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FACULDADE VENDA DO IMIGRANTE – FEVENI A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS - EJA ROSIMEIRE MOREIRA QUINTELA Foz do Iguaçu, 2018 INCLUDE PICTURE "https://me dia.licdn.c om/mpr/m pr/shrink_ 200_200/A AEAAQAA AAAAAAP _AAAAJGI 0ZWE5MD VmLTE5Y WItNDA5O S04NTY1L Tg5ZjFmM TI1M2EzM A.png" \* MERGEF ORMATIN ET FACULDADE VENDA DO IMIGRANTE – FEVENI A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS - EJA Monografia apresentada à banca examinadora da Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI, com exigência para obtenção do título de Pós- graduação. Orientador (a): Foz do Iguaçu, 2018 INCLUDEP ICTURE "https://me dia.licdn.co m/mpr/mpr/ shrink_200 _200/AAEA AQAAAAA AAAP_AA AAJGI0ZW E5MDVmL TE5YWItN DA5OS04 NTY1LTg5 ZjFmMTI1 M2EzMA.p ng" \* MERGEFO RMATINET ROSIMEIRE MOREIRA QUINTELA TITULO Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista no curso de Pós graduação em Educação de Jovens e Adultos - EJA, da Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI Banca examinadora: Orientador: ______________________________________________________ Titulo, nome da instituição de origem Co-orientador: ______________________________________________________ Titulo, nome da instituição de origem Membro: ______________________________________________________ Titulo, nome da instituição de origem _________________________________________________________________ Foz do Iguaçu, 2018 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus que com seu infinito amor Concedeu – me a graça de conquistar meu objetivo Aos meus queridos pais que sempre me ajudaram nessa jornada, e que são peça chave nos fundamentos do meu caráter E me aponta sempre o caminho para a vida uma vida eterna Obrigada por ser referência em minha vida e a todos meus familiares, pela compreensão, paciência que teve no decorrer do curso. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por renovar a cada momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo dessa jornada. A minha mãe saudosa mãe Francisca que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades, preocupando-se até com os problemas pessoais pelos quais passei durante minha Graduação, se estivesse aqui na terra participaria desse período de construção do TCC. Obrigado por contribuir com tantos ensinamentos, tanto conhecimento, tantas palavras de força e ajuda. Espero que esteja em um bom lugar, sempre lembrando sua querida filha. Aos professores por participar de minha banca examinadora. E aos docentes do curso de pós Graduação da Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI, pela convivência harmoniosa, pelas trocas de conhecimento e experiências que foram tão importantes na minha vida acadêmica/pessoal. E contribuíram para o meu novo olhar profissional A todos do curso de pós-graduação da Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI que de alguma maneira tornam minha vida acadêmica cada dia mais desafiante. Peço a Deus que os abençoe grandemente, preenchendo seus caminhos com muita paz, amor, saúde e prosperidade. Que a Paz do Senhor Jesus esteja sempre com todos... EPÍGRAFE “Não dá para separar de todo o homem de sua obra. O homem deixa sempre sua marca, seja boa ou má, por onde vai passando. E isto já se vê nas pegadas que deixamos na praia.” (William Douglas R. dos Santos, 2005) RESUMO Quintela, Moreira, Rosimeire. A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS – EJA 2018. 34 folhas. TCC de Pós graduação em Educação Infantil Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI,Venda Nova do Imigrante - ES, 2018. Este trabalho de pesquisa de cunho bibliográfico, tendo como suportes teóricos: Jamuzi, 1985; Mazzota, 1996; Bueno, 1994; Glat, 1995, cujos trabalhos discutem a inclusão dos deficientes mentais na educação dos jovens e adultos, no EJA. O objetivo da pesquisa é conhecer os desafios do professor em relação a educação especial em sala de aula as bases legais da educação inclusiva e possibilitar a reflexão sobre o tema. A pesquisa se justifica uma vez que o tema aborda pontos importantes na educação de jovens adultos com deficiência mental e os desafios da atualidade, no processo de ensino e aprendizagem, as especificidade de cada deficiente, reflexão histórica sobre a educação especial, desta forma o trabalho apresenta uma análise e considerações, sobre a Educação de Jovens com necessidades especiais e considera que estes alunos participam da construção do saber se ampliam e se diferenciam no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Educação, jovens e adultos, deficiência mental. ABSTRACT Quintela, Moreira, Rosimeire. THE INCLUSION OF STUDENTS WITH INTELLECTUAL DEFICIENCIES IN THE EDUCATION OF YOUNG ADULTS - EJA 2018. 34 sheets. Graduate Certificate in Child Education Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI, Venda Nova do Imigrante - ES, 2018. This work of research of bibliographic character, having as theoretical supports: Jamuzi, 1985; Mazzota, 1996; Good, 1994; Glat, 1995, whose works discuss the inclusion of the mentally handicapped in the education of youths and adults, in the EJA. The objective of the research is to know the challenges of the teacher in relation to special education in the classroom the legal bases of inclusive education and to enable reflection on the theme. The research is justified since the topic addresses important points in the education of young adults with mental disabilities and current challenges, in the teaching and learning process, the specificity of each disabled, historical reflection on special education, this way the work presents an analysis and considerations on the education of young people with special needs and considers that these students participate in the construction of knowledge are expanded and differentiated in the process of teaching and learning, contributing to the improvement of their quality of life. KEY WORDS: Education, youth and adults, mental retardation. SUMÁRIO RESUMO vErro! Indicador não definido. ABSTRACT viii 1 INTRODUÇÃO 6 2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 7 2.2 BASES LEGAIS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 8 2.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 11 3 INCLUSÃO DO DEFICIENTE INTELECTUAL 15 3.1 INCLUSÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL NA EJA 17 4 REFLEXÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 20 5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIENCIA INTELCTUAL NO EJA. 25 5.1 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS. 27 6 PRÁTICA PEDAGOGICA DO PROFESSOR 29 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 8 REFERÊNCIAS 34 10 1 INTRODUÇÃO O trabalho aparte de uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é conhecer os desafios do professor em relação à educação especial em sala de aula e refletir sobre o processo de aprendizagem. Enfoca a inclusão do deficiente mental nas classes do EJA, as práticas pedagógicas, bases legais que permeiam a educação especial no ensino regular. O tema delimita-se em refletir sobre a importância da inclusão na educação de jovens e adultos. Observar, com bases bibliográficas a relação entre possíveis problemas de aprendizagem com os deficientes mentais atravésda inclusão e métodos de aprendizagem na abordagem de inclusão educacional, assim através da pesquisa discutir o tema através de leis que foram criadas. A fim de assegurar uma educação para todos e de qualidade. Constituição Federal (1988) Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a elaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Ao refletirmos sobre as bases legais, a citação acima deixa claro, que a educação é um direito de todos e nisto também está incluído o deficiente mental, logo o que Justifica esta pesquisa são os desafios da atualidade na educação especial e as leis que vem sendo implementadas, na inclusão de alunos com deficiência mental, através de redes de escolares de educação especial, no entanto a maioria desses alunos já ultrapassam a idade de escolarização e o mental não a acompanha, desta forma, alguns desses alunos são inclusos no EJA para que possam se socializar e aprender a se desenvolver sozinho. A educação inclusiva é importante na vida do aluno, pois enfatiza a formação de alguns aspectos do ser humano, como: social, cultural e político, a onde, prioriza a inserção do individuo na sociedade, isto requer desenvolver na prática pedagógica ação a partir dos interesses das necessidades, valorizando as experiências vivenciadas, e estimulando o indivíduo a solucionar de problemas de ordem sociais que ocorrem na interação com o outro. 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 2.1 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Para compreendermos melhor o tema abordaremos a definição da palavra Deficiência mental (American Association of Mental Retardation - MR, 1992) é o nome dado para descrever os problemas que ocorrem no cérebro e leva a um baixo rendimento cognitivo, mas não afetam outras regiões ou funções cerebrais. Isso pode decorrente de várias formas: genética, perinatais e pós-natais. O individuo com deficiência intelectual, tem as funções intelectuais situadas abaixo dos padrões considerados normais para a sua idade, desta forma, pode apresentar dificuldades no desenvolvimento motor e comportamento antissocial, necessitam de atendimento multiprofissional, que incluem: professor, médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo (entre outros) que o ajudaram no processo de desenvolvimento, a fim de minimizar os problemas causados pela deficiência. Para Oliveira (2009), os debates e polemicas que surgem em torno da educação dos deficientes mentais, é o fato de que este não se constitui em um grupo homogêneo, pois cada um possui uma característica conforme sua deficiência, assim o diagnostico não são precisos para detectar as suas reais necessidades cognitivas, afetivas e motoras. O diagnóstico é complexo e leva muito tempo para que seja detectado todo seu comprometimento, pois depende do desenvolvimento físico de cada ser humano. Para American Association of Mental Retardation (AAMR, 1992)" a deficiência é definida, como: O funcionamento intelectual geral, significativamente abaixo da média, em comparação com o desenvolvimento de um individuo normal”. Durantes o período de desenvolvimento, observa-se que o indivíduo com deficiência possui limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta e pela capacidade do indivíduo não responder adequadamente às demandas da sociedade. Neste sentido a deficiência intelectual apresenta baixa comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar comprometido e dificuldade de brincar e interagir com os amigos, seja no lazer ou trabalho, no caso de indivíduos adultos. 12 Este conceito e caracterização é adotada pelo Mec em se tratando de DI e serve de base para a implementação de políticas públicas educacionais, pelo governo federal. Segundo Gomes (2009), a deficiência mental é uma condição do individuo em seu diagnóstico é estabelecido, segundo critérios e testes estabelecidos pela medicina e são bem específicos, envolvendo profissionais como, médicos, psicólogos e psicopedagogos, buscando identificar as dificuldades e transtornos e dessa forma encaminhas esse indivíduo a um atendimento adequado, afim de desenvolver suas potencialidades. Para Mantoan (2005), É difícil diagnosticar a deficiência mental, torna-se um obstáculo no processo de ensino e aprendizagem no ambiente escolar comum e também no atendimento a esse individuo nas escolas de educação especial O professor por sua vez, sente-se impotente, diante da realidade do aluno e seu comprometimento intelectual. Assim a angustia e questionamento do professor tornasse uma marca em sua prática pedagógica, não conseguem foca no aluno como sujeito de direito, terminam por sentirem pena, dó. No ambiente escolar os professores precisam valorizar as potencialidades dos alunos, na sua diferença, para não acontecer a "exclusão na inclusão", compreender a importância do ensino inclusivo mobilizar e motivar todos os indivíduos que atuam na educação à refletir sobre a inclusão de alunos com deficiência intelectual, neste sentido conhecer as bases legais que permeiam a educação inclusiva é fundamental. 2.2 BASES LEGAIS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA Relembrando a histórica da educação percebemos que as relações sociais estabelecidas, são influenciadas pelo poder econômico, sendo este determinante na condução de políticas públicas educacionais que, ao tentarem refletir os anseios da população em tese, afastam-se, na prática, que possibilite mudanças de fato, assim deixam de lado as de ações inovadoras, que constitui- se hoje em uma nova visão. Para Ferreira (1998) O desenvolvimento de caráter educativo de forma ilustrada é como uma semente que desenvolve- se com o objetivo de crescer, neste caso processo de escolarização da pessoa com deficiência é necessário sintonia de ações e pensamentos, com diferentes da sociedade que estão empenhado em uma educação igualitária e humana. Os esforços no Brasil com relação à problemática da pessoa com deficiência 13 estiveram sempre distantes da realidade, em outras palavras descontextualizadas na medida em que não são correlacionadas nem com o desenvolvimento da educação em geral, tão pouco com as transformações sociais, políticas e econômicas porque passaram as diversas transformações sociais. Segundo Pereira (2006) as transformações sociais que ocorreram na educação especial na década de 90, foram notórias, percebeu-se que as relações entre economia, educação e sociedade foram determinando o papel que a educação escolar deveria cumprir, de acordo com os interesses econômicos- políticos dominantes em diferentes momentos históricos. Em todo o período histórico processo de os quais a Educação Especial, tem por objetivo fomentar a discussão sobre a inclusão social, sobre as diferenças, pois é no processo de inclusão educacional que essas diferenças se apresentam nas características individuas de cada um. Vem sendo debatidas através de diversos movimentos que apoiam a educação inclusiva no Brasil. Em geral os autores que defende a educação especial apresenta o que marcou esse período de transformações com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Jomtien – Tailândia/1990) esta declaração marcou a história em pouco tempo, pois através delas os esforços para uma educação inclusiva deram inicio Segundo a Declaração de Salamanca (CORDE, 1994, p.73). “Todos tem direito a educação” esse princípio tem alimentado as políticas de diversos países do mundo, isto independente de raça cor ou credo. Os alunos com necessidades especiais necessitam estar incluídos em salas de aulas no ensino regular, isto promoverá nos alunos a autoestimae ao mesmo tempo trará à discussão às condições necessárias para uma educação de qualidade. Outro documento importante é Constituição Federal Brasileira (1988) que garante a educação como direito de todos, instituindo no inciso III, do Artigo 208, do Capítulo III que: “[...] o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência deve ser, preferencialmente, na rede regular de ensino, em igualdade de condições com qualquer outro alunado”. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, vigente no Brasil, destinou para Educação Especial o Capítulo V: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Desta forma a lei estabelece e esclarece a educação especial reconhecendo ser ela um direito do individuo que necessita de atendimento especializado. 14 No art. 59 da Leis de Diretrizes e Bases (LDB, 1996), cita “ Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais” e em seus ensinos estabelecem: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicas para atender as suas necessidades; 6II – terminalidade especifica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, a aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os super dotados; III – [...] IV – educação especial para o trabalho, visando à sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, [...]. Ainda que as políticas públicas implementadas tenham proporcionado atendimento a esses indivíduos, existem algumas dificuldades que ainda persistem na educação de crianças, jovens e adultos com deficiência, entre estas podemos destacar: Dificuldades do sistema de ensino em viabilizar a permanência do portador de necessidades educativas especiais, na escola e indefinição quanto a critérios para o término do processo escolar para portadores de deficiência, particularmente a intelectual, estas dificuldades vêm sendo discutidas entre estudiosos da área de educação, percebe-se que entre a prática e o discurso existe distanciamento da realidade dos educando. Essa situação com relação ao ensino deve-se pela falta de responsabilidade dos seguimentos educacionais que muitas vezes desprezam o alunado especial e se focam nos alunos ditos normais. Percebemos que todos os envolvidos na educação especial inclusiva são importantes neste processo de formação e no desenvolvimento da aprendizagem, no entanto é necessária uma transformação na conscientização dos direitos que esses alunos têm. Segundo a LDB (1996) a formação do professor tem um foco especial, no que confere a educação especial, estabelecendo qual formação o docente deve ter para atuar na educação e portadores com necessidades especiais, estabelece: Art 59 “Professores especializados em nível médio ou superior...” e reforçando a formação do professor o MEC lança o PNE que em suas diretrizes estabelece: ...“habilitação específico em níveis de graduação e pós-graduação, para formar pessoas especializadas para atuar na educação especial...” (PNE, 2000, p.17). As leis estabelecem situações que devem ser revista dentro do contexto educacional, entretanto cabe ao governo criar leis específicas que possam estar sendo implementadas a fim de proporcionar uma educação de qualidade com esses alunos. No Brasil as diferenças sociais são gritantes, quando se trata de atendimentos 15 especializados, voltados a indivíduos com necessidades especiais. È necessário estar atento e saber compreender as diferenças que cada deficiência tem, para que o professor possa desenvolver de fato uma prática educacional inclusiva. Necessitamos considerar o processo de inclusão desses alunos em sua efetiva participação e acesso no ambiente escolar. 2.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Para compreender o conceito de educação inclusiva é necessário compreender a diferença entre o ensino comum e o e ensino de uma educação inclusiva, pois existem diferenças bastante distintas entre um e outro. A educação inclusiva visa a inserção de alunos com deficiência no ensino comum e, portanto se desenvolve estratégias e metodologias diferenciadas, já que esses alunos são bastante comprometidos em seu cognitivo e muitas vezes também motor, necessitando de um atendimento diferenciado. Segundo a Declaração de salamanca a educação voltada para o social educacional, ou seja, é uma educação própria para indivíduos com necessidades especiais e a de alta complexidade, existem diferentes discursos neste campo em que se defende ou se é contra a educação inclusiva, porém é necessário refletir sobre o atendimento a esses alunos que eles tenham o mínimo de cognitivo preservado. A Declaração de Salamanca em sua Linha de Ação demonstra com clareza quem são estes alunos e como acolhê-los nas escolas de ensino regular e assim declara: “... As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades” (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). Quando se trata de inclusão a escola deve acolher todas as crianças, independentes de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Todos devem e tem direito de ser acolhidos pela escola, não importa sua origem, sejam. Crianças que vivem na rua e que trabalham; crianças ou nômades, crianças indígenas, do campo, da floresta ou marginalizadas. Incluir não só deficientes, mas Todas essas crianças, isto requer um sistema escolar que conheça bem os desafios e estabeleça linhas de ações concretas, a fim de avançar e prosseguir em suas metas e objetivos. Há muitas crianças apresentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto, 16 necessidades educacionais especiais em algum momento de sua escolarização. As escolas têm que encontrara maneira de educar, com êxito, todas as crianças, inclusive as com deficiências graves. É cada vez maior o consenso de que crianças e jovens com necessidades educacionais especiais sejam incluídos nos planos de educação nacional e nos projetos elaborados pela escola como o PPP que este observe e efetive a inclusão dos alunos através de ações concretas, desenvolvendo: ”...uma pedagogia centralizada na criança...” (DECLARAÇAO DE SALAMANCA: CORDE,1994, p.73). A de foi um marcos histórico e proporcionou a abertura para uma política voltada a um publico que estava excluído da escolarização. O Brasil firmou um compromisso de desenvolver no país políticas educacionais inclusivas, quando se tornou signatário de documentos internacionais, que definem a inserção incondicional de pessoas com deficiência, na sociedade - a chamada inclusão. Desde 1990, o Brasil vem desenvolvendo políticas sociais inclusivas, obedecendo a determinação dos organismos internacionais, como o movimento pelos "direitos humanos de todos os humanos". No dia 14 de dezembro, foi assinada a resolução 45/ 91da ONU, que solicitou ao mundo "uma mudança no foco do programa das nações unidas, sobre deficiência, passando da conscientização para a ação, com o compromisso de se concluir com êxito, uma sociedade global para todos, por volta de 2010". Retomando as questões legais, a Constituição Federal (1998), significou um grande salto em termos educacionais, pois sanciona leis que respaldam e deliberam ações de avanços significativos para a educação escolar, promovendo a cidadania e a dignidade da pessoa humana e assim estabelece:” (art.1º, incisos II e III) como umdos seus objetivos fundamentais, ao eleger a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV) e também garante o direito à igualdade (art.5º)“. Em seguida o artigo 205 trata os seguintes pontos: “O direito de todos à educação”. Esse direito deve visar "ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho". Além disso, garante igualdade de condições, e acesso e permanência na escola "(art.206, inciso I). A partir destas leis as instituições escolares passaram a refletir sobre a educação, como um direito inegável a todos, independentemente de suas deficiências. A maior mudança ocorrida na política educacional foi à criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996, que, não só garante o acesso e 17 permanência na escola, mas acrescenta que é dever do Estado prover o acesso destes educando preferencialmente nas escolas públicas. Para Pereira (2006), inclusão é complexa e também depende de mudança de valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma, desta forma não basta estabelecer a lei, antes mais reflexões por parte dos professores, direções, pais alunos e comunidade. Surgem questionamentos como: Como colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e específicas, se muitas vezes, nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma adequada. Logo percebe- se que o país, teria que investir recursos financeiros, ampliar e diversificar esta rede de serviços, isto requer mais gastos por parte do governo federal. Em fim é necessário considerar, seriamente, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns das escolas regulares, pois se desejamos uma educação de qualidade, isto requer uma diretriz política prioritária a ser adotada na realidade brasileira, pois em diversas regiões a educação ainda é muito precária e o acesso à escola é restrito devido as uma série de fator como: falta de transporte adequado, além disso, é preciso rever a manutenção das escolas especiais e os serviços especializados, temos que de fato promover ações que permitam acesso e permanência dessas crianças, mas não podemos deixar de lado que estes alunos necessitam de atendimento adequado a suas necessidades (Mendes, 2001). 3 INCLUSÃO DO DEFICIENTE INTELECTUAL Para Vygotsky (1997), o desenvolvimento de pessoas com necessidades especiais são estabelecidos pela mesma lei que ocorre no desenvolvimento de pessoas ditas normais. O que interfere é a questão educacional. Para ele, a criança cujo desenvolvimento foi comprometido por alguma enfermidade ou deficiência, não é menos desenvolvida do que as 'normais', porém é uma criança que se desenvolve de outra forma, em decorrência da síntese entre os aspectos orgânicos, socioculturais e emocionais. Desta forma não é justo avaliar seu desenvolvimento e compará-las com as demais, pois cada uma desenvolve de forma única. De acordo com Oliveira (2009), cada deficiente intelectual é diferente entre si, cada um tem sua especificidade e suas histórias de vida. Segundo Ferreira (2003), as características físicas e sociais diferem os aspectos culturais de desenvolvimento, pois devido sua deficiência podem apresentar experiências de aprendizagem que mobilizam basicamente as funções psicológicas 18 elementares, com um significativo distanciamento da realidade social. Desta forma, entende-se que a escola e o papel do docente são importantes, na medida em que pode proporcionar novas formas de construção de aprendizagem e conhecimento, superando os conceitos meramente espontâneos ou superficiais e chegando a conceitos científicos e internacionais. De acordo com Plefsch Braun (2008), é importante ressaltar que a inclusão educacional é um processo que envolve todos, os profissionais da escola, como os pais, alunos, enfim a comunidade. É necessário estar atento às práticas pedagógicas dos profissionais, para que as atitudes dos docentes e funcionários se baseassem em mera "piedade". Em contrapartida às famílias dos alunos, ditos normais e que convivem com alunos com necessidades educativas especiais, é necessário compreender que essa convivência implicará em desvantagens educacionais. É possível conhecer práticas pedagógicas transformadoras que proporcionam não apenas o desenvolvimento social, mas também a capacitação para a inserção no mercado de trabalho. Segundo Gil (2009), ainda há muito que fazer, principalmente, quando se trata de pessoas deficientes mentais. Ainda, há muito preconceitos e discriminação maior a esses indivíduos do que em portadores de deficiência física, auditiva ou visual. Para o autor o preconceito se inicia em casa, a família não acreditam que a educação possa de fato trazer desenvolvimento social e amadurecimento, desta forma tratam os filhos como crianças e impedem que tais indivíduos se desenvolvam para uma vida adulta. As escolas e até, os profissionais das escolas e das oficinas também adotam este comportamento, que não ajuda, ao contrário, prejudica o portador de deficiência mental, pois ele não conquistará a autonomia, ficando sempre dependente dos que o rodeiam. Ao chegarem à adolescência, é importante que a escola desenvolva propostas pedagógicas com atividades adequadas à sua idade cronológica, que possibilite desenvolver maior autonomia e independência no meio social. Quando se fala em autonomia podemos agregar diversas modalidades de trabalho, pois através dele a pessoa com deficiência mental progride quanto sujeito capaz de produzir em sociedade e dela participar ativamente. Existem em empresas, desempenhando trabalhos de cunho repetitivo, na equipe de jardinagem, limpeza, e outras atividades que possam permitir a inserção do sujeito com deficiência mental de forma efetiva. É difícil para o doente intelectual muitas vezes avançar em seu desenvolvimento, pois o "discurso do não pode, não consegue" está sempre presente, 19 isto deve ser evitado, pois com a tecnologia avançando, pode- se testar possibilidades, testar recursos atuais, como a informática, assim permitir que o deficiente intelectual encontre outros caminhos capacitando-o para o trabalho. A escola deve estar atenta às novas tecnologias e à diversidade, adotando uma atitude otimista, tendo responsabilidade e compromisso na valorização dos individuais e preparando seus alunos para a vida adulta. Segundo Carvalho (2004) as dificuldades que surgem no período entre a adolescência e a fase adulta nos deficientes mentais, com o mundo e suas relações sociais, são dificuldades a serem vencidos é uma fase como qualquer outra, assim usam seus esforços no sentido de ampliar suas possibilidades de participação social e o fato de procurarem, na escola, o espaço e os instrumentos para ampliarem seus horizontes. Segundo Carvalho (2004) é necessário rever a história e a partir desses dados o professor refletir sobre sua prática pedagógica é necessário preparar o docente, dando lhe subsídios para que possa compreender a educação inclusiva, para isto os conhecimentos históricos são fundamentais, pois nela estão as bases teóricas que defendem a educação inclusiva e sua importância. 3.1 INCLUSÃO DA DEFICIENCIA INTELECTUAL NA EJA A inclusão é desenvolvida para que o educando de deficiência intelectual possa estar desenvolvendo suas interações sociais, assim enriquecendo sua linguagem, suas habilidades, lado emocional e entre outros. (...) a aprendizagem é um momento interiormente indispensável e universal no processo de desenvolvimento de peculiaridades não naturais, mas históricas do homem na criança. Toda aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que suscita para a vida uma série de processos que, sem ela, absolutamente não poderiam surgir. (VIGOTSKI,2001, Pg.484). De acordo com Vigotski, podemos colocar que a educação independendo das dificuldades ela é indispensável para qualquer ser humano, é necessário que haja inclusão para que os ditos normais aprendam a desenvolver a parte solidaria que possam estar convivendo no mesmo ambiente, e que um possa estar ajudando o outro nas dificuldades do cotidiano. 20 Vygotski (1997) coloca que para uma educação especial, dentro da inclusão, é indispensável projetos diferenciados e não apenas pequenos ajustes. Sabemos que a educação esta aos poucos tendo transformações, e para que isso ocorra mais rápido é necessário ter apoio de todos os poderes públicos não basta querer incluir, os professores tem que estar preparados para estarem atuando com diferentes métodos de ensino. Art. 37 – A Educação de Jovens e Adultos (EJA) será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio. Art. 58 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional a Educação Especial na educação escola Todas essas leis tratam dos direitos de jovens e adultos e crianças inclusas nas escolas ditas normais. Não bastam somente leis, é necessário ter ações buscar pelos direitos á cidadania. Paiva (1973) coloca que a educação de jovens e adultos é toda educação que se destina aqueles que não tiveram a oportunidade educacional em idade própria ou que a tiveram de forma precária, não conseguindo alfabetizar - se e obter os conhecimentos fundamentais necessários. No plano Nacional de Educação, temos como um dos objetivos e prioridades: Garantir o ensino fundamental a todos os que por um motivo ou outro, não tiveram acesso na idade certa ou que não o concluíram. O desarraigamento do analfabetismo faz parte dessa prioridade, considerando-se a alfabetização de jovens e adultos – EJA como ponto de partida própria desse nível de ensino. A alfabetização dessa população é percebida no sentido extenso de domínio dos instrumentos básicos da cultura letrada, das operações matemáticas primarias da evolução histórica da sociedade humana, da heterogeneidade do espaço físico e político mundial da constituição brasileira. (BRASIL. PNE, out. 2006). A educação de jovens e adultos (EJA) nasce com a idéia de equivocada de que se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa disso, é preciso também mudar de abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. A EJA tem de ser encarado como um atendimento especifica que pede um currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender retomar consciência do que esta fazendo. Se o professor quiser a diversidade religiosa, aprofundando do ser humano, deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa, aprofundando a discussão cientifica, mais do que faria numa turma de crianças. O papel do professor na EJA e, principalmente, o de ajudar o adulto a perceber mais sensivelmente o mundo do que o cerca e ampliar o repertorio do estudante para que o consigam solucionar questões do cotidiano com mais propriedade. 21 Formar-se supõe troca, experiência, interações sociais, aprendizagens, um sem fim de relações. ...”processo em que cada pessoa, permanecendo ela própria e reconhecendo-se a mesma ao longo da sua história, se forma se transforma, em interação”. (MOITA, 1992, p.115) Percebemos que os professores sem duvida ira interferir na construção de identidade ao educando do EJA, isso faz com o que o aluno se desenvolva em quanto ser humano. É necessário que se tenha um dialogo entre professor e aluno para que possa estar na mesma sintonia. “a partir da organização de um corpo docente nuclear, empenhado e dialogante, que consegue aglutinar grupos de professores para projetos comuns, pode gerar se um ambiente de acolhimento e participação, que estimule a formação interveniente de todos”. (CAVACO in Nó voa,1992,p.176). Cavaco ressalta que os educadores devem parti do meio em que vive para estarem empenhando um bom trabalho com o grupo EJA, assim, transmitindo conhecimento do cotidiano, sempre assimilando conteúdos com a vida do educando. 22 4 REFLEXÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Para compreendermos a educação especial é necessário conhecer a história e o contexto social de cada época. Para Mazzota (1996) e Bueno (1994) século XVI foi a época em que se iniciou a educação dos deficientes através da educação da criança surda. Neste período, surgiu a educação de cegos e de deficientes mentais em diferentes países em instituições, com professores particular em casa, era uma educação que se limitava- se à aristocratização, desta forma os filhos dos trabalhadores não tinha acesso a educação. A educação era voltada a piedade, os indivíduos eram vistos como coitadinhos o sentimento que existia geral eram de rejeição, piedade, proteção, ou mesmo, supervalorização. Com o domínio da ciência, desenvolveu- se novas relações na sociedade, antes dominada pela religiosidade, agora focava no saber cientifico que procurava comprovar os fatos dos fenômenos naturais, procurando respostas as indagações, assim as enfermidades mentais deixam de ser explicadas pelas interferências divinas, religiosas, e passam a ter explicações dentro da ciências naturais. Segundo Mazzota (1996, p. 17), até o século XVIII, as pessoas atribuíam os casos de doenças mentais ligadas ao misticismo e ocultismo, não havendo bases científicas para conhecimento real das pessoas com deficiência, desta forma os doentes mentais discriminadas pela sociedade, por serem diferentes. Até o final do Séc. XIX o atendimento a pessoas com deficiência mental era somente através de terapias no sentido de buscar melhora, pois tais eram vistos como doentes. Nos finais do Século XVIII, princípios do Século XIX, inicia-se o período da institucionalização do atendimento especializado de pessoas com deficiências, e é a partir de então que podemos considerar ter surgido a Educação Especial. Segundo Carvalho (1997), a historia da educação especial, iniciou-se se um cunho de fato educativo, mas observou que era caracterizada por comportamentos sociais de negligência ou maus tratos, ora por comportamentos de proteção e piedade. Aos poucos esse tipo de atendimento foi sendo progressivamente superada. A abordagem clínica, que se centrava na deficiência e não nas potencialidades dos indivíduos deficientes, sendo assim o tratamento era baseado em medicamentos e tratamento cometido. 23 A sociedade tinha medo das pessoas e imperava a idéia de que era preciso proteger a pessoa normal da não normal, por vezes procurava-se proteger essas pessoas do perigo da sociedade, tanto uma consideração como outra prejudicou o desenvolvimento educacional desses indivíduos, gerando mais segregação e discriminação. Segundo Mazzota (1996), os países que mais trabalharam e obtiveram experiências em relação à educação de pessoas com deficiência, concretizadas foram Europa e Estados Unidos, estes influenciaram o Brasil na organização de serviços para atendimento a pessoas com deficiência mental isto, no Séc. XIX, porém levou muito tempo para que o governo desenvolvesse uma política voltada a educação especial somente na década de sessenta do Século XX, que a educação especial integra a política educacional brasileira. Neste período a educação especial não era dever do estado, no entanto o governo, anunciando preocupação no âmbito educacional, mandou professores para fora do país, com o objetivo de pós- graduá-los, especializando-os em Educação. Na verdade a preocupação do Estado era promover a explosão da escola básica, uma vez que o país estava em desenvolvimento e necessitava de mão de obra qualificada, assim a educação técnica era a chave para solucionar a falta de profissionais. Neste contexto a busca por indivíduos qualificadosde origem ao discurso da eficiência, sendo assim o que fazer com indivíduos com deficiente. Este era o desafio escolarizar e defini metodologias adequada a sua realidade, optou-se pelo enfoque metodológico- comportamentalista procurando socializá-los e inserir no mercado de trabalho. Segundo Romanelli (1989), cita em sua obra sobre a Educação brasileira as evoluções históricas, destacando o significado da revolução de 1930 e os vários rompimentos que caracterizaram o período ate 1964. Este período foi marcado pela significativa influencia do domínio capitalista no desenvolvimento do ensino brasileiro que a educação desde a colonização - apresentando como característica a defasagem entre educação e desenvolvimento: [...] as exigências da sociedade industrial impunham modificações profundas na forma de se encarar a educação e, em consequência, na atuação do Estado, como responsável pela educação do povo [...] ampliar a área social de atuação do sistema capitalista industrial é condição de sobrevivência deste. Ora, isso só é possível na medida em que as populações possuam condições mínimas de concorrer no mercado de trabalho e consumir. Onde, pois, se desenvolvem relações capitalistas, nasce a necessidade da leitura e da escrita, como pré- requisito de uma melhor condição para concorrência no mercado de trabalho. (ROMANELLI,1989,p.97). 24 O objetivo da educação era ler e escrever torna-se fundamental para que o indivíduo seja inserido no mercado de trabalho e responsabilidade da escola era uma questão se sobrevivência. Segundo Romanelli (1989), no contexto da época explode o golpe militar de 64 que mudou de maneira drástica. .Desta forma a ditadura militar impediu o avanço do debate e do aprofundamento na discussão do papel da educação escolar e, especificamente daquilo que seria transformador em nível de concepção histórica do homem. Concomitante a esta situação entra o avanço tecnológico e a modernização dos meios, atrelados aos interesses do desenvolvimento econômico. Surge no cenário educacional movimento escola novista, identificado também nesse momento histórico, além das escolas técnicas cujos objetivos eram de preparar o individuo para o mercado do trabalho. “[...] propõe a auto- educação – o aluno como sujeito do conhecimento – de onde se extraem a ideia do processo educativo como contínuo desenvolvimento da natureza infantil”. (MEC/CENAFOR, 1986, p. 27). Ao final da década de 60 e durante os anos 70, a tendência escolar era tecnicista onde “[...] o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundária”. (MEC/CENAFOR, 1986, p.28). Observamos alunos e professores envolvidos com a inércia da neutralidade perante as transformações sociais. Nos anos 70, a escolarização da pessoa com deficiência é parcialmente reconhecida e surgem, as políticas públicas governamentais procurando melhorar as estruturas físicas e ampliar o atendimento a estas pessoas. No início da década de 80 a educação passa a ter como enfoque: “Instrumentalizar o educando através do currículo escolar, colocando os conteúdo e método de forma prática a fim de que o indivíduo se desenvolvesse para a prática social concreta, e possibilitando que o aluno perceba as contradições da sociedade, e se posicione de forma critica frente as desigualdade e atuar para sua transformação, em favor população pobre”. (MEC/CENAFOR, 1986, p. 29). Até 1990, a educação de alunos com necessidades especiais foi tratada de, sem uma definição clara de seu papel, os discursos sempre superficiais, não abordavam a real necessidade tal situação, decorre da proporia indefinição apontada Planos Nacionais de Educação. O atendimento baseava-se em proteção, conforto e bem estar. Neste período década de 90 surgiram propostas preventivas e terapêuticas, assim se organizam as instituições especializadas e voltasse o atendimento desses 25 alunos através das escolas de educação especial. Segundo Mazzotta (1995) tal atendimento foi denominado médico- pedagógico, percebe-se a atuação da área médica e da psicologia priorizando esses profissionais para trabalhar com o desenvolvimento dos alunos. Assim os profissionais da área médica e psicólogos ocuparam-se muito mais da educação da pessoa com deficiência do que propriamente os professores, neste modelo médico-psicológico o atendimento era realizado sempre voltado à questão física e não as potencialidades dos alunos, assim eram mais pacientes do que aluno. O discurso presente nos Planos Educacionais e as leis configurou-se em uma abordagem reducionista, interpretando a educação especial como uma necessidade, anunciando que determinados alunos são diferentes e para desenvolver sua aprendizagem e suas potencialidades são necessárias escolas especiais, com isso gerou segregação desses indivíduos. O discurso tinha como objetivo a escolarização, assim, a melhor forma para atingir a escolarização passa por ações de normalização do indivíduo, quase que negando a própria deficiência. Condiciona todos como iguais, depois das devidas adaptações estruturais e, na hipótese da pessoa com deficiência não se adaptar as condições da escola regular, sua melhor escolha seria a instituição especializada. Os autores Glat (1995); Mazzota (1996); Bueno (1993), criticam a forma como o processo de escolarização desses alunos são apresentados na Política educacional, pois o discurso a interpretar a escolarização da pessoa com deficiência com o enfoque da normalização, isto é integrá-lo no convívio escolar no entanto é necessário, que o deficiente seja compreendido como um indivíduo se adapte às condições pertinentes à todos os discentes. Diante dos desafios que encontra a educação especial nos dias atuais, muitos teóricos e pesquisadores procuram nos fundamentos históricos para compreender o processo político que foram surgindo ao longo da história, refletindo sobre o contexto atual, procurando através da história, observar os avanços e as barreiras que necessitam serem vencidas. 5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICIENCIA INTELCTUAL NA EJA. Ao observarmos os fatos históricos, percebemos que a luta da sociedade em prol e uma educação que pudesse atender a necessidade educacional desses sujeitos, isto fomentou o surgimento de escolas especiais e aos poucos políticas educacionais 26 que instigaram a sociedade para um novo olhar frente a educação especial, pode se dizer: uma nova mentalidade, cujos resultados deverão ser alcançados pelo esforço de todos no reconhecimento dos direitos dos deficientes mentais quanto cidadãos. Em relação à educação de jovens e adultos o CNE (Conselho nacional de Educação) defende em seu estudo: Parecer da Câmara de Educação Básica (CEB) discorrem sobre o objetivo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) cujo tema, teve de seu relator, um capitulo somente para esclarecer e apontar um novo olhar sobre essa modalidade educacional, proporcionando a oportunidade de um grande número de alunos com necessidades educacionais especiais poder recuperar o tempo perdido por meio dos cursos dessa modalidade (CNE.2002) O documento do Ministério da Educação (MEC), Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, aponta a forma como o processo de escolarização deve ser implantado: Primeiro com uma certificação de conclusão de escolaridade fundamentada em avaliação pedagógica com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educando com grave deficiência mental ou múltipla. O teor da referida certificação de escolaridade deve possibilitar novas alternativas educacionais, tais como o encaminhamento para cursos de educação de jovens e adultos e de educação profissional, bem como a inserção no mundo do trabalho. Segundo a LDB (1996) “a educaçãodeve promover a inserção no mercado de trabalho os alunos jovens e adultos (idade superior a 14 anos)” isso inclui também os indivíduos com deficiência mental, pois estes indivíduos uma vez sendo atendidos em suas especificidades, podem desempenhar trabalhos que lhes possibilitem a inserção no mercado de trabalho. Em geral esses indivíduos são colocados no mercado de trabalho acordo com suas habilidades e potenciais. Assim, segundo Mantan, (1998) a escola deve promover um período de aprendizagem nos cursos de capacitação para forma estes cidadãs para o mundo do trabalho e isso passa por um processo de construção do conhecimento sistematizado, geralmente configurado com a apreensão da leitura e da escrita, em seguida a medida que ele avança nesse processo, a autonomia e independência vai se desvencilhando e possibilitando atuar em sociedade. Ao chegar à escola, segundo Mantan (1998), mesmo os indivíduos portadores de deficiência mental, já traz, em seu comportamento, conhecimentos, hábitos e habilidades e através da experiência familiar e cultural, desta forma não se pode ignorar 27 sua capacidade de refletir acerca das coisas que o cercam. Pensando em escolarização, sabemos que o objetivo é trabalhar o desenvolvimento das percepções, do poder de escolha, da autonomia e conceitos também científicos, que irão ajuda-lo num momento importante de formação de posições e atitudes. Para um trabalho de escolarização, é imprescindível levar-se em conta as características do aluno deficiente mental e adulto, tendo como ponto de partida a sua especificidade, porém não esquecendo que ele é um membro atuante da sociedade, portador de saberes próprios adquiridos na prática social; com limitações, porém capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, apreender informações e produzir ideias. As dificuldades do aluno adulto com deficiência mental na leitura, na escrita, no cálculo e demais elementos do saber escolar apresentam-se muito próximas às que normalmente se observam entre os demais alunos nas séries equivalentes. Por vezes, maiores que sua própria especificidade, quer por questões emocionais (bloqueio, vergonha, autocensura) ou por problemas ligados às condições familiares (descrédito, punições), que em função da visão estereotipada e preconceituosa da sociedade em relação à deficiência intelectual. A escolarização do jovem/adulto com deficiência intelectual só ganha sentido se eles puderem algo mais que juntar letras. É preciso desenvolver junto com o aprendizado novas habilidades cognitivas de compreensão, elaboração e controle de própria atividade, é necessário criar novas motivações para transformarem a si mesmo e o meio onde vivem. Assim, os caminhos para o ensino formal da pessoa com deficiência advêm, de processos interacionais, a medida que o sujeito age sobre o meio, transformando-o e vice e versa. O processo deve ser orgânico e dinâmico, exigindo empenho de todos os segmentos sociais, proporcionando condições que facilite às pessoa com deficiência, tornarem-se integrantes da sociedade como um todo. 5.1 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS. A grande luta que tem mobilizado diversas entidades e o governo federal tem sido a inserção de indivíduos com deficiência mental no mercado de trabalho. 28 Não basta incluir esses alunos nas escolas é necessário permitir que eles de fato exerçam a cidadania e superem os preconceitos ainda arraigado na sociedade, "contra aqueles que apenas parecem menos capazes". Tais preconceitos se manifestam de diversas formas e desculpas para não dar ao deficiente mental uma oportunidade no mercado de trabalho, contudo segundo o Decreto nº 62.150, de 19/1/68 nº 111 Declaração de Salamanca. Artigo 1. Para os fins da presente convenção, o termo "discriminação" compreende: a) Toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, que tenta por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento [...] em matéria de emprego ou profissão; [...] alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprego ou profissão que poderá ser especificada pelo Membro interessado depois de consultadas as organizações representativas de empregadores e trabalhadores, quando estas existam, e outros organismos adequados. O Governo Federal Brasil (2007), tem lutado contra o preconceito e diante disso, promulgou a lei que assegura o acesso ao mercado de trabalho como direito Constitucional e que deve ser cumprido pelas empresas, assim determina a lei que ganhou posição de destaque, no cenário nacional, as medidas que visam à inclusão desses indivíduos no mercado formal e informal, decorrentes da política de cotas pela Lei 8.213/91, a qual surgiu como um facilitador para inserção de pessoas com deficiência no setor privado. Esta lei prevê que as empresas que possuem 100 ou mais empregados são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou com pessoas com deficiência. Percebe- se a importância de preparar esses indivíduos, dando lhes acesso a escolarização que lhes garantam autonomia e habilidades a fim de estarem preparado para o mundo o trabalho e integrasse a sociedade. 6 PRÁTICA PEDAGOGICA DO PROFESSOR Segundo Libâneo (1994), para que o sujeito seja integrante da sociedade a prática educativa deverá considerar o contexto histórico e o conhecimento acumulado pela sociedade, em um movimento formativo fundamental na construção da uma sociedade. Nesse sentido, a prática educativa só é possível, porque constitui- se em fenômeno social e universal, necessário à existência humana. Sendo assim é importante compreender que à prática pedagógica e desenvolver 29 ações que favoreçam a aprendizagem, sendo assim o autor cita: “compreende os processos formativos que ocorrem no meio social, nos quais estão envolvidos de modo necessário e inevitável pelo simples fato de existirem socialmente” (LIBÂNEO, 19994, p.17). Logo a prática pedagógica necessita ser contextualizada a realidade do aluno. Segundo Vigotsky (1987) o meio social no qual o discente está inserido influencia seu desenvolvimento. Logo a escolarização, entre outras funções, visa propiciar ao educando instrumentos, através do currículo escolar, possibilitando, consequentemente, uma prática social efetiva. O discente, ao mediar a relação do aluno com os conteúdos do ensino, deverá fazê-lo de forma motivadora e sempre contextualizada com a experiência do aluno e com os conteúdos trabalhados, buscando evidenciar a importância de uma formação escolar como instrumento para inserção no mercado de trabalho e a sua prática cotidiana. Segundo Vygotsky (1987), a prática cotidiana se realiza na interação social é fundamental no desenvolvimento humano, a criança nasce inserida nos meio sociais primeiro, a família, a medida que cresce é inserida na escola e é neste período que a mediação do professor é fundamental, pois a base da estrutura social e comportamental se desenvolve, assim conceitoselaborados como: justiça, honestidade, amizade e os conhecimentos científicos se organização internamente produzindo um sujeito ativo. A teoria de Vygotsky (1987) toma por base a interação com o outro, logo nesta concepção o sujeito interativo elabora seus conhecimentos com o meio e sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. Para Vygotsky (1987. p.85): "o homem se produz pela linguagem, isto é, é na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido", desta forma o sujeito desenvolve uma relação social pelo contato com o outro, mas o que possibilita esta interação é a mediação, portantoé fundamental a inserção de alunos deficientes na escola e quando adultos no EJA. Ao refletirmos sobre a mediação do professor, percebemos que ela ocorre no trabalho em grupo, nos elementos de significado, como o próprio trabalho que é um ato criativo desenvolvido ao longo da história e a linguagem que permite a expressão das ideias e a afetividade, além disso, a escrita também é um objeto social fundamental, todos esses elementos são de uso do ser humano e se transformam a medida que o individuo vai se constituindo como um ser critico capaz de transforma a realidade que o cercam, desta forma os vínculos de afetividades são importante nas interações sociais e são desenvolvidos na infância até a fase adulta. 30 Os jovens quando inserido em seu próprio grupo se sente capaz e se ajusta melhor. Com relação aos deficientes mentais, dependendo do caso, essa relação de trocas se realiza sem muitos conflitos, em outros a ação pedagógica torna-se fundamental para que esse aluno ultrapasse os obstáculos promovendo a interação, valorização, o respeito e a afetividade. O processo de desenvolvimento humano segundo Vygotsky (1989) são influenciados pelas interações vividas em sociedade e desenvolvem a aprendizagem esta, tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo a relação aluno professor e professor aluno se concretiza através da afetividade, compromisso e responsabilidade, pois o professor como mediador necessita ter afetividade em sua prática. Segundo Vygotsky (1993, p. 236-237) esse processo se explica pelo desenvolvimento da aprendizagem através da: zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro. A aprendizagem é um processo continuo e no caso do deficiente mental lento, que depende de um mediador para que ocorram mudanças qualitativas no uso dos signos e da compreensão de mundo, também o processo de internalização e a utilização de sistemas simbólicos. A internalização é processada através da repetição, assim aos poucos apropria- se da fala do outro, tornando-a sua. Os signos internalizados são compartilhados pelo grupo social, permitindo o aprimoramento da interação social e a comunicação entre os sujeitos. A linguagem e o pensamento associam-se devido à necessidade de intercâmbio na realização das tarefas. A criança, porém, antes dessa associação, a criança consegue resolver problemas práticos alcançar determinados objetivos. Assim o processo de desenvolvimento da linguagem estabelece as relações humanas. Desta forma para Vygotsky (1993) as relações humanas são fundamentais no processo de aprendizagem e que as emoções e afetividades estão intimamente ligadas ao processo ensino e aprendizagem. A educação de Jovens e adultos perpassa pelas leis e pela reflexão de uma prática pedagógica transformadora, afetiva, cujos objetivos sejam, considerar o direito 31 do individuo com deficiência mental e ter a consciência que o papel da escolarização formal é transformá-los em conhecimento cientifico através da construção de conceitos. Segundo Libâneo (1995) O ambiente escolar se caracteriza por ser um processo de socialização sistematizado, cujo objetivo, é domínio da leitura e escrita, além de outros conteúdos formais no desenvolvimento educacional, da memória lógica e da formação dos conceitos. Particularmente, com respeito à educação de jovens e adultos, tais pressupostos são importantes para se garantir a compreensão do processo de ensino e da aprendizagem, considerando-se a ênfase na educação como mecanismo formal culturalmente construído que regularia e transformaria os processos psicológicos elementares em superiores. Como já foi visto anteriormente, o termo deficiência mental é usado para descrever alunos cujos padrões de necessidades educacionais sejam muito diferentes dos da maioria dos jovens. Considera-se que para jovens adultos com deficiência mental não se diferencia a essa descrição, trata-se de alunos que se desviam da média ou do aluno dito normal, em suas características intelectuais, físicas, emocionais ou sociais, de tal modo que exija uma modificação nas práticas escolares ou serviços educacionais. Contudo devemos lembrar que se o aluno deficiente mental não tenha condições de permanecer ou acompanhar o processo de escolarização devido a seu comprometimento estar acima do esperado, ele necessitará de serviços ou de auxílios especiais de educação. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Desta forma, o trabalho de pesquisa conclui que a escola deve ser mediada por atitudes pedagógicas que permitam formar o cidadão para o exercício da cidadania em meio à sociedade. O processo de ensino e aprendizagem deve ser humanizado, dentro de um projeto pedagógico que tenha como foco a inclusão, seja inovador que facilite e estimule a amizade entre os alunos especiais na classe do ensino do EJA, objetivando o trabalho em equipe, trocas de conhecimentos, respeito às diferenças. Enfim, é descobrir e valorizar o outro é desenvolver o conhecimento, participando, sensibilizando, diminuindo a rotina promovendo a afetividade e a sociabilidade, trocando experiências entre si, conhecendo-se, comunicando-se, enfim, educando-se. 32 Portanto, é possível a inclusão de alunos com deficiência mental no EJA, no entanto deve-se começar o processo de conscientização dos professores e alunos, preparando-os no sentido de acolher esses alunos que requer um novo olhar no processo de escolarização, buscar e usar a informação, sobre a inclusão na direção do enriquecimento intelectual e na construção da identidade quanto indivíduos capazes. Isso significa que não podemos admitir, nos tempos de hoje, um professor ignorante as bases teóricas dos processos psicológicos e afetivos que constituem o ser humano e que seja um mero repassador de informações. O que se exige, é que ele seja um criador de ambientes de aprendizagem, parceiro e colaborador no processo de construção do conhecimento, que se atualize continuamente. 8 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE RETARDO MENTAL. Retardo mental definição, classificação e sistemas de apoio, tradução Magda França Lopes. Porto Alegre: ARTMED, 10ª ed., 2006. BRASIL - Constituição Federal da República Federativa do Brasil, Brasília, Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. BRASIL, Ministério e Educação e do Desporto. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC, 1994. BRASIL- Ministério da Educação. Lei de diretrizes e bases da educação. Secretaria da Educação: Brasília, 2001. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994. . Lei de Diretrizes e Bases da Educação - 9394/96. Brasília: MEC, 1996. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1991. CARVALHO, Rosita Edler. 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