linguagem, isto é, é na interação com outros sujeitos que formas de pensar 
são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido", 
desta forma o sujeito desenvolve uma relação social pelo contato com o outro, mas o 
que possibilita esta interação é a mediação, portantoé fundamental a inserção de alunos 
deficientes na escola e quando adultos no EJA. 
Ao refletirmos sobre a mediação do professor, percebemos que ela ocorre no 
trabalho em grupo, nos elementos de significado, como o próprio trabalho que é um ato 
criativo desenvolvido ao longo da história e a linguagem que permite a expressão das 
ideias e a afetividade, além disso, a escrita também é um objeto social fundamental, 
todos esses elementos são de uso do ser humano e se transformam a medida que o 
individuo vai se constituindo como um ser critico capaz de transforma a realidade que o 
cercam, desta forma os vínculos de afetividades são importante nas interações sociais 
e são desenvolvidos na infância até a fase adulta. 
30 
 
 
 
Os jovens quando inserido em seu próprio grupo se sente capaz e se ajusta 
melhor. Com relação aos deficientes mentais, dependendo do caso, essa relação de 
trocas se realiza sem muitos conflitos, em outros a ação pedagógica torna-se 
fundamental para que esse aluno ultrapasse os obstáculos promovendo a interação, 
valorização, o respeito e a afetividade. 
O processo de desenvolvimento humano segundo Vygotsky (1989) são 
influenciados pelas interações vividas em sociedade e desenvolvem a aprendizagem 
esta, tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. 
Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo a relação 
aluno professor e professor aluno se concretiza através da afetividade, compromisso e 
responsabilidade, pois o professor como mediador necessita ter afetividade em sua 
prática. 
Segundo Vygotsky (1993, p. 236-237) esse processo se explica pelo 
desenvolvimento da aprendizagem através da: 
 
zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento 
potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os 
problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento 
real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro. 
 
A aprendizagem é um processo continuo e no caso do deficiente mental lento, 
que depende de um mediador para que ocorram mudanças qualitativas no uso dos 
signos e da compreensão de mundo, também o processo de internalização e a utilização 
de sistemas simbólicos. A internalização é processada através da repetição, assim aos 
poucos apropria- se da fala do outro, tornando-a sua. Os signos internalizados são
 compartilhados pelo grupo social, permitindo o aprimoramento da interação social 
e a comunicação entre os sujeitos. 
A linguagem e o pensamento associam-se devido à necessidade de intercâmbio 
na realização das tarefas. A criança, porém, antes dessa associação, a criança 
consegue resolver problemas práticos alcançar determinados objetivos. Assim o 
processo de desenvolvimento da linguagem estabelece as relações humanas. 
Desta forma para Vygotsky (1993) as relações humanas são fundamentais no 
processo de aprendizagem e que as emoções e afetividades estão intimamente ligadas 
ao processo ensino e aprendizagem. 
A educação de Jovens e adultos perpassa pelas leis e pela reflexão de uma 
prática pedagógica transformadora, afetiva, cujos objetivos sejam, considerar o direito 
31 
 
 
 
do individuo com deficiência mental e ter a consciência que o papel da escolarização 
formal é transformá-los em conhecimento cientifico através da construção de conceitos. 
Segundo Libâneo (1995) O ambiente escolar se caracteriza por ser um 
processo de socialização sistematizado, cujo objetivo, é domínio da leitura e escrita, 
além de outros conteúdos formais no desenvolvimento educacional, da memória lógica 
e da formação dos conceitos. 
Particularmente, com respeito à educação de jovens e adultos, tais pressupostos 
são importantes para se garantir a compreensão do processo de ensino e da 
aprendizagem, considerando-se a ênfase na educação como mecanismo formal 
culturalmente construído que regularia e transformaria os processos psicológicos 
elementares em superiores. 
Como já foi visto anteriormente, o termo deficiência mental é usado para 
descrever alunos cujos padrões de necessidades educacionais sejam muito diferentes 
dos da maioria dos jovens. 
Considera-se que para jovens adultos com deficiência mental não se diferencia 
a essa descrição, trata-se de alunos que se desviam da média ou do aluno dito normal, 
em suas características intelectuais, físicas, emocionais ou sociais, de tal modo que exija 
uma modificação nas práticas escolares ou serviços educacionais. Contudo devemos 
lembrar que se o aluno deficiente mental não tenha condições de permanecer ou 
acompanhar o processo de escolarização devido a seu comprometimento estar acima 
do esperado, ele necessitará de serviços ou de auxílios especiais de educação. 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Desta forma, o trabalho de pesquisa conclui que a escola deve ser mediada por 
atitudes pedagógicas que permitam formar o cidadão para o exercício da cidadania em 
meio à sociedade. O processo de ensino e aprendizagem deve ser humanizado, dentro 
de um projeto pedagógico que tenha como foco a inclusão, seja inovador que facilite e 
estimule a amizade entre os alunos especiais na classe do ensino do EJA, objetivando 
o trabalho em equipe, trocas de conhecimentos, respeito às diferenças. Enfim, é 
descobrir e valorizar o outro é desenvolver o conhecimento, participando, sensibilizando, 
diminuindo a rotina promovendo a afetividade e a sociabilidade, trocando experiências 
entre si, conhecendo-se, comunicando-se, enfim, educando-se. 
32 
 
 
 
 Portanto, é possível a inclusão de alunos com deficiência mental no EJA, no 
entanto deve-se começar o processo de conscientização dos professores e alunos, 
preparando-os no sentido de acolher esses alunos que requer um novo olhar no 
processo de escolarização, buscar e usar a informação, sobre a inclusão na direção do 
enriquecimento intelectual e na construção da identidade quanto indivíduos capazes. 
Isso significa que não podemos admitir, nos tempos de hoje, um professor ignorante as 
bases teóricas dos processos psicológicos e afetivos que constituem o ser humano e 
que seja um mero repassador de informações. O que se exige, é que ele seja um criador 
de ambientes de aprendizagem, parceiro e colaborador no processo de construção do 
conhecimento, que se atualize continuamente. 
 
 
8 REFERÊNCIAS 
 
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classificação e sistemas de apoio, tradução Magda França Lopes. Porto Alegre: 
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da Educação: Brasília, 2001. 
 
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Brasília: MEC/SEESP, 1994. 
 
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Especiais: Acesso e qualidade. Trad. Edílson Alkmim da Cunha. 2. ed. Brasília: CORDE, 
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(Doutorado), UNICAMP. Campinas, 1989. 
 
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33 
 
 
 
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Martins Fontes, 1991. 
 
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Antônio. Vidas de professores. Portugal: Porto Editora - LDA, 1992, p.111-140. 
 
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de professores. Portugal: Porto Editora - LDA, 1992, p.11-30 
 
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educação básica/secretar de educa especial. MEC SESP 2001. 
 
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EJA uma perspective educacional sobre jovens e adultos 
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about:blank
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/ede/edetxt2.htm.%20Acesso%20em%2021/08/2009
http://educacaoeinclusao.blogspot.com.br/2008/11/eja-uma-perspectiva-educacional-sobre.html
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